Seus Filhos escrita por Neon


Capítulo 1
CAPITULO ÚNICO


Notas iniciais do capítulo

Esta historia foi escrita após ouvir a música "Maa" (Mãe) de Tare Zameen Par's no filme "Como Estrelas na Terra", eu totalmente o recomendo!!! Ele é um filme emocionante, já o assisti duas vezes e em ambas quase transbordei.

Acho que por isso essa fanfic saiu bastante deprimente, desculpe! A historia se passa durante os eventos do quinto livro "A Colônia Perdida" poucos meses depois do desaparecimento de Artemis.

BOA LEITURA!!!



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Seus Filhos

CAPITULO ÚNICO

-

Angeline era uma mãe orgulhosa de gêmeos perfeitos.

O dia do nascimento dos bebes foi um dos dias mais felizes que a família Fowlfoi abençoada em um longo tempo. Seu marido havia estado com ela ha todo o momento. Em vez de estar fora numa viagem de negócios há dois continentes de distancia.

O parto havia ido bastante bem para uma mãe de gêmeos, não houve longas horas de dor ou medo. E as próprias crianças haviam nascido completamente saldáveis. Ela não precisaria mais lutar dia a pós dia pela vida do seu bebe, ou noites solitárias sem dormir, esperando, rezando, para que ela veria o filho vivo na manha seguinte.

Tudo havia ido perfeitamente.

Mas ele não estava lá.

Dias depois da chegada dos novos membros a família Fowlera feliz.

Senhor Artemis, seu marido e pai dos seus filhos, parecia determinado a sufocar os bebês com amor o quanto podia. Ele raramente saia dos seus lados, nem mesmo nos primeiros dias quando os gêmeos passaram quase todo o seu tempo dormindo. Como ela, ele sempre parecia encontrar algum motivo para se esgueirar até o quarto dos meninos para ter certeza de que estavam bem, que não tinham medo ou se ainda estavam lá. Seu marido sempre se oferecia para alimentá-los e trocar suas fraldas, algo que nunca fizera antes.

Ele teve tempo para descobrir a diferença entre suas personalidades, distingui-los como duas pessoas de caráter diferentes. Ela não foi surpreendida quando o marido foi o primeiro a distingui-los. E nem uma única vez ele mencionou o futuro do império Fowlou o que era esperado dos seus herdeiros.

Pela primeira vez, eles eram uma verdadeira família.

Mas ele ainda não estava lá.

Os problemas começaram quando os gêmeos aprenderam a falar, se expressar e desenvolver seus interesses. No início ela estava feliz, muito feliz, os gêmeos eram tão diferentes dele. Ambos eram inteligentes mais estavam muito longe do quão brilhante ele havia sido nessa idade.

Os gêmeos eram loiros, não morenos como ele. As crianças eram felizes e amados, nenhuma vez ela teve de temer por seu bem estar. Mesmo que isso provava que era uma péssima mãe. Ela estava feliz que havia diferenças, pois se não fosse por elas Angeline temia que eles se confundissem.

Temia que ela fosse começar a confundi-los com ele e procurar por ele nos gêmeos, comparando-os. Ela não queria isso, ela não faria isso! Não seria justo com os gêmeos. Compará-los com alguém que nunca haviam conhecido e esperar que sigam em sua sombra.

Não faria isso.

E nem repetiria os erros que havia feito quando ele nasceu.

Não, seus filhos permaneceriam crianças tanto tempo quanto fosse possível.

Ela se certificaria disso!

Prometera isso a si mesma a partir do momento em que vira seus inocentes, olhos desfocados.

Ela não perderia outro filho.

Nunca mais!

Mas, apesar do quanto tentasse empurrar suas memórias pra longe, ela ainda o via neles. As semelhanças que estavam lá, que sempre tiveram lá e que permaneceriam para sempre lá.

O fascínio de Myles com a ciência e o mundo ao seu redor. O menino sempre poderia ser visto montando e desmontando dispositivos para ver como funcionam ou simplesmente criando coisas. Assim como o irmão mais velho que nunca conheceu.

E Beckett, tinha o seu sorriso. Todas as vezes que o bebê loiro sorria pra ela a mulher relembrava os raros momentos em que ela o via sorrir. Isso só a deixava ainda mais determinada em manter esse lindo sorriso em seu pequeno rosto.

- Mamãe!

Uma voz infantil estridente acompanhada por um puxão em sua manga tirou-a de seus pensamentos, piscando tirou os olhos da janela e olhou par baixo. Beckett estava olhando pra ela com brilhantes olhos azuis. Em sua pequena mão suja de lama havia uma pequena margarida branca. Myles estava meio escondido atrás do irmão, seus pequenos lábios estavam pressionados juntos no que ela sabia ser seu sorriso.

Uma simples caneca azul estava em suas mãozinhas, à palavra “Mãe” havia sido impressa sobre ela com uma meticulosa caligrafia.

Quando perceberam que sua atenção estava finalmente neles, as crianças idênticas levantaram os seus dons.

- Feliz dia das mães!

Anunciaram empolgadamente. A necessidade de sorrir foi tão grande quanto à necessidade de chorar. Um sorriso vacilante formou o seu caminho para os seus lábios enquanto ela libertou suavemente sua manga da mão de Beckett.

-Obrigada. - Disse enquanto aceitava a flor e a caneca. - Eles são maravilhosos.

Ela levou a margarida até o nariz e a cheirou deixando o perfume adocicado tomar seus sentidos.

- Flor bonita. – Disse Beckett, sorrindo brilhantemente.

Os olhos de Angelina se voltaram para a caneca, admirando as palavras pintadas a dedo pelo pequeno menino.

- Esta caneca é linda Myles.

O garotinho loiro apertou seus pequenos lábios ainda mais juntos para tentar evitar que o mesmo sorriso que enfeitava o rosto do irmão se refletisse no seu.

- Você coloca a flor nela. – Então pegou a margarida das mãos da mulher e a colocou delicadamente no centro da caneca, a flor escorregou para o lado. - Assim!

O sorriso da mulher aumentou vendo as travessuras dos seus filhos

- Sim, você esta certo. Mas que lindos presentes dos meus meninos são tão atenciosos!

A alegria infantil brilhando nos olhos dos gêmeos aumentou ainda mais com essa declaração. Isso a fez ainda mais consciente de quanto ela amava seus filhos.

Todos e cada um deles.

Ela então se abaixou e puxou as duas crianças para um abraço apertado. Afastando-se ela deu a cada um dos meninos um beijo na testa.

-Eu te amo Myles. Eu te amo Beckett.

Ela fechou os olhos.

“Eu te amo Artemis. Por favor, volte pra casa.”


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Notas finais do capítulo

Feliz dia das mães!!!



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