We're Not a Team. We're a Time Bomb. escrita por Amanda


Capítulo 30
Explosion/Perspective


Notas iniciais do capítulo

Nessas notas do capítulo eu vou fazer uma coisa que pode acabar me crucificando, mas tá valendo: Vou dar um spoiler. Eu acho engraçado que desde o começo, desde antes de escrever a fic, eu planejava fazer Clint ficar com Wanda. E o melhor é que vários leitores estão vindo aqui falar que querem os dois juntos! Eu achei tão interessante! Só queria deixar claro que são planos e eu vou fazer de tudo para concretizá-los, mas pode ser que não seja possível. Parabéns pelos palpites certeiros, pessoal, haha! Enjoy!



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POV. Steve Rogers

Escuto a explosão do outro lado da linha e perco a comunicação com Ward. Droga. Deu tudo errado. Natasha precisava sair dali.

– Natasha, dê o fora daí imediatamente! – Avisei desesperado, sem esperar por respostas, pois precisava agir logo – Coulson! Ataque agora! – Gritei no ponto eletrônico para ele. Depois que Natasha e Ward entraram, eu e os Vingadores nos distanciamos de Coulson, ficando mais próximos da base, para entrarmos mais rápido. Está na hora de fazê-lo.

– Capitão, o que diabos está acontecendo? – Perguntou o agente Barton.

– Deu tudo errado. Está na hora de agirmos, vamos entrar. – Falei. Os Vingadores imediatamente se prepararam e me seguiram para entrar na H.Y.D.R.A. Os tiros de Coulson e sua equipe estalavam por toda a base, com tantas armas e tanta força que chegaram a abrir uns verdadeiros rombos pela parede. Peguei Barton do meu lado e o protegi com meu escudo junto a mim, já que os outros não deviam se preocupar tanto em se esquivar de balas.

Finalmente chegamos à porta. Hulk, já transformando, dá um murro na mesma e a quebra, permitindo nossa entrada. Quando isso acontece, nos deparamos com dezenas de agentes da H.Y.D.R.A. tentando entender o que estava acontecendo. Vi alguns já mortos pelos tiros de Coulson e sua equipe.

Não damos tempo para que pensem, simplesmente começamos a atacar os mesmos. Alguns começam a atirar em minha direção, mas eu me protejo com o escudo, avançando mais e mais. Quando estou próximo o bastante, atinjo uma cotovelada em um ao mesmo tempo em que dou a rasteira em outro. Jogo o escudo na parede ao meu lado e me abaixo, enquanto a minha arma de defesa ricocheteia pelos cantos e atinge alguns agentes pelo caminho. Eu me levanto e a pego de volta, já atingindo outro com um murro através do escudo. Quando esse começa a cair, pego rapidamente sua arma e me viro atirando em outro que se aproximava. Ao derrubá-lo, escuto a voz que mais gostaria de ouvir dizendo a frase que eu mais odiaria escutar:

Steve, rápido! Preciso de reforç... – A linha que Natasha usava no ponto eletrônico é cortada. Sinto um desespero crescer dentro de mim, atiçando os Vingadores com a mão para avançarmos. Eu precisava achá-la.

Tirando-me de meus devaneios à força, um agente me dá uma coronhada na região perto da nuca. Eu me atordoo um pouco, mas o atinjo com o cotovelo, o pego pelo pescoço e giro as mãos, quebrando o membro. Estávamos adentrando cada vez mais na base.

Capitão, encontramos a Viúva Negra. – Escutei a voz de Skye – Ela está numa sala há poucos metros à frente, a última do corredor. Ela... Ela está com Ultron.

Não pode ser. Natasha estava sozinha com o psicorrobô. Eu precisava chegar lá, precisava salvá-la.

Custe o que custar.

POV. Natasha Romanoff

Escuto a explosão mais acima de mim, no andar superior da base da H.Y.D.R.A. Sem ter tempo para pensar em nada, logo depois escuto Steve no ponto eletrônico:

Natasha, dê o fora daí imediatamente! – Ele não espera por respostas, simplesmente desliga. Solto um muxoxo e, com um pouco de dificuldade, coloco o dispositivo mínimo que Ward havia me dado na extremidade da algema elétrica que me prendia. Esse dispositivo, desenvolvido por Banner e Stark, corroia qualquer sistema de eletricidade que tocasse.

Quando me libertei das algemas, confiro a fechadura da cela. Ward não havia trancado, só fechado, encostado. Eu saí daquela sala, enfim, e comecei a correr para tentar achar Ward e tirá-lo dali. Claro que em algum ponto do caminho eu encontrei agentes da H.Y.D.R.A. Três deles, cada um segurando uma AK-74u, me percebem e apontam para mim.

Eu consigo ser mais rápida e avanço, pulo na parede ao meu lado, dou impulso para a parede oposta e dela salto em direção dos agentes, acertando uma voadora no primeiro. Estava próxima demais para que conseguissem atirar em mim, então consigo pegar a arma de um sem dificuldade. Dou uma coronhada no rosto do antigo dono da arma e seguro a AK-74u do outro, torcendo sua mão. Encosto o cano da minha AK em sua cabeça, um meio sorriso malicioso no rosto. Eles se incomodam em atirar a queima roupa; eu não.

Aperto o gatilho e o sangue jorra, espirrando um pouco em minha roupa e rosto. Eu passo o dedo displicentemente pelo pingo vermelho próximo à minha boca e continuo meu caminho, me apoderando da AK-74u.

Vou avançando cada vez mais, sem nenhum problema mais grave, já que conseguia matar todos com tiros de precisão da minha nova pistola-metralhadora. Ao atingir outro agente, escuto barulhos de luta numa sala próxima. Ruídos metálicos e gemidos de uma voz conhecida.

Ultron e Ward.

Avanço para a sala, me livrando de quem estivesse em meu caminho. Quando abro a porta, encontro Ultron erguendo um Ward extremamente machucado pelo pescoço e aproximando sua mão, que iria lançar um raio, de sua cabeça.

Sabia que armas não iam adiantar, então joguei minha AK-74u no chão e ativei meu gancho, prendendo-o na cabeça do robô, ligando a eletricidade de meu uniforme. Ele recebe a descarga elétrica, soltando Ward e virando-se para mim.

– Steve, rápido! Preciso de reforç... – Peço no ponto eletrônico, mas sou interrompida quando Ultron lança um raio em minha perna, cortando a linha.

POV. Phill Coulson

Escuto a explosão dentro da base da H.Y.D.R.A. e recebo ordens do Capitão:

Coulson! Ataque agora! – Escuto no ponto eletrônico. Eu me viro para Fury, Hill e Triplett.

– É nossa deixa. – Pego as metralhadoras e snipers rifles (fuzis de precisão) que tínhamos, distribuí pelos meus companheiros e abri fogo. As balas eram tantas e eram tão fortes que chegamos a abrir alguns buracos na parede da base. Tive um vislumbre dos Vingadores se aproximando, mas não cessei.

POV. Skye

Coulson agora atirava junto com os outros na direção da base. Tínhamos ouvido uma explosão e aparentemente Coulson tinha recebido a ordem para abrir fogo. Eu e Fitz-Simmons nos juntamos na frente do meu notebook e eu ativei a câmera da armadura do Homem de Ferro, vendo tudo que ele via. Liguei o sensor de calor da mesma, e agora estava pronta para identificar ou o calor do corpo de Ultron ou as ondas de eletricidade que saiam da roupa da Viúva Negra.

– Fiquem atentos se virem alguma coisa, pelo amor de Deus. – Falei para Fitz-Simmons ao meu lado. Eles assentiram e se aproximaram mais do computador.

Por um tempo, tudo que víamos era Tony Stark chutando o traseiro de alguns agentes da H.Y.D.R.A. (por sinal, eu estava adorando isso, as lutas eram simplesmente demais).

Então, finalmente achei alguma coisa. Tony atingiu um agente que estava na sua frente e, quando a vítima caiu, pude ter o vislumbre de ondas de calor vermelhas numa sala há alguns metros, através da porta. Ultron. Fitz também exclama:

– Olha, são os sinais de eletricidade da Viúva! Ela está naquela sala! – Sim, era isso. A Viúva Negra estava sozinha numa sala com Ultron.

– Capitão, encontramos a Viúva Negra. Ela está numa sala há poucos metros à frente, a última do corredor. Ela... Ela está com Ultron. – Avisei no ponto eletrônico.

POV. Grant Ward

Sinto a explosão atrás de mim e vou ao chão. Quando olho para trás, vejo ninguém mais ninguém menos que Ultron, se aproximando cada vez mais de mim. Fora ele que lançara o raio. Ele veio me matar.

Enquanto me levantava, passei a mão pela porta USB e peguei o pen drive sem que ele percebesse.

Vejo Ultron baixar a mão que lançara o raio e seu corpo parar de brilhar vermelho. Ele tinha uma raiva palpável no olhar.

– Bem. – Ele se aproximou e na sua voz havia uma calma e serenidade assustadoras – Agora, se me permite, eu irei mostrar como se faz um interrogatório de verdade. – Ele me dá uma rasteira e eu caio, recebendo um chute nas costelas.

A dor do impacto do vibranium com meu corpo foi simplesmente dilacerante; foi tão intensa que cheguei a ficar com a visão turva. Cuspo sangue.

Ultron me dá um soco, depois um chute, um murro, um pontapé. Ele me espancava com uma força que me fez desmaiar por uns segundos. Quando acordei, me dei conta que estava sendo erguido pelo pescoço por ele. Todo o meu corpo gritava de dor, minha visão estava embaçada. Tentei mexer algum membro, mas não consegui. Doía demais. Pela primeira vez percebi uma coisa.

– Se é um interrogatório... – Minha voz saiu fraca e senti uma dor no maxilar ao tentar falar, mas continuei – Por que não fez nenhuma pergunta? – Ultron sorri.

– Porque, para mim, o melhor interrogatório é aquele bruto o bastante ao ponto de não precisar de perguntas; aquele em que a pessoa simplesmente cospe toda a verdade junto com o sangue. – Ele começa a erguer o braço, prestes a lançar um raio em minha cabeça. Por uma razão que eu não entendia, as únicas palavras que passavam pela minha cabeça eram “me perdoem”, que foram acompanhadas por um vislumbre de minha antiga equipe. Não sabia o porquê.

Porém, quando seu corpo começou a brilhar vermelho, algo o pegou pela cabeça e eu senti um rastro de choque. Sou solto com brutalidade e caio no chão, sentindo uma dor enorme percorrer meu corpo. Quando olho para trás, vi Natasha Romanoff, o seu gancho sendo recolhido de volta para o seu ferrão. Ela coloca a mão no ouvido:

– Steve, rápido! Preciso de reforç... – Diz ela, mas é interrompida pelo raio que Ultron lança em sua perna.

O robô se aproxima dela, que deu um grito e caiu no chão. Ele iria matá-la.

Eu começo a me arrastar em sua direção, tentando ignorar a dor que alfinetava meu corpo. Quando Ultron para na sua frente, ele inclina um pouco a cabeça, pensativo. Eu me esgueirava para mais perto.

– É. Strucker estava certo. Você até que é bonita. – E ergue o braço para meter um raio em seu rosto; mas eu não deixo.

Consigo chegar até ele e puxo sua perna, derrubando-o. Ele erra o raio que seria em Natasha e eu sinto mais dor. Ultron se ergue e está pronto para acabar comigo e com a Viúva Negra.

Nesse momento, a parede da sala explode e vejo um martelo mandar o robô para longe; quando olho na direção da explosão, vejo todos os Vingadores parados.

Lembro que a única coisa que pensei antes de desmaiar foi que finalmente as perspectivas de todos se juntaram.


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Notas finais do capítulo

10 - O capítulo 30 foi baseado em um episódio de Agents of S.H.I.E.L.D., (01x13) T.R.A.C.K.S., em que as perspectivas de cada personagem são mostradas antes deles se reunirem.