Just a love story escrita por Mirtillo


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Eaí, meu povo!!!
Peguem os seus lenços e bebam bastante água!
Se preparem para mais uma one-shot triste minha!!!
/o/o/o/
Ah, mds, por quê só sai coisa triste da minha pessoa?
Ah, mds, por quê eu mato a minha personagem favorita em todas as minhas one-shots?
Ah, mds...
Eu queria postar ela antes, mas aí eu achei que tinha ficado um bosta. Aí eu reescrevi, e PÁ!! Tá aqui, seu lhendos.A música que eu vou usar, é "Oh, Sweet Lorraine", que obviamente, não pertence a mim, e sim à Fred Stobaugh, que, na verdade, não é um compositor.
Ele é um senhor de idade, que entrou num concurso de música mandando uma carta que continha a letra. Na música, ele conta a dor e a saudade que tem da falecida esposa, Lorraine.
Vocês podem achar também como "A Letter From Fred: Oh, Sweet Lorraine"
Documentário: https://www.youtube.com/watch?v=KDi4hBWsvkY
Música: https://www.youtube.com/watch?v=TNZe7qw1Ypc
Aproveitem!! o/



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Eu sei que nunca vou esquecer, mas tudo começou com uma neve feliz caindo do céu, um anel e Rukia.

Foi nesse dia que eu, Kurosaki Ichigo, pedi o amor da minha vida em casamento. Na verdade, ainda éramos bem jovens, e, por isso, tive que ouvir um belo sermão de seu irmão mais velho, Byakuya, mas nada que não desse para dar a volta.

— Não a decepcione, não a machuque, não a faça chorar e principalmente, não a abandone! Se não eu juro que corto sua cabeça fora! — Ameaçou o moreno

Enfim, tinha conseguido a permissão para me casar com Rukia. Já estava bem feliz com isso, e não pretendia irritar mais o Byakuya. Já a reação do meu pai foi bem diferente. E com isso, quero dizer completamente oposta, mas no final também consegui o seu apoio.

O dia da festa foi lindo. É um dos poucos dias que me lembro perfeitamente do que tenho que lembrar. E foi também um dos poucos em que realmente senti medo. Mas valeu muito a pena! Todo aquele nervosismo foi embora após o beijo.

“Oh, querida Lorraine

Eu gostaria que pudéssemos viver todos

Os bons tempos

Mais uma vez”

Lembro-me até da carinha sem-graça da Rukia ao me olhar depois, mesmo que não tenha durado nem três segundos, pois roubei outro grande beijo daqueles lábios que naquele momento, eu podia chamar de meus.

— Agora vamos começar uma nova vida, Ichigo. — Você disse baixinho o suficiente para eu conseguir escutar, em meio aos gritos, aplausos e assovios vindo dos outros. — Juntos.

Depois da festa, na famosa lua de mel, tive uma das minhas melhores noites do mundo com Rukia, num hotel no Havaí. Acho que foram as três semanas mais rápidas que eu já tive. Depois da lua de mel, voltamos para nossa nova casa. Recordo-me do trabalho que tivemos para mudar todas as nossas coisas de lugar. Foram alguns dias com dores nas costas, mas sei que valeu a pena.

Consegui um emprego pouco tempo depois. Não era o melhor, mas dava para quebrar o galho até eu terminar a faculdade. Mas, diferente de mim, você já era formada, e logo conseguiu um emprego como professora, e assim começamos a construir a nossa vida. Eu tinha a vida que todo homem desejaria ter. Tinha tudo o que precisava para ser feliz.

Mas é claro que você ainda me surpreendia.

— Parabéns, Ichigo. Você vai ser papai.

Apenas alguns anos depois, você me apareceu com aquele seu sorriso único e carregando em seu ventre um anjinho sem asas.

Nunca vou conseguir colocar em palavras o que senti ao ouvir aquilo. Ninguém nunca consegue descrever com meras palavras um sentimento tão grande como aquele! Pode perguntar para quem quiser. Até mesmo para o Byakuya.

Acho que nunca mais vou conseguir ver a reação do Byakuya de novo. Não que eu queira muito, na verdade. Foi algo engraçadamente assustador, como o esperado.

— Você… Aquilo… Com a Rukia… Kurosaki Ichigo! Venha cá agora!! — Gritou Byakuya pelo telefone. Não sou tão idiota para falar algo assim, de cara, pessoalmente.

“Oh, querida Lorraine

A vida só passa

Uma vez

E nunca mais”

Mas então, aconteceu algo que ninguém nunca pensou que aconteceria. Tive que levar você para a emergência do hospital, e não foi por causa do nosso filho.

Desespero, angústia e medo. Eram os adjetivos que me definiam nesses tempos. Algumas horas depois, o médico apareceu, chamando-me.

Câncer pulmonar. Um tipo raro. Algo tão traiçoeiro e cruel dentro de você, Rukia. Às vezes, quando volto e penso nisso, parece que o destino gosta de brincar com as nossas fraquezas. Mas dessa vez, ele foi realmente cruel, e eu ainda não o perdoei por isso.

O tratamento do câncer é algo cruel, principalmente por colocar nosso filho em risco. Mas você continuou, nós continuamos. E no final, tudo de certo. Pude sentir a alegria ao ouvir o choro de um bebê que acabou de dar as caras ao mundo. A nossa menininha nasceu completamente saudável.

Demos à ela o nome de Shizuku. Foi uma escolha nossa, assim que descobrimos que seria uma menininha. E devo dizer, modestamente, que é a coisinha mais fofa do mundo!

Foi um momento de paz na tempestade. Nossa filha nos concedeu esse descanso, Rukia. Pelo menos, em parte. Não me lembro que cuidar da Yuzu ou da Karin tenha sido tão trabalhoso, mas isso não me incomodava muito.

“Mas as memórias

Continuam aqui

Querida Lorraine

Não, eu não quero seguir em frente”

Infelizmente, os tempos de calma acabaram tão rápido quanto começaram.

Um ano e meio depois, você teve que ficar internada no hospital. O câncer começou a tirar sua vida mais rápido. Os médicos disseram que não tinha mais volta.

Nesse dia nevou. E dessa vez, ela não parecia feliz.

“As lembranças continuam aqui

É por isso que eu escrevi essa canção”

— Cuide bem dela por mim. Eu te amo, Ichigo. — Disse você, num último suspiro, com seu sorriso incomparável.

Lembro que os médicos tiveram que me segurar para não sair destruindo qualquer coisa que visse pela frente. Todos estava abalados. Eu, meu pai, Byakuya, todos. A escuridão tomou conta do meu coração de uma maneira rápida e devastadora, quase me fazendo desistir de viver.

Shizuku era muito nova para entender alguma coisa, mas indagou aonde você estava. Nunca precisei ser tão forte na minha vida quanto agora, sabia Rukia?

— Papa… — Chamou Shizuko — Por que estão enterrando a mamãe?

“Eu gostaria que pudéssemos viver

Todos os momentos que se foram

Novamente”

Agora, nossa filhinha tem seus quatro aninhos. E, certo dia, ela me aparece com nosso álbum de fotos de casamento, me perguntando de você. Ela se lembrava que tinha uma mãe que a amou muito, mas ela disse que queria ter a chance de te conhecer. Foi aí que eu contei à ela tudo sobre você, Rukia.

Shizuko ficou maravilhada, ouvindo cada palavra e me encarando com seus grandes olhos azuis. Ela é idêntica à mãe, e também, a minha pequena luz, assim como você foi, e ainda é, a minha luz.

Você sempre me apoiou, me botou na linha, e me fez o cara mais feliz do mundo, dando-me também essa garotinha que gosto de chamar de nosso anjinho sem asas. Mesmo que você não tenha conseguido me acompanhar para sempre, você ficou comigo até o fim.

Foi aí que eu decidi. Já passou da hora de eu fazer uma homenagem à você, e a tudo o que você fez por mim.

“Os bons tempos, os bons tempos

Os bons tempos, de novo

Os bons tempos, os bons tempos

Os bons tempos, tudo de novo”

Nossa filhinha me ajudou nessa ideia. Pegamos as nossas fotos do álbum de casamento, e decidimos renovar. Foram nesses lugares em que você e eu começamos uma vida nova. E vai ser no mesmo lugar onde vou mostrar ao nosso anjinho sem asas a prova de que conseguimos.

— Papa, eu sou muito mais baixinha que a mamãe — Reclamou Shizuko

— Vamos, suba no meu pé. E sua mãe não era tão alta quanto você — Zombei. Nosso anjinho riu

— Papa idiota! Eu ainda sou uma criancinha! Mamãe era mais alta sim! Muito mais alta! — Protestou Shizuko, por fim. Apenas ri e concordei, mas logo disse que daqui a alguns anos ela poderia ficar tão alta quanto você.

— Kurosaki, não se mexa muito, por favor — Reclamou Ishida, tentando tirar a foto

Shizuko riu de novo, dizendo algo como “O papa não faz nada certo mesmo”. Sem dúvidas, você teria dito o mesmo.

“Os bons tempos, os bons tempos

Todos os bons momentos, tudo de novo”

Algumas pessoas que leram isso, acham que isso é uma história de dor, sofrimento, solidão e superação.

Eu digo que elas estão erradas.

Isso é uma história de amor.


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Notas finais do capítulo

E aí?
Chorou?
Hein?
Hã?
Pode admitir, vai.
Precisa ter vergonha não, queridinho(a)
Será que essa one merece reviews? Favoritos? E, por algum milagre, recomendações?
Vejo vocês na próxima!!
o/
Ja'ne



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