We're Not a Team. We're a Time Bomb. escrita por Amanda


Capítulo 17
Angel


Notas iniciais do capítulo

Gente, miiil desculpas não ter postado antes, mas eu tinha que me atualizar em Once Upon A Time, rsrsrs. Bem, aqui está o capítulo e eu sei que vocês vão querer me estripar, mas por favor não me mateeeem! Dedicado a Agente Foster e seu mais novo irmãozinho :3 Parabéééns, amanhã é seu dia!
Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/503760/chapter/17

POV. Steve Rogers

Acordei lenta e gradativamente, não de forma repentina como costumava nesse tempo conturbado de união de Vingadores. Minha noite tinha sido a mais tranquila que já tivera até aquele momento. Perguntei-me insistentemente o porquê de tal fato.

Como que me respondendo, tomei consciência de uma presença por sobre meu peito. Olhei para baixo e me deparei com uma cabeleira vermelha, dormindo em um sono profundo e tranquilo. Na minha cabeça seguiu-se um momento de confusão, seguido por um de recomposição que por sua vez foi sucedido por um de constrangimento. Em algum lugar dentro de mim, uma partezinha gritava de alegria por Natasha ter tido uma boa noite de sono. Porém, outra parte, ao mesmo tempo em que ardia de embaraço, se perguntava como iria sair do quarto sem acordar o anjo que repousava sobre mim.

Espera aí, anjo? Como assim, Rogers? Qual foi a desse adjetivo?

Eu continuei a encarar Natasha apoiada em cima de mim. Ela ainda usava a camisola que me fez enrubescer tanto, mas por alguma razão, isso não me incomodava mais, porque minha atenção estava voltada para o rosto por debaixo dos cabelos cor de fogo. Sim, Natasha Romanoff era linda; de uma beleza incomensurável, inexplicável, sobrenatural. E, vendo-a dormir desse jeito tão puro e tranquilo, reafirmo minhas próprias palavras: parecia um anjo que pousara gentilmente entre meus braços.

Senti-a se mexer, vendo-a levantar a cabeça lenta e levemente; ela seguiu o meu corpo com o olhar, tentando achar meu rosto, com olhos cansados e... Verdes. Nossa, são muito verdes. Eu nunca tinha percebido tanto como agora. Os olhos dela são extremamente verdes, profundos... Lindos.

Ela acha minha face, que estava estampada com um sorriso leve. Ela se permite irradiar o rosto com um sorriso também, espreguiçando-se.

– Bom-dia, Rogers. – Ela esfrega os olhos, saindo do meu peito e sentando-se na cama.

– Bom-dia, Natasha. Dormiu melhor essa noite? – Perguntei, com uma preocupação sincera. Ela olhou para mim com um sorriso terno.

– Sim, muito melhor. Nada me incomodou, sabe, nenhum pesadelo, nadinha. – Ela me fitou, um pouco pensativa – Rogers, muito obrigada. Sério. Você me ajudou muito essa noite. Acho que você é o único que podia dormir aqui comigo e me acalmar. Talvez o único que eu confie.

– Ah, que é isso, Nat. Tenho certeza que qualquer um faria essa gentileza.

– Não, é sério. Se qualquer outra pessoa viesse ficar comigo durante a noite, não teria sido tão cavalheiro quanto você foi. Ela certamente tentaria algo. Mas você não. Obrigada Rogers. – Não pude evitar sorrir com ternura.

– Sem problemas, Nat. – Só então me dei conta de uma coisa que me incomodou – Natasha, por que você insiste tanto em me chamar pelo sobrenome? Somos amigos. Chame-me de Steve.

Vi Natasha mudar de posição na cama, desconfortável. Ela olhou em meus olhos e notei que aquele era um assunto que ela sabia que iria chegar, mas nunca gostou dessa ideia.

– Sei lá. Eu te chamo de Rogers desde sempre. Acabei me acostumando. Vai ser difícil voltar atrás agora. – Ela foi indiferente ao falar isso, com uma sinceridade surpreendente. Mas eu já havia convivido bastante com a Viúva Negra; já aprendera o que definia se ela falava a verdade ou não. O brilho no verde de seus olhos desaparecia.

– Natasha. Por favor, seja sincera. – Ela me encarou e viu que eu iria insistir até que ela me contasse a verdade. Suspirou e evitou meu olhar por um tempo.

– Eu... Eu não estou acostumada a isso. Eu não tenho amigos, nunca tive, nunca tive ninguém que se importasse comigo. Claro, exceto o Clint. – Ela falou a frase como se fosse algo óbvio e, aparentemente criando forças, olhou em meus olhos com coragem – Eu não sei como lidar com isso. Eu... Eu não quero lidar com isso. Eu não quero ter ligações com ninguém mais. Esse alguém só iria se machucar, porque eu não sei como é ter um relacionamento, qualquer que seja, com uma pessoa normal. Eu não quero isso. Nem mesmo com você. Te chamar pelo sobrenome é um tipo de autodefesa, para que eu não tenha uma relação mais profunda com você. Satisfeito com a resposta?

Eu não sabia ao certo se estava. Eu ficava grato pela sua sinceridade, mas aquilo foi um golpe pra mim. Não só pelo fato de ouvir da mulher que há pouco chamara de anjo que ela não queria ser minha amiga, mas pelo fato dela ser tão fria, tão calculista. Mas o que mais me incomodava era a injustiça com que tratava a si mesma. Ela falava como se não fosse uma pessoa normal, como se...

Como se fosse um monstro.

– Não. Não, não estou. – Falei – Sabe isso que eu ouvi? Tudo besteira. Besteira. Você realmente não é uma pessoa como qualquer outra, Nat. Você é mais que isso. Você é especial. Sabe por quê? Porque você é minha amiga. E quer saber? A partir de hoje, eu só permito que me chame de Steve. Quando me chamar de Rogers, eu não vou atender.

Natasha me olhou com ternura, com um sorriso brincando pelos lábios. Mas ela não chegou a exibi-lo. Olhou para mim com certa tristeza conformada no olhar. Como se algo a incomodasse por um tempo, mas ela já aceitara isso há muito.

– Ro... Steve, você não entende. Eu não sou normal e nem especial. Eu só... Não sou natural. Quer um exemplo? Você é, provavelmente, a pessoa mais especial que conheço. E você amou. Você ama, você sente. Eu não.

Eu a encarei por um tempo, sem acreditar que aquilo era verdade. Ela era tão tola assim?

– Meu Deus, Nat. Isso tá pior do que eu pensava. – Vendo seu olhar de confusão, eu suspirei e me preparei para explicar algo que era óbvio há muito tempo – Você acabou de falar. Clint é o único importante na sua vida, aparentemente. – Doeu um pouco no meu ego falar isso, mas tudo bem. Continuei – Você não vê? Natasha, isso é amor. Você ama o agente Barton. Você é a única que não vê isso.

Acho engraçado o olhar surpreso e confuso que ela lança a mim. Ela fica em silêncio por um tempo, me encarando, digerindo as informações.

– Amor é coisa de criança. – Diz por fim.

– Então, somos todos pirralhos. Inclusive você. – Eu me levantei, pronto para sair do quarto – Fico muito feliz que tenha conseguido ter uma boa noite de sono. Vou tomar café agora. E lembre-se: agora, eu me chamo Steve. – Eu sorri para ela; ainda um pouco confusa, ela retribui, me levando para a porta. Quando a abrimos, ouvimos uma exclamação.

Do outro lado do portal, se encontrava Clint Barton.

POV. Natasha Romanoff

Droga.

Droga.

Clint olhava para mim com uma mescla de confusão, surpresa, decepção, raiva. Eu prestei atenção no que acabara de acontecer.

Era manhã cedo.

Steve sai do meu quarto, sem camisa, apenas de calça moletom.

Eu estava com uma camisola curtíssima e decotada.

Ai, droga.

– Eu... Ah... Eu vou para o meu quarto para... – Steve estava quase roxo de tanto corar; agradeci mentalmente por ele querer se retirar sem fazer muito alarde.

– Não, não. – Clint interrompeu, seco – Eu saio, não se preocupe. Desculpe por estragar seu... Momento íntimo. – Ele foi grosseiro nessa última palavra. Simplesmente se virou e saiu, com passos fortes e irritados.

– Clint! – Chamei, aflita – Clint, espera! Ai, meu Deus, Steve, - Eu me virei para ele, com súplica nos olhos – desculpa, mas eu...

– Vai. Mas vai rápido, ele vai acabar se afastando. – Ele deu um sorriso tímido, ainda enrubescido. Eu fiquei grata como nunca, me virando para ir atrás dele – Boa sorte... Pirralha. – Não pude segurar a risada depois de ouvir sua brincadeira.

Procurando por ele como louca, passo por praticamente todos os cômodos que não estavam trancados. Encontro-o na copa, cozinhando furiosamente.

– Clint! – Exclamo, ofegante – Clint, olha, não é o que está pensando...

– Eu? Eu não estou pensando nada, Natasha. Claro, eu vi que você finalmente fez um favor ao mundo e tirou a virgindade do velho, mas isso não me diz respeito. Eu não tenho nada. A ver. Com isso. – Ele falava com fúria, batendo na panela com raiva.

– Tá. Tanto faz. Eu quero te explicar do mesmo jeito. Olha, eu tive pesadelos com o Loki de novo ontem à noite. O Steve me ouviu gritar e passou a noite comigo para eu dormir melhor, só isso.

– E precisava ser ele?! Eu te conheço melhor, eu sou seu amigo, eu estive com você todos esses anos, mas com quem você passa a noite? Com o queridinho e cobiçado Capitão América. Ah, detalhe importante: Estavam seminus!

– Opa, olhe lá como fala! Nós não estávamos seminus!

– Tanto faz!

– Clint, ele veio me acudir! Eu não iria ficar desolada à noite por causa de um capricho! Droga, Clint! Eu só queria que você entendesse! – Eu estava começando a ficar histérica.

– Entender?! – Ele larga a panela na pia com brutalidade - Eu não consigo entender uma única coisa, Natasha: O que faz com que o que eu ache ou diga seja tão relevante para você? Por que é tão importante que eu entenda?!

– Porque eu te amo, seu imbecil! – Eu falei antes que pudesse segurar as palavras. Clint vacila, tão surpreso quanto eu. Eu não acredito que disse aquilo.

Mas a verdade é que tudo passara muito rápido pela minha cabeça; tudo que passamos juntos, essa briga, a expectativa de perdê-lo, o que Steve dissera. Tudo havia se misturado e formado aquela frase.

Finalmente, depois de um silêncio dilacerador, Clint sussurra ofegante:

– O... O que?

De repente, eu tiro coragem de onde não sabia que existia ao ouvir sua voz. Encaminho-me até ele.

– Você ouviu. – Sem esperar por uma resposta, puxo Clint pelos cabelos e selo seus lábios nos meus. A princípio, ele ficou sem ação, mas depois de um tempo ele espalhou suas mãos pelos meus cabelos, pela minha cintura.

O beijo era ardente, selvagem. Eu me entreguei a ele e vice-versa, cada um puxando o outro para mais perto, ansiando por uma maior companhia do companheiro. A verdade é que era um beijo com fogo, mas só porque esperamos muito por isso. Nós queríamos um ao outro, há muito tempo e agora que nos tínhamos, precisávamos colocar o quanto desejávamos por esse momento agora.

E, ali na cozinha, depois de uma briga, eu tive mais certeza do que nunca de que ele era meu porto seguro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Por favoooooooooor, não me trucidem!! Kkkkk... Mas a Natasha e o Clint têm uma história juntos, que tem que ser honrada!! Bem... Podem comentar suas ameaças de morte! Kkkk. Kisses!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "We're Not a Team. We're a Time Bomb." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.