Under Fire escrita por lotusflower


Capítulo 1
Sleep you well


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal! Fruto da minha obcessão... Eu não sei porque, mas, Castle sempre foi meu amorzinho, xodó das séries, só que nunca tinha escrito nada significativo sobre... E hoje eu escrevi... Foi chocante...
Mas espero que gostem...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/504240/chapter/1

Final Alternativo para “Under Fire”

Kimball estava sendo levado para a delegacia, logo depois que deu a informação de como tirar Javi e Ryan de dentro da fundação do prédio em chamas. Alguns bombeiros já tinham entrado, o comandante estava ao lado meu, de Castle, que me abraçava pela cintura, e a capitã Gates, com o walk-talk ligado para fazer as conexões com a equipe.

- Águia 707, vocês estão me ouvindo? Encontraram os rapazes?

Só chiado era possível de ser ouvido, o que fazia minha apreensão aumentar. Javi e eu nos formamos juntos para patrulha, como detetives e soldados, ele era praticamente um irmão. E Ryan era também, por menos tempo que Javi, mas com a mesma intensidade. Eles eram meu ponto de equilíbrio naquela loucura, e Ryan havia acabado de ser papai. Eles não podem acabar assim. Eu não posso ficar sem eles, mesmo que isso soe egoísta, sabendo que ninguém poderá ficar sem eles dentre família e amigos da NYPD.

- Ali! - Castle apontou no meio da fumaça e eu saí correndo em direção à eles.

Seis bombeiros saíram, um com Ryan, mandando, todo cheio de cinzas e com muita tosse, e dois com Javi, que estava largado no colo deles.

Abracei Ryan com tanta força, que num primeiro momento, não pensei em absolutamente nada, nem se ele estava machucado ou falta de ar, só queria mostrar pra ele e pra mim mesma que ele ficaria por mais um bom tempo ali, vivo, com suas piadinhas e amizade. Ele abraçou-me de volta.

-Ryan! Oh, meu Deus! Você está bem?

-Kate! Estou. - Ele chorava.

Ia perguntar o porquê de estar chorando tanto, mas Castle o abraçou logo depois e Lanie o puxou para leva-lo até Jenny e o bebê recém-nascido na ambulância.

Procurei pelos outros dois bombeiros com Javi e não os encontrei, mas Castle já estava me guiando até uma outra ambulância parada, e sim, lá estavam os dois bombeiros, um médico e Javi na maca.

-Espo! - Gritei, me aproximando mais, e esperando que ele levantasse a cabeça e fizesse alguma piada sobre a situação.

-Javi?! - Cheguei à porta da cabine da ambulância.

-Detetive... Eu sinto muito pela perda. Na verdade, todos nós lamentamos. - O médico do corpo de bombeiros retirou seu chapéu, assim como os bombeiros em volta, e eles bateram uma continência demorada e carregada de pêsames.

Era isso mesmo? Javi, o meu amigo mais forte, estava ali deitado para sempre? Não... Só podia ser uma brincadeira. Claro. É isso. Uma brincadeira que ele armou.

Fiquei parada ao lado da maca, assim que tive espaço.

-Espo... Qual é! Isso não tem graça... - Olhei para ele. Todo coberto por cinzas, as roupas rasgadas, o cordão com o distintivo de detetive ao pescoço todo retorcido pelas chamas e seu peito nem subia, nem descia.

-Espo... - Soltei num suspiro, já cheio de lágrimas. - Segurei sua mão que estava quente ainda, e em seu pulso, já não havia mais nenhuma pulsação que provasse o contrário do que minha cabeça lutava para não entender. - Javi, não, por favor... Acorda...

Abracei seu corpo com a maior força, esperando que assim, nada pudesse tirá-lo de mim, e que sua alma não escorregasse dali nunca.

-Espo, não... Lembra do seu primeiro tiro? Você levantou e ainda saiu correndo pra pegar o assassino... Ou quando você quase ficou afogado? Mas você acordou... Quando descobriu que eu estava com o Castle? Essa acho que foi a pior das piores... Você queria espancar qualquer um, quase se desesperou, mas você ficou bem de novo... Você é forte, Javi... Por favor! Abre os olhos! Abre! Abre, Javi! Fica aqui comigo! Por favor?

Ele não respondia.

Larguei seu corpo sem vida e Castle me tirou de lá. Senti que ele também chorava. Lanie tinha acabado de chegar para conversar com o médico dos bombeiros, e eu pude ouvir ele dando os motivos e hora do óbito com detalhes à Lanie, em meio aos soluços dela, que anotava tudo na caderneta.

Ryan apareceu para receber notícias do amigo, deixando sua nova família na outra ambulância em segurança.

-Cadê o Javi? Ele já acordou? Ele precisa conhecer o xará dele... - Ryan disse num sorriso fraco.

-Ryan... Eu... Sinto muito. - Castle respondeu por mim. EU não queria falar sobre aquilo. Seria quase a mesma coisa que deixá-lo ir sem nenhum esforço.

Ryan desabou de joelhos no chão, chorando demais. Se tem alguém que é, ou era, mais próximo ao Javi do que eu, esse alguém é Ryan. Fiquei sentada do lado de Ryan, aos prantos não sei por quanto tempo. Mas sei que quando um carro do NYPD encostou e de seu porta-malas foi retirado um caixão que foi indo em direção à Espo, meu coração abriu um buraco bem maior do que o buraco do meu tiro.

Era sufocante, agoniante ver seu corpo sempre forte, agora tão fraco, leve e mole, sendo escoado para dentro de uma armação de madeira.

Castle reparou algo estranho em mim que eu não reparei e me agarrou, enquanto eu chorava descontroladamente com Ryan e Lanie. Perdi qualquer noção e só consegui me situar uma hora depois, na cama de Castle, deitada, com ele ao meu lado, segurando um copo com água de açúcar.

-Kate... beba isso... - Ele também tinha o rosto inchado e olhos vermelhos.

- Porque ele, Castle? Ele era... um irmão.

-Hei, baby... Eu sei... Ele era pra mim também e imagino que para Ryan mais ainda... Mas se tem uma coisa de que não podemos reclamar é que ele foi tão único, especial, corajoso e tudo o mais à ponto de deixar lembranças tão boas para o resto de nossos pensamentos enquanto vivos. E tenho certeza: ele vai estar pra sempre com a gente.

Castle me abraçou e ficamos ali, sentados, lamentando a nossa perda enorme, apenas esperando a hora do enterro.

“Espo... Se ainda puder me ouvir, escute bem. Você foi o melhor amigo que eu pudesse ter e não me arrependo em nada do que fiz com você, mesmo nas enrascadas. Obrigada mesmo por ser esse irmão, conselheiro, babá, detetive, ombro amigo, treinador e encorajador que você foi durante todos esses anos... Eu não seria a mesma sem você, não teria chegado aqui se não fosse com você. Fique em paz. Eu te amo”.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Como foi? Cruel demais? Triste demais?
Eu não suportaria passar por essa situação... Odeio ficar angustiada e com maus pressentimentos com quem amo... Mas a vida é traiçoeira, apesar de bela... Sempre à espreita pra dar o bote quando ninguém espera.
Vou parar de filosofar e agradecer logo.
Obrigada por lerem, e comentem por favor! Gosto de conversar e saber o que vocês acham, é importante pra mim.
Beijos e queijos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Under Fire" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.