Olhei para o céu, e tudo o que eu conseguia enxergar eram nuvens brancas que passavam rápido demais para que minha imaginação as desse formas. O vento fazia barulho ao passar pela grama alta e pelas árvores.

O sol apareceu de trás de uma grande nuvem, e esquentou meu corpo quase que instantaneamente. Deitei na grama, fechando os olhos e esquecendo de tudo. Ninguém me encontraria ali, eu finalmente teria paz.

A noite se aproximava,  mas eu não conseguia me mover. Parecia que eu estava hipnotizada por toda aquela tranqüilidade. Meu corpo não respondia aos meus comandos, nem gritar eu não conseguia.

Eu sabia o que iria acontecer, eu já esperava por isso. Mas, mesmo ciente, o medo me tomou, e tudo o que eu senti foi minha garganta se apertando e lágrimas quentes escorrendo por meu rosto.

Frio foi tomando conta de mim, e eu não podia mais sentir meus pés. Não importava mais se me achassem agora, seria tarde demais. Fechei os olhos novamente, deixando mais lágrimas caírem, pronta para jamais abrí-los novamente.