We're Not a Team. We're a Time Bomb. escrita por Amanda


Capítulo 42
We Do Care


Notas iniciais do capítulo

Whats up, pessoal! Então, gente, eu não postei esses dias porque tava meio ocupada desde que no domingo passado, dia 14, EU FIZ 15 ANINHOOOOS! O/ Sim, virei debutante e não vou fazer nenhum tipo de festa, preferi viajar, mas ainda assim meus pais me levaram para comemorar, as pessoas ainda ligam pra mim e tal. E, misturando a felicidade do aniversário, mais a alegria de descobrir que em um universo alternativo da Marvel Steve e Natasha têm um filho juntos nos quadrinhos, mais o fato de estar transbordando de inspiração, hoje vão ter 2 capítulos e, quem sabe?, até 3!! Então, espero que gostem!! Enjoy!



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POV. Natasha Romanoff

Eu estava num lugar novo, Steve ao meu lado. Em algum lugar dentro de mim, eu sabia que estávamos no mundo, sozinhos. Mas nós estávamos diferentes, não éramos nós ali. Steve não era loiro e o vermelho de meus cabelos sumira; estávamos num mundo completamente sem cor. Eu tentava falar alguma coisa, mas não saia som, porque isso não existia naquele mundo. Eu sabia, de alguma forma, que naquele mundo não existia música. Eu olhava ao redor, e naquele mundo incolor eu podia ver tudo que havia nele, ou melhor, o que não havia.

Não existia dança, não existia música, cor, teatro, casamento, nada com relação à diversão e alegria – este último, por sinal, também não existia, apenas contentamento. Não havia tristeza, apenas desconforto. Não existia gosto, apenas preferências. E não havia amor; apenas afeição. E me doeu muito constatar isso ao olhar para Steve não encontrar nada em seus olhos acinzentados quando ele me fitava.

Não havia amor lá.

Mas o que mais me doeu foi perceber que, quando eu olhava para ele, meus olhos cinza também não emitiam nada. Eu não amava Steve, porque não existia amor nesse mundo.

E o mesmo acontecia com as pessoas que apareceram depois, porque eu e Steve não estávamos mais sozinhos. Clint, Fury, Hill apareceram e não havia nada ali, nenhum sentimento.

Eu não estava entendendo. O que estava ocorrendo ali? Nada daquilo fazia sentido.

Então eu sinto algo em minha barriga, algo parecido com uma sucção. E o último azul do olhar de Clint, o último brilho no olhar de todos sumiram e tinham ido para minha barriga, e agora eu sabia que ela sugara toda a alegria, a cor, o amor do mundo e agora não havia mais nada.

Nada.

Acordo assustada e percebo que ainda estou acalentada nos braços de Steve, que dormia. Estávamos no meu quarto, e eu suava e tremia por causa do sonho, que eu não entendia. Eu não entendia o que tinha se passado.

Então a realidade me atinge com uma violência enorme, e eu me lembro de tudo o que passou no dia anterior, quando eu recebi a notícia de que eu perdera meu bebê.

A dor esmagadora que senti ontem me engolfa com a mesma força que me engolfou ontem, e eu sinto as lágrimas voltarem a surgir. Eu nunca chorei tanto em toda a minha vida quanto ontem, em tantos anos de treinamento para controlar as emoções.

O que tinha acontecido comigo ultimamente?

Eu estava frágil, estava vulnerável, eu estava realmente devastada. Eu nunca tinha me sentido tão humana, tão fragilizada e quebrável. Eu pensava ter conhecido todo tipo possível de dor, física e psicológica, mas o dia anterior provara o contrário. Meu coração se apertava tanto que eu sentia como se meu fôlego, como se minha vida se esvaísse completamente de meu corpo.

Olho para Steve e o encontro em sono profundo, para meu alívio momentâneo. Queria muito que ele relaxasse.

Porém, meu consolo logo se foi ao notar as olheiras, os olhos inchados e as marcas no rosto. Ele passara a noite inteira acordado, chorando. Odiava, odiava vê-lo daquele jeito.

Respiro fundo, pensando. Eu precisava sair dali, precisava espairecer. Eu nem mesmo sabia o que tinha acontecido depois de Ultron ter deixado a Torre.

Delicada e cuidadosamente, me desaninhei do abraço de Steve, tomando precauções para não acordá-lo. Consegui, e estava pronta para deixar o quarto, mas no momento em que me pus de pé, senti dores na barriga e cólicas fortes, mas continuo para chegar ao meu destino, tentando ignorar as dores. Quando finalmente consegui sair, decidi ir até a cozinha para relaxar, porque aquele lugar me alegrava, desde que eu tive aquela guerra de comida com Steve.

Porém, quando eu estava quase chegando ao meu destino, comecei a ouvir burburinhos vindo de lá. Hesitei e consegui ouvir Clint e os outros conversando sobre o recente ocorrido comigo e com Steve.

– Pelo amor de Deus, nós temos que fazer algo para que Nat e Rogers voltem à vida e saiam daquele maldito quarto! – Ouvi Clint erguer a voz, aparentemente afirmando aquilo pela enésima vez.

– Na verdade, agente Barton, - Agora era Banner que falava – eu creio que seria melhor deixar que eles encontrassem o próprio consolo, um no outro, sozinhos no recanto deles. Ás vezes é melhor assim.

– Sim, eles merecem ficar sós. – Falou Skye – Mas nós não podemos simplesmente ficar sentados de braços cruzados esperando que aqueles dois se tornem dois meros vegetais.

E qual não foi minha surpresa ao ouvir a voz que se seguiu:

– Bem, eu não conheço bem o Steve Rogers e a Natasha Romanoff, - Dizia Ward – mas conheço o Capitão América e a Viúva Negra. Eu sei que eles têm garra para sair dessa sozinhos. Mas, de certa forma, eu concordo com Skye. Um ombro amigo sempre ajuda.

Se eu tinha ficado surpresa a ouvir a voz de Ward no meio da discussão, quase caí para trás de susto ao ouvir Wanda e Pietro:

– Sinceramente? Eu estou com Ward. Eles são dois Vingadores, dois agentes da S.H.I.E.L.D., dois super-heróis. Eles já me mostraram força suficiente para sair de situações piores que essa, eu creio que eles têm estômago para se reerguerem. – Concluiu a Feiticeira.

– Hum... – Mercúrio hesitou; parecia estar refletindo sobre sua opinião antes de expô-la – Eu acho que... Bem, tentar não faz mala ninguém. Talvez devêssemos tentar animá-los uma vez e, se não der certo, deixamos para lá. Eu mesmo posso tentar falar com eles, se preciso. – Ergui as sobrancelhas depois dessa declaração.

Ouvi alguém bater na mesa e o arrastar da cadeira; esse alguém acabara de se levantar, com fúria. Algo me dizia que era Clint.

– Eu conheço a Natasha aqui melhor do que ninguém. – Afirmou ele, confirmando minha teoria de que ele era o que se levantara – Eu tenho plena consciência da habilidade que ela tem de se livrar de seus problemas, muito obrigado. E, justamente por conhecê-la melhor do que ninguém aqui, posso afirmar também que há, sim, um lado dela que sempre se lamentou por ser solitário. Há um lado de Natasha Romanoff que deseja, secretamente, que alguém mostre que se importa com ela. E, se eu for o único aqui que o faz, se eu for o único que se importa, tanto faz. Eu estou cansado de vê-la sofrer. Como realmente me preocupo, não ficarei com a bunda na cadeira e de braços cruzados observando-a em sua dor. Dane-se. – Uma gratidão enorme encheu meu peito ao ouvir aquelas palavras de Clint. Mas, talvez, ela não fosse tão grande quanto a que veio ao ouvir o que veio a seguir.

Várias vozes se ergueram e eu pude ouvir Coulson, Fitz-Simmons, May, Banner, todos protestando contra a alegação de Clint de que ele era o único que se importava comigo. Todos alegando que compartilhavam do mesmo sentimento.

Esse fato me fez dar um sorriso incrédulo e levar a mão à barriga. Meu coração ainda doía pela perda de meu filho, é claro; mas, por algum motivo, eu sentia que um band-aid tinha sido colocado nele, pelo menos por enquanto.


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Notas finais do capítulo

Logo logo tá saindo um capítulo e creio que vocês vão AMAR, porque tá cheio de coisas boas. 'Guentem que ele já já dá as caras por aqui, ainda hoje. Obrigada por tudo, galera, e que Deus abençoe vocês! Kisses!