Se eu não tivesse você. escrita por Natália Levesque


Capítulo 6
Halestorm, eu te odeio.


Notas iniciais do capítulo

Finalmente! Perdoem minha falta de tempo. Compensarei com mts e mts capítulos novos. Beijos!



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Finalmente deu o horário de visita do meu pai.
Ele, como sempre, não mostra muito como se está sentindo. Sempre fechado em relação a isso. Mas quando o médico disse que ele vai receber alta em um dia, ele se alegrou. É bom o ver sorrindo, é bom saber que nossa vida vai mudar de agora em diante.
Logo depois que eu o visitei, eu voltei para casa. Achei que talvez fosse legal dar uma geral para quando meu pai chegar, ver que está tudo no lugar, pensei até em fazer alguns cartazes, entusiasmada do jeito que sou. Mas cá entre nós, a minha relação finalmente afetiva com meu pai está começando a dar certo, não sei se entusiasmar demais pode fazer ele se afastar novamente. Prefiro deixar fluir, vou só dar um jeito em tudo, e deixar o tempo fazer o resto.
Peguei um livro para ler.
– Acredite em mim - disse Leonard a bela moça que o acompanhava - de mim, só sairá o que for de verdade em relação a você.
Ela sorriu.
– Acredito em você. Afinal, um homem tão gentil quanto você, não me faria mal algum.


Corta essa! Elizabeth estava apaixonada por Leonard, e fez todas as possibilidades dele ser um canalha sumir de sua cabeça. E desculpe contar, mas ele não é quem ela pensava ser. Comecei esse livro achando que seria mais um romance que eu choraria no final, o começo fez que sim, achei que aconteceria, mas do meio até final foi revoltante. Ela se entregou de vez, se jogou totalmente, sem nenhuma precaução. Existem pessoas assim? Como podem se entregar a alguém que mal conhece? Confesso, estou mexida em relação ao Guilherme, mas não confio totalmente, ainda mais depois desse livro que acabei de ler, não quero ser uma Elizabeth e me perder em juras de amor ou enganações, ela não se precaveu, mas eu já coloquei minha armadura. Não serei eu quem sairá machucada dessa possível recém-relação.
A noite chegou, eu já havia arrumado a casa e resolvi tomar um banho bem demorado, depois desse dia tão longo.
Meu telefone tocou.
– Alô?
– Guilherme na linha - ele riu.
– Ahn- eu disse intrigada - como conseguiu meu número?
– Aquele que você colocou no meu bolso, lá no parque?
–Mas eu não... - Eu sei. - ele disse rindo - Sua amiga Júlia me passou.
– Júlia? - eu me assustei - como você a conhece?
– Eu a vi com você aquele dia, no estacionamento. Lembra?
– Lembro. Mas, como você fez contato com ela?
Como assim? Ele procurou ela pra saber de mim? Ele foi até a casa dela?
– Descobri que nossas mães se conhecem. Acho que foram amigas de adolescência. Eu estava voltando pra casa com a minha mãe, e elas se encontraram na rua, a Júlia estava lá também. Ela é legal, temos muita coisa em comum. Principalmente o gosto musical, É sério, quem além de mim gosta de Halestorm?
– Ah! legal
Isso é legal. Eles serão amigos. Isso é muito legal.
– Tá tudo bem? - ele disse preocupado
– Sim - e fui direta - porque me ligou?
– Ah, sim! Você está livre amanhã?
– Meu pai recebe alta amanhã, vou buscá-lo.
– E depois que buscar ele?
– Vou ficar em casa, com ele.
– Ok, te busco as 20:00 - ele disse emendando - Beijo.
E desligou.
Não. Não vou.
Se ele quiser, que chame a Júlia, já que eles têm muita coisa em comum.
–É sério, quem além de mim gosta de Halestorm? -eu disse repetindo o que ele falou - Fala sério!
Joguei o celular em cima da cama e fui tomar banho pra tentar dormir. O dia amanhã será longo, provavelmente estressante depois de hoje, então preciso descansar.
Mas não é tão fácil assim.
Meu celular toca. É a Júlia.
– Oi - eu disse acordando.
– Acho que estou apaixonada.
Eu despertei.
Ai meu Deus, é pelo Guilherme. Mas é claro, porque ela não se apaixonaria pela única pessoa na terra que gosta da sua banda preferida?
Tenho que me controlar,tenho que me controlar, tenho que me controlar - eu pensei e respirei fundo
– Ah! Isso é bom, não é? - eu disse engolindo seco.
– Não. Sim. - ela disse um pouco histérica - É bom se apaixonar, mas não por quem eu estou apaixonada.
Agora eu tenho certeza. É pelo Guilherme.
Ela deve estar se sentindo culpada por estar apaixonada por ele, achando que eu também estou. Eu estou? Sim. Não. Absolutamente não. Mesmo se tivesse, o que eu não estou, abriria a mão disso, por ela.
É, eu acho.
– Eu pensei em não te contar agora, mas se eu não te contasse agora, poderia ser pior contar depois, ou talvez não. Não sei. Mas estou te contando agora, e isso é bom. Eu estou apaixonada pelo...
– Olha - eu a interrompi - Você está apaixonada, e isso é maravilhoso, mas eu estou com sono e com muita dor de cabeça e isso é péssimo - eu disse olhando o relógio - são 3:00 horas da manhã. Posso voltar a dormir?
– Sim! Desculpa. Eu sei como dormir é importante pra você, All, amanhã eu te conto tudo. Beijo e boa noite.
– Boa noite. - eu desliguei
Me joguei contra a cama, impedindo uma lágrima que insistia em rolar sobre meu rosto. Impedindo um sentimento que estava querendo aparecer. É melhor cortar isso agora, eu estou protegida, não sou uma Elizabeth.
– Não sou uma Elizabeth - disse em voz alta.


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Notas finais do capítulo

O trecho citado neste capítulo, é um de um livro fictício, criado por mim especialmente para essa fanfic.



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