Do ódio nasce o amor escrita por Anenha
Bom, olá meu nome é Ana Carolina, mas pode me chamar de Carol, então, eu tenho 17 anos e estou no 3º ano do ensino médio, quase em época e "UHUL FACULDADE". Porém ainda é novembro, e temos mais umas semanas de aula.
Minha turma resolveu se unir para fazer uma viagem todos juntos, apenas os alunos, pois já temos 17 anos e sabemos pelo menos sermos um pouco responsáveis. Como já é verão, mas não ainda aquelas épocas terríveis do verão brasileiro, resolvemos que o destino da nossa viagem seria uma praia.
Bom, a viagem foi programada para o dia 27 de novembro, que cairia num domingo, o horário seria a meia noite, então digamos que uma segunda-feira. Conseguimos convencer aos professores e diretor da escola para ficamos a 4 dias na praia, pois no fim das aulas ninguém mais poderia viajar por causa de datas festivas e comemorações em família.
Chegou o dia da viagem e todos estavam se arrumando para se encontrar no local marcado de embarque. Meus pais e minha pequena irmãzinha Julia, me levaram até lá. Ao chegar avistei de longe meu arqui-inimigo Alexandre Crestani, que desde a época de pré-escola vem atormentando minha vida.
flashback on
Era o primeiro dia de pré-escola, e eu estava tentando fazer novos amiguinhos, estávamos no recreio, brincando no parquinho, eu havia levando minha boneca, e cheguei perto das meninas para brincarmos, dei um baixo oi tímido, e uma menina de cabelos castanhos lisos e olhos verdes me deu um oi super alegre, descobri que seu nome era Luisa, fizemos amizade de primeira, e fomos nos balançarmos no balanço.
Estávamos comentando sobre nossas bonecas e um menino moreno de olhos azuis, chegou perto, olhou enojado para mim e começou a chamar minha boneca de palavras feias, as quais estranhei ouvir da boca dele por sermos tão pequenos. O mal criado chegou mais perto e tirou a boneca de minhas mãos arrancou a cabeça e saiu rindo desgraçadamente.
flashback off
Desde então eu e ele sempre fazemos intrigas de tudo quanto é besteiras, nosso ódio é inevitável ao nos vermos, e nossos professores sempre dão uma risada fraca ao ver que vamos começar uma nova discução e falam algo como "isso vai dar casamento" ou "brigas de casal", sempre me deixando vermelha e me fazendo sentir-me rebaixada por aquele otário.
Antes de subirmos no ônibus, começou a cena melosa de pais para filhos, na qual não tem menor importância de ser contada aqui por que como todos sabem é sempre a mesma coisa "comporte-se" "eu vou sentir saudades" "seja educado(a)".
A viagem foi longa e chegamos em torno de 7:30 da manhã na pousada próxima a praia que ficaríamos. Todos ficaram em quartos separados de 4 alunos por quarto -fiquei com Manoela e mais outras duas amigas próximas- e dormiram até mais ou menos 13:30; 14:00 horas e foram para a praia.
Mas as desgraçadas das minhas colegas não me acordaram era quase 15:00 quando acordei ao ouvir a voz de João no corredor, um menino que eu não fazia muito tempo que havia entrado para turma dizendo: - Alexandre, não é uma boa idéia você entrar ai, sabe que Carol te odeia. - ao ouvir o nome do garoto enfiei a cabeça no travesseiro e ouvi a porta sendo aberta.
-O que você quer Crestani? - gritei.
-Como sabe que sou eu? - falou ele.
-Minha bola de cristal me contou, não sabia que recentemente acabei meu curso de anos em Hogwarts. - Ironizei com um certo ódio ao ver aquele ser a minha frente.
-Mas então, o que quer? - falei enfurecida.
-Suas amiguinhas, ficaram com preguiça de vir te acordar me obrigaram a fazer o serviço por elas. - respondeu-me fúria.
Levantei lentamente, e fui em direção do banheiro, quando sai fui até o armário para escolher uma roupa, assim que me virei para ir em direção a cama me dei conta que ele ainda estava lá, e não só notei isso como também notei que estava com um short de pijama extremamente curto e ele encarava descaradamente minhas pernas, senti o meu rosto esquentar.
-O que está olhando, garoto? - resmunguei.
-Até que por baixo desta cara de crocodilo, você tem um belo corpo, e que corpo. - falou ele admirado.
Enquanto ele me encarava olhei para ele e notei que ele tinha um belo rosto, e seus cabelos pretos molhados davam um belo caimento em sua testa, senti o olhar dele levantar e olhar fundo nos meus olhos, olhei também nos olhos dele e entrei em mar profundo ao ver aqueles olhos azuis que sinceramente me deixavam louca.
flashback on
A corna filha da puta mal parida da minha professora de português, passou um trabalho que nos tínhamos que escrever uma crônica, mas está não é a parte que me deixou em fúria com a mulher, o que fez o meu ódio florescer foi a idéia 'maravilhosa' de no meu grupo ter Alexandre Crestani, o garoto mais insuportável do mundo.
Estávamos resolvendo o que nossa historia contaria, até que meus olhos se levantaram até os olhos do garoto, fiquei literalmente afogada nos olhos azuis dele, até que uma menina do meu grupo falou: -Ei Carol, está apaixonada pelo Alexandre?
-Ã? O que? - balbuciei.
-Você esta a mais ou menos uns 4 minutos encarando ele. - senti meu rosto esquentar e não me atrevi a olhar para o rosto dele até terminar aquele trabalho, quando cheguei em casa apos a aula passei o resto do dia pensando nele, então sinceramente notei que gostava dele, mas não ia ser fraca o bastante para assumir, eu ia continuar com historia toda do ódio para nunca ninguém desconfiar e até mesmo esquecê-lo.
flashback off
Ficamos nos encarando por um tempo, e notei que ele foi se aproximando cada vez mais, olhei assustada para ele, e ele me preensou na parede, entrelaçou minha cintura e meus olhos automaticamente se fecharam, eu queria revidar, empura-lo para longe e bater nele por estar se aproximando tanto assim de garotas indefesas, mas parece que toda minha força foi embora e meu corpo queria aquilo.
Então senti o toque do lábio dele no meu e me subiu uma vontade imensa de aprofundar aquele beijo, ele começou a roçar os lábios nos meus e apertou mais minha cintura, pediu passagem com a língua e eu aceitei, começou a ficar um beijo mais intenso, a vontade de aprofundar cada vez mais era enorme, mas o ar era muito necessário, acabamos o beijo com alguns selinhos e senti a respiração rápida dele sobre meu rosto como tínhamos pouca diferença em altura.
Ficamos nos encarando, e eu me perguntando, como aquilo podia ter acontecido, será que ele gostava de mim e que o ódio dele assim como o meu não passava de uma paixão?
Mas não obtive esta resposta, pois fui uma louca desvairada de empurrar o garoto com uma força que não sei da onde arrumei e sai correndo do quarto e procurei o ignorar o resto da semana e do mês, os dias na praia passaram rapidamente.
Já era quinta-feira a noite, 13 de dezembro, nossas aulas acabariam no dia seguinte e eu estava me culpando até a morte por ter feito o que fiz naquele dia, mas eu não poderia mudar o meu passado, mas sim fazer com que meu futuro não fosse estragado pela minha cabeça de purungo.
Era 00:00, e como diz a superstição, quando é 00:00 em ponto deve-se fazer um pedido, por instantâneo veio a minha cabeça "Quero saber o que ele sente".
Apos fazer este pedido, fiquei um tempo pensando no nosso beijo e peguei no sono, só fui acordada pelo meu despertador que seria o som da voz da pequena Julia gritando "vamos, vamos é seu ultimo dia, acorda".
Levantei, tomei um banho rápido, sai para escolher uma roupa e escolhi uma calça jeans, uma camiseta branca lisa e fui tomar café da manhã sem pressa, sai de casa e fui em direção da prisão, ops, quer dizer da escola.
Cheguei era mais ou menos 7:30, a aula só começaria as 8:15, a escola estava aberta, fui para minha sala ninguém havia chegado, apenas uma pessoa, 'ele', ao me ver ele deu um sorriso bobo e eu fiquei vermelha, eu estava estranhando muito estes últimos dias, por que apenas cruzávamos olhares tímidos e não havia mais brigas entre nós.
Coloquei minha mochila na sobre minha carteira e vi ele caminhando em minha direção, deu um pani em meu sistema e eu não conseguia mais me movimentar.
Ele chegou próximo a mim e sentou-se na carteira ao lado, sentei-me também, e ficamos nos encarando, até que eu desviei o olhar pois estava ficando muito envergonhada.
Até que ele quebrou o silencio falando: -Sabe Carol, desde nosso beijo, eu não consigo mais parar de pensar em ti, e não vejo mais necessidade em brigar contigo pra chamar a tua atenção. - ri boba - Você ri garota, mas não tem noção do efeito que esta fazendo sobre mim, é como se fosse uma droga, mas uma droga que faz muito bem. - arregalei os olhos e senti o rosto corar.
Ele levantou-se, e ajoelhou a minha frente, pôs as mãos em meu rosto, olhou firme nos meus olhos e selou nossos lábios, como eu estava louca por uma resposta, resolvi fazer a pergunta, ou mais ou menos isso, pedi passagem com a língua e ele aceitou, ficamos nos beijando por um tempo com alguns sorrisos entre o beijo e algumas paradas por falta de ar, até que paramos definitivamente de nos beijarmos.
Novamente ele pos as mãos em rosto, e me olhou como se quisesse que eu falase algo, esperando que eu não tivesse virado muda.
Olhei no fundo dos olhos dele e disse: -A-Aquele beijo, me fe-fez notar...- falei gaguejando - que todo o ódio que eu dizia ter por você, e-era.. na verdade... na verdade eu dizia só porque, gostava muito de ti... mas me faltava coragem de assumir. -terminei exausta porem feliz, por conseguir por tudo aquilo para fora.
Ele me olhava sorridente, olhei para o chão e notei que ele devia estar cansando de ficar de joelhos, levantei e puxei suas mãos, ele levantou-se envolvendo os braços sobre minha cintura, senti meus joelhos fraquejarem, mas uma sensação de segurança que ele transmitiu me fez continuar de pé.
Nossos rostos foram de aproximando e eu já sentia a respiração dele sobre mim, e novamente ele selou nossos lábios, e antes de aprofundarmos um beijo, ele resmungou um "eu te amo" abafado, eu sorri e respondi "eu também te amo" de volta. Ele pediu passagem com a língua e eu aceitei então nos ficamos lá um tempo, nos beijando calmamente, até que tivemos de parar pois precisávamos de ar.
Ele abriu um pequeno espaço sobre nós, e segurou minhas mãos, olhou no fundo dos meus olhos, abriu um sorriso de 32 dentes e falou: -Carol, sei que pode ser meio precipitado, mas não vou mais aguentar esperar para te ter, vo-você quer namorar comigo? -falou com um certo medo de que eu não aceita-se.
Meus olhos começaram a marejar em lagrimas felizes então falei um "sim" super animado, e recebi vários selinhos que foram interrompidos pela chegada de Luisa na sala de aula, ela olhou divertida e falou: -hahaha, eu sabia que essa historia de vocês não era apenas ódio. – o que nos fez corar e rir junto.
-Mas então o que vocês tem a me contar sobre isto que acabei de ver? -perguntou Manoela.
-Nós somos namorados! -falou Alexandre me soltando e entrelaçando nossas mãos.
Manoela sorriu feliz, olhou para mim com uma cara de quero saber tudinho depois e disse: -Então vou deixar os pombinhos serem felizes enquanto a aula não começa.
Era quase 8 horas, e começou a chegar todos os alunos preenchendo as classes daquela sala de aula, Alexandre e eu não parávamos de nos encarar e sorrir, a aula teve algumas brincadeiras divertidas e assim finalizamos nosso ultimo ano.
A faculdade começou e eu estava cursando arquitetura, Alexandre cursava direito. Os anos seguintes foram ótimos e formamos uma família maravilhosa. (N/A: clichê demais, :p)
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
É a primeira fic que escrevo, espero que gostem c:
Comentem suas ideias sobre a fic, oque está bom, oque poderia se diferente c: