Como Conquistar Um Magnata. escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 29
Capítulo vinte e nove - Um dia de sorte.


Notas iniciais do capítulo

BOA TARDEEEE MOÇADA!



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Capítulo vinte e nove – Um dia de sorte.

POV Eddie.

Ali estava Emmett tentando inutilmente fazer o nó da sua gravata. Eu queria rir dele, mas estava sendo condescendente. Eu me lembro do dia do meu casamento – o frustrado. Foi horrível, mas a hora antes de tudo, na hora em que eu me arrumava, me sentia como se estivesse pronto para lutar uma guerra. Em que eu venceria. Era assim que Emmett se sentia agora, ele estava lá tremendo, e eu só conseguia lembrar-me de tudo que ele vivera para chegar até ali.

...

— Você precisa respirar! Se vai mesmo fazer isso, tem que ter calma cara. Está soando! — Exclamei para meu irmão, ele me encarou e eu sabia que queria me socar. Nós estávamos seguindo Isabella e sua irmã, ambos com desejos ainda ocultos, mas que queríamos revelar. Não a nós, mas aquelas mulheres.

— Cala a boca, Edward, porra! — Emmett ficou puto. Abriu a boca para chamar por Isabella, eu o impedi.

— Você já sabe o que vai dizer?

— Isabella! Isabella!

— Caralho, Emmett! — Chutei seu pé.

Nós dois éramos os Cullen disfarçando o luto em uma caçada contra mulheres. Mas meu pai poderia nos perdoar, aquilo havia começado um pouco antes. Na verdade, um ano antes, Emmett ainda era só Irina, enlouquecidamente apaixonado, até que um dia ele chega à Cullen Inc. e encontra a nova secretária do meu pai. Ambos a estávamos olhando-a da mesma forma. Rosalie parecia uma atriz pornô, não por ser vulgar, mas por estar habitualmente interpretando um papel de secretária, onde parecia uma das protagonistas do filme pornográfico preferido de Emmett. Lá estava ela, com saia na cintura, meias-calça, salto alto e uma blusa branca, com um decote inocente, mas que já fazia Emmett ficar duro. Ele mesmo dizia isso o tempo todo. Então tudo desandou na vida dele, eu posso dizer que a única coisa que sobreviveu foi o futebol, o resto estava pelos ares. Logo Irina, sua tão adorável namorada, era carta fora do baralho. Foi jogada para escanteio tão facilmente. Eu perguntava o que Emmett tinha, enquanto eu passava um inferno pelo término com Kate, ele descartou a namorada de anos e passou a perseguir a secretária do nosso pai como um cachorro babão.

Carlisle percebeu. Um dia Emmett estava trancado com ele em sua sala, e nosso pai gritava em sussurros que ele era um bastardo que não conseguia guardar o diabo das bolas dentro das calças! Aquela tinha sido palavras dele. Emmett estava terminantemente proibido de ir à empresa. E principalmente de chegar perto de Rosalie. Para o meu pai ela era uma funcionaria excelente, odiaria ter que dispensá-la por se envolver com um de seus filhos. Lá estava o homem de terno sendo o diabo em pessoa. Deus que o livre de ver um de seus filhos casado com sua secretária! Uma secretária! Já bastava Alice... Para ele, apesar de ser sua garotinha, havia sido uma decepção quando se apaixonou por um detetive frustrado. A qual ela deu nome, um escritório e até mesmo lhe arranjou os primeiros clientes.

Mas então, nosso pai morreu. Era o jeito de Emmett reagir. Ele estava desviando sua atenção. A irmã de Rosalie, Isabella, havia ido ao velório, e eu a reconheci, mesmo que seca. Sabia claramente que ela havia me reconhecido também. Tânia a derrubara, Tânia a reconheceu também, mas eu sabia que estava fingindo que não, como eu sabia que ela esteve ali, o tempo todo, grudada em mim, por um amor sem noção pela irmã. Acho que Tânia sentiu minha conexão estranha com a irmã da minha secretária naquele dia. Ela só queria proteger, o que de acordo com ela, era de sua irmã. Não deu certo.

Aqui estamos nós. O tapado do meu irmão chamando ela após a missa de sétimo dia do nosso pai.

— Você não me ligou! — Ele reclamou. Isabella estava visivelmente sem jeito. E eu me lembrei de Emmett, há uns dias atrás eu havia indagado com ele sobre Isabella, perguntado suas intenções, ele fora claro sobre elas, dizendo que tinha intenções com Rosalie, é claro que eu fingi não saber toda a sua obsessão por ela desde o começo.

— Você gosta da minha irmã — Ela desconversou, rindo até ao declarar isso. Emmett parecia um pimentão vermelho.

— Gosta — Eu concordei, tentando soar amigável, mas saiu longe disso.

— Cala a boca, Edward! — Emmett ralhou — Por que você não me ligou, Bellita?

Eu quis socar ele. Mas fiquei quieto.

— Ah, Emmett... Eu só... Foi mal — Assumiu, Emmett revirou os olhos. E eu queria ouvir mais da voz dela, mas ao mesmo tempo eu sabia que estava sendo o bastardo sombrio novamente.

— Você gosta de correr? — Emmett perguntou. E eu queria correr para longe dali.

— Correr? — Ela perguntou visivelmente confusa. Eu também estava — Ah, eu não sou muito boa nisso, Emm.

— Ah, que nada Isabella! Eu e Edward corremos todos os dias da sete até as oito. E eu estive pensando... Você e Rosalie tem uma ótima forma física... — O que diabos ele está falando? Nós gostamos de correr, desde quando?

— Ele quer saber se vocês gostariam de companhia para as corridas matinais. — Bom, eu fui à dele. De uma coisa ele estava certo, elas estavam mesmo em forma.

Ela riu, ela simplesmente riu e eu sabia que não tinha engolido aquilo.

— Bom, eu vou falar com Rose... — Disse — Eu ligo para dar a resposta. Até logo, rapazes.

Emmett e eu ficamos em silêncio, enquanto víamos seguir com sua família. Rosalie aceno de longe, nós acenamos de volta e elas se foram. Quando estava longe da nossa vista, eu chutei a canela de Emmett.

— Corrida matinal? Seu idiota! — Emmett gemeu de dor, pulando de uma perna só.

— Isso doeu, Edward! — Exclamou ele.

— Convidar para um jantar! Essa deveria ter sido sua ideia, inteligente! Para você, correr é legal. Agora eu só uso uma caneta durante meu dia! Se eu passar vergonha com isso, mato você, seu idiota.

...

— Se Rosalie soubesse de tudo, hein. Seria a mulher mais feliz desse mundo — Eu disse, o ajudando com o nó da gravata.

— Nem ouse. Tem coisas que as mulheres, principalmente uma como Rosalie, não precisam saber — Ele disse. E estava estampado em sua testa, nada havia mudado. Ele ainda a amava como no primeiro dia.

— Os homens Cullen tem essa de se apaixonar a primeira vista.

— Pobre Mason... — Debochou Emmett, nós rimos.

— Torcerei para que seu primeiro filho seja uma menina — Brinquei, assim que terminei o seu nó. Emmett se olhou no espelho, ele estava pronto.

— Espero que não, ou estarei preso antes mesmo que ela se forme na escola... Espero que seja um menino.

— Fica tranquilo. Será. É a ordem da nossa família.

Ele riu e eu o deixei sozinho, saindo do quarto. Encontrei com Bella no corredor, fazendo guarda na porta do meu antigo quarto, onde Rosalie estava terminando de se arrumar. Ela sorriu grandiosamente para mim, estava ali, de pé, e eu quis matar minha cunhada por isso. Grávida de oito meses, enorme, não deveria ser ela a cumprir essa missão. Caminhei para minha esposa.

— Você está absolutamente linda, senhora Cullen — A abracei delicadamente, beijando-a.

— Você certamente está mais bonito que o noivo — Ela brincou, acariciando meu rosto. Eu não podia olhá-la sem pensar no quanto eu a amava.

— Eu nunca disse isso para você — Iniciei, Bella me olhou com atenção — No dia do nosso casamento. O primeiro, certo? — Ela riu, mas ficou tensa — Quando eu entrei no quarto, após tudo ter acontecido, eu hesitei em me aproximar...

— Mas... Por quê? — Ela questionou confusa.

— Você parecia um Anjo... Era a noiva mais linda que eu já vi na vida. Então eu quis arrastar Alice pelos cabelos, quebrar seu tablet e casar com você. Não tinha mais nada que eu queria naquele momento.

Os olhos de Bella encheram-se de lágrimas. E eu me arrependi por não ter feito aquilo que eu queria. Ter arrastado Alice, abafado o escândalo e me casado naquele dia. Bella me daria a noticia no altar, de que teríamos um filho, e então, tudo seria estreitado e com o tempo, esquecido. Talvez Alice estivesse bem... Mas tudo não passa de um talvez. E eu estou feliz agora. Feliz como nunca estive.

— Amo você — Ela disse, eu a beijei novamente.

— Mas quer saber de uma coisa? — Perguntei, ela sorriu — No nosso casamento, o de verdade, você estava incrivelmente mais linda. Acho que era a gravidez.

— Meu vestido parecia uma toalha de mesa! — Ela lembrou, eu ri — Talvez um dia nós devêssemos contar detalhadamente os acontecimentos daquele dia para nossa família?!

— Talvez... No futuro — Continuamos rindo.

xXx

Eu dirigi para a igreja com Emmett, Jasper, Osmar. Quando chegamos, Emmett foi conversar com o padre que celebraria a cerimonia, enquanto eu conversava com Charlie, que já estava lá, recebendo os poucos convidados que estavam chegando.

— Como estão as coisas em casa? — Ele perguntou, enquanto sorria pra um de seus amigos.

— Estão bem! De acordo com Bella, elas sairiam depois de nós. Estarão chegando a qualquer momento. Vamos esperar lá fora?

À medida que esperávamos, mais convidados chegavam, ocupando os lugares vazios. Eu sempre imaginei que o dia do meu casamento seria assim, afinal, era isso que Kate havia planejado. Um grande casamento, na maior Igreja da cidade. Onde a impressa estaria ali para registrar todos os momentos. Contraria uma equipe para fazer um filme, esse era o sonho que eu sonhava, somente por ser o sonho dela. Já Emmett queria fazer as coisas grandes, por simplesmente querer exibir sua felicidade ao mundo. Para ele, aquele a conquista significava algo. Infelizmente, nosso pai teve que morrer para que ele obtivesse aquilo que mais queria. De qualquer forma, para que todos nós tivéssemos isso.

Deixei meus pensamentos de lado quando a grande limusine preta estacionou. Charlie, Osmar e eu andamos praticamente correndo para o carro. Abrimos a porta, Jasper apareceu em seguida, ele levaria Renée para o altar, representando meu pai. Esme foi a primeira a entrar, para ficar ao lado de Emmett, Charlie ajudou Rosalie a sair. Seu vestido era enorme, Kate provavelmente deve ter dito que ela estava parecendo alguma princesa de contos de fada. Minha pequena sobrinha também parecia uma surpresa, eu a tirei do carro depois que Rosalie saiu. Havia uma enorme equipe aqui para atende-la, arrumar seu vestido, assim como os inúmeros flashes em nossa direção. Mas uma vez aquele casamento parecia com os dos meus sonhos passados.

Finalmente chegou a vez de Bella, a madrinha de casamento mais linda. Ela tinha uma feição retorcida, provavelmente cansada. Com os pés cansados e inchados, ela não conseguia ficar muito tempo de pé.

— Isso vai acabar logo, baby. Agora sorria, tenho certeza que não vai querer encontrar fotos suas fazendo careta amanhã.

— De modo algum — Ela sorriu, se inclinando para me beijar.

O cerimonialista que Rosalie contratou mais uma vez ensaiava a entrada na Igreja, a qual nós já tínhamos feito dezenas e dezenas de veze em todos os ensaios.

— O primeiro casal é Ângela e Eric! — Ele nos organizou. Bella e eu seriamos o terceiro casal, depois de nós viria Jasper e Renée, e finalmente Charlie e Rosalie.

Observamos Kate entrar primeiro, a dama das flores. Jogando rosas brancas por todo o tapete vermelho, ao som de ave Maria. Depois, a filha mais velha de Abby, com o filho mais velho de alguma amiga de Rosalie. E então, o primeiro casal. Ângela e Eric. Depois, Osmar e Abby, em seguida, Bella e eu. Foi fácil, passos ritmados, um atrás do outro, lentamente, sorrir para as fotos. Olhar a Bella docemente. Não responder aos convidados, não encarar os convidados. Afinal, tudo estava sendo documentado, e Rosalie e Emmett queriam madrinhas e padrinhos robóticos, que só sorrissem para as câmeras. Eu os entendia bem.

Bella e eu nos separamos quando chegamos ao final, Bella foi para o lado que Rosalie ficaria, e eu, para o lado de Emmett, ficando logo depois de Osmar e Eric. Observei Renée praticamente chorar e me perguntei por que a família de Rosalie, sua mãe e as irmãs, não quiseram vir ao casamento. Depois eu entendi que na verdade, quem fazia o papel de mãe era Renée. Ela foi ficar ao lado de Bella, no final, e Jasper veio para o meu e então, a marcha nupcial surgiu. Charlie e Rosalie apareceram nas portas da Igreja. Eu encarei meu irmão, e agora eu percebi a diferença entre meus antigos sonhos e os dele. Ele amava Rosalie com sua alma, e era correspondido. Esse dia não se tratava de um replay de algo que eu só imaginava em sua mente. Esse dia se tratava da felicidade de duas pessoas que estavam unidas no mesmo proposito. Não era pra agradar a ninguém, era pra ser o dia somente deles. Para a felicidade deles.

— Acho que Emmett vai quebrar o maxilar de tanto sorrir e chorar — Jasper cochichou, eu segurei o riso, novamente o reparando. Encarei Bella do outro lado da sala. Esse casamento não lembrava nada ao nosso. Nem aos nossos sonhos.

Bella e eu sonhávamos com um casamento ao ar livre. Com pássaros cantando, de dia, com cheiro de natureza e até alguns mosquitos para incomodar os convidados. Eu sabia que ela também estava pensando nisso. No casamento que merecíamos. Mas apesar de tudo, estávamos satisfeitos com a vida que tínhamos agora. E até com o nosso próprio casamento. Foi épico.

O sermão se arrastou, enquanto o padre declamava o motivo do casamento, recitando versículos da bíblia sagrada, eu via que Emm e Rose eram os únicos totalmente atentos a aquilo. E nesse momento eu agradecia pelo casamento que tive.

Eu observei durante toda a cerimonia Bella dividir-se entre sorrisos falsos e feições contorcidas, cansadas, percebi que Renée estava questionando se havia algo errado. Até Jasper ao meu lado notou minha inquietação, finalmente chegou o momento do sim. Das alianças, dos beijos. Da saída da Igreja, dos noivos recebendo aplausos e sendo inundados de arroz e eu pude correr para Bella, ampará-la e coloca-la para sentar.

— Só estou cansada, é sério — Ela disse, quando Renée a observou, ela não queria atrair atenção e sabíamos. — Ainda bem que nessa festa tem cadeiras. Rose não podia ter esperado o bebê nascer? — Resmungou, mas no fundo ela não queria que a irmã esperasse nada.

— Talvez devêssemos ir para casa, amor...

— Ah não! Você vai fazer o brinde... E eu estou faminta... Eu amo casamentos! — Ela disse, manhosa. Eu respirei fundo e minha sogra riu.

Quando saímos da Igreja, também fomos alvejados por arroz, fiz Bella praticamente correr até o carro, ouvindo-a rir e resmungar. Jasper comentou que tinha arroz até na sua bunda, nós rimos mais ainda, por mais que não quiséssemos imaginar isso.

Quando eu estacionei, em frente ao salão de festas, observei Bella grunhir. Não dava mais para ela mentir, algo estava errado. Mas eu percebi que ela também não diria na frente de Renée, Charlie, Jasper e Kate.

— Talvez devesse ir a casa buscar por sapatos confortáveis — Eu disse, Bella fez um careta, suprimindo um gemido e assentimos — Nós encontramos vocês na festa. — Disse, destravando o carro.

— Tem certeza que está tudo bem, Bells? — Renée perguntou mais uma vez, preocupada.

— Eu tenho mãe. Nós já voltamos. Com algo que não aperte o Mason.

Algo que não aperte o Mason... A frase ecoou em minha mente, quando nossos familiares saíram do carro, Bella segurou no suporte e gemeu de dor. Um gemido alto e esganiçado.

— Oh, que dia de sorte, hein filho?! — Eu disse, acelerando o carro — Nós só vamos pegar as coisas em casa, amor, e vamos direto para o hospital. Respira fundo. Vai ficar tudo bem.


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Notas finais do capítulo

Homenagem aos vestibulandos!!!! Pra quem fez ENEM hoje e se deu mal (como eu) hehehehe. Penúltimo cap ):