We're Not a Team. We're a Time Bomb. escrita por Amanda


Capítulo 40
Hold My Hand


Notas iniciais do capítulo

GENTE EU TÔ É BROKEN. TÔ MESMO. ESTOU EM PROFUNDA DEPRESSÃO.
PASSEI UM FINAL DE SEMANA INTEIRO ESCREVENDO UM CAPÍTULO, TODO LINDINHO ELE, COM 34985703894750938475 PALAVRAS E TODO TRABALHADO NA RIQUEZA. FUI POSTAR E O QUE...?!?!?!?!? PERDI TUDO!!!! TÔ É BROKEN!!
Aí eu não pude mais postar por pura falta de tempo, então, sorry. E também teve o fato de que, quando eu ia postar nesse fds, minha internet caiu T-T Só voltou hoje, desculpem. Tava me martirizando para que vocês vissem esse capítulo (E EU PERDI OS EPISÓDIOS DE AGENTS E DE OUAT, ENTÃO, ESTOU MORRENDO), so, here it is.
Mas enfim... Aproveitem o capítulo... Que foi REESCRITO... T-T Enjoy.



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POV. Steve Rogers

Eu não estava entendendo o que estava acontecendo. Só o que eu conseguia olhar, mas, ainda assim, sem ver por completo, era o fato de que todos que estavam ao redor de Natasha se jogaram ao seu lado, perguntando mil coisas, preocupados ao extremo. Quando vi seu rosto, consegui perceber que ela estava tão aturdida, tão atônita quanto eu. Aquilo serviu para me desanuviar, para me chamar para a realidade. Eu estava meio avoado sim, mas eu precisava fazer algo. Deixar Natasha naquela situação era algo completamente fora de questão.

– Saiam da frente! - Exclamei, sendo mais grosso que o necessário; porém, não me importei com esse fato. Quando todos se afastaram, peguei Natasha pelos braços e a ergui; ela ainda sangrava - Coulson, venha comigo, AGORA! - Gritei, completamente histérico. Sobressaltado, Phil imediatamente se aproxima, enquanto todos os outros nos seguem. Me encaminho para a garagem o mais rápido que posso de modo que eu não possa machucar Natasha de nenhuma maneira. Assim que avistei Lola, enfiei Nat deitada no banco de trás e me sentei ao seu lado, colocando sua cabeça em meu colo. Coulson assume o volante e, quando estou prestes a gritar para que ele parta de uma vez só, percebo todos do meu lado, fora do carro, me olhando com expectativa – Nós vamos para o Mount Sinai. – Disse – Pelo amor de Deus, qualquer coisa que acontecer enquanto eu estiver fora, me avisem. – Todos assentem.

– Nós tentaremos encontrar vocês lá o mais rápido possível. – Disse Barton, que estava extremamente pálido. Por um momento, pensei que ele fosse desmaiar ali, na minha frente.

– Vamos, Coulson. – Falei, e imediatamente depois senti o carro ligar ao mesmo tempo em que a garagem abria. Dando graças a Deus pelo mecanismo de voo instalado no veículo, sinto Lola decolar.

Enquanto planávamos pelo céu (de uma forma que me permitiria admirar imensamente a beleza da paisagem se estivesse em uma diferente situação), senti Natasha se enrijecer em meu colo. Ao olhar para ela, tenso, vi que ela apertava tanto os lábios quanto os olhos, suando. Ela estava tentando controlar a dor, eu sabia disso. Senti náuseas ao constatar tal fato. Quando olhei para suas pernas, vi que ela ainda sangrava. Senti algo parecido com a dor de 100 socos no estômago.

Então tudo piorou quando Natasha arfou em minhas pernas e deixou escapar um som esganado até morder o lábio. Ela estava perdendo o controle, queria gritar. Eu abri e fechei a boca diversas vezes, querendo falar algo relevante, mas tudo que vinha era um gosto ruim e uma ardência no céu da boca. Estava começando a suar. De repente, Nat segurou minha mão com força e olhou para mim, ofegante:

– Steve, - Disse ela, quase sem voz – eu estou ficando assustada. – Ouvir aquilo simplesmente me destruiu.

– Eu sei, eu sei. – Reencontrei a habilidade de fala, apertando sua mão de volta – Eu também. Mas isso não pode ser o foco agora, você não pode se prender a isso agora. Só... Não segure a dor. Vai ser pior, acredite em mim. E... À medida que a dor vai aumentando, vá apertando minha mão. Só... Só segure minha mão. – Ofereci, acariciando levemente o dorso da mão de Natasha. Arfando mais uma vez, ela cumpre a oferta, apertando tanto a minha mão que eu cheguei a sentir todo o meu sangue naquela região se esvair, mas eu não me incomodei. A única coisa que com a qual me importava era com a tortura que estava passando, com o mais horrível som que chegava aos meus ouvidos: os gritos que Natasha enfim deixava saírem de seu âmago.

Depois do que pareceu uma eternidade, chegamos ao hospital e pousamos. Peguei Natasha pelos braços novamente e zarpei para dentro do centro médico, me deparando com uma sala cheia de pessoas sentadas e um balcão com uma atendente. Sem nem mesmo parar para respirar entre as palavras, deixei o desespero claro em minha voz:

– Eu preciso de atendimento aqui e depressa é um caso urgente! – Falei de uma vez só, atraindo olhares de todos os indivíduos que ali estavam. A recepcionista, ao ver que se tratava do Capitão América trazendo uma Viúva Negra ferida nos braços, arregalou os olhos e ergueu as sobrancelhas em um nível que até então eu achava ser impossível na fisionomia humana. Logo depois, pegou o telefone que estava no balcão e falou, com uma voz que mostrava que ela tentava se conter, que estava precisando de um atendimento urgente para o Capitão Rogers; ela deu bastante ênfase no meu nome.

Num intervalo de tempo impressionantemente curto, apareceram várias enfermeiras trazendo uma maca, na qual eu pousei delicadamente Natasha. As enfermeiras logo a levaram para o atendimento, mas eu sabia que isso significava que eu iria ficar longe dela. Enquanto ela desaparecia nas portas da emergência, o olhar temeroso que ela lançou para mim só serviu para que eu o devolvesse com um olhar que estampava uma preocupação ainda mais acentuada. Estava me sentindo mal.

– Com licença. – Murmurei para Coulson, me encaminhando para o banheiro. Sabia que todos que estavam ali estavam me encarando, mas eu não ligava, eu não dava a mínima.

Assim que entrei no toalete e tranquei a porta, caí por cima da privada e vomitei. Isso não podia estar acontecendo. Era tanta coisa que... Que não devia acontecer...

Eu estava apaixonado pela Viúva Negra.

Me encaminhei para a pia.

Só que ela estava com outra pessoa quando enfim me dei conta disso.

Eu abro a torneira e enfio um punhado de água na minha boca, fazendo um gargarejo. O gosto ruim estava começando a sair.

Mas, no final, ela confiou em mim, ela confiou que eu seria a pessoa que a mostraria como fugir de seus demônios.

Passei água no rosto, como que tentando acordar, tentando voltar à realidade.

Agora estávamos juntos. E eu sabia que eu tinha falhado em mostrar a rota de fuga que Natasha precisava.

Enxugo o rosto e olho para o espelho. A pessoa que eu vejo com o cabelo desarrumado e o rosto devastado era uma pessoa falha. Era uma pessoa com uma vasta trilha de erros. Ela errou com o seu melhor amigo. Ela errou com seu primeiro amor, a sua melhor garota. Ela errou com o seu país, o país que servia, ao prometer que iria derrubar seu maior veneno, a H.Y.D.R.A., mas só estava trabalhando para ela, afinal de contas. Ela errou com os Vingadores, os seus novos soldados, que confiaram que ela seria o seu líder. Ela errou com o seu mais novo amor. Ela errou muito. E agora, ela errou com o seu filho, antes mesmo que ele viesse ao mundo.

Eu odeio essa pessoa no espelho.

Estava frustrado, estava cansado, estava zangado comigo mesmo. Deve ter sido por isso que, sem pensar, desferi um murro contra a parede com mais força do que pretendia. Quando olhei para o lado, vi que tinha amassado a parede. Mas eu não liguei, porque agora as lágrimas que tanto insisti em segurar estavam começando a emergir.

Antes que pudesse evitar, estava deslizando com as costas na parede até me encolher no chão, chorando copiosa e compulsivamente, contra a minha vontade. Afundei o rosto nos meus braços que estavam entrelaçados sobre meus joelhos, esperando que os soluços incensáveis se aquietassem. Não sei quanto tempo se passou desde então. Segundos? Minutos? Horas? Décadas? Não sei. Só sabia que era muito tempo. Era muito tempo sem paz, era muito tempo sem Natasha, era muito tempo sem meu filho.

E eu tinha que fazer alguma coisa com relação a isso.

A respiração acelerada começando a se estabilizar, passei as mãos pelo rosto para afugentar as lágrimas. Levantando do chão, me olhei no espelho e me certifiquei de que não aparentava mais ter chorado. Respirei fundo e saí do banheiro. Assim que abri a porta, encontrei um senhor pululando do lado de fora do toalete.

– Até que enfim! – Resmungou ele, entrando rápido no banheiro demais para a sua idade, na minha opinião. Porém, eu não estava prestando atenção nisso. Tinha outra coisa puxando meu foco.

Fora do hospital, se espremendo para chegar à porta de vidro, havia uma horda de repórteres, jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas, sendo contidos apenas pelos seguranças que faziam um grande esforço para mantê-los longe do estabelecimento de saúde. Sabia que eles queriam falar comigo; o Capitão América trazer um Vingador ferido para o maior hospital de Nova York não era algo que se passava despercebido.

Olhei para Coulson, com uma expressão questionadora; ele deu de ombros, em um sinal de que não tinha feito nada para chamar a atenção da mídia. Suspirei. É melhor acabar logo com isso para ter um pouco de paz.

Bati de leve na porta de vidro e um segurança me fitou. Ergueu as sobrancelhas, como que me perguntando se eu tinha certeza. Eu assenti e ele deu de ombros, abrindo levemente a porta para que eu saísse. Logo os gritos dos muitos repórteres chegaram aos meus ouvidos, com perguntas e questionamentos misturados em uma onda de dúvidas.

– Capitão, Capitão, aqui! – Gritou um acima de todos e, quando eu o olhei, passando a palavra para ele, todo o barulho cessou – Acho que todos querem saber, Capitão: o que aconteceu para que fosse preciso que o senhor trouxesse a Viúva Negra para o hospital? O que está havendo?

Vendo o microfone ali, estendido em minha direção, e a luz da câmera acesa, indicando que estávamos ao vivo, decidi não causar um pânico imediato na população falando de Ultron. Dosei minhas palavras, respondendo apenas:

– Nada realmente importante. Em uma das missões que estavam ocorrendo, a Viúva Negra acabou se ferindo, nada mais do que isso. – Falei, como que encerrando o assunto. Outro jornalista, uma mulher, apontou o gravador para mim:

– Capitão Rogers, pode nos dizer alguma coisa sobre a repercussão da queda da S.H.I.E.L.D. em Washington? – Tentei não bufar. Estava começando a me aborrecer.

– Creio que deixei minha opinião clara o bastante para o mundo durante o acontecimento na Capital. – Fui direto. Então, uma jovem garota, quase uma adolescente, de short curto, cabelo extremamente loiro e lábios exageradamente vermelhos apontou o gravador para mim:

– Capitão Steve, o que você tem a dizer sobre os boatos de que você e a charmosa Viúva Negra estão juntos? Confirma ou nega?

Quando vi o gravador ali na minha frente acompanhado da estúpida e absurda pergunta, o pouco da paciência que eu tinha se esvaiu completamente.

– Sabe, eu acho frustrante uma coisa. – Disse, dureza no olhar, e os microfones e flashes surgiram com violência – O fato de que hoje todos se prendem nos fatos mais fúteis e banais possíveis, se esquecendo sempre do vital na vida. Em que agregará a convivência de outras pessoas se eu estou com a Viúva Negra? Com quem eu estou ou deixo de estar é problema meu e não diz respeito a ninguém mais, é da minha conta, apenas. Nenhum, e quando eu digo nenhum eu quero dizer nenhum mesmo, de vocês tem o direito de beber da minha existência para estampar revistas de fofoca como meio de vida. Se vocês se preocupam tanto com o que eu faço, então precisam dar um jeito nas vidinhas medíocres que levam, pois se vocês não têm nada de bom para mostrar, o mínimo de decência é pelo menos não expor o que os outros têm. Senão, vocês nunca conseguirão alcançar a felicidade que eu, atual alvo midiático, possuo. Agora com licença que eu vou tratar de assuntos realmente relevantes agora. Vão parasitar outra celebridade. – Concluo, deixando todos os fofoqueiros (aka: jornalistas) sem palavras e de queixos caídos.

Dei meia volta e entrei no hospital de novo, enquanto ouvia alguns dos parasitas lá fora deixarem o local. Ao olhar bem para a sala de espera, vi que todos me encaravam, alguns perplexos, outros com sorrisos de cantos espalhados pela boca. A TV estava ligada e mostrava o Mount Sinai. Eles ouviram o meu sermão, que tinha passado na TV. Então uma senhora pequenina desata a aplaudir. O senhor ao seu lado a acompanha e por aí vai, até que todos estão aplaudindo o choque de realidade que dei na mídia em rede nacional. Eu dou um sorrisinho fraco, agradecendo com o olhar, mas nada mais que isso. Vou até Coulson e sento ao seu lado, colocando a cabeça entre as mãos. Ainda estava com a mente turva. Eu queria Natasha ali, do meu lado, dizendo que estava tudo bem.

Algum tempo se passa, não tenho certeza do quanto, talvez muitos minutos ou poucas horas, sem que eu tivesse nenhuma notícia de Nat. Então o grupo que tinha permanecido na Torre Stark entra alvoroçado na sala, todos com olhares preocupados. Barton, quase correndo, vinha à frente.

– E então? – Pergunta ele, ofegante e ansioso – Alguma novidade? O que o médico disse?

– Nada ainda. Eu sei tanto quanto vocês. – Falei, a voz engasgada. Eu olhei nos olhos de Barton naquele momento e ele nos meus. A preocupação que sentíamos era igual, o apreço por Natasha era quase o mesmo. Naquele momento, com um simples olhar, eu soube que Barton sabia o que eu sentia, pelo menos um pouco. Naquele momento, eu entendi melhor o porquê de Natasha o ter como melhor amigo por tanto tempo.

Mas não tive muito tempo para pensar nisso com o foco que merecia. Um médico apareceu na sala e passou os olhos pelo aposento. Quando nos avistou, caminhou até nós com paços firmes. Ao olhar nos olhos dele, vi que ele tentava não deixar transparecer algo.

Todos nós nos levantamos e nos direcionamos até ele, ansiosos. Barton pergunta, antes que qualquer um possa fazê-lo, se existia alguma notícia de Natasha. O doutor ergueu a mão, um sinal de completa serenidade.

– Antes de qualquer coisa, - Disse ele, a voz extremamente contida – a paciente gostaria de ver o Capitão Rogers e apenas – Ele foi enfático – o Capitão Rogers. Gostaria de me acompanhar, por gentileza, Capitão? – Ele acrescentou, já se afastando. Eu não sabia mais como era respirar.

Continuamos caminhando, até que paramos na frente da porta de um quarto. Antes de abrir, ele colocou a mão no meu ombro e olhou para mim, sem saber o que dizer. Era como se quisesse me tranquilizar. Eu agradeci com o olhar e, respirando fundo, entrei no aposento.

Encontrei Natasha sentada na cama branca do quarto cinza, sem nenhuma expressão no rosto e sem emoção nenhuma no olhar. Era como se ela não estivesse ali. Era como se não existisse. Isso fez meu estômago dar uma cambalhota violenta. Sentei à beira da cama, nervoso.

– Natasha? Está tudo bem? O que houve? E o bebê? – Perguntei, ansioso, aproximando minha mão da sua aos poucos, até pegá-la delicadamente.

Então Nat, ainda como que um zumbi, permite que uma única lágrima escorra pela sua bochecha. Sem olhar para mim, com a expressão de morta ainda estampada no rosto, ela fala, também sem emoção nenhuma:

– Eu o perdi. Eu perdi o bebê.


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Notas finais do capítulo

O que Steve disse é mais ou menos o que eu acho desses paparazzis ridículos, que foram responsáveis pela morte da minha linda Lady Di. Claro, eu queria falar mais, mas a pureza de nosso Capitão me impediu de ser mais clara.
Prometo responder reviews/MP's quando tiver mais tempo, mas li tudim, viu?
E aí, o que acharam do cameo do Stan Lee? Hahaha!