The New Continent escrita por Weezzi


Capítulo 16
Capítulo 15 – Corações tristes.


Notas iniciais do capítulo

Oieee pessoas lindas do meu coração. Depois de muito reboliço as coisas parecem entrar nos eixos, ou será que não? Queria agradecer a todos que estão lendo e acompanhando. Enfim boa leitura.



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Berry

15 fevereiro, 2200, 13:42.

O céu acordara negro; coberto por nuvens espessas e carregadas; O vento gélido entranhava por toda a cabana e o mar encontrava-se estático, tudo parecia conspirar para melancolia daquele local. O luto já permeara por quatro dias e Loren ainda não saíra do cômodo, paralisada de joelhos ao lado do corpo de Tina. Todos nós estávamos impregnados de um sentimento frio de tristeza e solidão. Infelizmente isso tem de acabar.

Assim que amanheceu, levanto logo da cama e pressinto um sentimento estranho. Uma ansiedade aperta o meu peito e parece que tudo dentro de mim vai explodir. Envolvida por tal emoção vou até a beira do mar para lavar o rosto, vejo meu reflexo na água e consigo enxergar o medo em meus próprios olhos. Retorno até os fundos da cabana e acendo a fogueira, pego alguns utensílios improvisados de cozinha e coloco o pouco de água doce que ainda tínhamos para esquentar.

Após alguns minutos, sentada vendo o fogo sucinto, um chuvisco começou a decair gradativamente. Recolhi os objetos e fui até a cozinha. Maffy apareceu saltitando com um olhar carente, provavelmente estava com fome. Peguei algumas das sementes e dei ao pequeno que logo se animou. Ele andou até os meus pés e esfregou a cabeça em minhas pernas. A criaturinha parecia expressar toda a sua gratidão. Era impressionante ver aquele ser tão feliz no meio de um lugar de horrores. Em seguida ele saiu da cozinha provavelmente voltando para consolar Loren. Sua inteligência era imprescindível.

Voltei às tarefas e comecei colocando alguns alimentos na água fervente enquanto cortava os outros sob a bancada da cozinha, observando o ambiente exterior coberto pelas águas pluviais. Comecei a matutar sobre os acontecimentos e remoer os sentimentos mais dolorosos. Parece que tudo estava predestinado a dar errado. Tina se foi, Cory está longe e Pietra se torna forte diante de tudo isso. Estava tendo de me acostumar com a situação da morte no meio da conjuntura, como se isso se tornasse uma rotina.

No meio de meus pensamentos acabei me distanciando da realidade e fazendo um arranhão em meu dedo com a faca. Pus as mãos para fora da janela para limpar os dedos sujos de sangue na chuva. Olhei fixamente para fora e no meio da pequena neblina que estava se formando, vi Cory e Will acompanhados de algumas pessoas. Corri até a entrada e esperei que os aproximasse. Olhei diretamente para o rosto de Cory e ele estava coberto por arranhões. Nem cumprimentei os outros e já comecei indagando:

— Cory o que houve com você? Você está bem? Por favor, entrem logo, saiam da chuva.

— Calma Berry eu estou bem, não foi nada demais. Não precisa se preocupar. Pessoal por favor, entrem e fiquem a vontade – Disse Cory se referindo aos outros – Alias, estes são: Ralf, Nofre, Jihan e Zenaya. Bem, esta é minha irmã Berry. Eles ficarão conosco a partir em diante.

— Muito prazer. Vocês devem estar com frio e fome. Eu estou preparando uma sopa fresca, entrem deixem as roupas molhadas aqui na entrada, por favor. – Fomos até a cozinha e posicionaram-se todos ao redor da mesa. Enquanto Cory distribuía as tigelas.

— Bom, onde está a Loren? – Perguntou Will.

— Bem... eu preciso contar uma coisa para vocês.- Um suspense transcorreu no ar.

— O que houve Berry, por favor, não me diga que aconteceu alguma coisa ruim com ela – Desesperou-se o ruivo.

— Acalme-se Loren está bem, mas preparem-se porque a noticia não é nada boa... – Não conseguia continuar a falar, meus pensamentos ainda não queriam aceitar em tudo aquilo.

— Fala logo Berry, o que houve? – Insistiu o irmão.

— A Tina se foi.

Todos pareceram entrar em choque até mesmo os novos integrantes. Perdurou um instante de silêncio até que todos assimilassem a informação. Nesse momento Pietra chega de sua caça matinal, prevendo tudo o que estava acontecendo naquele momento.

— Mas... Como isso foi acontecer? – indagou o moreno.

— Ela adoeceu da mesma maneira de Oliver, tentamos buscar as sementes do vale, mas elas não adiantaram. Loren já esta há dias naquele quarto e não nos deixou velar o corpo. Will preciso que converse com ela.

— Tudo bem, eu vou lá.

O sentimento de luto encobriu cada vez mais pessoas, Will subiu para ver Loren, Cory mostrou o dormitório aos visitantes e Pietra pela primeira vez depois do incidente começou a falar:

— Isso já foi longe demais, não podemos deixar que mais pessoas morram assim por aí. Nós precisamos finalizar isso. Não podemos deixar mais esse corpo doente por aqui.

— Eu entendo que isso possa ser muito prejudicial, mas Tina é nossa amiga não é fácil para mim e eu entendo o que Loren está passando, talvez seja a primeira vez dela, nós já passamos por isso e você sabe muito bem.

— Tina era nossa amiga, ela se foi entenda isso. Não há tempo para sentimentalismo, precisamos deixar de lado nosso apego. Olhe em nossa volta, tudo mudou, precisamos lutar por quem ainda está vivo.

— Como você consegue ser tão insensível Pietra?

— Escute a voz da experiência, acho que você não quer que o Cory seja o próximo. A gente não sabe com isso funciona então é melhor se livrar disso logo.

— Tudo bem, eu compreendo seus motivos, mas precisamos ao menos de um enterro que seja digno. Ainda somos humanos independentemente das vozes do relógio.

Todos retornaram a cozinha e se sentaram para a refeição. Servimos a comida e todos ali começaram a comer. Durante a refeição Will, Loren e Maffy aparecem na entrada da cozinha e então decido levantar e agregá-los ao almoço. Escutavam-se apenas os barulhos de talheres contra as tigelas e todos pareciam satisfeitos. Ao final após a chuva cessada eu e Loren reunimos todos os talheres e tigelas para lavar a beira do mar. Limpávamos e conversávamos ao mesmo tempo, consolando uma a outra. Enquanto isso Ralf, Nofre e Jihan cavavam um buraco na areia a alguns metros da casa; Cory, Will e Pietra carregavam o corpo de Tina enquanto Zenaya os guiava.

Depois de alguns minutos todos se reuniram entorno do corpo e do buraco, para finalizar de uma vez por todas aquela situação. Cory fez um breve discurso e eu e mais alguns falamos algumas mensagens positivas. Ralf e Cory puseram o corpo para dentro da cova e assim começaram a tampar novamente com a areia. Subitamente um relâmpago apareceu no céu em direção a um coqueiro fazendo tombar no chão, concentrando nossos olhares. A chuva voltou a se suceder e o vento começou a ficar mais forte. O clima mudara de maneira expressiva em tão pouco tempo. Todos ali pareciam não entender nada e ficaram confusos tanto quanto eu.

O mais surpreendente de tudo foi que mesmo com toda aquela tempestade, o que mais chocou a todos foi ver a alma ressurgir dos mortos de Tina reagir. Como tudo aquilo era possível, milagre? Todos entraram em pânico acreditando ser uma ilusão ou um pesadelo daqueles bem assustadores. As peças não se encaixavam nada daquilo fazia sentido. Todavia depois de um longo período de interrogações. Ralf se dispôs a retirar parte da areia e ajudá-la tirando-a dali.

Mesmo todos estando assustados e confusos, Tina era a que mais presenciava esses sentidos. Ralf a pôs em seu colo e assim todos correram em direção a cabana, e lá reunimos no dormitório do solo para se proteger da tempestade. Maffy houvera ficado em casa e o bichano se encontra assustado. Suas penas todas ouriçadas. Perplexos pelo ocorrido, ninguém se pronunciara a dizer uma palavra. Até que Tina arriscou:

— Gente o que está acontecendo aqui? – indagou à morena. Um clima de silencio e aflição tomou conta do local, mesmo assim insistiu. – Alguém, por favor, pode me explicar o que está acontecendo.

— Você ressuscitou dos mortos. – Disse arrepiada.

Era como se todos presenciassem o poder do sobrenatural sendo alimentado por aqueles grandes mistérios que Alfalumia tinha a oferecer.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharão? Por favor, não se esqueçam de comentar, recomendar para os amigos. Bjs até a próxima.



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