Eilen - Herança Fria escrita por Suca Fonseca
Notas iniciais do capítulo
Início da história.
Aviso: A história vai ter dois tempos narrativos se alternando continuamente, às vezes vai parecer que não é a mesma história, mas será!
Chegando mais perto conseguiu ver que um homem alto, de toca e roupas de frio empurrava uma jovem na parede, tudo indicava que era um malandro se aproveitando de uma pobre universitária ou turista. Seu sangue ferveu, malditos humanos, como podiam ser tão sujos! Era naqueles momentos que sentia vontade de acabar com todos, sem perdão, e entendia um pouco o ponto de vista de certos clãs que faziam “caçadas” com bandidos humanos... Não deixaria aquela moça sozinha.
- Ei ,idiota, solte a moça!
O homem se virou rapidamente e ,quando viu apenas uma moça encapuzada, deu um sorriso de satisfação.
- Parece que hoje é meu dia de sorte, duas presas fáceis por aqui!!!!
Eilen continuou séria e parada no mesmo lugar, o homem jogou a menina no chão, que ficou imóvel, provavelmente paralisada de medo. O homem se aproximou, e a puxou até onde a outra menina estava, ela se deixou levar com um sorriso gozador no rosto.
- Do que está rindo sua vadia? Eu vou acabar com você, assim que finalizar esta idiota aqui – enquanto sacudia a moça- está noite terei grana e diversão, se é que você me entende!!! Fique quieta e prometo não lhe matar.
Eilen tirou o capuz, jogou a bolsa no chão e disse:
- Você e mais quantos???
- Sua vadia louca, está me irritando sabe o que é isso – apontando uma arma na sua cara - vou estourar sua cabeça se não parar de dar uma de esperta comigo. Você conseguiu me irritar. Tire já está roupa, agora você me paga!
Eilen tirou o casaco, o homem conseguiu ver que estava apenas de camiseta e uma caça velha de jeans. Viu seu braço com a enorme tatuagem escrita ÚLFHEDIN . A moça arregalou os olhos, ela sabia o que aquilo significava. Aproximou-se devagar e ficou frente a frente do bandido.
- O que pretende fazer agora seu imbecil?
O homem a pegou pelo pescoço e falou:
- Vou te fazer se arrepender por me irritar, vadia.
Eilen agarrou o braço do bandido e apertou, o homem urrava de dor e ela podia sentir seus ossos se dilacerando nas suas mãos. Apertou até ver o homem no chão gritando:
- Sua louca, o que você fez!!!!! Quem é você???
A moça tapava o rosto com as mãos e chorava mais ainda.
- Seu pior pesadelo filho da puta! Eu amo acabar com idiotas como você. Coisas assim que merecem sofrer pra caramba, que acham que mulher é lixo, que pensam que podem abusar de todo mundo e se sair bem. Olha pra mim agora.
O home olhou, ela o arrastou pelo braço até o outro lado, socando-o na parede e urrou na sua cara, ele viu seus dentes enormes e afiados, suas unhas crescendo e seus olhos amarelos. Já com a voz alterada, urrou muito mais, para o desespero do homem que tentou fugir, ela pulou em uma parede e correu sobre ela, caindo em frente ao bandido. Deu um murro e tanto no seu rosto, chutou muito sua cara e seu estômago, quase desmaiando o homem pediu misericórdia.
Ela tirou a calça e a blusa em movimentos rápidos, e num salto virou uma loba enorme, cinza, raivosa, que fez com que o bandido chorasse de medo. A loba ficou o rondando, até o homem ficar em completo desespero. A loba se voltou um pouco para parede e, de repente, virou humana novamente. Vestiu a calça, a camiseta, o casaco, colocou o capuz e se aproximou do homem, que se encolheu todo, quase entrando na parede.
- Escute bem, eu estarei de olho em você, se fizer algo de errado, eu estarei lá pra lhe caçar, pra lhe trucidar, pra lhe morder até dilacerar, entendeu bem???
O homem apenas concordou com a cabeça, Eilen foi até a moça e disse:
- Vá, e esqueça o que viu aqui. Ah, nada de andar por essa rua sozinha de novo.
A moça correu sem olhar pra trás, Eilen apontou os dedos em direção de seus olhos e sussurrou para o homem : estou de olho em você!
E saiu do beco, andou muito rápido, pelo caminho começou a rir, era mesmo uma aberração, mas gostava disso, finalmente gostava...
Após alguns minutos de caminhada na velocidade máxima que podia, afinal não havia ninguém que a visse praticamente voar pelas ruas, chegou até a estação. Halvor estava encostado numa parede, quando a viu fez um sinal apontando para o relógio, Eilen apenas sorriu.
- Onde você estava?
- Dando uma volta, precisava andar.
- Chega de andar, vamos seguir viagem agora mesmo. Temos um grande caminho até o torneio.
- Sim, vamos!
Eilen olhou para trás, mais uma vez o destino virava seu mundo de cabeça para baixo, já começava a se acostumar com isso.
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