–Chegamos à ultima carta! - Anunciou um sorridente Alvo Dumbledore. Quem lerá?

–Professor - Disse o Harry do futuro - Leia o senhor!

–Tudo bem Harry.

Bom, quero primeiramente me apresentar. Sou brasileira, e me chamo Lorena. Lorena Harrison, em homenagem ao George Harrison. Tenho 17 anos e conheço o mundo de Harry Potter desde muito tempo. Meu primeiro contato fora a algum tempo atrás, quando uma rede de televisão trouxa exibiu pela primeira vez "Harry Potter e a Pedra Filosofal.". Fora a descoberta de um novo mundo. Li todos os livros. Cresci junto aos personagens, aprendendo muito com o mestre Dumbledore, e até mesmo com Tom Riddle.

–Essa garota é maluca! Como ela aprendeu com Tom Riddle? - Gina se perguntou.

Sim, com o tão temido Lord Voldemort.

Alguns dos presentes no Salão se arrepiaram com a menção do nome do Lord das Trevas.

Mas, todos nós aprendemos algo com ele, claro que sim. Quis tanto que toda a maldade presente no coração de Tom fosse exterminada, quis que ele se tornasse um homem bom, mas infelizmente nem tudo é como queremos. Afinal, como Alvo Dumbledore disse um dia (ou ainda irá dizer), "O problema é que os seres humanos têm o condão de escolher exatamente aquilo que é pior para eles.". Lembrem-se todos, não existe diferenças entre trouxas e bruxos, somos todos humanos, o sangue que corre em nossas veias é o mesmo queridos.

Nesse momento, vários dos presentes no Salão limpavam o canto dos olhos.

Mas, não achem que tenho pena de Tom, pois tudo o que aconteceu com ele fora consequências de seus atos, de sua busca pelo poder. Pobre menino órfão. Pobre Tom Marvolo Riddle.

Certamente minha carta será a última a ser lida. Eu quis que isso acontecesse. Por isso, a embrulhei de qualquer forma, fiz com que ela fosse a carta que menos chamasse a atenção de todos.

Mas porque?

–Essa é a pergunta que não quer calar: Porque ela quis que sua carta fosse a última a ser lida? Sei não, essa garota me parece meio maluca - Falou Sirius.

Sei que nas cartas lidas antes, os fãs dão spoilers, ou seja, falam do futuro. Eu decidi não falar do futuro, e citarei uma frase de Dumbledore novamente, "As conseqüências dos nossos atos são sempre tão complexas, tão diversas, que predizer o futuro é uma tarefa realmente difícil.". Sim meus caros, predizer o futuro é realmente uma tarefa muito difícil, por essa razão, decidi não falar nada sobre o futuro que os aguardam. Muitos aqui poderão existir, outros não. O futuro é incerto queridos, e por isso não quero dizer nada sobre ele. Peço apenas que vivam o presente, e não se preocupem e fazer tudo para que aconteça o que dizem as outras cartas!

–Isso que fazemos! - Disse Fred e Jorge.

Querido Dumbledore, muito obrigada pela oportunidade de ter dado minha carta à alguém para que a lesse, e mostrasse a mensagem que quero passar à todos vocês. Estão cada um dentro do meu coração, pude aprender tanto com vocês! Com TODOS vocês, sem exceção de ninguém.

Querido Sirius, todo meu amor é dedicado à ti Almofadinhas, Merlin sabe o quanto eu quis ter ido à Hogwarts apenas para conhecer você meu amor... O amo tanto, que não cabe em mim. Espero que, após ouvir a leitura de minha carta, venha visitar-me, quero ter sua presença, mesmo que seja daquela forma (você sabe o que estou dizendo querido, você sabe).

–Certamente visitarei você Lorena. Se não pessoalmente, visitarei em sonhos. Quem sabe agora eu desencalho! - Falou Sirius, o que arrancou risadas de todos os presentes no Salão.

–Sirius, ela é bem mais nova que você! - Ralhou Molly.

–Não me importo, não há idade para o amor minha cara ruivinha.

Não prolongarei mais a minha carta, quero apenas deixar um beijo no coração de todos vocês, e dizer uma coisa: O tempo não para! Então, aproveitem tudo o que tem que aproveitar. Amem, dancem, beijem, sejam felizes! Por mim. Por vocês. Por todos nós.

"Todos temos o bem e o mal dentro de si, mas o que realmente importa não são as semelhanças e sim as diferenças."

Vocês certamente, um dia, ouvirão essa frase. E então, quero que lembrem-se de mim.

Com muito amor,

Lorena, uma trouxa que fora selecionada para a Sonserina, a casa dos astutos.

–Acabou. - Disse Dumbledore, secando uma lágrima que caia de seus olhos.

–Essa foi a carta mais linda que lemos em todos esses dias. - Falou Hermione.

–Sim Srta. Granger. E se bem prestaram atenção nas palavras da Srta. Harrison. Percebi que em todas as cartas anteriores havia uma certa "visão" do futuro de vocês. Mas, quero que prestem atenção nos detalhes desa carta. A Srta. estava certa em falar que o tempo não para. Então meus queridos, não se importem com o que acontecerá no futuro de vocês, apenas vivam! Vivam o presente sem se importar com o que acontecerá, pois o futuro é uma caixinha de surpresas. Muito obrigada à todos que estavam aqui presentes, fora ótimo passar todos esses dias na companhia de todos. Agradeço aos que vieram do futuro, e peço que voltem e percebam as mudanças que certamente ocorrerão em suas vidas, e talvez no mundo bruxo. Estão todos dispensados, exceto aqueles que vieram do futuro.

As pessoas ali presentes se dispersavam do Salão. Alguns foram para seus dormitórios, outros iam até a lareira para voltarem às suas casas pela Rede de Flu. Quando apenas restaram os viajantes do futuro, Dumbledore disse:

–Abrirei uma exceção, e vocês poderão voltar para o futuro daqui mesmo. Mas, vão direto para a sede da ordem no Largo Grimmaud, precisamos conversar.

***

Largo Grimmaud

Um som de aparatação fora ouvido. Logo, o Alvo Dumbledore do passado surgia.

–Pois bem, fora ótimo a viagem ao futuro, sim?

–Claro professor, senti saudade daquela época de Hogwarts.

–Sim, sim Sr. Potter. Mas, não pode continuar assim. Sem prolongar muito nossa conversa, preciso tomar uma atitude aqui, antes que o pior possa acontecer com o futuro de vocês. Perdoem-me, mas e necessário.

–Do que está falando Dumbledore? - Perguntou Draco Malfoy.

E antes que a resposta fosse ouvida, Dumbledore proferiu o feitiço:

–Obliviate.

Todas as memórias da volta ao passado foram apagadas daquelas mentes, pois eles poderiam se assustar com o que os aguardavam. Que fosse tudo natural, pois depois daquelas cartas lidas, o futuro mudaria. Muito.

O TEMPO NÃO PARA.

Cazuza