The New Continent escrita por Weezzi


Capítulo 3
Capítulo 2 - Sobrevivência


Notas iniciais do capítulo

Eai povo da terra? Venho retirar dos deuses mais um capítulo para vocês. Kkkk Esse capítulos é mais de desenvolvimento mesmo, porque odeio fics que acontecem as coisas do nada. Espero que gostem boa leitura.



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02 Fevereiro ,2200, 9:00.

Vagando por uma transição vital, criada por um intermédio da vida, e deixando transcorrer todas as preocupações momentâneas que voavam de um lado para o outro. Buscava, assim, colocar os pensamentos em ordem que eram sacolejados por toda a caixa craniana. Os raios solares ainda em baixa frequência se estabilizavam sobre meu rosto, causando me incomodo, que fizera com que despertasse gradativamente de um sono extremamente conturbado, dando lugar mais uma vez para uma visão paradisíaca de minha realidade.

 Neste exato momento o relógio de pulso começou a tremer e a luz se acendeu mais uma vez para uma comunicação diária, repeti as mesmas sequências do dia anterior e o holograma novamente se materializou em minha frente e sua presença desagradável se sucedeu de acordo com o esperado.

— Acorde dorminhoco, não é porque está no paraíso que deve dormir o dia inteiro – Suas palavras foram ditas em tremenda animação. – Afinal levamos você á trabalho não para aproveitar ás férias.

— Poupe-me de sua animação sórdida, você sabe como ninguém que não gostaria de estar aqui – Respondi ainda sonolento – Antes de qualquer coisa gosto de conhecer as pessoas com quem falo, poderia me dizer apenas o seu nome?

— Mas é claro, meu nome é Steve – disse ele sem a menor preocupação – Steve Darison. Então, mais alguma pergunta antes de continuarmos?

— Continuar o quê? – indaguei – Já não basta está preso aqui vocês ainda querem que eu siga suas ordens, você só pode estar louco.

— Tudo bem, então, que tal um acordo? – Ele disse olhando agora sério para mim – Se você for um garoto bonzinho e obedecer a todas as solicitações, irei tira-lo daí em breve.

— Em breve quando? E afinal como vou saber que não está mentindo? – murmurei atrás de respostas.

— Você tem a minha palavra, apesar que na situação em que está, não pode exigir muita coisa concorda? – Desdenhou o mais velho. - E em relação ao tempo... Vamos ver, acho que posso te ajudar dentro de três meses aí, então, você poderá sair dessa espelunca.

No momento em que me encontrava esta era a única opção que poderia gerar um fio de esperança que já havia se desfeito. Gesticulei uma expressão de concordância e pelo canto da boca ele deu um sorriso macabro, o holograma desapareceu e, então, voltei a estar sozinho no fim do mundo apenas rodeado pela natureza.

Após alguns minutos, barulhos e tremedeiras eram gerados pela barriga, dando lugar a fome, fitava ao redor a procura de alimentos, porém só pude avistar enormes coqueiros pela faixa de areia. Impulsionei meu corpo para o alto e logo estava de pé, aproximei-me do coqueiro mais próximo, agarrei o em seu caule e com os pés impulsionava para subir, entretanto uma ideia falha que não gerou resultado, além de alguns arranhões. Repeti o mesmo movimento várias vezes a fim de dar certo, mas ainda encontrava-se em uma estaca zero.

Cansado debrucei-me sobre o tronco e comecei a declinar até cair sentado ao chão, com a respiração ofegante e uma transpiração excessiva fechei os olhos para repousar, logo os abri novamente e fixamente meus olhos avistaram uma pequena pedra envolvida por pequenos grãos de areia, a ideia veio no ar, engatinhei rapidamente até ela e peguei-a, assim, analisando cada detalhe. – Ela seria uma ótima ajuda. – Corri até a minha mochila que havia uma corda pendurada. Retirei a corda, amarrei a pedra e, então tive a ideia de tentar acertar os cocos. Fui até o coqueiro e lancei a pedra na tentativa de acertar um coco.

Novamente repetia os mesmos movimentos na esperança de acerta-los. Já estava ficando cansado de tentar, até que a pedra agarrou em alguma parte das folhas do coqueiro. Não conseguia puxa-la de volta, assim, tentei puxar com mais força e, por fim, quando eu finalmente consegui puxar a pedra, junto a ela vei uma folha de coqueiro que suspendia uma série de cocos que caíram no chão.

Corri vitorioso até onde cada um deles cairam e os choquei contra o tronco formando uma série de rachaduras até que eles se partissem ao meio. Faminto, devorei os sem intervalo. Parecia que aquela refeição foi à melhor que eu já havia comido em toda minha vida. Depois de saciada a fome resolvi descansar e deitei sobre a areia, porém em questão de segundos o corpo começou a fervilhar e o calor encontrava-se insuportável, a primeira vista decidi entrar na água para tomar um banho, mas ao refletir mais as questões, optei por dar preferência a arranjar formas para montar um abrigo que me protegesse do sol durante a manha e do frio ao anoitecer.

Comecei juntando uma série de folhas dos coqueirais caídas ao chão e as coloquei a um lugar onde em breve seria a construção, não tendo mais opção tive de adentrar a mata a procura de galhos que lhe servirá como estacas para a base. Andava pela mata até onde podia ser visto o litoral temendo-me não saber voltar mais. Arrancava os galhos mais finos dando preferência aqueles que tivessem sua espessura o mais vertical possível, junto a isso recolhia os cipós que eram suspensos sobre as árvores, por sua vez os mais grossos que conseguia encontrar e, assim, cautelosamente os levei onde estavam as folhas e introduzi a obra.

Pelo terreno arenoso onde não existe firmeza em seu solo, comecei cavando um grande buraco com uma área cúbica que coubesse uma pessoa deitada e sobraria espaço para alguns utensílios. Posicionei os galhos em torno do enorme quadrado e em seguida comecei a soterrá-los até a margem normal, então, já havia um cercado de paredes, sobrepus às folhas onde formaria o teto e junto aos galhos amarrei os cipós gradativamente e, assim, os trapos jogados ao chão tomaram-se forma dando a criação de uma pequena cabana temporária. Alguns galhos que restarão foram colocados cuidadosamente próximos a construção para a realização de uma fogueira.

Depois de muito trabalho, a noite ia decaindo sobre o céu de paisagem morta junto com as pálpebras dos meus olhos. Então, resolvi deixar o banho para outrora, pois os músculos estavam exaustos, contudo antes de cair em um sono pesado esfreguei os galhos até se formarem labaredas de fogo ascendendo à fogueira deixando iluminar parcialmente o local em parceria com as estrelas. – Parece que a infância como escoteiro, serviu para alguma coisa. - Deite-me em minha pequena construção arquitetônica onde passei toda a noite. Eu não sabia explicar a sensação, mas de algum modo os pensamentos me davam a confirmação de que os dias a partir dali seriam bem melhores.


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Notas finais do capítulo

Eai o que acharam, comentem e faça uma pessoa feliz!



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