Trabalhando com o Inimigo escrita por Lady Boice


Capítulo 1
A nova auxiliar


Notas iniciais do capítulo

Hey, td bem? Obrigada por ler, espero que não odeie!



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Eu estava uma pilha de nervos! Era por volta das seis da noite, o meu ônibus não passava. Além de vir cheio, lotado de pessoas cansadas e cheirando mal depois de uma dia estressante de trabalho, ele ainda ousava se atrasar. Ouvi falar que era porque no dia anterior alguns vândalos tinham depredados vários ônibus da empresa com seus “protestos”. Daí eu, e mais umas cinquenta pessoas que estão aqui no ponto de ônibus pagamos o pato.

Arg, deixa só quando eu tiver o meu carro, que eu quero ver. Se pensar bem vou me estressar mais ainda com esse maldito trânsito de São Paulo. Arg como eu odeio isso!

Minha vida é toda errada. A começar pelo meu nome, Romário. Não sou bom em futebol real, só no videogame. Tenho 18 anos e trabalho no almoxarife de uma loja de games em um shopping. Meu trabalho é receber encomendas, anotar tudo na planilha, guardar, conferir estoque, etc... Eu gosto do meu trabalho por pelo menos dois motivos: eu não tenho contato com o público, e amo videogame! Além disso eu toco guitarra, é meu hobbie favorito. Mas no que eu sou bom mesmo é a Matemática. Contas e problemas, equações, teorema de Pitágoras, hipotenusa... Certo, certo, eu sou o que chamam de um nerd. Mas não to nem aí pra isso. Ah, meu ônibus chegou. E lá vai eu ser esmagado...

Agora são onze horas da noite e eu to morto de cansado. E amanhã vai ser tudo de novo... Ah como eu queria que fosse diferente!

* * *

Brenda

Eu estou super ansiosa, eu consegui o emprego! Agora vou poder me manter enquanto faço a faculdade de Veterinária que eu tanto sonho. Bom, primeiro eu vou ter que passar na prova, que por sinal é super difícil!

Meu nome é Brenda e eu tenho 18 anos. O emprego que eu consegui é de auxiliar de almoxarife, numa loja de games num shopping aqui de São Paulo. Era eu e outra garota concorrendo à vaga para atendente, mas daí o cara deu a vaga para ela e para mim, a de auxiliar. Eu gostei, vou trabalhar nos bastidores da loja. Amanhã será meu primeiro dia. É meu primeiro emprego então eu espero que consiga fazer um bom trabalho.

Então é melhor eu ir dormir para descansar bem. Não quero chegar atrasada no meu primeiro dia.

* * *

Romário

6:00. Acordo com o meu celular tocando uma música do System Of A Down, minha banda preferida. Levanto, tomo banho, me arrumo e saio de casa, antes das 7:00. De manhã o ônibus que eu pego está lotado, mas é mais fácil do que na volta. Uns quarenta e cinco minutos depois eu chego no shopping. Eu entro às 8:20, vai dar tempo de eu comer um pão de queijo e tomar um café rápido.

— E aí, Rô? — Eu escuto aquela voz irritante, do meu colega de trabalho irritante, o Jonah.

— E aí? — Eu digo, bebendo meu café.

— Te vejo lá na loja. — Jonah bate em minhas costas, fazendo eu engasgar com o café. Eu escuto ele saindo dando risada. Otário.

— Tudo bem? — Uma moça perto de mim pergunta.

— Tudo — eu respondo levantando a cabeça, e é aí que a vejo. — Brenda?

— Romário? O que você está fazendo aqui? — Nós dois perguntamos juntos.

— Eu trabalho aqui — eu respondo sem acreditar que essa lambisgóia está aqui na minha frente. — E o que você faz aqui? — pergunto rispidamente.

— Eu vim trabalhar. E com licença, não quero chegar atrasada no meu primeiro dia.

Ela sai andando pisando firme com seu sapato alto. Não acredito que minha inimiga nos tempos de escola está aqui. Brenda e eu sempre fomos os melhores na classe. Eu era muito melhor claro, mas ela não conseguia aceitar o fato. Eu som bom em matemática e ela em português é isso. Sempre brigamos querendo ser o melhor, até nosso último dia na escola, que por acaso ela ganhou a medalha por ser mulher, e bonita por sinal. Mas todos sabiam que eu era melhor, que tirava as melhores notas.

Mas não quero pensar nela. Termino meu café e vou para a loja. Coloco meu uniforme e então meu supervisor, o Marcos, entra na sala e diz:

— Romário, temos uma nova auxiliar para te ajudar. — Eu me viro e não acredito quem é. A “querida” Brenda.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acha? Devo continuar? Tá bom, ruim, ótimo, uma droga...? Por favor comente, nem q seja para dizer q ta um lixo.. :3