River acordou de um “pesadelo”, assim que abriu os olhos foi de encontro com pequenos olhos verdes a observando, ela abriu um sorriso imenso e disse suave:

“Olá, pequeno Pond!” – ele colocou as pequenas mãozinhas em torno da bochecha de River e encostou a testa na sua e disse:

“Oi, Riv!” – River sorriu para seu irmão e disse:

“Também, senti sua falta!” – ele abraçou River e se aconchegou nos braços dela.

“Gosto do seu cheiro!” – ela sorriu mais ainda, e passou os braços em envolta dele, puxando-o para mais perto, ele disse suave:

“Você está triste, por quê? Pesadelo?” – ela suspirou e disse num sussurro:

“Não é nada meu amor, não se preocupe!” – ele fez a mesma cara de Amy quando está brava e disse:

“Alguma coisa sim!”- River riu e beijou-lhe a testa, ela ia responder-lhe quando Amy chegou à porta sorrindo e disse:

“Então é aqui que você está se escondendo rapazinho!” – Amy sorriu para a cena dos seus filhos juntos, Antony disse colocando um sorriso:

“Riv, pesadelo, eu ficar com ela!” – Amy olhou preocupada para River, que discretamente balançou a cabeça como informando que não era nada, mas Amy lhe deu um olhar que isto não iria ficar assim, Antony percebeu a troca de olhares e disse num tom preocupado:

“Foi errado falar?” – Amy o tranquilizou:

“Não meu amor, está tudo!” – ele olhou para River com olhos cheios de lágrimas, ela disse suave:

“Está tudo bem!” – ele disse inseguro:

“Mesmo?”

“Sim, que tal irmos comer? Está com fome?” – Antony deu um enorme sorriso e se colocou de pé, puxando a mão de River dizendo:

“Dedos de peixe e creme?” – ambas as mulheres riram e Amy disse:

“Sim, pode ser?” – River apenas confirmou com a cabeça.

Amy abraçou River e desceram as escadas caladas. Amy sabia que enquanto Antony estivesse acordado ela não conseguiria obter a verdade de River, pois quando ela estava lá, Antony conseguia toda a atenção de sua irmã a ocupando quase o dia todo.

River ajudou Amy a fazer os peixes com creme, e se deliciou como se há milênios não comia algo tão delicioso, Amy riu e Antony ficou confuso:

“Riv, você não gosta disso, porque está comendo?”

“Porque está delicioso!” – ele concorda:

“É mamãe acertou dessa vez!”- Amy protestou:

“Ei eu sempre acerto!” – River e Antony trocaram um olhar de cumplicidade que fez Amy sorrir.

River passou o dia ao redor de Antony, o que não era incomum quando ela estava lá, já que seu irmão a consumia, mas de um jeito muito bom, era difícil River passar um dia inteiro com eles, então ele aproveitava o máximo de sua companhia.

Amy sabia que na verdade River estava fugindo da conversa que inevitavelmente elas teriam. Amy não ia deixar passar, não dessa vez. Estava tarde e Antony apresentava sinais de cansaço, mas se recusava a ir para a cama, ele estava dormindo no colo de River enquanto ela estava lendo para ele e River fechou o livro e ia levá-lo para cama quando ele protestou entre bocejos e esfregando os olhos.

“No, Riv, eu acordado!”

River sorriu e disse suave:

“Eu sei meu amor! Nós vamos subir e trocar de roupa e aí continuamos no seu quarto, tudo bem?”

Ele concordou sonolento e apoiou à cabeça no seu ombro fechando os olhos, River subiu com ele no colo e o ajudou a trocar de roupa, deitou-se na cama ao lado dele, ele se aconchegou perto dela deitando em seu colo, ela abriu o livro, mas ele logo pediu sonolento:

“Riv, contar uma historia?” – ela sorriu e disse suave:

“E não é o que estou a fazer?” – ele abanou a mãozinha e disse apontando para o livro:

“Não, não este historia! Historia de aventura!” – ela o questionou:

“Qual historia meu amor?”

“Historia do homem maltrapilho na caixa azul!”

River abriu um sorriso triste que não passou despercebido por Antony que perguntou alarmado:

“Que foi Riv? Porque está triste?” – ela tentou ao máximo não derramar as lágrimas que insistiam em embaçar sua vista, ela amaldiçoou os hormônios por isto, e disse suave, mas com a voz embargada:

“E qual historia você quer?”

Ele fez cara e bocas pensando, o que fez River rir, ele colocou os dedos nos lábios e fez uma cara feliz quando finalmente decidiu:

“Aquele que o mundo acabou!”

“Qual meu amor? O dos Romanos?” – ele fez careta:

“Não, não, esse mamãe conta sempre, eu quero aquele da Pirâmide!”

O coração de River falhou quando ela percebeu qual ele queria, ela tentou não demonstrar suas emoções e perguntou tentando parecer distraída:

“Porque escolheu este, meu amor?”

Ele fez carinha pensativo tentando decidir, finalmente falou:

“Uhn, eu gosto do jeito você conta e gosto da parte do casado para salvar tudo!” – no tudo ele fez um gesto com a mãozinha no ar, ele olhou esperançoso pra ela:

“Você contar?”

Ela sorriu para ele, mas o coração ainda em desalento:

“Claro, meu amor, claro que conto!”

Ele se aconchegou mais nela e disse:

“Desde o começo?” – ela sorriu para ele:

“Sim, desde o começo!” – ele sorriu e lhe deu um beijo ela sorriu de volta e disse suave:

“Pronto?” – ele disse animado:

“Simmmmm!”

Ela começou a narrar à aventura, no meio da história ele já estava dormindo, ela continuou até ter certeza que ele estava dormindo profundamente, levantou-se e parou no batente da porta olhando por alguns segundos, desligou a luz e saiu, era hora de enfrentar sua mãe, mau fechou a porta encontrou Amy na escada, ela disse:

“Ele dormiu!” – Amy sorriu para ela:

“Você leva jeito, quando não está aqui demora muito mais tempo para fazê-lo pegar no sono!”

River apenas sorriu triste, Amy disse firme:

“Vem, vamos descer, vou fazer um chá para nós, enquanto você me explica melhor o que está acontecendo!”

River gemeu, mas fez o que sua mãe pediu. Elas ficaram lá sentadas e quietas alguns minutos, apenas desfrutando a companhia uma da outra, mas Amy percebeu que River restava um pouco desconfortável, mas Amy estava irredutível, ela queria entender o que estava acontecendo entre sua filha e o Doctor.

A água apitou na chaleira, Amy desligou e colocou uma xícara para cada e disse:

“Muito bem Melody, pode começar, o que aconteceu exatamente?”

“Mãe, eu não...” –Amy disse firme em seu sotaque escocês:

“Vamos Melody, me diga, porque ele não quer o bebê?”

River estava com lágrimas nos olhos, esses malditos hormônios estavam fazendo-a perder o controle emocional por qualquer coisa, ela não estava gostando nada disso, disse num sussurro tentando a todo custo persuadir sua mãe:

“É complicado!”

Amy sabia muito bem o quão complicado isso era, ainda mais por ter conhecido Dana, foi um jeito wibbly-wobbly-timey-wimey, mas ela conheceu sua neta, ela balançou a cabeça afastando os acontecimentos daquele dia, ela insistiu:

“Temos a noite toda se for preciso!”

River suspirou em desacordo, mas não tinha outra maneira, sua mãe não iria desistir tão facilmente e bem ela precisava falar:

“Ok então, desde o começo!”