Twisted Mix escrita por Dreamy
– Sai daqui! Vaza Jandira!
– Deixa de palhaçada, Beatriz! – disse Jandira, dando um safanão na filha
Beatriz se controlou. Pegou uma cadeira e deu para Jandira sentar, fingindo ter um mínimo de compaixão perante aquela que ainda era sua mãe.
Entretanto, a raiva que a menina sentia de Jandira era impossível de se esconder na sua expressão. Ela disse:
– Jandira, quer um copo de água?
– Não! Quero uma cerveja bem gelada!
– Você se esqueceu de que eu não bebo?
Jandira deu uma forte risada, jogou a cadeira com força na parede e cuspiu no chão:
– É isso que eu faço nesse apartamentinho de bosta!
– Muito melhor do que o que eu morava com você! Você veio aqui para fazer o que? O corpo da minha melhor amiga se encontra IML e eu preciso buscar o corpo amanhã para o enterro!
– Deixa de drama! A garota morreu e você fica aí chorando feita a Jacqueline?!
Beatriz abriu a porta e ordenou que a mãe saísse. Nisso, Jandira disparou uma bofetada na cara dela:
– Que falta de respeito! – gritou Beatriz – Eu lhe odeio, como mãe e como pessoa!
Jandira deu simplesmente uma risada. Ela pegou um copo, encheu de água e jogou em cima de Beatriz. Jackie abriu a porta do quarto e disparou:
– Ei! Cuidado, Jandira. Todo o mal que você faz aos outros volta para ti em dobro!
– Saia daqui já ou eu chamo a polícia! – gritou Beatriz – Eu não consigo acreditar que eu vim de você! Sai!
***
César chegou ao seu prédio. Estava confuso. Disse “oi” para o porteiro e entrou no velho elevador:
– O que eu estou sentindo? Não estou entendendo nada! Eu gosto de garotas. Mas quando eu vi o Felipe. . . Não sei, pode ser uma confusão minha.
Ao subir, deparou-se com Jandira, que o alfinetou:
– O que é isso, César?! Com essa aparência, você não pega nem resfriado!
– Hahaha, muito engraçado Jandira!
Quando entrou, César viu Beatriz, toda molhada em consequência da “brincadeirinha” de Jandira e chorando muito:
– Ei, mana! O que houve?
– Ai, César. . .
Beatriz deitou no ombro do irmão, que era bem menor do que ela, já que esta sempre fora a mais alta da turma.
César consolou a irmã. Ele pegou uma toalha e a secou cuidadosamente. O menino possuía tamanho carinho por Bia, assim como tinha por Sarah antes dela falecer. Uma espécie de gratidão.
Dois dias depois. . .
Era o enterro de Sarah. Além de Beatriz, Jackie e César, compareceram familiares e amigos. Michel e Rafael também compareceram:
– Sentimos muito pela perda, Bia. Decidimos deixar as desavenças de lado e apoiar você!
O padre compareceu. Dona Flávia e seu Rubens César, pais de Sarah foram falar com Beatriz:
– Você era amiga de Sarah, não é? – disse dona Flávia – Beatriz, não?
– Sim, desde a escola. Estávamos dividindo o apartamento há pouco tempo!
– Sarah falava muito de você! Uma pena sua morte prematura. Mas nossa família tem um grande histórico de leucemia. Eu tive anemia leucêmica há 13 anos, mas ela não chegou a virar um câncer.
O padre pronunciou um discurso:
– Sarah era uma linda menina. Batalhadora, sincera e amigável. Seus poucos 18 anos de idades foram suficientes para ser conhecida em todo o bairro por seu ótimo caráter. Um minuto de silêncio para ela!
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