Blessing or Curse? escrita por misshunter


Capítulo 18
18


Notas iniciais do capítulo

ooi, então aqui está mais um capítulo para vocês.
Boa leitura :3

PS: o símbolo que aparece aí eu inventei



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–Suponho que sejam os federais para o caso do convento.-diz o legista, limpando o farelo de seu jaleco manchado de sangue. -Hoje em dia vocês se tornam agentes cada vez mais novos. -ele sorri simpaticamente e aperta nossas mãos (as mesmas que ele limpou no sangue do jaleco. Eca!).
–Esse caso chocou a cidade não é? -pergunto.
–Vocês nem imaginam...3 mortes em 3 noites. -ele diz abrindo uma das gavetas de cadáveres e tirando o pano branco de cima do corpo. Pelos céus está horrível!
Segundo o legista essa vítima tinha 16 anos, mas sua aparência parece ter mais ou menos 40 anos. Parece que todo o ar ou a água do corpo foi sugado. Como que a polícia pode achar que foi um assassino em série? Ou ao menos uma pessoa? E também tem vários cortes nos braços e nas pernas. Na palma da mão esquerda do cadáver tem um símbolo, parece um círculo com um asterisco no centro. Pode ser uma tatuagem.
–Causa da morte? -pergunta Dean.
–Asfixia. -responde o legista. -se quiserem dar uma olhada nos outros corpos... estão nas gavetas ao lado. E os relatórios aqui nessa mesa. Eu vou passar ali na lanchonete.-ele coloca algumas pastas numa mesa e coloca seu casaco e em seguida sai.
Sam abriu a gaveta seguinte e leu a ficha dessa vítima. Essa tinha 14 anos. E como a primeira que vimos, sua aparência estava horrível e envelhecida, com vários cortes e também na sua mão esquerda aquele símbolo. Mostro aos rapazes. Sam tira uma foto para pesquisar. Abrimos a gaveta com o outro corpo, e está exatamente igual aos outros. Esse corpo era de uma freira, 53 anos consequentemente está muito mais envelhecida que os corpos das alunas.
–Não tem sinal de enxofre ou de mordidas de vampiro nessa uva passa aqui. -diz Dean.
–E nem nas outras duas. -digo
–Nos tempos medievais esse símbolo servia para prender um espírito e controlá-lo. -diz Sam pesquisando em seu celular. -Certos reis protegiam algumas bruxas para não ser caçadas e em troca elas tinham que fazer esse serviço para atingir os inimigos do reino.
–Então tem alguém fazendo bruxaria no convento? -indaga Dean.
–É o que parece!- diz Sam. -Temos que ir lá conferir.
Saímos, passamos pelo corredor e o delegado nos para.
–Não vão pegar os relatórios?
–Ãh...É claro. -digo e pego os relatórios.
–Valeu. -Dean agradece o delegado.
–É melhor colocarmos nossas roupas normais para ir lá. -diz Sam. -Qualquer coisa estranha que uma freira, aluna ou o padre tenha visto eles não diriam ao FBI.
Então voltamos ao quarto e colocamos nossas roupas de sempre.
Embarcamos no Impala e partimos a caminho do convento. Sam senta ao meu lado, eu fico olhando a paisagem que passa pela janela do carro. Rapidamente, vejo na calçada, algo que me chama atenção. Algumas pessoas paradas esperando o semáforo de pedestres abrir, algumas delas eu não conheço, mas entre as que eu conheço estão minha mãe, pai, alguns ex-colegas de escola, Evan e a Emy. Elas acompanham com o olhar o Impala.
Estremeço.
–O que foi? -Sam pergunta.
Dean nos observa pelo retrovisor.
–Nada não. -minto.
–Você ficou pálida igual fantasma. -Dean sorri de canto.
Não sei se isso foi real, ou foi coisa da minha imaginação, ou não sei também se o carro passou rápido de mais. Volto a olhar para a paisagem na janela, verificando se tem mais alguma coisa, mas não tem nada. Retorno olhar para frente e no banco ao lado de Dean tem alguém.
–Dean quem está sentado aí do seu lado? -pergunto confusa.
–Não tem ninguém Jen.Ta tudo bem com você?
–Ta tudo bem sim. Você tem certeza que não tem ninguém ai?
–Absoluta. -ele continua dirigindo tranquilamente.
–Jen esta tudo bem mesmo? -pergunta Sam pegando minha mão.
Assinto. Mas eu não tenho certeza se estou bem. Ainda percebo que tem alguém sentado. Me aproximo do banco para descobrir quem está ali.
–O que você está fazendo? -os rapazes perguntam em uníssono.
Não respondo, Dean revira os olhos.
Eu dou uma batida no ombro desse alguém que aparentemente só eu estava vendo. Ele se vira rapidamente e grita:
–OLÁ MINHA PRINCESA!
É o Lúcifer! Dou um grito apavorado. Dean se assusta e derrapa o carro na estrada, por sorte ele consegue retomar o controle. Sam me puxa e me segura. Eu fico me rebatendo e berrando algo como "Saia daqui!!" e "Você não é real!". Lúcifer gargalha.
–Calma! Calma Jen! -diz Sam me segurando. -O que está acontecendo?
–Lúcifer está aqui. -digo tremendo e aponto para o banco. Vejo que ele não está mais.
–Jen se acalme, não é real. - diz Dean parando o Impala no acostamento.
–Eu sei que não é real, mas é que eu...é...ãh...eu não sei. Me desculpem. -digo nervosa, enxugando a única lágrima que escorre.
–Você quer beber alguma coisa? -pergunta Dean.
–Não obrigada Dean, tá tudo bem agora. Vamos prosseguir. -forço um sorriso.
O resto do caminho ficamos todos em silêncio até finalmente chegarmos ao convento.
–Você consegue seguir investigando com a gente? -pergunta Sam.
Assinto e logo adentramos o convento. Começo a me sentir muito desconfortável, se eu pudesse eu sairia correndo agora. Começa uma dor de cabeça intensa, me sinto bem fraca, como se eu não comesse ou bebesse á dias. Aposto que se Evan continuasse me dando seu sangue eu não estaria assim. Como eu gostaria só um pouquinho daquele sangue, eu me sentia tão bem, tão forte, tão segura. Que pensamento é esse? Para de ser rídicula Jen! Pare de pensar assim!
–Tem certeza que você tá bem? -pergunta Sam interrompendo meus pensamentos esquisitos.
–Eu já disse que to bem! -respondo grosseiramente. Ele e Dean se entreolham. -Me desculpe. -digo envergonhada.
Observando esse lugar, se parece como uma escola normal, a não ser pela estrutura de castelo que tem esse lugar, tem cruzes penduradas pelas paredes de blocos de pedra, imagens de santos e outras coisas de igreja católica. Procuramos pela diretoria ou secretaria ou alguma coisa do tipo. Quanto mais adentramos esse lugar, pior eu me sinto.
Estamos no inicio do corredor e em nossa direção vem uma freira.
–Boa tarde senhores e senhorita. -diz a freira, ela aparenta ter uns 60 anos. -Como posso ajudá-los?
–Nós somos colonistas da jornal local ...-inventa Sam.
–E queremos escrever sobre esse convento e uns eventos recentes... -continua Dean. -a senhora poderia nos falar sobre esse lugar?
A expressão da freira escureceu, e parece que ela não sabe o que falar.
–Me acompanhem. -ela diz adentrando o corredor.
Seguimos ela, chegamos a igreja. Meu coração dispara, sinto meu sangue correndo frio pelas minhas veias. Eu não sei o que está acontecendo, sei que me sinto péssima.
Continuamos seguindo a freira até o fundo da igreja e adentramos uma sala.
–Padre Franchesco... -ela diz interrompendo um velho (muito velho) lendo um livro. -esses jovens querem escrever sobre o convento.
Ela vai embora.
–Sentem-se. -o padre diz sorrindo. Nos sentamos nas cadeiras em frente da mesa do padre, que vira sua cadeira para a estante cheia de livros que tem atrás dele, ficando de costas para nós. -O que querem saber?
–O que você acha daquelas mortes? -pergunto com a voz tremula devido o mal estar que estou sentindo. Os rapazes me encaram. Leio os lábios de Dean "Você foi muito direta."
–Você está bem senhorita? o padre pergunta. Balanço a cabeça em concordância. -Enfim, Isso vocês já devem saber. Tem um assassino em série á solta.
–Queremos saber sua opinião... -diz calmamente Sam.
–Essa é minha opinião também, tem um maníaco a solta.
O padre nos encara.
–Fora essas mortes, já teve alguma tragédia anteriormente? -pergunta Sam.
–Infelizmente sim, e eu estava aqui.
–Pode nos contar o que aconteceu? -pergunta Dean.
–Há 30 anos, uma das nossas alunas durante a noite. -o padre hesita e desvia o olhar. -ela sumiu. Concluímos que ela deve ter fugido. Seus pais a deram como morta.
–Mas eles já encontraram o corpo dela? -pergunto desconfiada.
–Nunca. -ele diz sem esboçar reação alguma.
–O senhor se incomoda de nós olharmos o convento e a igreja? -pergunta Sam.
–Claro que não filho, vocês podem ficar a vontade. A casa de Deus é aberta a todos.
Saímos da sala do padre e passamos novamente pela igreja. Essa frase "A casa de Deus é aberta a todos" fica ecoando na minha mente, fazendo piorar minha dor de cabeça. Voltamos ao corredor.
–Vocês tiveram a sensação de que o padre tava escondendo algo? -murmuro verificando se não tem ninguém por perto.
–Sim. -disseram em uníssono.
–Só temos que descobrir o que ele está escondendo. -diz Dean.
Os rapazes tiraram de seus bolsos um aparelho com uma antena e umas pequenas lâmpadas na frente. Eu pergunto o que seria esse aparelho, e respondem que é para captar campos eletro magnéticos, captar se tem fantasmas.
Vimos que na frente da entrada da igreja tem outra entrada e acima dela está escrito "Dormitórios". Adentramos, tem uma pequena sala oval como base da escadaria, no lado esquerdo tem uma mesinha com velas e na parede um tecido pintado de Jesus na cruz, como um quadro só que de pano (nossa! Como eu sou óbvia).
Os aparelhos deles começam a apitar e as lampadazinhas que tem na frente piscam sem parar luzinhas vermelhas.
–Como o solo sagrado desse lugar não desintegrou essa coisa que ta aqui? -questiona Dean.

Subíamos a escadaria, o sinal de campo magnéticos enfraqueceu. Os Winchester concluem que somente na base tem a atividade espiritual. Continuaram procurando sinais de fantasmas, quando una garota que começou a descer nos aborda.
–Quem são vocês? Acho que não podem entrar aqui.
Sam e Dean rapidamente esconde seus aparelhos.
–Não se preocupe, padre Franchesco nos permitiu olhar por aí... -responde Sam.
–Nós estamos escrevendo um artigo para o jornal. -diz Dean. -Eu sou Dean, ele Sam e Jen, como se chama?
–Rebecca. Artigo sobre o que?
–Sobre aquelas mortes que aconteceram aqui. -digo. -Você sabe algo?
Ela olha para os lados e pede para irmos até o quarto dela.
–Vocês sabem daquela garota simplesmente sumiu? -Rebecca pergunta e nós assentimos. -Tem uma lenda que diz que ela foi assassinada aqui nesse convento e o fantasma dela ainda está por aqui e se vinga das pessoas que fazem coisas que não são certas. E aquelas duas garotas que agora estão mortas, faziam maldades a minha colega de quarto, Trish. Mas a freira, que eu saiba nunca fez nada e acabou morta.
–Que tipo de maldades? -pergunta Sam.
–Ela nunca me disse que maldades que era. Eu imagino que era das piores, escutava ela chorando toda noite.
–Você já viu esse símbolo? -Dean pergunta mostrando na tela do celular aquele símbolo (um círculo com um asterisco no centro).
Ela parece estremecer.
–Eu já vi numa página de um livro que a Trish lê. Eu me lembro porque quando vi senti um calafrio estranho.
Nos entreolhamos.
–Você sabe onde a Trish está? -pergunta Sam.
–Acho que no refeitório.
–Valeu. -diz Dean. Saímos do quarto da Rebecca e fomos procurar o refeitório.
Andamos a frente no corredor e encontramos outra entrada. O refeitório. Um pouco antes de entrar Sam questiona:
–Se Trish está aprisionando esse tal fantasma e fazendo matar quem faz mal para ela, por que a freira morreu?
–É o que vamos descobrir agora Sammy. -responde Dean.
Adentramos e perguntamos para duas garotas onde está Trish. No momento que perguntamos elas fizeram cara de nojo e reviraram os olhos. Odeio esse tipo de menina. Elas apontaram para um garota numa mesa no canto perto da lata de lixo. Ela é pequena, muito branca, olheiras fundas e cabelos negros. Ela parece triste. Da nossa vista vimos que algumas meninas que iam jogar o lixo cochichavam e riam de Trish, outras davam empurrões e riam mais. E algumas jogavam papeis sujos nela e riam também.
Nos aproximamos dela.


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Notas finais do capítulo

Por favor comente o que acharam, a opinião de vocês é muito importante para mim :3
Muito Obrigada



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