Blessing or Curse? escrita por misshunter


Capítulo 47
47


Notas iniciais do capítulo

ooi amores! Me desculpem a demora, eu não ando muito bem e não estou conseguindo escrever, e com muuuuito esforço fiz esse capítulo só para não deixar vocês esperando por tanto tempo, realmente eu espero que tenho ficado bom e que agrade.



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P O V JEN

Subo lentamente as escadas pensando naquela cura. Eu me sinto bem e sinto que estou controlada, consigo distinguir o que posso fazer e que não posso. Será que é mesmo necessária? E quem vai fazer? Castiel? Pois se for não posso aceitar, não mesmo.
–Posso saber quem é que vai fazer esse lance de cura? -escuto a voz de Dean um pouco longe.
–Tem banheiro aqui? -escuto a voz daquele bêbado, do anjo bêbado.
–Eu estou disposto. -responde Cas.
–Não! Você não pode! -e continua argumentando, já não consigo escutar mais.
–MAS SE EU NÃO FIZER QUEM VAI?–Cas berra.
Bato a porta que Dean indicou ser o quarto de Sam temendo o que ele pode dizer, já sentindo a pontada no coração ao imaginar as palavras que ele pode usar, algo como aqueles adolescentes revoltados "Eu te odeio!" ou "Nunca mais quero te ver." Pode parecer idiotice, mas só de ouvi-las zunindo na minha mente me machuca muito.
–Quem tá aí? -pergunta ele irritado em resposta a três batidas.
–Sou eu Sam! Cas...
–Vá embora.
–Como eu estava dizendo o Cas voltou e trouxe...
–Porra! Eu já disse pra ir embora.
–Eu não vou e quero ver quem vai me obrigar a sair daqui, a não ser que você abra a merda da porta e desça!
–Então espere aí sentada e que Dean e Cas comecem a tramar sozinhos.
Irritada me tele transporto para dentro do quarto e o vejo deitado de bruços.
–Melhor descer Sam.
–Ou o que? -ele se vira e senta na beirada da cama. -Vai me decapitar? -ele me mira irritado enquanto meus olhos se encheram de lágrimas.
–Quando que você vai me perdoar? -pergunto. -Eu to tentando fazer o meu melhor, mas é tão difícil, eu to lutando para que eu volte ao normal, para que tudo fique bem e como deveria ser, mas sou tão fraca que não consigo, e você não quer ao menos descer para escutar o que Cas conseguiu, tanto para me ajudar quanto para te ajudar. -sento ao seu lado. -Eu sei que você não está bem e não posso deixar que continue assim. -dou uma pausa. -Então vamos descer?
–Eu não sei se devo acreditar em você. -diz mirando para seus dedos que estavam entrelaçados sobre suas pernas. -Você mentiu sobre muitas coisas e até me pergunto se tudo que passamos foi fingimento e que você só estava me usando, usando ao Dean e também ao Cas e todos ao seu redor. -uma lágrima cai de seu rosto e as palavras dele entram como facadas.
–Sam, e-eu...
–Não diga mais nada! Eu queria que você parasse de fazer essas coisas e...
–Eu paro! -digo quase soando como um soluço desesperado. -Vou ficar e não vou sumir mais, eu jur...
–Não, não jure! Chega de gastar palavras. -ele passa seu braço no rosto limpando as lagrimas. -Faça o que quiser, eu não m-me importo m-mais. -diz quase falhando a voz.
–Você não se importa mais? -pergunto engolindo o choro e com a voz bem tremula. Ele para de fitar o chão e direciona seus olhos a mim. Ficamos nos entreolhando por alguns minutos, nós dois segurando para não soltar as lágrimas e sem dizer nada me tele transporto para longe daqui, para um lugar em que sempre sonhei ir, para o lugar que eu observava em fotos, para uma beira de cachoeira nas Bahamas. Me sento em um pedra e começo a chorar alto como eu nunca pude fazer, pois o som da água descendo e se chocando com o riacho abafa os suspiros e os soluços.
Me sinto uma idiota por chorar, isso quem faz são humanos fracos e incapacitados de controlar seus sentimentos. E eu não sou uma humana fraca, nem chego perto de ser uma humana, eu sou uma coisa, uma coisa que nem tem substantivo para nomear, uma coisa que nasceu para fazer esse mundo de um lugar para a escuridão, uma coisa que deveria acabar com todos que passassem em seu caminho, uma coisa que deveria fazer que seu criador pedisse, uma coisa que fizesse a todos se arrependerem de sua existência, e por que eu não estou fazendo isso? Eu sou essa coisa e eu acho que o certo pra mim seria fazer isso e esperar que alguém me mate pra valer e salve o mundo e se torne o mais novo herói. Eu fui a mais idiota em lutar para não ser o que não sou, só por causa dele, por causa do que poderíamos ter, do que poderíamos ser, juntos, mas agora minhas forças se esgotaram e não vejo mais motivos de reprimir isso tudo de dentro de mim.

P O V SAM

O que eu acabei de fazer? Por que eu fiz isso? Continuo me questionando enquanto fitava o lugar em que ela estava sentada, passando sem parar diante meus olhos sua imagem se segurando para não cair no choro.
Eu estou tão exausto de tudo, eu só queria que as coisas fosse do jeito certo. Por que tudo isso tem que ser comigo?
Eu queria acreditar no que ela disse, que ia melhorar e que não faria o que ela estava fazendo, mas eu não sei se posso acreditar nela. E o pior de tudo, que se Naomi não tivesse aberto meus olhos, Jen iria continuar me engando e/ou me manipulando até...até...talvez até meus últimos dias ou até aos seus.
Naomi disse também que essa cura que Castiel encontrou não funciona, e o único método só ela sabe e ela vai fazer, o que me deixou preocupado mas garantiu que nada de ruim vai acontece-la, ela vai voltar a ter sua vida normal. E não sei como, mas parece que Jen conseguiu por até o Castiel contra Naomi, que só quer o bem, quer que as coisas voltem a sua ordem natural, ou mais ou menos, ela disse que se eu fechar os portões do inferno, ela cuidaria do céu e eu e Dean teríamos a vida que merecíamos, mas é claro se fizéssemos o que era pra ser feito, o que ela nos pedisse e só assim conseguiria colocar tudo em ordem. A imagem dela falando isso começa se repetir na minha cabeça. Quando Dean e Henry pararam numa loja de armas e eu fiquei no carro, Naomi apareceu ao meu lado e assim me alertou sobre tudo o que me deixou um pouco confuso, por que ela só disse a mim? E quando fui a questionar ela havia sumido. Eu já não sei mais o que pensar, não sei mais em quem confiar, não sei mais nem o que fazer e não sei o motivo por não estar me sentindo melhor agora que eu a deixei que partisse, me sinto pior do que nunca, e para ajudar o teste faz minha cabeça latejar quase que o tempo inteiro e quando tusso acabo cuspindo sangue.
Duas batidas a porta me interrompe.
–Jen! Sam! O que vocês estão fazendo? -escuto a voz de Dean soando nervosa, irritada, ou algum outro sentimento nela. -Não é hora de ficarem se... -abro a porta repentinamente e Dean quase cai, aposto que estava encostado tentando ouvir. Ele me encara por alguns segundos, analisa minhas roupas e rapidamente olha por cima de meus ombros para a cama. -Cade ela? E que cara é essa Sammy? Você tava chorando?
–Vamos descer logo. -digo passando ao lado dele e indo até o andar de baixo. Dou uma rápida olhada para trás e vejo Dean ainda analisando o quarto. -Ela foi embora, de novo! E acho que dessa vez não volta mais. -digo sem pausa alguma, tão rápido que nem parece que respirei entre as palavras.
–O que? -questiona confuso. -Mas e a cura? O que você disse pra ela?
O ignoro e sento ao sofá. Vejo Castiel parado perto da televisão segurando alguns papiros e nos fitando confuso. Em seguida do banheiro sai um homem visivelmente bêbado fechando o zíper da calça de seu terno abarrotado.
–Para onde Jennifer foi? -questiona Castiel.
–O gênio mandou ela ir embora. -diz Dean se aproximando com passos pesados.
–Eu não fiz nada, foi feito o que tinha que ser feito.
–Vocês estão falando daquela gostosa? -pergunta o bêbado. -É...
–O que? -Dean corta o bêbado. -Você ta falando igual aquela cretina da...
–Naomi! -diz ele e Cas em uníssono.
–O que ela te disse Sammy? -indaga Dean indignado. -Você sabe ela não é confiável não é? É só mais uma vadia alada.
Não o respondo. Dean pega uma cerveja no frigobar e fica me encarando com aquele seu olhar de "temos que conversar bem sério". Cas fica fitando o horizonte pensativo e o bêbado tava sentado ao chão mexendo no relógio ao seu pulso.
–Quem é aquele cara? -pergunto.
–Era aquele anjinho todo certinho e arrogante... -começa Dean ainda com a expressão fechada.
–Ele é Leziel. -Cas interrompe. Encaro o anjo bêbado espantado. -Eu vou atrás dela. -diz e some.
–Ele esqueceu o cozidinho. -diz Dean apontando pra Leziel.
–O que vocês fazem para se divertirem? -pergunta o anjo bêbado se levantando. -Onde se acha gatinhas nesse lugar?
Antes que eu pude responde-lo grosseiramente o celular de Dean começa tocar.
–Fala Kevin. -ele atende e dá uma pausa para escutar. -Segundo teste? -Dean faz um sinal com a mão como se estivesse escrevendo, então pego um papel e a caneta e o entrego, rapidamente começa a anotar. -Valeu. -e desliga.
–Se arruma Sam, temos que resgatar uma alma inocente no inferno e lança-la ao céu.
–O que? Que alma inocente? -questiono.
–Não sei. -diz Dean. Ele olha para onde Leziel estava e percebemos que ele tinha sumido também.
–Espera...-digo enquanto uma lembrança passa em minha mente. Minha cabeça começa doer mais. -Jen disse que Bobby está lá.

P O V JEN

Quando as lagrimas pararam de cair, começo a pensar que Cas iria vir atrás de mim para fazermos a cura. E agora mais do que nunca não quero ser curada. Um simbolo aparece em minha mente e logo vou ao riacho e por dentro dele avisto uma pedra pontuda, rapidamente bato minha mão nela e instantaneamente começa a sangrar. Rapidamente faço um simbolo ao chão e digo algumas palavras em latim esperando não ser encontrada.
Depois de um bom tempo, já havia anoitecido, perdida em milhares de pensamentos enquanto estava deitada na beirada do riacho e brincando com a agua fria escuto o que parece ser passos. Me levanto e limpo a roupa, ando vagarosamente até a pequena mata e logo sinto aquele cheiro familiar de algo sendo queimado.
–O meu inferno está um caos. -diz aquela voz mais ao fundo da mata. Antes até sentiria calafrios mas agora não. Continuo me aproximando e sentado a um tronco velho e caído ao chão está ele iluminado pela luz da luz minguante, sorrindo
–Como saiu de lá? -questiono me encostando a uma arvore e cruzo os braços. -Fala! Como saiu da jaula?
–Ai que bonitinho, -diz ele. -minha filhota está crescidinha, está do jeito que é pra ser. -dá uma pausa enquanto se levanta do tronco e se aproxima de mim. -Agora sim, merece um abraço caloroso de seu papito. -ele abre os braços com um sorriso cômico estampado em sua face e fica esperando que eu me aproxime dele também e o abrace.
–Diz logo, como saiu da maldita gaiola? -continuo e ignoro seu gesto de "afeto". Ele abaixa os braços e faz um bico de decepção e segura a risada.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
muuuito obrigada por tudo e me desculpem mais uma vez, pela demora, por qualquer errinho de escrita, se não ter ficado bom, enfim me desculpem por tudo. E eu vou tentar ficar melhor e retornar a escrever :3
beijinhos e eu amo muito vocês ♥



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