Capítulo dezenove – .

POV Emmett.

Eddie não estava nada a fim disso. O cara estava meio pirado, olhando para os lados, na verdade ele pensava que Bella poderia aparecer a qualquer momento. Minha irmãzinha estava o deixando louco. Eu o compreendia, as mulheres tinham esse dom... A minha nem se fala. Mas, cá estávamos nós, três homens comprometidos, indo ter uma noite de garotos. Enquanto nossas mulheres estavam juntas planejando o casamento de Bella e Eddie.

Jasper gritou para o taxista aumentar o som. Éramos três caras que iriam encher o bico esta noite. E nem a carranca do pobre taxista poderia impedir isso. O cara simplesmente acelerou e foi embora rapidamente quando recebeu sua grana. Edward, outra vez, olhou para os lados. Velho, eu quis gritar com ele. Mas só dei algumas tapinhas em suas costas.

— Nada de Bella essa noite, irmãozinho — Ele revirou os olhos, o que fez com que Jasper e eu ríssemos.

Não houve uma resposta coerente. Na verdade eu não lhe dei muita atenção. Há dois tipos de cara no mundo: os que amam e os canalhas. Nós somos os que amam, mas que nessa noite precisam da presença dos canalhas.

A música explodiu assim que entramos nos Joe’s bar. Era o lugar preferido, cheio de universitários que estão se fodendo para a vida, cheio de cerveja e palavrões. Cheio de mulheres seminuas fazendo danças e esfregando coisas em você. Coisas que você não quer que elas parem de fazer. Esse é lugar para se vir antes do casamento. Bom, há homens como Jasper que preferem vir depois de casado também. Sua primeira reclamação da noite foi:

— Sua irmã está fazendo greve de sexo!

Ugh! Sério. Essa não é uma coisa que eu queria ouvir.

— Graças a Buda que não passo por isso — Edward debateu, enquanto dava uma olhada discreta para os peitos da nossa garçonete.

*Aqui vai um fato: meu irmão sempre teve uma queda para mulheres de avental*

Ela inclinou-se sobre seus pés e nos encarou. Eu sempre achei que ela fosse paga para isso também. Paga para nos deixar eretos antes do nosso primeiro pedido.

— Três cervejas, por favor — Foi Jasper que conseguiu dizer.

— Sim, senhor — Ela saiu com aquele sorriso do demônio, quase quebrando os quadris de tanto que rebolava.

— Você se lembra da tal de Truddy, Jazz?

Meu cunhado me encarou sugestivo e assentiu, Edward me fuzilou com os olhos.

— Então... Ela era uma garçonete — Não demorou muito para que caísse na gargalhada — Edward chegou à casa podre de bêbado dizendo “Truddy. Maldita Truddy... O melhor sexo da minha vida. Oh Truddy...”.

— Por que você não cala essa sua boca de trapo? — Meu irmão mais novo grunhiu para mim.

— Eu acho que Truddy foi sua melhor transa, nem Kate superou essa... — Kate. A vagabunda da Kate. É claro que eu estava provando meu irmãozinho. Ele podia me socar a qualquer momento. O cara tem um dilema moral sério: se estou com alguém não vale a pena lembrar o passado.

— Você e Kate faziam uma festa e tanto... Eu me lembro dos gritos...

— Horror. — Emendei a frase de Jasper, que assentiu. Nós ficamos quietos enquanto fomos servidos. A garçonete nos deixou dando uma piscada.

— Wow! — Grunhi — Aqueles lábios me lembram de Linda Lovelace. MEIO GARGANTA PROFUNDA!

— Cara, você é nojento! — Jasper respondeu, ainda assim rindo e eu percebi que ele e Edward procuraram a garota pelo bar — Eu não queria admitir, mas...

— Você pensou a mesma coisa que eu. Sei disso. — Nós rimos.

— Três dias na indústria pornô... Pobre mulher — Edward grunhiu, fazendo sua melhor imitação de pena, para depois cair numa risada profunda.

— Garganta profunda. O pornô da minha vida! — Declarei confiante disso. — Irina uma fez me pegou no flagra...

Aquela cena voltou em minha mente como um filme antigo... Irina. Eu tentava não se lembrar dela na maior parte do tempo, mas às vezes é difícil esquecer quando você passou alguns anos da sua vida ao lado de alguém. E esse alguém te conhecia absurdamente para pagar você assistindo pornô, se aproximar, e gemer no seu ouvido como a porra da mulher do vídeo... Rosalie é o tipo de mulher que nunca fará isso. Ela cortará meu pau fora. Literalmente.

— Vocês eram doentes... — Edward revirou os olhos, e agora eu já não sabia se ele procurava por Bella ou alguma Truddy da vida. Eu observei quando o celular dele tocou e ele observou o visor, depois digitou alguma coisa e o guardou novamente.

— Irina é a mulher que qualquer homem quer ter... Na cama. Não como esposa — Declarei pouco me fodendo se estava sendo ou não machista.

— Eu acho que deveria ter me casado com uma puta. Sexo é importante. E putas amam isso — Encarei Jasper que deu de ombros — Veja só. Você chega do trabalho puto da vida. A única coisa que você quer é um pouco de sexo. Sexo mesmo. Não amorzinho. Você não quer preliminares, você que foder e dormir. E sua mulher não entende isso. Ela quer que você faça um “clima” depois de quase cinco anos de casamento... Ela ainda quer um “clima” para somente foda. Sexo.

— Eita porra! Mais cerveja! — Edward gritou.

— As mulheres sempre querem “clima”, cara. Elas são movidas a sentimentalismo barato. E depois elas dizem “no começo não era assim” e aí você só quer responder “no começo você não era essa chata gorda que só sabe reclamar”. São as mulheres cara, nós não vivemos sem ela. Ainda assim não a trocaríamos por nenhuma outra.

— Eu estou totalmente satisfeito com a porra do sexo quente que eu ando fazendo. Pronto. Falei. — Finalmente! Edward bebeu toda sua cerveja de uma vez após essa declaração e bateu forte sua caneca de Chopp na mesa. Levantando seus braços para chamar a nossa garçonete.

— Você está satisfeito porque ainda não casou. Ela ainda não te deixou com as bolas roxas porque está com dor de cabeça — Reclamou Jasper, outra vez. — Você pode esperar por isso. Casamento acaba com tudo.

Nós paramos. Nós três paramos de falar por que havia mulheres dançando nesse momento. Elas rebolavam nos pilares espalhados pelo bar. E usavam roupas sexys de cowboy. Shorts jeans curtos. Blusas quadriculadas amarradas abaixo dos peitos. Botas de cano alto. E um chapéu ridículo. Mas isso não era o que mais chamava atenção. Elas estavam se agarrando, e houve até beijos. Edward foi o primeiro a tentar – miseravelmente – tirar os olhos das gostosas.

— Deveríamos ter optado por um restaurante — Foi Jasper que quebrou nosso silêncio, encarando seu copo — Você só tem ideia de merda, Emmett.

— Jogar baralho com os amigos! — Edward zumbiu — Isabella está aqui perguntando se estou ganhando no carteado!

Nesse momento eu desviei os olhos dos dois idiotas irritados e encarei a entrada do bar, visualizando um cara moreno adentrando com outros dois.

— Aquele não é o vizinho da Rose?

— Eles estão vindo à nossa direção — Disse Jasper.

— Jacob Black! — Levantei-me e trocamos um rápido aperto de mão.

— Cara, eu vi vocês, mas não acreditei realmente.

POV BELLA.

Lista de convidados de um casamento. Eu não pensei que isso era tão difícil assim. Eu nunca pensei que fosse tão difícil... Seu noivo te dá passe livre.

“Quantos convidados?”

“Quanto você quiser convidar...”

“Meu pai não vai poder pagar por isso tudo, Edward”

“Ele não vai pagar por tudo...”

É. Fale isso para Charlie Swan.

— Bella. É só uma base... Com o decorrer você vai acabar lembrando-se de alguma coisa. Alguma pessoa... Só estamos falando da família e amigos mais íntimos.

Encarei Esme e sorri. Eu estava ficando nervosa atoa. Olhei meu celular mais uma vez. Edward não estava me respondendo mais, e eu estava surtando com isso. Principalmente porque Alice estava de cara feia e ficou absolutamente irritada com seu marido avisou que estava saindo com seus dois irmãos. Eles estavam brigados e isso foi visível. Eu nem imaginei que eles pudessem estar fazendo algo de errado até que ela começou as suposições. Rosalie foi a primeira a ficar irritada com isso.

— Nós temos a família da Rose. Sua mãe, o padrasto e dois irmãos. Temos nossos amigos de Forks. Meus avós e alguns vizinhos.

— Isso dá em torno de umas trinta pessoas? — Esme perguntou.

— Talvez menos. Você sabe se Edward tem uma lista? — Ela negou. Alice suspirou ao meu lado e eu a encarei. Ela nem parecia estar no mesmo mundo que eu.

“Você fez a sua lista?” mais um sms.

— Temos os avôs paternos de Edward e minha mãe. Eles moram na Carolina do Sul e precisaremos de um convite. É improvável que venham... — Assenti.

— As irmãs Denali... — Rosalie emendou. — Do escritório acho que só convidaria uma pequena parte.

— Então Kate está escalada para o elenco?

— Por que sua filha não viria? — Respondi secamente, minha futura cunhada-irmã franziu o cenho, engolindo a resposta, enquanto Esme intervinha escrevendo com uma letra elegante “Kate, Irina, Tânia Denali”. Eu engoli também.

— Eu não acho que ela venha mesmo — Rebateu Alice — Pode rabiscar o nome dela. Nem Edward, nem Bella a querem. Acho uma falta de educação.

— Nós enviaremos um convite para Kate, Alice. Por favor. — Esme interviu novamente — Você se importa, Bella?

— Não — Foi tudo que eu disse, ela sorriu da maneira mais doce possível.

Rosalie surgiu novamente, passou por nós na grande mesa da sala de estar e tirou seu telefone do ouvido.

— Ele não atende. Simplesmente não atende.

Nós três suspiramos. Eu estava cansada, continuei com o rosto enfiado na tela do notebook procurando por modelos ideais para convites de casamento. Edward deveria estar aqui. Ele deveria estar respondendo meus sms. Chequei o celular mais uma vez, nada dele. Mas minha caixa de e-mail zumbiu um barulho e eu sorri quando observei o remetente. Louise. Ela me chamou no chat do Messenger.

Abby diz:

Desculpe Bella. Catherine ficou de cama hoje, queria estar aí e ajudar no que fosse possível.

Bella diz:

Tudo bem! Ela está melhor? Espero que sim... Aqui está tudo... Estranho. Somos quatro mulheres, três irritadas com seus companheiros e uma sogra-mãe tentando amenizar tudo. Um caos.

Abby diz:

Uau. O que os rapazes fizeram?

Bella diz:

Por enquanto só saíram. Estão bebendo em algum canto, eu não sei bem...

Abby diz:

Certo Bells... Aqui vai uma dica de alguém que está casada há algum tempo: melhor que Edward tenha uns amigos. Melhor que você tenha também. Porque assim quando vocês brigarem, vão ter a quem recorrer. E acredite amiga, vocês vão brigar muuuuuuuuuuito. O primeiro ano de casamento é o pior e o melhor...

Bella diz:

Assim você me anima muito, Lou. Valeu mesmo!

Abby diz:

Ah! Não fique assim, é a verdade... Mas, cá entre nós, não é só isso que está te incomodando, é?

Respirei fundo ao ler, ao meu lado Alice tinia suas unhas na mesa. Impaciente, área. Enquanto Rosalie ainda andava de um lado para o outro cheia de paranoia, deixando recado atrás de recados para Emmett.

Bella diz:

Certo, você tem razão.

Abby diz:

Compartilhar é bom. A lei da terapia.

Eu ri com isso, Alice parou de tinir suas unhas e me encarou, mas não disse nada, mas suas feições de desconfiança estavam lá na espreita.

Bella diz:

A irmã de Edward brigou com o marido e encheu nossa cabeça com suas ideias... Alice tem o dom de ser mais irritante do que parece.

Abby diz:

Mas que sem noção! O que ela disse?

Bella diz:

Que eles estão por aí... Bebendo. Conhecendo garotas novas. Nos traindo. Coitado de Jasper, ele deve ter GPS dentro das calças rsrsrsrsrs

Abby diz:

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Gargalhei Bells!

Ela fatalmente não colocou, mas é questão de tempo. Se soubesse onde o marido está, teria ido verificar. Você não precisa ficar abalada com isso. Esse homem quer casar com você!

Eu respirei fundo, sentindo uma onda de segurança, espantei o mal pressentimento. Esse homem quer casar comigo. Louise tem razão. Ele quer casar comigo.

— Rosalie! — Grito. Esme e Alice me encaram assustadas — Larga esse celular, agora!

— Mas Bella...

— Anda! Você está fazendo um papel ridículo. Emmett está com Edward e Jasper. Imagina se estivéssemos jantando, conversando ou fazendo Deus sabe lá o quê e ele ficasse ligando de cinco em cinco minutos?

Ela me encarou e pareceu pensar, respirando fundo. Deixou o celular em cima da mesa.

— Pode ter acontecido alguma coisa...

— Não invente desculpas. — Frisei, nesse momento meu celular vibrou na mesa e eu o peguei imediatamente.

“A noite acabou. Estamos indo para casa. Fique aí e me espere.”.

— É Edward? — Alice ao meu lado tremeu na cadeira, inclinou o pescoço na direção do meu celular na esperança de ler o conteúdo da mensagem.

— Era. Eles estão voltando para casa. Graças a vocês duas. Ele parece bem zangado. E a culpa é de vocês duas.

— Nossa culpa? — Alice emendou em voz alta — Deus, você é sonsa até nesses momentos?

— Alice! — Esme ralhou, fazendo a pequena mulher na minha frente vibrar de raiva. Ela se levantou sem desviar seu olhar da minha direção. Eu me levantei também. Irritada. Uma nova onda de raiva me apossou, a oscilação de humor estava me deixando completamente louca.

— Você está agindo como uma histérica! O que você acha que eles estão fazendo?! — Gritei novamente. Ela bateu o pé como toda criança mimada.

— Nos traindo, é claro! Mas você não se preocupa com isso, não é Bellinha?

— Edward não me trairia!

— Ele é homem! — Ela rosnou. Eu avancei em sua direção, e tive Rosalie segurando meus braços.

— Você não sabe o que diz! Se seu casamento está arruinado, a culpa é sua! Você não precisa estragar os nossos.

Silêncio. O maior silêncio de todos. Nem as respirações ofegantes de um segundo atrás eram ouvidas. Nem Esme se mexia. Os olhos da ruiva a minha frente pareciam duas chamas grandiosas de fogo. Como se fossem dois meteoros gigantes caindo sobre mim. Mas, eu, logo eu, sempre tão fria, também me sentia quente. E fogo seria combatido com fogo. Alice não pensou muito, deu um passo na minha direção e tudo que eu ouvi foi um grande estalo, senti minha face arder. Queimar e derreter. Enquanto meu rosto virou completamente para a esquerda com o impacto da tapa de Alice. Ouvi alguém resfolegar, era Esme. Ela tinha sua mão na boca de completo espanto. Enquanto eu permaneci congelada, estática. Sem ação. Como se houvesse um longo relógio a minha frente. E ele estivesse parado. Ou uma ampulheta sem areia.

Eu senti o aperto do meu braço ficar maior. As unhas de Rosalie fincaram na minha pele e eu tinha certeza que ela havia travado seus pés no chão, tentando de todas as formas me segurar. Mas eu não fiz nada. Eu não avancei para Alice. Eu fiquei ali, na mesma posição, admirando o grande relógio parado e o rosto vermelho de fúria da mulher a minha frente.

Era isso? Seu casamento estava arruinado?

De uma forma absurda eu me compadeci. Expulsei o ódio para um canto, um grande espaço vazio, e deixei um respingo de pena, do tamanho de uma gota de chuva. Se ela estava acabada, eu queria jogar a primeira pá de areia. Só para enterrá-la de vez. Mas não seria agora, não agora. Então eu busquei por ar, sabendo que estava todo aquele tempo sem respirar.

— Eu vou para minha casa — Foi tudo que eu disse, puxando meu braço das unhas afiadas da minha irmã. Fechei o notebook de Edward e o coloquei debaixo do braço.

— Mas Bella... — Esme tentou dizer.

— Você não precisa vir comigo, Rosalie — Eu disse duramente, enquanto ela também ajeitava sua bolsa no ombro.

— Bella, por favor... — A voz surpreendente apareceu a seguir — Me desculpe. Eu...

— Peça desculpas ao seu irmão. Quando ele chegar completamente irritado, e não me encontrar aqui. — Encarei Alice que ficou sem palavras. — Boa noite, Esme.

POV EDWARD.

Eles se sentaram a minha mesa, enquanto meu celular vibrava alucinado com mais uma mensagem de Bella. Seu vizinho e mais dois amigos estavam sentados na minha mesa, pedindo bebida e dando tapinhas nas bundas das garçonetes, que deixavam seus seios para fora. Em um decote completamente... Provocador. Essa noite está sendo um terrível teste.

Você é um cara noivo.

Ela é a mulher da sua vida.

É tudo que você sempre quis.

Isso não é uma despedida de solteiro.

— Então... Eu soube que você está noivo? Despedida de solteiro?

Jacob Black perguntou com a voz mais irônica possível. Eu poderia dizer que ele estava um pouco embriagado, mas sua bebida nem havia chegado.

— Ele acabou de ficar noivo! Mas, ow! Como você sabe disso? — Foi Emmett e sua curiosidade de sempre que disparou, Jacob deu um sorriso misterioso.

— A noiva me contou. — Ele se antecipou, fazendo com que eu inutilmente vacilasse. E sentisse raiva. — Nós somos bem amigos. — A ênfase no “bem” me deixou ainda mais raivoso.

Eu pedi mais bebida. Eu precisava de mais bebida para aturar aquilo.

Minha visão já estava turva, e minha cabeça sacolejou um pouco. Os homens na mesa riam falando sobre bundas, peitos e cor de cabelo.

— Eu tenho um fetiche... A mulher precisa ser pequena, sabe? Deliciosamente pequena, que caiba no meu abraço. Ela precisa ter cabelos castanhos... Quase chocolate. Lábios rosados e a porra de uma bunda empinada. Pele branquinha... Puta que pariu. É o meu tipo. — Jacob compartilhou, e eu encarei mais uma vez, pela décima vez, fazendo na minha mente milhares de comparações. — Edward que é um cara de sorte.

— Eu sou? — Questionei, ele sorriu com sua entonação maior de deboche e tomou mais da sua cerveja.

— Você tem a minha grande amiga Bella... Claro que você é — Continuou, e sua ênfase me fez apertar o punho.

— Desde quando vocês são amigos, cara? — Emmett endireitou sua postura na cadeira e questionou, Jasper ficou alerta. Assim como meu irmão, eu tenho um fraco para bebidas. Ambos ficamos alterados... Negativamente falando.

— Pelo visto ela não conta nada para vocês... — Divagou Jacob, me fazendo beber toda a minha cerveja de uma vez e bater forte com a caneca sobre a mesa.

— Se você tem algo a me dizer, então diga, sem rodeios, indiretas ou insinuações baratas. Eu nunca vi Isabella falando algo mais que bom dia para você.

— É porque as coisas que ela me diz é em no conforto de quatro paredes... Da minha sala de estar. Como bons amigos fazem.

— Edward... — Jasper segurou meu ombro.

— Que porra é essa?! — Em um segundo eu estava de pé, e todos os outros homens também. A mesa tinha sido virada e Jacob tinha um ponto de interrogação na sua testa — Eu quero que você fale — Chutei as garrafas quebradas perto de mim e parti para Jacob, o primeiro soco pegou de raspão no seu rosto, alguém mais brigava ao meu lado, mas eu não via de fato.

— Cuidasse melhor da noivinha! Ela não é sua.

Dessa vez o soco pegou em cheio, ele não avançou para mim, então eu o soquei outra vez antes que alguém tentasse me segurar. Então eu estava trocando socos com outras pessoas.

— Ele falou da minha noiva! Minha noiva! Ela não é uma vagabunda para você ter o nome dela em sua boca! — Dois homens me seguravam, enquanto eu rosnava para um Jacob caído ao chão — Eu mato você! Eu mato você se tocar nela! Falar com ela! Olhar para ela!

Nós fomos jogados para fora do bar. Eu analisei a situação enquanto sentia o sangue escorrer em um corte superficial no supercilio. Emmett estava pior, seu olho tinha ficado automaticamente roxo, e Jasper tinha sua boca e nariz sangrando.

— Filho da puta! — Meu cunhado gritou — Eu vou matar aquele cara! Se ele tivesse quebrado meu nariz...

Então, de repente, meu irmão solta uma gargalhada. O idiota como sempre, Jasper não se abala com isso. Acho que acabou o enfurecendo mais. Enquanto eu tento andar em linha reta e manter a visão focada, vejo Jasper acenar para um táxi.

— Não fica preocupado, mano. Aquele bastardo vai ter o que merece. Em breve. — Ameaçou Emmett, eu o encarei, concordando automaticamente, enquanto procurava o celular no bolso e digitava uma mensagem para Bella.

“A noite acabou. Estamos indo para casa, fique aqui e me espere.”