Insignificantemente, você escrita por Amanda


Capítulo 32
Capítulo trinta e um




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Draco despertou com a luminosidade que invadia o quarto pouco a pouco. O sol já nascera do lado de fora, mas o frio do inicio de dezembro ainda era mais forte que os raios solares. Coçou os olhos e puxou o lençol para cobrir o corpo ainda nú, pela noite que tivera ao lado de Hermione. Um brilho inovador apareceu em seu olhar. Tateou o colchão, procurando pela garota, mas tudo o que encontrou foi o lençol frio que ficara bagunçado ali. Sentou-se bruscamente, procurando-a minuciosamente pelo quarto. Encontrou-a de frente para a janela, vestia apenas uma camisa social, a mesma que usara na noite anterior. Mesmo mais larga e cumprida, a camisa ainda deixava boa parte das pernas de Hermione a mostra, trazendo ao rosto de Draco um sorriso. Levantou-se silenciosamente, vestiu a calça jogada no chão e caminhou até a garota. Hermione tinha o olhar tão perdido quanto poderia. Abraçou-a e aguardou o pulo e um provável xingamento por assustá-la, mas este não veio.

—Você está bem? —Perguntou beijando-lhe o ombro sob o fino tecido da camisa.

—Sim. —Foi tudo o que respondeu, deixando o cômodo novamente em silêncio.

Draco analisou o olhar que, agora, mirava o final da rua estreita e longa.

—Está com medo! —Deduziu.

Uma lágrima escorreu pelo rosto de Hermione, e como em um filme as cenas da batalha passaram pelo vidro liso da janela. As chamas, os jatos tão coloridos e luminosos que ardiam os olhos, os gritos de dor e sofrimento torturavam a mente de qualquer um que as relembrasse. Draco virou-a bruscamente para si, tentando por de baixo das lágrimas, enxergar as irias castanhas. Levantou o queixo de Hermione e secou o rosto umedecido.

—Não fique nervosa, planejamos tudo nos mínimos detalhes, dará certo! —Murmurou contra os lábios da garota.

Hermione assentiu, sem emoções aparentes.

—Ah! —Gemeu de repente, sem aviso prévio. Seus joelhos cederam de tal forma que bateram com força no carpete felpudo.

O rapaz rapidamente ajoelhou-se ao seu lado, segurando seus ombros e mantendo-a ereta, ou quase.

—O que foi? —Gritou diante da dor que percebera no rosto empalidecido da garota.

Hermione gemeu novamente, arqueando a coluna e apertando com força o peito.

—Água! —Arquejou em desespero.

Draco levou dois segundos para entender e rapidamente pegou-a no colo, envolvendo-a por trás dos joelhos e pelas costas.

Draco tirou a camisa que cobria o ferimento. A marca pulsava assim como a sua nos tempos da tirania de Voldemort. Suspirou e colocou-a de baixo da ducha, abrindo o registro, deixando a água escorrer fria por entre os corpos. Com os dedos longos, massageou o peito vermelho de Hermione, em movimentos circulares juntamente da água fria, o alívio foi se tornando cada vez maior, até que enfim, cessou com a dormência.

—Melhorou? —Perguntou calmamente.

—Obrigada! —Abraçou-o. —Por estar aqui.

Beijou a nuca da garota e apertou-a contra seu peito.

—Obrigado por me deixar estar aqui, achei que ficaria ressentida com minha falta de sensibilidade no sexto ano até o fim dos tempos!

Hermione riu baixo, e abafou o sorriso no ombro do rapaz.

—Vem, vamos aproveitar o resto do dia que nos resta! —Entrelaçou os dedos de Hermione nos seus e caminhou até a cama.

—Espera, precisa me secar e trocar de roupa! —Hermione apontou para as roupas intimas.

Draco tirou a varinha da mesa de cabeceira e rapidamente agitou-a, pronunciando claramente: Secar.

—Coloque minha camisa, você fica sensual com ela!

Hermione corou e buscou a camisa, vestindo-a rapidamente. Na cama, deitou-se ao lado de Draco e aconchegou-se no peito do rapaz. O loiro acariciava seu cabelo ondulado enquanto ambos tinham as respirações sincronizadas.

Aquele momento parecia o errado para tanto afeto e carinho, mas se fazia necessário. As horas seguintes eram incertas tanto para os aurores mais experientes — nesse caso Harry e Rony, tendo eles, um ano a mais de experiência — quanto para a garota que seguiria para uma provável morte.

Draco riu e Hermione percebeu, movimentando-se.

—O que foi?

Draco riu novamente.

—Ontem, por um momento, pensei que você fosse... —Deixou no ar o restante da frase.

Hermione pensou e se engasgou com a própria saliva.

—Virgem? —Quase gritou, cobrindo os lábios. Repetiu. —Pensou que eu fosse virgem?

Draco assentiu convicto.

—Está brincando? —Draco parecia ofendido. —Foi depois da formatura, Rony e eu... Não vou te explicar isso!

Com o rosto corado em grande excesso, mirou o olhar apara o loiro.

—Quem diria que o Weasley dá conta! —Parecia surpreso com o que ouvira.

—Acredite, ele dá!

Draco a encarou com desdenho.

—Eu realmente ficaria feliz em mudar de assunto!

Hermione assentiu e esticou-se, beijando-o com lentidão e precisão, apreciando cada centímetro de seus lábios. Passava a mão pelas costas largas do rapaz, sentindo os músculos se contrair dependendo do toque delicado.

—Estou com fome! —Murmurou por entre os lábios pressionados.

Draco bufou.

—Você realmente vai estragar esse momento mágico — e raro — que estamos tendo juntos porque sua barriga está roncando? —Levantou a sobrancelha do jeito que só um Malfoy e aspecto sarcástico conseguiria.

—Minha barriga não está...

Antes que conseguisse reclamar, seu estomago soltou um rugido tão feroz quanto o de um leão faminto. Corou e riu, entrando em uma gargalhada quase infinita com Draco.

O final daquela manhã se extinguiu com algumas risadas, mesmo que pesarosas e contraídas. A tarde iniciou-se com mais pressão do que o esperado, Hermione já não conseguia mais se concentrar no rapaz que fazia e tudo para vê-la sorrir, o mínimo riso que fosse. Mas a tensão apenas aumentou quando a coruja e Harry pousou em sua janela.

H. venha para cá, tome cuidado”.

A carta era curta e precisa, sendo esse, todo o cuidado para o caso de a coruja ser interceptada.

—Draco! —Hermione o chamou e pulou em seus braços, dando-lhe uma abraço tão forte quanto poderia, apertando-o contra si, torcendo para que o aroma do loiro ficasse grudado em sua roupa. Separou seus corpos, e observou o rapaz, memorizando cada traço. Sabia que estava indo para uma missão suicida, era mais que certeza o sentimento que batia contra seu peito. —Temos que ir!

No Jardim, aparataram.


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Notas finais do capítulo

Olá, desculpem-me pelo atraso!