The New Continent escrita por Weezzi


Capítulo 19
Capítulo 18 – Transgressões.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas do meu coração. Estavam com saudades, eu sei que sim! Mais um capítulo retirado dos deuses. As coisas estão começando a esquentar novamente. Espero que gostem, boa leitura.



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Will

17 fevereiro, 2200. 08:35.

Na nebulosa calada da noite, o vento assobiava em terror, as árvores com seus galhos retorcidos pareciam assombrações. A neblina cobria parcialmente o ambiente nos inundando de medo. Durante a madrugada acordei novamente com um barulho vindo da estufa, desta vez não hesitei em recuar. Levantei-me da rede e fui direto até a origem de tal som. Na saída dos fundos havia uma pessoa de prontidão encapuzada com uma capa preta exatamente igual à de Cory, olhando para fora com uma faca em uma das mãos. Era o assassino, eu tinha certeza disso.

Fui aproximando-me devagar até ele para dar o bote final, no entanto minha presença foi perceptível antes mesmo que eu tivesse próximo o suficiente. Ele não pensou nem mais de uma vez para movimentar aquelas pernas para longe dali. Corri. Apressadamente mantivera um ritmo constante atrás do culpado que entrara na selva em forma de escape. Resolvi ir atrás. Éramos como cão e gato em uma caçada infinita. Corríamos como desvairados pelas moitas, raízes e galhos que nos impediam de acelerar. Depois de uma longa corrida o perdi no meio da névoa e dos arbustos. Droga! Pensei. Já estava quase desistindo quando vi a ponta da capa sobrevoando logo atrás de uma árvore de tronco grosso. Corri novamente até lá e logo que cheguei, avistei o misterioso assassino em pé sobre uma rocha inclinada. Olhando para o céu de costas para mim. Meu peito arfava e o suor descia da têmpora gelado pela temperatura:

— Ei você ai, chega de correr. Foi você quem a matou não foi? – Perguntava com as mãos no joelho, reabastecendo os pulmões com o ar. – Responda! Foi você não foi?!

— Quer mesmo saber? – A pessoa finalmente respondeu. Exclamei um sim bem alto e então ele prosseguiu. – Tudo bem, fui eu sim, fui eu quem matou a Berry.

— Por quê? Porque fez isso com ela? – Indaguei.

— Não sei, pergunte a si mesmo. - O encapuzado se virou e então pude ver seu rosto. O mais surpreendente de tudo foi como em um espelho ver meu próprio rosto refletido no meio dos panos negros. O assassino era eu?!

Acordei mais uma vez de um sonho tão assustador quanto a minha realidade. Contudo o céu estava límpido, as nuvens rechonchudas e a brisa leve como uma pena. Mais uma vez fui o último a acordar. Levantei-me e fui até a janela observar o céu, mais um dia abafado que se sucederia durante a manhã inteira. Espreguicei-me e fui andando até a estufa, não houvera ninguém. Ir até lá e não ver Berry cortando os legumes na bancada me causou um aperto forte no peito, remoendo minhas emoções. Queria acabar de uma vez com aquele sofrimento e finalmente descobrir quem a matou, porém minha cabeça começara a surtar atingindo até mesmo meus sonhos. Estava enlouquecendo com tudo isso. Resolvi deixar um pouco de lado aquele assassinato e se concentrar em resolver outras prioridades por um tempo.

Andei até a varanda do térreo e sentei em um pequeno degrau da escada. A praia estava silenciosa, sendo apenas audível o som da quebra das marolas do mar. No fim da faixa de areia se encontrava Zenaya. A menina parecia aplicar golpes de lutas no ar como num treinamento. O primeiro andar estava vazio e a praia só era perambulada por nossas almas. Levantei-me e fui andando lentamente até ela, fitava o local e por um instante pensava no quão aquele lugar era bonito e ao mesmo tempo aterrorizante. Soco, Chutes, Cambalhotas e ponta pés. Golpes fatais que eram aplicados em tremenda precisão e rapidez. Um salto no ar foi o suficiente para mostrar suas habilidades, realmente tudo aquilo era incrível. Não tive como conter as palmas:

— Nossa! Isso foi fantástico – Pronunciara ainda batendo as palmas. – Você sempre soube fazer todas essas coisas?

— Obrigada! – A oriental parecia um pouco envergonhada, entrelaçou as mãos e fez uma referencia. – Não, na verdade aprendi com o meu pai, nossa família tem descendências samurais e isso é uma cultura que preferimos preservar.

— Realmente incrível! Eu não sei nem ao menos dar um beliscão em alguém. – Ironizei, a menina riu e continuei a falar. – Lutar para você é uma espécie de passatempo?

— Na verdade não, vejo a luta como algo sério de grande responsabilidade. Tenho a mais como uma forma de relaxar do que qualquer outra coisa.

— Eu entendo. A única coisa que me relaxa é o silêncio. Apenas a natureza encarregada de transmitir seus sons. – Falava cada palavra gesticulando com as mãos. – Afinal aqui está muito quieto, onde estão os outros?

— Bem, Jihan e Nofre acordaram hoje cedo na perseverança de encontrarem o líder desaparecido. Eles seguiram em direção a mata, mas me disseram que não iam muito longe...

— E você acredita neles? Afinal não está preocupada com Ralf?

— Eles são medrosos demais, tenho certeza de que não vão muito longe. Sobre o Ralf, ele vai ficar bem, esteve por essas terras muito antes do que nós. Não nego de estar preocupada, mas vai dar tudo certo. No âmbito em que vivemos não vale à pena pensar negativo. Concorda? – De certa forma suas palavras faziam sentido e me reconfortaram.

— Tudo bem e o resto? – Indaguei.

— Pietra, Loren e Tina estão no andar de cima com o Cory, parece que ele não vai acordar tão cedo, preferiram então carregá-lo para o andar de cima como forma de proteção.

— Faz sentido. Bom eu então já... – Antes mesmo de eu terminar a frase Jihan e Nofre aparece em nosso campo de visando correndo como desesperados e gritando por nós. Corremos até eles e os meninos pareciam cansados e assustados.

— O que houve garotos? O que aconteceu para que vocês estarem tão pálidos desse jeito?! – A garota mostrou preocupação.

— A Berry! Nós encontramos o corpo dela. – Nofre mencionou com pavor no olhar.

— E onde? – Perguntei apreensivo.

— Perto das moitas próximas ao pântano Sul. – Acrescentou Jihan. - Vocês precisam ver isso rápido.

Os garotos começaram novamente a correr, enquanto eu e Zenaya íamos atrás. Os pântanos do sul é um lugar que ainda não tivera o desprazer de visitar. Corremos adentrando a mata fazendo um caminho mais central a selva. Passamos por um conjunto de rochas e uma serie de plantas espalhafatosas até chegarmos a umas moitas enormes que cercavam todo o pântano.

— Por aqui – Um dos garotos disse indicando o local. Chegamos então finalmente ao corpo e lá estava ele. – Bom, não é bem o corpo inteiro, mas dá para reconhecer.

Não sei qual cheiro era pior, o do pântano ou do corpo estirado no chão. Não era exatamente um corpo, mas parte dele. O corpo só encontrara-se da altura da cintura até o pescoço. Podia ser duvidoso, mas certamente era ela, as roupas não deixaram enganar. A camisa, a jaqueta até mesmo seu colar. As marcas no chão davam a ideia de que o assassino a arrastou pelos membros inferiores e que o tronco se separou da suas pernas. Não sei por que a cabeça não era encontrada.

—Onde está a cabeça? – Perguntei. – Não faz sentido o pescoço precisa de uma cabeça.

— Provavelmente não vai achá-la. Em muitas culturas a cabeça é a representação do troféu. Pelo jeito psicopata como a pessoa agiu, não me surpreende ele querer levá-la consigo.

— Tem razão vamos sair daqui.

Corremos novamente em direção a cabana, refazendo todo o caminho. Ao chegarmos lá reunimos todos na estufa, sentando envolto da mesa para contar a descoberta e tentar de alguma forma esclarecer as coisas naquele recinto. As pessoas pareceram assimilar as informações com semblantes de surpresa. Cory ainda não acordara, estava no segundo andar apagado e seria até melhor ele não participar da reunião.

— Então, agora que já sabem sobre o corpo, antes de começarmos, alguém tem alguma coisa a dizer. – Todos se calaram e nem um zunindo se escutava entranhado naquele local. – Bom, Zenaya hoje cedo você me falou que aquele incidente só poderia ter sido feito pelo uma mente de um psicopata, então vamos lá o único psicopata que conheço é o Herly, conte-nos tudo que sabe sobre ele!

— Bom, eu não o conheço tão bem quanto Ralf, mas ele nem sempre pareceu ser um psicopata assim. Ele ficou assim depois de um tempo e logo quando vocês chegaram tudo pareceu piorar. Só sei que ele e Ralf sempre foram grandes amigos, mas por algum motivo parece que a amizade se esfriou.

— Tudo bem, mas e o dia do incêndio?! O que aconteceu naquela noite?!

— Bom, depois que Ralf e os meninos saíram, logo após o escândalo com Cory. Ralf nomeou Herly como um líder temporário enquanto ele estivesse fora. Esse foi o maior erro dele, dar a arma para o assassino. Então depois algum tempo provavelmente armando algum tipo de plano, Herly convocou todos para uma reunião no porão da cabana central, lá onde normalmente acontecem as decisões tomadas por Ralf e seus ajudantes. No entanto nunca houvera uma reunião que reunisse todos os membros da vila, eu acho que isso aguçou os olhos dos curiosos em querer visitar o porão. Ele conseguiu por todos lá em baixo para essa tal reunião que não tinha nem um motivo dado por ele. Ele começou a enrola sobre o assunto até a última pessoa entrar, neste caso a última foi Quaila. Ficamos escutando algumas baboseiras de um discurso sem nexo até que ele abriu um debate e deu a chance das pessoas falarem. Foi quando Quaila me pediu para ir até Will para dar uma injeção medicinal de ervas que havia esquecido, fui até lá e você estava dormindo quando eu retornei Herly provavelmente saiu assim como eu no meio da discussão e assim trancou a todos lá em baixo. Quando eu fui perceber ele arrastava um móvel de madeira pesado para tampar a alçapão. Quando eu fui de encontro a ele, Herly se virou com uma pá acertando minha cabeça, provavelmente ele achou que eu estava morta e fugiu. Acordei com seus gritos na outra cabana, e tudo em chamas. Empurrei o móvel e abri o alçapão, todos já haviam morrido asfixiados e então o único que me restou foi salvar você.

Todos pareceram estar perplexos diante do que a menina de olhos puxados acabara de contar. De certa forma aquela história fazia sentido. Herly na verdade era mais meticuloso do que eu pensara. Depois do fato, decidimos encerrar a reunião, afinal ainda faltara à presença de Ralf, ele é um dos suspeitos e está desaparecido. Por um instante parei e a fome latejava em meu estômago. Olhei para o cesto de alimentos e ele estava vazio.

— Pietra, onde está toda a comida? – Perguntei faminto e indignado.

— Está vendo alguma comida no cesto, pois bem a única opção é essa. Não temos mais comida.

— Como assim não temos mais comida. E a caixa? – Perguntei confuso.

— Você e Cory inventaram de trazer uma boa quantidade de convidados, não há mais comida. Se estiver com fome vá caçar. Um aviso, ultimamente não tenho encontrado animais no perímetro, acho melhor se satisfazer com as frutas. Se precisarem de mim, bom, não me procure. – A mulata saiu do cômodo triunfante e subiu até o segundo andar.

— Tudo bem, precisamos então ir atrás de alimentos. Quem topa ir? – Sugeri. Jihan, Nofre, Zenaya e Tina levantaram a mão.

— Mas Tina e suas pernas...

— Por favor, Will. Não acha que iria ficar assim para sempre. Minhas pernas estão boas e eu não aguento mais ficar deitada. Afinal, Cory não vai querer me ver viva quando acordar. – Ironizou a morena.

— E pode deixar, dessa vez eu vou tomar cuidado e não vou torcer a perna novamente – Acrescentou a oriental.

Segui as instruções das meninas e entorno de alguns minutos, todos se reunirão ao lado de fora para partir. Loren ficou para ajudar Pietra a cuidar de Cory quando o rapaz acordasse. Armas nas mãos e mochilas nas costas. Estávamos preparados para a caça. Percorrermos desta vez lado a lado a caminhada seguindo em direção a costa leste. No caminho recolhemos alguns tipos de frutas e paramos para tomar fôlego. Dando sequencia, chegamos mais uma vez no rio do dia anterior, preferimos prevenir e abastecer a água o máximo possível. Rodeamos a mata por questão de horas e nada encontramos, parece que Pietra estava certa.

Aos poucos as pessoas foram perdendo a esperança e resolvemos voltar. Antes nos esforçamos um pouco mais para subirmos em árvores altas para pegar frutos maiores, os frutos das moitas eram muito pequenos e insuficientes para todos. Retornamos todos frustrados, pois a comida somente nos sustentaria naquele mesmo dia e amanha teríamos de voltar à caçada. Retornamos antes do anoitecer, todos foram direto em direção a cabana em euforia e eu fiquei lá fora para finalmente contacta Steve. O holograma ascendeu e ele me olhava com um olhar furioso:

— Anda logo Steve, o que você quer falar comigo de tão urgente. – Falei dando de ombros.

—Você só pode estar de brincadeira, porque não me atendeu quando lhe mandei a mensagem. Ainda vem me tratar como um qualquer, você por um acaso enlouqueceu?! – Disse o mais velho com um semblante sério e mal humorado.

— Ah Steve, por favor, não venha querer dar seu show agora. Se você esta acompanhando tudo que está acontecendo aqui, você sabe muito porque eu não te atendi antes.

— Essa é a questão, entenda de uma vez por todas que eu sou seu maior aliado e não eles.

— Está com ciúme? Porque não é você que acorda nesse inferno todo dia tendo que conviver com isso. Você viu que tudo aqui ta virando de cabeça para baixo e eu to tentando concertar. – A rebeldia me mantinha relutante.

— Você não tem nada haver com os problemas deles, cuide dos seus. Se você for esperto você deixa os problemas deles se concertarem sozinhos.

— Essa é a questão, eu me tornei um deles. Desde todos os momentos em que eu estive a beira da morte, não foi você quem me ajudou – Um silêncio permeou como se Steve tivesse de engolir todas aquelas palavras. – Bom, era isso que veio me contar para parar de me importar com eles? Se esta querendo que eu escolha entre eles e você, bom, já sabe qual é minha resposta.

— Justamente, seu passe livre para fora daí foi negado. Aquele acordo dos três meses não é mais válido. Você não nos trouxe sequer uma informação para nós, e como você mesmo diz. Eu sou apenas um funcionário qualquer, os representantes da empresa australiana estão furiosos com você e eu não tive como fazer nada. Mas tudo bem, se você quer levar a vida aí como um jogo. Cuidado! Acho que você não está vencendo, adeus Will.

O holograma se apagou e Steve desapareceu. Se sua intenção era me fazer se sentir culpado, ele infelizmente conseguiu deixar um resquício. Respirei fundo e fui andando em direção a cabana, quando cheguei, todos estavam na estufa separando os alimentos e administrando a comida, Berry era a encarregada dessa função, todos ali pareciam confusos sem a menor ideia do que estavam fazendo. No entanto senti a falta de Cory no recinto.

— Loren, onde está o Cory? Ele ainda não acordou? – Perguntei baixinho nos ouvidos da menina, sem atrapalhar o que eles estavam fazendo.

— Bom, ele está lá em cima, na varanda do segundo andar. Ele não parece estar nada bem, pois nem sequer pronunciou uma palavra desde que acordou. – Sussurrou a loira para mim.

— Tudo bem, eu vou lá em cima vê-lo.

A garota concordou e voltou-se para continuar algum tipo de tarefa. Segui até o segundo andar e fui diretamente ao lugar reservado de Cory, onde havíamos conversado antes da última busca. Quando eu cheguei o garoto estava sentado em um pequeno banco em frente a aquela espécie de telescópio. Ele olhava fixamente para o Horizonte, coberto por uma manta remendada. Seus olhos eram carregados de um olhar vazio e longe de qualquer emoção, parecia uma estátua viva. Aproximei-me pegando outro banco e sentando ao seu lado, não pronuncie sequer uma palavra, o silencio se encarregara de fazer seu trabalho como consolo. Ficamos alguns minutos ali assistindo o pôr do sol em sua magnitude. Até que depois de tanta resistência o rapaz decide falar:

— Por que está aqui? Não sou digno de pena, por favor, se o motivo da vinda for lamentar as minhas dores, você já pode ir embora. – Cory nem sequer olhara para mim, ainda olhando fixamente a imensidão do oceano.

— Não estou aqui por você e sim pela Berry. Não é o único a estar de luto por aqui. E eu acho que se ela estivesse no meu lugar, faria a mesma coisa.

— Cale-se, não fale bobagens sobre o que você não sabe. Ela não está mais aqui.

— Seja lá onde ela esteja. Eu tenho certeza de que ela não gostaria de te ver desse jeito.

— Chega! Pare de se comportar como se importasse de verdade. De agir como imbecil ignorante, você mal nos conhece, não sabe nada sobre nós. – Sua raiva era seguida de choro. Ele finalmente olhou para mim. Pus os braços envoltos de seu pescoço e o abracei fortemente.

— Eu não vou deixar você ficar assim me entendeu. – Surrava em seu ouvido. – Esse não é o garoto que conhecia há alguns dias atrás. – Desta vez pus as mãos em seu ombro e olhava o fixamente.

— Infelizmente o Cory que você conhecia morreu. – Uma lágrima de chorou pesada, decaiu de seu rosto, agora não mais irritado.

— Cory, me escute. Você é o nosso líder, há pessoas aqui que precisam de você. Não pode desistir assim, faça isso por ela!

— Não faz mais sentido Will, ela se foi. A razão de eu estar aqui era ela. Você não entende.

— Então, por favor, me expliquei. Como eu posso te ajudar. – Olhava em seus olhos melancólicos.

— Você não pode. Não pode trazê-la de volta. Will, o motivo pelo qual eu vim para esse lugar foi justamente reencontrar Berry. Você nunca se perguntou como dois irmãos poderiam estar aqui, mesmo sendo cada nação somente com um representante. – Realmente nunca houvera me passado essa possibilidade pela cabeça. No entanto ele continuou a falar. – Nossos pais se separaram antes de nascermos. Eles moravam no Canadá quando se casaram e depois da separação, meu pai decidiu voltar para a sua terra natal na Polônia. Quando ele soube que minha mãe estava grávida e de gêmeos, ele exigiu que uma das crianças fosse criada por ele e lá na Polônia e então eu fui. Minha mãe não conseguiu me manter no país e tive de ir para lá com o meu pai. Cresci longe de minha irmã. Na adolescência, conversávamos por chamadas de vídeo, sonhando o dia em que iríamos nos encontrar de novo. Foi então que o CAIG apareceu e era a grande chance de nos encontrarmos e eu me livrasse dos planos que meu pai tinha para mim. Alguns meses antes de vir, eu recebi a noticia de que minha irmã, Berenice Mackleir, tinha sido aprovada no Canadá. Não passou muito tempo até que eles chegassem a Polônia, me inscrevi e aqui estou eu. Demorei entorno de alguns meses até encontrá-la. Primeiramente achei à peruana, Tina, e logo depois encontrei Berry com a mexicana, Pietra e o Holandês, Oliver. Agora você entende por que não a motivo para continuar.

— Eu entendo que seja complicado, mas eu te peço para não desistir. Somos uma família aqui precisamos de você. Eu juro que eu vou descobrir quem fez. Pode confiar em mim. – Tentava repassar o máximo de confiança. – Venha, já vai escurecer vamos sair daqui. Estiquei a minha mão, ele a segurou levantando-se e assim fomos andando para dentro da cabana, no hall central ainda do segundo andar, Pietra aparece e diz:

— Boa notícia, Ralf chegou.


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Notas finais do capítulo

Muitas interrogações eu sei, mas pretendo responde-las aos poucos. Deixem seus comentários, opiniões e recomendem para aos amigos, um beijo e abraço até.



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