Blessing or Curse? escrita por misshunter


Capítulo 31
31


Notas iniciais do capítulo

ooi amorzinhos!!!!
Como que estão?
Mais um capítulo para vocês, aproveitem! E espero que gostem!



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P O V JEN

Ainda bem que não demonstrei fraqueza, pois Crowley conseguiu me por em dúvida. Será que Castiel seria capaz de fazer um trato com esse sujo depois do que aconteceu? Eu não sei, mas tem sentido isso dele querer derrotar um outro anjo que quer tomar o céu e sei lá mais o que.
–OK. Não preciso falar, amanhã na nossa outra sessão eu vou estar muito mais poderoso e você vai ver que eu sou um diabão de palavra.
–De palavra? De palavra? Por favor, me poupe disso.
Ele se aproxima de mim com sua expressão de raiva e enfia uma faca no meu peito, e depois vai pegando várias outras facas e me espetando. Fico torcendo para ele acabar logo, e torcendo para que eu parasse de sentir dor, eu não sei como que vou suportar isso todos os dias.
Ele termina, e em seguida sou jogada na sela de novo, para mais tortura. Só que agora da parte de Lúcifer, aposto que ele está me esperando. Isso mesmo acertei.
Ele continua falando sem parar, só que agora não simples músicas, fica me fazendo lembrar e me culpar ainda mais pelas coisas terríveis que fiz, e de quanto se orgulha de mim por isso. Falando de quanta dor e sofrimento eu já espalhei, até me faz vir espécies de visões. Como Emy sofrendo com a morte de seu pai, algumas famílias chorando pela morte de seus filhos, no tempo da escola, e vem até o Sam chorando no banheiro. Isso dói mais que qualquer outra tortura física. Começo a chorar e ele fica gargalhando.
–SAI DAQUI!–berro entre lágrimas!
–É..hã...NÃO!–ele gargalha mais.
–O que eu tenho que fazer pra você me deixar em paz?!?
Antes que ele pudesse responder a porta se abre. Aquele demônio de sempre me puxa e como de costume apareço presa com essas malditas correntes na sala de "festas" do Crowley. Um homem está sentado numa cadeira, ele me parece muito familiar. Olho ao meu redor e Crowley não está aqui, menos um para me incomodar. Agora só tenho que me preocupar com esse cara. Altura média, cabelos e olhos da mesma cor escura, barba grisalha e voz suave.
–Jennifer não é? -não respondo, só continuo o observando. Ele se levanta e se aproxima -Eu sou J...
–John Winchester! -o interrompo. -O que quer?
–Garota esperta! -ele diz rindo, seus olhos rapidamente viram negros. -Só vim conhecer a namorada do meu filhinho. E você confirma que ele sabe escolher bem. Uma pena você ser...
–Ótimo! Agora que já me viu, posso ir?
–Ainda não. Crowley permitiu que eu pudesse fazer minha própria festinha.
–Legal! -digo ironicamente "engolindo" o choro. Sei que não precisava chorar, mas é que eu já não consigo mais ser forte pra nada. -Vê se não demora, estou farta disso.
Como de costume de qualquer demônio, ele começa a me mutilar cruelmente e se sente feliz com isso. Depois de algum tempo Crowley aparece e faz um sinal com a cabeça em concordancia para John, que quando retorna a me mirar sorri. Crowley estala os dedos e aparecemos em outro lugar. Um outro corredor. Dessa vez não sou presa na parede e nem em uma sela, só fico sentada chorando. Miro adiante e vejo várias pessoas, quero dizer demônios. Entre eles um me chama atenção. É a Emy.
–Podem começar! -ordena Crowley. Os demônios se aproximam de mim rindo.
–Olhem a poderosa Jennifer! -diz Emy. -Ela que me trouxe até aqui!
–Não...-murmuro. -Você chegou aqui por que merece. -Ela me encara e me chuta me fazendo deitar, me puxa pelo braço e me bate na parede. -Só isso que sabe fazer? -provoco. Não sei o motivo de eu estar a provocando, parece que tem algo dentro de mim que me faz ser assim e não posso controlar.
–Sua vadia! -ela diz irritada, em seguida ela pega uma corrente que aparece no chão e enfia na minha barriga e me faz ficar pendurada no ar. Os outros demônios começam a me espetar, a arrancar minha pele, minha unhas a me cortarem sem parar. A dor é tanta que não sei explicar, gritar não é o suficiente. Finalmente depois de muito tempo Crowley manda parar.
–Podem levar ela pro quartinho dela por que agora eu tenho negócios a resolver. -diz ele olhando para o relógio.
Pisco os olhos e estou de volta ao velho corredor de sela, quase chegando a minha vejo Evan me encarando.
–Ta olhando o que Evan? -pergunto em tom de provocação com a voz rouca e gasta. Ele não responde só continua me examinando. Sou jogada a sela e como eu esperava Lúcifer já está. -Pelo que percebo você não tem nada melhor para fazer.
–Eu sempre arranjo um tempinho para ficar com minha filhinha. -ele fala com a voz melosa. -E sabe o que andei pensando? -ele diz entusiasmado. -Uma nova brincadeirinha. -Eu o ignoro, me aproximo da grade da porta e fico olhando o corredor. Sinto algo queimando nos pés, me viro rapidamente e vejo pequenas chamas no chão ao meu redor. -Ta gostando da minha idéia? Vai, responde princesa!
As chamas aumentam lentamente, me queimando e me fazendo agonizar. Enquanto berro, Lúcifer começa cantar uma música muito irritante.
–PARA POR FAVOR...–berro.
–Tsc tsc. Não vou parar enquanto você...
–Eu o que? -o interrompo entre gritos de dor.
–Ah você sabe.
–Eu nunca vou tirar você daqui!
–Então ta legal! -ele diz e estrala os dedos. As chamas param de me queimar. De repente ao lado dele aparece uma figura, é o Sam. Lúcifer começa cortar ele o fazendo sangrar muito e dar horrorosos gritos de angustia. Eu sei que isso é uma "miragem", mas está me deixando péssima e agoniada. A coisa que mais odeio no mundo é ver o Sam sofrendo. Eu não consigo ser forte quanto a essa situação, do mesmo jeito que Sam pode ser meu ponto forte ele é meu ponto fraco. -Ele não é fofo?
–PARA! EU FAÇO...MAS POR FAVOR PARE. -grito entre lágrimas. Ele estrala os dedos e a imagem de Sam sofrendo some.
–Eu queria entender por que você grita tanto! -escuto a voz de Evan. Eu o ignoro. -Não consigo relaxar.
–Então vai fazer mesmo? -indaga Lucifer. -Jura de dedinho? -ele estende o dedo mindinho, reviro os olhos.
–O que eu tenho que fazer? -pergunto irritada.
–Não precisa ficar bravinha filhota. Você também vai ganhar algo. -ele diz. Não esboço nenhuma reação. -Não vai querer saber o que é? Ok, vou falar mesmo assim. Você vai poder governar o mundo junto comigo...
–Não tenho interesse nisso.
–Espera, não falei a melhor parte ainda. -ele diz rindo e bem seguro de si. -Vou polpar os Winchester. -Essa frase mexeu comigo, será que ele diz a verdade ou só está blefando? Tudo o que importa para mim é se Sam e Dean estiverem a salvo. Meus olhos se enchem de lágrimas. -Eles vão ficar sãos e salvos, e nós dois, juntos vamos poder ter tudo o que queremos. -ele toca em um de meus ombros e conforme ia falando as imagens iam aparecendo diante meus olhos. -Vamos poder andar livre na Terra, sem ninguém nos perseguindo ou julgando, sem mais dor, sem mais lágrimas, nunca mais você verá alguém que goste sofrendo. Vai ser um novo tempo, nossa era!
–Certo! -digo esperançosa. -E-eu a-aceito. Por onde eu começo?
–Bem...-ele diz quase gargalhando. -você tem que sair desse lugarzinho aqui e tirar o seu amigunho da sela ao lado...
–Evan? Por que eu tiraria ele de lá? E como que vou sair daqui? Posso saber gênio?
–Não acredito que você perguntou isso! -ele revira os olhos.- Você é a filha do grande anjo, o anjo da luz da manhã, e mesmo você estando morta minha querida você tem poderes.
–Mas o Crowley...
–Julgando pelo tempo que o conheço, ele não se preocupou em realmente te prender aqui, estava contando com seu medo e com a persuasão que ele consegue ter sobre você.
–Ta...e depois faço o que?
–Evan sabe de um feiticinho para me tirar da jaula e depois -ele bate as mãos violentamente. –BUM! Acabamos com Crowley, eu retomo meu inferno e só assim poderemos...-ele dá uma pausa.-poderemos ter um pouco de felicidade, a felicidade que você e os nossos menininhos merecem.
Meu coração dispara. Eu não sei direito o que fazer, sinto algo aqui dentro dizendo que isso está errado, que não devo confiar em Lúcifer, que ele não vai cumprir o que diz, e que...e que...eu não sei bem. Mas tem algo também que me diz que isso é o certo a se fazer, que ele vai cumprir o que diz, afinal eu sou a filha dele e ele precisa de mim, não acho que ele quebraria a confiança que está o custando para conquistar, e também quero ser feliz, e estou tão cansada de tudo dar errado, e de nunca poder fazer o que eu quero e de sempre ver aqueles que mais amo no mundo todo sofrendo. Eu acho que isso é o melhor de se fazer, Crowley nunca faria isso, ao menos tentaria, e eu estou pouco me fodendo para o que vai acontecer quando Lúcifer retomar o inferno, talvez, ou melhor, com certeza eu tenho mais a ganhar com ele no comando do que o sujo do Crowley.

Lúcifer continua me mirando, em sua face um sorriso que não consigo decifrar, pode ser de maldade ou até de confiança, eu não sei, estou muito confusa. O medo me deixa assim. Ele faz um sinal com a mão me incentivando para seguir em frente. Fecho os olhos e me concentro, está um pouco difícil de fazer isso agora, talvez eu esteja apavorada e um pouco ansiosa, talvez eu não consiga tirar os pensamentos do que pode acontecer depois. E também Sam e Dean não saem da minha cabeça, fico imaginando eles com uma vida normal e feliz, a vida que eles sem duvida alguma merece. Limpo a mente e afasto todos esses pensamentos, minha mente se encontra vazia agora, literalmente. Imagens brancas passam por ela, sons dos pássaros cantando pela manhã passam aos meus ouvidos, sinto a brisa refrescante do outona passando pelos meus cabelos. Abro os olhos e toco na porta e ela se abre.

Assim que dou um passo para fora da sela, um demônio aparece ao fim do corredor, ele corre até mim e eu fico o esperando. Eu não sinto insegurança, por esse momento não sinto medo, não sinto nada além de fúria e ânsia de determinação. Faltando alguns centímetros para ele chegar a mim, estralo os dedos e ele se explode. Escuto uma respiração de excitação, miro as minhas costas e vejo Lúcifer sorrindo. Me coloca a frente da porta de ferro que fecha a sela de Evan, encosto minha mão e ela se abre.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam? Por favor não deixem de comentar a opinião de vocês



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