Blessing or Curse? escrita por misshunter


Capítulo 40
40


Notas iniciais do capítulo

ooi amorzinhos! Como estão? Mais um capitulozinho pra vocês, espero que gostem :3



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P O V SAM

O Dean está muito esquisito. Primeiro ele não quis deixar eu ir ajudar a minha Jen, que agora deve estar muito ferrada, porque eu aposto que depois desse ataque de demônios ela não sumiria por vontade própria de nós, com toda a certeza ela voltaria pra nos ver, para me ver, para verificar se deu tudo certo, e meu sentido diz que algo ruim a aconteceu, e Crowley está por trás disso, como sempre. Eu prometi a mim mesmo que se o encontrasse eu acabaria com ele, mas acredito que ele sabe disso e por isso não aparece na minha frente. Voltando ao assunto Dean, ele retornou para o Impala todo quietão, sem piada alguma ou comentário desnecessário e com a cara de bunda. E ele disse que não viu nada, por mais que o jeito que disse isso me convenceu algo me diz que ele esconde algo.
Ele me encara pelo retrovisor e eu retribuo, irritado desvio e miro a paisagem que ia passando pela janela. Nós todos em repleto silêncio, deixando a culpa me consumir. A culpa por ter ignorado completamente o Kevin, ele podia estar morto agora ou pior ainda, ele poderia estar sobre as garras do nojento do Crowley, mas graças aos céus parece que nada o aconteceu; culpa por não ter me esforçado em procurar o Dean, ele se ferrou um monte e desde que voltou anda muito estranho e é claro, pelo Cas que não voltou e talvez nem volte mais, já que meu irmão deu a entender que ele partiu ou algo pior o aconteceu; e a culpa por tratar mal Amelia, eu nem entendi o motivo de ter sido tão frio com ela, ainda mais que ela sempre foi tão boa pra mim por quase um ano. Eu acho sou eu o problema, eu sempre faço merda, sempre me comporto como um idiota confuso e acabo machucando pessoas que não merecem isso, as vezes eu penso que não devia ter me deixado levar pela Amelia, deixa-la iludida que poderíamos ter um vida juntos, sabendo que a Jen estava e sempre vai estar no meu coração, sabendo que nunca ia conseguir amar alguém como eu amo ela, eu devia ter ficado completamente sozinho para que eu não ferisse mais ninguém, mas eu sou tão egoísta que não suportaria viver se eu não tivesse alguém comigo. E por fim, não menos importante, me sinto culpado pela Jen, desde o começo, quando Cas nos informou sobre ela, quando nos pediu que o ajudasse a ajuda-la, eu nunca fiz o bastante, e quando ela mais precisou eu a deixei morrer, morrer em meus braços. A fiz ir pro inferno, porque se eu não tivesse procurado por um pacto eles nunca a achariam e talvez agora ela estaria feliz num lugar que ela merece, no céu, mas agora ela deve estar em apuros e desde que ela voltou está diferente, seus olhos parecem frios e vazios, mas ela é a mesma, eu não sei, isso é muito confuso. E também um pouco da culpa é de Dean, eu sei que ele não deu o seu melhor, porque no começo ele a julgava como um monstro e achava que não era o certo ajudar alguém que fosse filha de um desgraçado que queria destruir o mundo, mas não entendia que ela não era igual o seu "pai', talvez agora ele compreenda que as coisas não são assim e quase tenho certeza que ele tem remorsos por isso.
–Sam, eu ainda não entendi, por que você não atendeu minhas ligações e por que ignorou minhas mensagens? -Kevin quebra o silêncio e interrompe meus pensamentos. - Lembra que vocês prometeram que agora que entrei sem que eu quisesse nessa parada de profeta do Senhor que iam me ajudar! E minha mãe, vocês tem noticias dela?
–Eu sinto muito Kevin... -começo. -eu não sei o que deu em mim para deixar um membro da nossa família na mão. E não eu não tenho notícias dela.
–Mas nós vamos acha-la, ok Kevin? -diz Dean estacionando.
Entramos no quarto e logo Kevin se ajeita na mesa e começa as traduções. Eu me sento na beirada da cama e Dean pega uma cerveja no frigobar e depois de um enorme gole que quase acaba com a bebida diz quase saindo do quarto:
–Eu vou lá alugar um quarto maior, um com três camas.
–Ta! -digo massageando a cabeça para aliviar a dor.

P O V DEAN

Vou até o balcão da recepção e peço outro quarto. Pego a nova chave e falo que até o fim do dia devolveremos a antiga. Ansioso para tirar aquele ronco, para por meu sono em dia, subo as escadas e quando estava me aproximando quarto meu celular começa a tocar. Um número que eu não conheço, então rapidamente desço as escadas e atendo enquanto já saia de dentro do hotel.
–Alo. -digo.
–E aí Dean?
–Benny? -sussurro espantado. Vou até a mata ao lado e me escondo entre as arvores, para caso se o Sammy ir até a janela não me ver.
–Como vai as coisas aí?
–Ah...não como eu esperava mas ta indo bem. E aí?
–Eu to legal, já consegui um emprego e moradia aqui no porto e tive até um encontro com uma velha amiga.
–Ha espertão! -respondo quase rindo.
–Mas aconteceu alguma coisa?
–É complicado, eu e meu irmão já brigamos e tem algo rolando com coisas de demônios e...você sabe parada de caçador...
–Ah entendo, -ele da uma pausa. -e é por isso que eu te liguei, ontem no meio da madrugada, um tempo depois do meu encontro eu vi uma movimentação suspeita perto da lanchonete e acho que era parada do que você mexe.
–E por que você acha que é do meu ramo?
–Tinha cheiro de enxofre e vi uma daquelas pessoas com os olhos pretos.
–Aprendeu direitinho a identificar demônios hen cara. -digo orgulhoso, porque fui eu quem falou a ele algumas coisas de caçador. -Mas e aí onde que você ta?
–No porto Sea of miracles, quando você chegar aqui eu te mostro o beco.
–A noite eu vou aí.
–Ok cara. Falou então!
–Falou. -desligo o telefone.
Rapidamente retorno ao hotel e em seguida ao quarto. Adentro e logo Sammy já questiona:
–Nossa por que essa demora toda?
–É que....eu peguei um numero de uma hospede gata. -minto. Sam da uma risada abafada.
–Parece que o velho Dean está de volta. E então conseguiu o quarto? - pergunta e eu jogo as chaves a ele. -Kevin já adormeceu.
Miro a mesa e o vejo entre papeis e bem agarrado a placa praticamente desmaiado de cansaço. Sam começa a arrumar as coisas na mala.
–Hey! -dou uma cutucada no braço do Kevin.
JENNIFER!–ele berra acordando e dando um pulo de susto.
–O QUE?!?–eu e Sammy perguntamos abismados em uníssono.
–O que o que? -ele pergunta confuso olhando ao seu redor. -Onde que estou?
–Você ta bem Kevin? -pergunta Sam.
–Eu não sei. Eu to me sentindo tonto e confuso.
–Acho que precisa pegar leve nessas traduções! -digo preocupado com sua aparência. Seus olhos estão bem arregalados, está pálido e suas mãos estão tremendo. -Coma alguma coisa e vai dormir um pouco.
–Ta...-ele responde pegando suas coisas e colocando na sua mochila. Em seguida se levanta.
–Vamos, o Dean alugou outro quarto. -diz Sam indo até a porta e Kevin o seguindo. -Por que você gritou "Jennifer"?
–Eu gritei? -pergunta ele mais confuso que nós.
–Já se esqueceu? -indago. Ele fica nos encarando como se fossemos louco, em seguida eu e Sammy nos entreolhamos com aquele olhar de "algo ta rolando".
Nos mudamos para o outro quarto e me jogo na cama, eles fazem o mesmo. Em questão de segundos Kevin dorme novamente sem comer nada. Coitado do garoto! Está acabado. Que droga! Foi muito estranho aquela cena dele acordando.
Meus olhos pesam e acabo sedendo a eles os fechando. Quando os abro, miro para o relógio e já era seis e meia da tarde. Me levanto e vejo que as portas e janelas estavam isoladas com sal e no teto tinha uma cilada do diabo. Procuro pelo Sam e o vejo fazendo o que parecia um feitiço.
–O que você ta fazendo Sammy? -me aproximo. Ele não me responde. Analiso a situação. -Não me diz que ta invocando um demônio. -ele continua me ignorando. Eles está prestes a concluir o feitiço então e empurro a tigela com os ingredientes fazendo cair tudo no chão.
–PORRA DEAN! QUAL É O TEU PROBLEMA?
–O meu problema? Qual é o teu problema? Enlouqueceu? Fala sério! Trazer Crowley até aqui? -começo a cochichar.
–Ele ta com a Jen, de novo! -ele responde em seu tom de voz normal. -Por que você ta cochichando?!?
–Pra não acordar a bela adormecida ali. -aponto para Kevin. -Você não entende?!?! Se você traze-lo aqui estamos arriscando a vida dele, a placa....
–E não fazendo nada a Jen está ferrada.
–Mas não podemos fazer nada. Você acha que eu não gostaria de ajuda-la? Mas eu sei que eu estou de mãos atadas.
–Ok! Se não posso traze-lo até aqui eu vou atrás dele! -Sam coloca um casaco e vai em direção a porta. Corro em sua frente e seguro a porta. -Sai Dean!
–Não! Você vai ficar aqui! Vai cuidar do Kevin e não vai fazer besteira. -ele me encara como se fosse me dar um soco, revira os olhos e da meia volta e tira o casaco.
–Se você disse que para mim ficar, onde que você vai?!?
–Eu...eu...v-vou...tenho um encontro essa noite! -minto.
–Ta falando sério? -ele ri cinicamente. -A Jen em apuros, Crowley querendo o nosso coro e a placa e você vai num encontro? -ele senta na beirada da cama e coloca nervosamente seus cabelos para trás. -Tudo bem, faça o que você quiser.
Engulo as lagrimas coloco meu casaco e saio do quarto. Entrego a antiga chave na recepção e entro na baby e vou até o porto, tentando não pensar em como o Sammy ta agindo, em como ele ta pensando que eu sou egoísta, mas tudo que eu quero é que não aconteça nada a ele e nem ao Kevin. E sei que não posso leva-lo, primeiro evitar que encontre Benny, segundo ele pode estragar tudo por causa da Jen.
Chego ao porto e caminho até um poste que tinha alguém encostado.
–Benny?
–Dean! -ele se vira e aperta minha mão. -Me siga.
Eu o acompanho numa pequena caminhada numa rua completamente desértica até o fim dele onde fica uma lanchonete. Ele pede para nos aproximarmos do beco em silencio e vagarosamente. Quando faltava um passo para adentrarmos escutamos uma batida e então recuamos. Tudo fica em silencio novamente, decidimos espiar.
Vejo uma moça ferida sentada encostada no muro, não consigo ver seu rosto. Ela suspira e geme de dor, se levanta e vai mancando até uma caçamba de lixo. Continuo a mirando, acho que ela não me percebeu. Seu rosto fica mais nítido. PUTA QUE PARIU! É a Jen.
–Cuidado Dean. -sussurra Benny.
–Se levanta vadia! -escuto a voz da Jen e gemidos de agonia de uma outra garota. -Quero que de um aviso ao pessoalzinho do purgatório. -volto a mirar. Jen que antes estava toda machucada já tinha voltado ao normal. Ela estava segurando uma moça loira toda ensaguentada contra a parede. -Fale a eles que Jennifer está chegando. -em seguida ela gargalha (sinistro pra caralho e ao mesmo tempo sexy. Droga! Que estranho.) Ela solta a loira no chão e num estalo de dedos o pescoço dela se parte e rola até perto de nós.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Comentem a opinião de vocês please, significa muito pra mim :3 Muuuito obrigada por tudo e beijinhos docinhos ♥



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