Alguns meses depois.

Beckett estava deitada na cama, acariciando sua barriga de 4 meses. Ela não tirava os olhos do seu marido tão amado, tinha um sorriso no rosto e já não escutava mais o que ele falava. Beckett ria de como ele conseguia falar horas sem parar sobre o bebê.

Castle: Amor você está me ouvindo?

Kate: Claro. - Sorriu de lado.

Ele pulou na cama e ficou bem pertinho da barriga.

Castle: Sua mãe não sabe mentir!

Ela gargalhou.

Castle: Estou aqui a horas organizando a sua vida e ela nem dá atenção? Isso não pode ser.

Ela segurou com as duas mãos o rosto dele e o trouxe para si.

Kate: Estava prestando atenção sim, como você é um fofo e um amor. Eu te amo e ao nosso bebê também, é tudo o que eu sei.

Ele derreteu-se todo com a declaração. Beijaram-se.

Castle: Também amo vocês.

Kate: Mas ...

Castle: Lá vem. - Ele levanto-se. - Estava bom demais.

Kate: Sim, não fuja da verdade.

Ela levantou-se.

Kate: Rick, você está exagerando, já comprou coisas que o bebê nem usará. E ainda não cheguei ao quinto mês.

Castle: Ah Kate, é que faz 20 anos que fui pai, estou tão feliz, quero dar de tudo do bom e do melhor para o bebê.

Kate: Eu sei disso amor, não duvido, sei que está ansioso, mas precisa raciocinar.

Ele fez o maior bico, e cruzou os braços. Ela riu.

Castle: Está bem, posso ter exagerado um pouquinho. (ela fez sinal de muito.) Exagerada. Mas, não se preocupe o que o bebê não usar ou perder logo, doaremos. Melhor assim?

Kate: que jeito? - Ela sorriu. - Sim, tudo bem. Além de ser o homem mais lindo que eu conheço, você é bom e generoso. Faremos assim,mas tente se controlar.

Enquanto falavam, o bebê mexeu. Ela fez a expressão que ele já decifrava em um segundo, correu para junto dela, e ficaram sentindo o pequeno, com caras de bobos. Castle encheu a barriga de beijos. Beckett não podia negar, também estava ansiosa pelo bebê, queria saber o sexo e conhecer esse ser que mesmo pequenininho ela o amava sem medidas.

…

Alexis: Quando vão saber o sexo do bebê?

Kate: Amanhã. Só espero que consigamos, que não esteja com as perninhas fechadas! Estou tão ansiosa. ...

Castle: E assim que souber vai pedir licença da delegacia, né amor?

Kate: Rick! - O repreendeu. - Já falamos sobre isso mil vezes. Quando fizer seis meses eu peço. Calma.

Castle: É que fico preocupado com o bem estar de vocês.

Kate: Preocupação válida, mas tenha moderação. Vou só finalizar e organizar meus casos, toda a papelada deixarei em ordem, não vou pegar mais nenhum caso e aos seis meses saio, vou só me dedicar ao bebê.

Castle: Que assim seja, estou de olho na senhora.

A beijou na testa, ela revirou os olhos fazendo Alexis sorrir.

Alexis: Ele é assim mesmo, muito exagerado.

Kate: Quer carona, Alexis?

Alexis: Sim.

Kate: Amor, não esqueça, amanhã às 14:00 é o ultrassom.

Castle: Como vou esquecer se aguardo por isso, desde o dia que me falou da gravidez?

Kate: Ok. Beije-me que estou atrasada, não vou usar a gravidez como desculpa.

Castle beijou os três, a esposa, a filha e a barriga, e falou manhoso com o bebê.

Alexis: Mas se atrasar, não será desculpa,será por causa da gravidez mesmo!

Elas riram e saíram.

No dia seguinte, eram 13:30 e Kate chegou até a clínica, estava com a Alexis.

Beckett ligou para o Castle e ele não atendeu.

Kate: Onde será que seu pai está? Desde às 13:00 que ele disse que estava vindo a clínica.

Alexis: Vou ficar tentando.

A hora do exame chegou e ela estava aflita. Não tinha chegado e nem conseguiu falar com o ele.

Ela se preparou, o exame começou e Alexis ficou com ela na sala, as duas se emocionaram com a imagem do bebê, o som das batidas do coração e a descoberta. A médica disse que era uma menina, estava normal e saudável. Kate abrasou Alexis e elas choraram. Além da emoção do momento, elas estavam preocupadas.

Kate: Sei que alguma coisa muito grave aconteceu, ele nem dormia pensando na hora do exame, saber o sexo do bebê.

Alexis: Deve ter sido apenas um contratempo. Vamos para casa, logo ele aparecerá com uma história mirabolante.

Elas torciam para que isso acontecesse, mas sabia que ele não faria aqui por um motivo banal.

…

Martha: Katherine, é melhor você deitar. Descanse, assim que tiver notícias, te aviso.

A contragosto, ela o fez, estava cansada, tomou um banho rápido e colocou uma camisola confortável, deitou, mas não conseguia nem fechar os olhos.

Um tempo Depois, Martha recebeu uma ligação de um número desconhecido. O carro de Castle estava abandonado numa rua, num local de um acidente, mas não foi encontrado.

Lanie e os amigos também foram informados.

Esposito: Lanie, vá ficar com Beckett e a família dele e eu e Ryan vamos tentar descobrir o que aconteceu.

…

Chegando ao loft, Lanie encontrou Martha muito nervosa, além de não saber o paradeiro do filho, como contar para Katherine?

Lanie: Eu sei que a situação é complicada, mas é melhor ela saber por nós, do que por outros. Castle é uma pessoa famosa, pode virar a estar nos noticiários. Será pior assim.

Martha concordou, e as três com calma passaram a relatar o que estava ocorrendo.

Lanie: Precisa ser forte agora.

Kate: Como? Faz pouco tempo que passei a respirar mais aliviada pela minha mãe, um peso foi me tirado das costas. Desde então, passei a fase mais colorida da minha vida, casada e grávida do homem que amo e agora isso?

Martha: Não podemos dizer que sabemos o quento você sofreu, mas agora precisa de mais forças do que nunca. O bebê precisa de você.

Ela assentiu, suas lágrimas escorriam por sua face.

Kate: Eu preciso ir lá, saber o que aconteceu.

Martha: Não querida, pode ser perigoso.

Lanie: Tudo bem Martha, eu vou com ela, a conheço, é melhor estar comigo do que ela fugir durante a noite e ir sozinha. Vocês ficam aqui para qualquer notícia, e eu não vou desgrudar a da barrigudinha.

Elas concordaram, Beckett arrumou-se e logo ela e Lanie chegaram ao local do acidente.

Já estava escurecendo. Esposito e Ryan se aproximaram. Abraçaram a detetive, apoiando-a.

Kate: O que descobriram?

Ryan: Só que houve uma batida, provavelmente proposital, no carro de Castle, que o jogou para fora de estrada. Venha. - Mostrou o local das marcas de pneu, e mais ao longe, o carto, que se chocou numa árvore. - O Airbag foi acionado, há pouco sangue no local.

Kate: Certeza que sobreviveu?

Ryan: Sim, ao acidente sim. Ele, provavelmente, saiu pela porta esquerda, não sabemos se com ou sem ajuda.

Esposito: Encontramos o celular, a carteira e dinheiro. Assalto não foi.

Kate: Conseguiu algo com o celular?

Esposito: Tori está checando com a operadora, o aparelho em si está muito danificado. Venha ver.

Deram alguns passos.

Esposito: O Celular foi encontrado aqui.

Kate: Uma boa distancia do carro.

Esposito: É sim, não caiu acidentalmente e nem Castle nos deixou uma pista. O aparelho foi pisoteado várias vezes, foi destruído de propósito.

Eles analisavam o que acontecia. Kate segurava-se para não desabar, não queria prejudicar o bebê.

Ela afastou-se um pouco. Já estava escuro, só havia as luzes dos carros e das viaturas.

Kate: Castle onde você está? Tenho certeza que está vivo, mas está preso contra a vontade. Então lute e sobreviva para mim, para nós. Quero te dizer pessoalmente que do nosso amor concebemos uma menininha saudável, que tenho certeza que será linda. Não vou ligar e nem ficar com ciúmes, se ela se parecer com você. Apareça, por favor, para me dizer que estava certo o tempo todo, que quer colocar o nome mais estranho nela e eu puxar suas orelhas. - Chorava e acariciava a barriga. - Volte para me irritar e me tirar do sério enchendo o loft de tralhas, coisas que jamais deixarei você colocar a nossa filha dentro. Como aquele trem elétrico gigante que comprou dizendo que dá para o bebê subir e dar voltas com você. Vê que não sou "maluca" para deixar?

Volte, por favor, preciso que segure minha mão, preciso ouvir sua voz, me dizendo que tudo dará certo. Que não preciso sentir medo, que nada de ruim vai acontecer. Que o bebê nascerá saudável, com os seus olhos azuis. Que eu preciso a aprender a trocar fraldas, que não vai sozinho limpar a "caquinha" que ela fizer. - O choro era compulsivo. - Para implicar com a sua mãe, que é mais exagerada que você. Para não deixar a Alexis com ciúmes, dizer a ela que nunca será substituída.

Preciso ouvir você dizer mais uma vez, que serei uma boa mãe. E que deixarei você passear com o bebê de Ferrari e eu dizer "nunca". ... Preciso que volte, porque eu te amo ... e preciso que volte para me amar.