“Conseguimos um nome!” – ele diz impaciente:

“Sim, sim e qual seria?” – ela responde:

“ Tutmósis II!”– Will pergunta curioso:

“Quem é esse?” – Dana e Jenny reviram os olhos, Jenny diz irritada:

“Definitivamente mãe vai saber disto!” – Dana diz empolgada:

“Tutmés II ou Tutmósis II foi o quarto rei da XVIII Dinastia egípcia. O historiador Manetão atribui-lhe um reinado de treze anos, mas este valor é disputado por alguns egiptólogos e arquiologos (incluindo mãe), que consideram prováveis, ele ter reinado apenas três anos. Ele deixou poucas inscrições nos monumentos e é pouco referido nas autobiografias da época do Império Novo.”

Ela continuou enquanto eles entravam mais na tumba:

“Ele era filho de Tutmés I e de uma esposa secundária, Mutnefert, ele ocupava uma posição relativamente inferior à da sua meia-irmã Hatchepsut, que era filha de Tutmés I com a sua esposa principal. Para reforçar a sua legitimidade real, Tutmés II casou com Hatchepsut, que se julga ter sido uma pouco mais velha que ele, o casamento entre irmãos ou meios-irmãos era comum no Antigo Egipto entre membros da família real. Ele teve duas filhas com Hatchepsut, as princesas Neferure e Neferubiti. Com a sua esposa secundária, Ísis, gerou o futuro rei Tutmés III, que declarou seu herdeiro antes da sua morte.”

Will perguntou curioso, ele adorava ouvi-las falando sobre Arqueologia, elas eram tão parecidas com sua mãe nesse sentido:

“E o que mais ?” – Jenny completou:

“Existem vários documentos que se referem às suas campanhas militares, mas alguns arqueólogos duvidam que o próprio tenha liderado pessoalmente essas campanhas, em vez disto, estes teriam sido protagonizadas pelos seus generais. No ano um do seu reinado esmagou uma revolta na Núbia, que teria levado ao fim do reino de Kush. Sabe-se também que houve uma campanha contra beduínos do sul da Palestina, há quem sugira que devido à fraca saúde de Tutmés II, sua esposa Hatchepsut pode ter sido a verdadeira soberana durante este período. Isto também explicaria o fato de Tutmés II ter nomeado o seu filho como sucessor antes de morrer, talvez para impedir o avanço de sua esposa como monarca do Egipto.”

Jenny parou de falar enquanto analisava os símbolos e as figuras ela entendeu o que estava vendo e pelo seu semblante, não pareceu ter gostado em nada do que leu. Willian ficou inquieto com o silêncio dela e Dana pediu:

“Jenny, o que está escrito.” – ela fez careta e leu:

“Ouçam, todos os que têm que ser os que vivem e tem existência. Evitem esse lugar abandonado por tudo que é ou foi sagrado. Eu que pequei, matei inocentes. Eu fundi terror com prazer, vida com morte. Por isso Inpu me protege.”

Willian olhou com medo para Dana e perguntou:

“Quem é Inpu?”– Dana revira os olhos e diz:

“Sério maninho?” – ele não responde, ela suspira:

“Na língua egípcia, Anúbis era conhecido como Inpu, também grafado Anup, Anpu e Ienpw.” - ela olhou para ele séria:

“Por favor, me diga que pelo menos Anúbis você sabe quem é! “– ele sorriu:

“Anúbis é o nome dado pelos antigos gregos ao deus com cabeça de chacal associado com a mumificação e a vida após a morte na mitologia egípcia. Anúbis é considerado o deus dos mortos mais importante, sua menção mais antiga está nos textos das Pirâmides do Império Antigo, onde frequentemente é associado com o enterro de Faraó.” – ele disse num sorriso atrevido:

“Eu só estava te provocando, mana!”

Ao termino da explicação eles escutaram um barulho logo atrás deles, olharam um para o outro e procuraram a fonte do barulho. Ficaram em silencio e não viram ou ouviram nada.

Eles continuaram a verificar as escritas na parede, Dana encontrou algumas coordenadas e entre elas uma espécie de pequenas fendas ovais, Dana passou delicadamente o dedo e se lembrou das esferas que pegou, ela tirou-as do cinto.

Ela verificou as esferas e cinco delas se encaixavam perfeitamente, ela as colocou, um feixe de luz a cegou momentaneamente. Willian e Jenny gritaram colocando a mão a frente do rosto:

“O que diabos você fez Dana!”

“Nada!” – Jenny gritou brava acima do barulho:

“DANA NÃO MINTA! É CLARO QUE VOCÊ FEZ ALGUMA COISA!” – ela disse gaguejando:

“Eu, eu, eu só encaixei as esferas que pegamos, ali onde estão estas coordenadas, e apareceram estas outras coordenadas!”

“VOCÊ SÓ ENCAIXOU AS ESFERAR!” – ela suspira e diz num tom mais baixo “Como se isso fosse pouco!”

Jenny observou atentamente as novas coordenadas que surgiram, e viu que após colocar as esferas surgiu uma porta, ela se apoiou na porta e ia falar com seus irmãos, porém pequenas lanças de 5 and 7cm cada, começaram a voar de todos os lados, Jenny se jogou no chão e Dana ficou para olhando quando Willian se jogou sobre ela recebendo quatro lanças, uma na perna direito, duas nas costas e uma no braço direito, ele se levantou e retirou as flechas que conseguiu, foi quando surgiu das sombras atrás deles, ele viu surgir algo enorme, e estava se aproximando rapidamente na escuridão, não era um felino nem um cão, foi quando Willian percebeu o que era e engoliu em seco, vendo a criatura um Chacal enorme, ele se levantou e chamou a atenção de suas irmãs, tentando ao máximo parecer tranquilo:

“Dana? Jenny?” – as duas olharam para ele que estava com a camisa coberta de sangue que escorrendo pelo braço também, ele nem ligou e tirou uma das lanças das costas, elas disseram juntas:

“Ahn... Will! Você ...”– ele abanando a mão como se não fosse nada e disse:

“Eu estou bem! Minha preocupação agora é que temos péssima companhia!”

Jenny e Dana se viraram para onde seu irmão estava apontando e viram surgir a sua frente algo enorme aterrorizante que mostrou os dentes, Dana gritou horrorizada, Jenny sacou seu blaster, mas quando ela pensou em atirar a criatura já a tinha atacado no braço, ela virou e atirou, mas a criatura sumiu e surgiu logo atrás de Willian atacando-o sem nenhuma piedade, em uma tentativa para fugir, Will tentou correr para a outra extremidade da sala, mas não conseguiu, o animal enfurecido atacou-o mais uma vez, desta vez o acertou na coxa esquerda rasgando profundamente a carne deixando um rastro de sangue por todo chão.

Jenny atirou na criatura, que sumiu na penumbra, Will tentou estancar o próprio sangramento, Dana chegou perto, mas ele a dispensou dizendo que estava tudo bem e pedindo para que ela tenta-se abrir a porta, Jenny foi à seu socorro.

Jenny retirou a camisa dele, a rasgou e passou em volta do ferimento tentando estancar o sangramento,ela estava se amaldiçoando por ter esquecido o manipulador na barraca. Dana se concentrou ainda mais em conseguir abrir a porta, porém eles ouviram novamente o mesmo barulho, respirando ofegante Jenny arrastou Willian até onde Dana estava, Will disse:

“Vamos Dana! Abra a porta, você consegue! Eu sei que você consegue!”

Ela olhou aquela numeração sem esperança, ela não conseguia se concentrar, Jenny pegou na mão dela e disse suave:

“Respire Dana, respire, eu sei que você consegue!” – ela respondeu:

“Certo!” e se concentrou o máximo que pode, os números começaram a saltar na frente dela, como se estivessem em uma tela 3D e então ela entendeu o que teria que fazer, mas o animal veio com tamanha velocidade a assustando, ele tentou atacá-la, porém Jenny atirou e ele sumiu na penumbra novamente.

Dana desesperou-se, seus corações dispararam e ela não conseguia se concentrar, Jenny estava com o blaster em mãos pronta para atirar em qualquer coisa que se mexe-se, Will tentou acalma-la:

“Acalme-se maninha, concentre-se!” – e ele ficou segurando a mão dela, ela fez o que ele pediu, fechou os olhos, e mentalmente fez as coordenadas, ela abriu os olhos e colocou as esferas na sequencia certa e a porta se abriu com um ranger ensurdecedor, e eles ficaram maravilhados com o que viram, Dana exclamou:

“Nós finalmente chegamos ao fundo do mortuário! Oh meu Deus é lindo!" - elogiou Dana em seu tom acentuado adolescente inocente:

"Olhe para todas essas gravuras, estatuas e as estruturas estão intactas mesmo depois de todo esse tempo!"

"Provavelmente, não é seguro, aqui também" Jenny lembrou. "Não vamos entrar em qualquer lugar até que tenhamos avaliado tudo!" – Willian disse:

"Precisamos fazer uma ampla varredura, uma vez que chegarmos ao outro salão, assim nós teremos certeza de qualquer entulho, pedra, estatua ou coisa decida vir atrás ou em cima de nós." – Dana disse sarcástica:

"Espero não encontrar nada além de um monte de terra e escombros.”

Dana começou a varredura com scanner , ela pressionou a tela algumas vezes e a imagem se espalhou para fora do quadro e foi diretamente em frente a eles e deu a localização do que ela tinha pego. Willian perguntou ansioso:

"O que encontramos?" - Dana respondeu insegura:

"Eu não tenho certeza”- lendo as informações da máquina a única informação que deu foi que a coisa era algum tipo de objeto artificial, construído a partir de um material primitivo que ela ainda não conseguiu identificar, ela disse :

“Precisávamos chegar mais perto.”

Eles começaram a andar devagar, Jenny ajudou Willian, ele ainda estava sangrando bastante e estava começando a se sentir tonto, mas não queria preocupar suas irmãs, por isso decidiu continuar lentamente tentando não chamar a atenção, eles já tinham preocupações demais:

Jenny instruiu Dana para arrumar o scanner para que pudesse movê-lo a uma distancia de até três quilômetros a frente, e ela o fez. Após cerca de 5 minutos mais ou menos, eles chegaram a uma ante-sala que era incrivelmente velha, como tudo lá, e parecia que poderia entrar em colapso sobre si mesmo a qualquer momento.

"Bem, nós temos que descobrir o que está lá embaixo" Jenny disse. "Então, vamos configurar aqui e ver se a máquina pode fazer a varredura ampla para nós."

O espaço era estreito e não havia muita estrada plana a partir de todas as rachaduras e erosão, elas fizeram o melhor para configurar o scanner, depois de alguns minutos, a máquina detectou o objeto novamente, desta vez, poderia nos dizer que ela foi feita a partir do material antigo de pedra, algo que ninguém usava para construir qualquer coisa nestes dias.

Will estava pensativo:

"O que é tão importante sobre a coisa que estamos procurando?" - Dana disse insegura:

“Sinceramente não sei Will, só iremos descobrir quando acharmos!” - depois de mais um número de minutos, a máquina começou a compilar uma imagem, Dana ficou olhando para o scanner e chamou Jenny:

"Jenny o scanner me diz que há algum tipo de estátua." – Jenny sentiu um arrepio frio subir pela espinha e perguntou chegando perto do scanner:

"Como a imagem de um deus?” – Dana disse olhando para a tela:

“Não se parece mais com um anjo ...” – passado alguns segundos a tela mostrou a grande estátua de um anjo de pedra que estava a frente deles não mais que um kilometro, as mãos protegendo o seu rosto como se estivesse chorando, Jenny engoli em seco:

"Desligue-o!" - ela gritou - "Desligue isto agora!"

Dana foi obrigada a desligar, rapidamente fechando a imagem e reduzir a tela de volta ao scanner, ela perguntou confusa:

"O que é isso? O que há de errado?"

Jenny mal podia respirar do medo que ela sentia! Droga, ela havia trazido seus irmãos para um inferno, eles estavam basicamente presos, presos com um Anúbis de um lado e com anjos chorando do outro.

"Pensando melhor Dana, mantenha o scanner funcionando, mas não fique olhando diretamente para tela, entendeu?” - Dana fez que sim com a cabeça e Jenny completou - “ Eu preciso ver uma coisa!” - Jenny precisava ter certeza do que estava enfrentando, ela ficou olhando para a tela mais uma vez e seu maior medo foi concretizado, o ponto na tela havia se mudado para um nível acima. Jenny disse irritada:

“Merda!”

Will perguntou confuso:

“O que? O está de errado?” - Dana disse com os olhos arregalados:

"Ele se moveu! Como é que essa coisa pode se mover?" – Jenny disse olhando para todos os lados, tentando uma rota de fuga:

"Precisamos sair daqui!" – Willian e Dana disseram juntos:

“Como?” – Jenny gritou:

"Inferno, estou pensando, só sei que precisamos sair daqui, agora!" - Dana gritou:

"Jenny!" – ela olhou para a tela para ver que o anjo não estava mais lá, olhando para cima, ela viu um breve vislumbre da imagem sombria no escuro.

"Merda! Dana comece a correr, eu estou bem atrás de você!"

Dana sabia que não podia desobedecer, de modo que começou a correr de volta de onde eles tinham vindo. Jenny agarrou Will pela cintura e começou a arrastá-lo o mais rápido que eles poderiam correr, mantendo os olhos na sombra da estátua, Jenny percebeu que Willian estava mole, e ela realmente o estava arrastando, ela parou para ver Willian que estava inconsciente em seus braços, ela se desesperou:

“Vamos lá Will, agora não, por favor, acorde, respire!”

Dana ouviu Jenny gritando com Will e parou virando-se para ver o que estava acontecendo foi quando ouviu o grito de Jenny:

"Nãoooooo, Danaaaaaaaa "