Twisted Mix escrita por Dreamy


Capítulo 13
Enterro




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– Sai daqui! Vaza Jandira!

– Deixa de palhaçada, Beatriz! – disse Jandira, dando um safanão na filha

Beatriz se controlou. Pegou uma cadeira e deu para Jandira sentar, fingindo ter um mínimo de compaixão perante aquela que ainda era sua mãe.

Entretanto, a raiva que a menina sentia de Jandira era impossível de se esconder na sua expressão. Ela disse:

– Jandira, quer um copo de água?

– Não! Quero uma cerveja bem gelada!

– Você se esqueceu de que eu não bebo?

Jandira deu uma forte risada, jogou a cadeira com força na parede e cuspiu no chão:

– É isso que eu faço nesse apartamentinho de bosta!

– Muito melhor do que o que eu morava com você! Você veio aqui para fazer o que? O corpo da minha melhor amiga se encontra IML e eu preciso buscar o corpo amanhã para o enterro!

– Deixa de drama! A garota morreu e você fica aí chorando feita a Jacqueline?!

Beatriz abriu a porta e ordenou que a mãe saísse. Nisso, Jandira disparou uma bofetada na cara dela:

– Que falta de respeito! – gritou Beatriz – Eu lhe odeio, como mãe e como pessoa!

Jandira deu simplesmente uma risada. Ela pegou um copo, encheu de água e jogou em cima de Beatriz. Jackie abriu a porta do quarto e disparou:

– Ei! Cuidado, Jandira. Todo o mal que você faz aos outros volta para ti em dobro!

– Saia daqui já ou eu chamo a polícia! – gritou Beatriz – Eu não consigo acreditar que eu vim de você! Sai!

***

César chegou ao seu prédio. Estava confuso. Disse “oi” para o porteiro e entrou no velho elevador:

– O que eu estou sentindo? Não estou entendendo nada! Eu gosto de garotas. Mas quando eu vi o Felipe. . . Não sei, pode ser uma confusão minha.

Ao subir, deparou-se com Jandira, que o alfinetou:

– O que é isso, César?! Com essa aparência, você não pega nem resfriado!

– Hahaha, muito engraçado Jandira!

Quando entrou, César viu Beatriz, toda molhada em consequência da “brincadeirinha” de Jandira e chorando muito:

– Ei, mana! O que houve?

– Ai, César. . .

Beatriz deitou no ombro do irmão, que era bem menor do que ela, já que esta sempre fora a mais alta da turma.

César consolou a irmã. Ele pegou uma toalha e a secou cuidadosamente. O menino possuía tamanho carinho por Bia, assim como tinha por Sarah antes dela falecer. Uma espécie de gratidão.

Dois dias depois. . .

Era o enterro de Sarah. Além de Beatriz, Jackie e César, compareceram familiares e amigos. Michel e Rafael também compareceram:

– Sentimos muito pela perda, Bia. Decidimos deixar as desavenças de lado e apoiar você!

O padre compareceu. Dona Flávia e seu Rubens César, pais de Sarah foram falar com Beatriz:

– Você era amiga de Sarah, não é? – disse dona Flávia – Beatriz, não?

– Sim, desde a escola. Estávamos dividindo o apartamento há pouco tempo!

– Sarah falava muito de você! Uma pena sua morte prematura. Mas nossa família tem um grande histórico de leucemia. Eu tive anemia leucêmica há 13 anos, mas ela não chegou a virar um câncer.

O padre pronunciou um discurso:

– Sarah era uma linda menina. Batalhadora, sincera e amigável. Seus poucos 18 anos de idades foram suficientes para ser conhecida em todo o bairro por seu ótimo caráter. Um minuto de silêncio para ela!


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