Rosalie Hale - A História escrita por Ditto


Capítulo 4
Será Ciume?




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O dia do meu casamento estava próximo, mais duas semanas. Logo seria Rosalie King, a mulher mais rica e mais bonita dessa cidade inteira.

Os convites já estavam distribuídos. A maioria eram sócios do banco. Minhas amigas ou familiares eram poucos, apenas iria mamãe e papai e algumas amigas da alta sociedade. Eu implorei para minha mãe convidar meus irmãos, nada feito. A mesma desculpa de sempre:

– Rosalie, entenda, seus irmãos estão muito ocupados estudando. Eles não poderão vir.

– Mas tente mãe! Tente! Qual é o problema de enviar um simples convite?

– Fim de conversa.

– E Vera, mamãe? Posso ao menos convidá-la?

– Claro que não Rosalie! Ela é de uma classe inferior! Mulher de um carpinteiro! Vai te envergonhar. Você será uma King, e Kings não andam com pobres coitados que não tem onde cair mortos.

– Mas ela é minha amiga! E eu a quero ali.

– Você terá novas amigas. Amigas que condizem com sua classe social.

Mamãe estava insuportável essas semanas que seguiam, só falava nisso: classe social. Eu sei muito bem que é importante, mas, deixar de lado pessoas que eu amo? Eu sou egocêntrica e gosto de estar na classa alta, tenho noção disso, mas desejo também pessoas que amo comigo.

Royce continuava me levando para todos os bailes, e hoje não seria diferente. Quando se é uma King todas as portas e todos os tapetes vermelhos estão abertos para você.

– Rosalie! Arrume este cabelo, já! - minha mãe berrou.

Como ela estava chata, caramba! Nem era ela que ia casar, era eu! Por que era ela então que está dando piti como se fosse uma noiva em fúria?

– Quer saber? Preciso comprar pão. Vou a padaria.

– Empregados servem para que? Mande um em seu lugar.

– Eu quero ir, deixe, esta bem?

E saí, ainda podia ouvir minha mãe resmungando e me maldizendo.

A padaria era a algumas quadras de casa e no caminho pude ouvir um garoto que vendia jornais gritar a manchete:

– Dentista morto por um animal! Dentista morto por um animal

Olhei para os lados preocupada mas logo ri de mim mesma, como se um animal fosse aparecer aqui na cidade. Provavelmente esse dentista deve ter ido fazer trilha ou algo assim. Não é como se tivesse perigo para mim, eu simplesmente odeio a natureza, com sua terra enlameada e bichos nojentos.

– Me dê um. - e comprei o jornal curiosa para saber mais sobre a noticia.

No dia 14 de outubro, o dentista Alexander Grandel Hundson foi morto de uma maneira incomum. Testemunhas afirmam que o dentista saiu de seu escritório um pouco mais tarde e voltava para casa a pé quando foi abordado por uma moça.

Após isso, duas horas mais tarde, seu corpo foi encontrado em um beco. Os especialistas afirmam que as mordidas foram causadas por algum tipo de animal e eles estão tentando averiguar qual.

" Não sabemos ainda que animal causou esse estrago. O corpo do dentista foi encontrado frio, sem nenhum sangue presente." - afirma o policial Kanford.

" Aposto que aquela mulher era uma bruxa, então ela deve ter matado ele" - uma das testemunhas oculares afirma.

As pesquisas continuam, mas a morte do dentista ainda é um mistério.

Estranho. Bom, espero que esse "animal" fique longe do meu casamento, não quero que nenhum dos meus convidos sejam mortos antes da minha festa, principalmente dos meus padrinhos e madrinhas. Imagina se um deles morre? O trabalhão que dá para trocar.

Mal terminei de ler e Maria já veio ao meu encontro.

– Rosalie querida! Tenho muito para te contar - depois começou a desabafar todas as fofocas acumuladas - Nem te conto. Eu fui tentar de novo dar trela pro Edward Cullen, aí eu fui na casa dele e sabia que tinha uma mulher lá? - sem nem esperar eu falar ela continuou - Então, a mulher era tão linda quanto eles, mas acho que ela não é muito receptiva, ela me olhou com uma cara... nossa! Parecia que ia me matar! Ela era linda, era mesmo, mas os olhos... eram vermelhos! – depois parou para repensar - Bom, eu acho, talvez seja o reflexo do sol, né? Enfim, acho que o doutor é casado. Ou eles vivem em uma relação bigâmica bizarra.

– Ah, que interessante... - na verdade isso pouco me importava, o que os Cullens tinham a ver com minha vida? Eu já tinha um futuro marido agora. Não tinha mais porque correr atrás de homem.

– Pelo visto você não quer saber, né? Então, vou falar outra que vai te interessar. Seu casamento saiu no jornal de ontem, lá esta falando que vai ser o casamento do século. Também, todos os casamentos dos Kings são perfeitos. Sabe Rose, estou começando a achar ótimo seu casamento, assim você para de atrair os homens e eu procuro o meu.

– Claro, claro.

– Você sabe que já vou fazer vinte! Eu não posso chegar nos vintes. Tenho que casar antes. Ei, o Royce não tem um irmão, primo, qualquer coisa? Ia ser legal sermos parentes, não concorda Rose?

– Claro, pode deixar que pergunto.

Eu e Royce estavamos juntos a dois meses, mas apesar de tudo eu não sabia nada dele, eu não sabia sua cor favorita, o que ele gostava, nada. Royce e eu não eramos de nos falar muito. Será que todos os casais era assim? Pelo que eu sabia Vera conhecia seu marido.

Nesses dois meses praticamente todas minhas noites eram festas, festas e mais festas. Sempre ia com Royce e quase todas Royce me beijava, como se mostrasse que eu era sua. Admito que adoro as festas eu pouco afinal, que mulher não gosta de estar num lugar chique sendo invejada?

Royce sempre podia ir aonde desejasse. Os Kings eram meio que os reis dessa cidade. Uma ironia divertida se você ver o nome deles.

Hoje a noite teria mais uma festa. Só que essa seria especial. A festa do meu noivado. Praticamente a cidade inteira viria. Mamãe até deixou as pessoas que ela classifica com pobres virem. Ela queria que todos admirassem minha felicidade.

– Vera, você veio! - exclamei feliz ao vê-la entrar em meu quarto - Como esta o pequeno Henry?

– Ele está otimo, está com o pai. Então, preparada para esse grande dia?

– Sim, uma pena que você não teve uma festa de noivado...

– Meus pais me desertaram Rose, e você sabe muito bem disso. Tudo por que casei com um carpinteiro. Como faria uma festa? Mas não me importo, tenho meu marido e meu bebê, o que mais poderia querer?

– Deve ser ótimo ser mãe, não é? Ter um bebê nos seus braços - e logo me vinha na cabeça um lindo bebê loirinho.

– É sim Rose, é simplesmente perfeito, faz tudo valer a pena. Mas deixando isso de lado, se arrume logo, vamos descer em instantes, todos estão lá embaixo esperando por ti.

Fiz o que Vera mandou. No final estava linda, na verdade sempre fui linda, mas que seja. O vestido era bege claro, foi a cor mais proxima do branco que encontrei, mamãe ficou falando que a noiva só deve usar branco no casamento.

– Vamos Rosalie, você... - e minha mãe viu Vera e lhe lançou um olhar de nojo - Daqui a pouco falo contigo. - e fechou a porta.

– Acho melhor eu ir descendo. Sua mãe não gosta de mim, até daqui a pouco.

– Até.

Quando Vera saiu, minha mãe finalmente entrou.

– Achei que ela nunca fosse embora. Por que fica andando com ela Rosalie? Claro que permiti que a convidasse, mas por que não procura companhias melhores? Da sua classe social? Uma King não anda com qualquer um.

– E vou andar com que mamãe? - perguntei enfurecida - Quem esta na minha classe social?

– Não sei, qualquer uma. A Angelina Cawtte parece ser uma boa opção.

– Ela esta no hospital mãe! Ela é doente mental!

– E daí? - minha mãe perguntou indiferente - Os Cawttes possui muitos imóveis e são bem ricos.

– Você só se importa com dinheiro? – gemi – Me trocaria por dinheiro?

– Quer saber? Não vou discutir, estou fazendo isso pelo seu futuro, por mais que você não veja isso. Vamos descer logo para você ficar com o seu noivo. Nessa altura acho que só ele te aguenta.

Quando estava descendo as escadas pude perceber todos os olhares direcionados a mim.

– Está linda Rose! - Royce disse ao me abraçar e logo me dando um beijo.

Royce me beijava em todos os lugares que íamos, mas quando estavamos sozinhos não. Sera que eu beijava tão mal assim? Quisera eu se existisse um local onde pudessemos ver dicas do que quisessemos.

Ao me virar pude constatar que todos estavam na festa. Desde o entregador de leite até os chefões da cidade. Bem, todos não, dos Cullens não tinha nem sinal. Estranho, minha mãe não os tinha convidado? Achei que ela tivesse convidado todo mundo.

– Sua festa está linda Rosalie! Veja como todos na cidade estão te admirando! - minha mãe exclamou.

– Todos não mamãe. Onde estão os Cullens?

– Você se preocupa com eles? Mas por que? Aqueles lá são mal humorados até mais não poder. Eu fui pessoalmente entregar o convite. E sabe o que aquele mais novo fez? Falou em alto e em bom som: Não estamos interessados! Que ultraje! Que ultraje é o que estou dizendo!

– Com licença, vou ficar com minha noiva agora - Royce interrompeu e dei graças a Deus por isso, se não minha mãe ficaria falando e falando.

Eu e Royce ficamos andando a festa inteira e Royce estava sempre com a mão em minha cintura, isso era igual a sinal de possessão. Bobinho, não via que eu só tinha olhos para ele? Para que esse ciúme todo? Mas... isso era ciúme, certo? Mas nos livros não dizia que ciúme acontecia a todo momento? Entao por que só em festas Royce ficava com ciúme? No parque quando só tinha alguns idosos andando nada?


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Notas finais do capítulo

Espero que estejam gostando. E para quem não tinha entendido por que a Esme ainda não tinha aparecido, aí esta! Lembrem-se que Rose falou para Bella que fora ela o unico que não matou ninguém foi Carliste.
Nem preciso pedir, né? Reviews.