Insignificantemente, você escrita por Amanda


Capítulo 29
Capítulo vinte e oito




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Hermione encarava todos com angustia nos olhos, não choraria, prometera a si mesma que não deixaria mais nenhuma lágrima escapar. Cruzou os braços, apertando-os contra seu peito e deu as costas aos quatro rapazes que a olhavam apreensivos.

Nott pôs-se de pé, a fim de consolá-la, mas Harry interveio,pousando sua mão sobre o ombro do rapaz franzino.

—Quem mais foi levado? —Perguntou com a voz trêmula o bastante para que Rony engolisse em seco.

Houve um silêncio em que todos se olhavam, mas ninguém sequer conseguia pensar em algo para dizer.

Virou-se abruptamente para os rapazes.

—Quem mais foi levado? —Cerrou os dentes.

Harry trocou um rápido olhar com Rony e suspirou, mexendo as mãos, como se tentasse acalmá-la.

—George e Dino! —Rony estremeceu. —Ontem à noite. Investigamos durante o dia, não podemos mais esperar!

Hermione saiu pela porta da cozinha, tudo o que os garotos puderam ouvir foi a porta do quarto batendo. Draco socou a parede a qual estava escorado. Nott bagunçou os cabelos negros. As respirações pesarosas ecoavam pela cozinha.

De repente, assustaram-se com o que pareceu ser a porta da frente, fechando-se com força.

—Hermione! —Draco correu para fora, porém, somente a tempo de ver a morena desaparecendo na paisagem nublada. —Droga!

Nott, Harry e Rony apareceram logo em seguida.

—Pra onde ela foi? —Rony perguntou exaltado com todo o ocorrido.

Draco virou-se enfurecido.

—Se soubéssemos não estaríamos aqui, seu idiota!

O loiro também aparatou.

Hermione estava disposta a procurar qualquer comensal da morte, disposta a se sacrificar. Aparatou no Ministério, pegando os arquivos, o nome de cada comensal da morte. Longe do cubículo de seu escritório, sentou-se em uma das mesas o Três Vassoura, pedindo várias doses de Uísque de fogo. Um, dois, três copos seguidos da bebida, tudo isso, enquanto analisava os arquivos sobre Bruxos fugitivos, os copos em sua mesa aumentavam a cada página que virava. Por fim, levantou o rosto pesado e cansado, os número em romano no relógio da parede pareciam dançar, se embaralhado. Praguejou e guardou a pasta na bolsa que carregava, tirou algumas moedas de prata, deixando-as sobre a mesa. Fora do pub, aparatou.

Em frente a casa, não pensou na varinha jogado no fundo da bolsa, e as chaves brincavam enquanto cantavam, enrolando-se em sua mão. Não foi necessário que conseguisse encaixar o objeto para abrir a própria residência. A porta se abriu.

—O que está fazendo na minha casa? —Soluçou, deixando o aroma da bebida escapar por entre os lábios.

Nott olhava-a quase de forma severa. O olhar duro tão penetrante quanto lâminas de aço afiado. Cruzou os braços sobre o peito, apertando os músculos rijos dos braços que saltaram contra o tecido da fina camiseta que usava.

—Está bêbada? Onde esteve? —Perguntou.

—Isso importa? —Jogou a bolsa para dentro da casa, perto dos pés descalços do rapaz.

Jogou os braços, envolvendo-os no pescoço de Nott. Deixou que seus lábios tocassem-se delicadamente, o que não durou muito tempo. Exploravam cada centímetro de seus lábios, pescoço, ombros e pele exposta. Com as mãos agitadas sentiam o calor da pele que emanava de ambos os corpos agitados. O sofá se fez necessário, a cama parecia estar a mil léguas de distância, o que fosse mais rápido, com certeza descrevia toda a pressa do momento. A camiseta que delineava os músculos de Nott fora jogada para longe, quase rasgada. O casaco e a camisa de Hermione tiveram o mesmo destino. A sala parecia um campo de batalha, as almofadas foram jogadas no chão ou contra as janelas, os sapatos atingiram um abajur, quebrando-o em diversos pedaços.

***

Hermione se mexeu sob os lençóis leves e abriu os olhos, arrependendo-se gradativamente, cada vez que a luz do sol a cegava ainda mais.

—Droga! —Murmurou cobrindo o rosto e sentindo o estomago embrulhar.

A noite anterior parecia desconexa, havia saído de casa, deixando os amigos para trás, não avisara para onde iria e nem quando voltaria, só desejava ficar sozinha. Respirar e pensar, ou tentar, pensar com a clareza que desaparecera de sua cabeça desde o inicio dos ataques. Lembrava-se apenas de ter bebido no Três Vassouras, e depois sua cabeça a expulsava das lembranças.

—Como está se sentindo? —A voz masculina lhe tirou da tentativa fracassada de se lembrar do que acontecera, de como voltara para sua cama.

Esbravejando, sentou-se na cama, encobrindo a visão turva que lhe tonteou.

—Como se tivesse sido atropelada por centauros! —Sorriu de leve.

Percebeu o olhar de Nott em si, e então olhou para baixo. Estava apenas com suas roupas íntimas, a fina renda mal lhe cobria. Puxou rapidamente o lençol para cima de seu corpo, cobrindo-se o máximo que pode.

—Acho que não respondi a pergunta como gostaria... —Sua expressão foi de puro desconforto.

O rapaz riu, surpreendendo-a de tal maneira, que ficou sem palavras.

—Na verdade, respondeu! —Aproximou-se, sentando na beirada da cama. —Não aconteceu nada entre nós, você dormiu antes que pudesse tirar minhas calças!

Hermione corou e assentiu.

—Então quer dizer que... Nós... Nós não... —Não conseguia terminar a frase, pensar no ocorrido deixava-a sem coerência.

—Nos beijamos. E nós claramente retribuímos com certa intensidade. Tirei sua camisa e você a minha, mas não passou disso. Eu juro! —Riu das bochechas pigmentadas em escarlate da garota. —Não abusaria de você sob o controle do álcool.

—Poderia me dar alguns minutos? Vou tomar um banho e já desço! —O rapaz assentiu, beijou a testa de Hermione e saiu o quarto, fechando a porta.

Seu banho foi mais do que demorado, Nott chamou-a algumas vezes e todas, repetiu a mesa coisa: só mais um minuto! Vestiu-se lentamente, escorregando cada peça de roupa por sua pele, sentindo a textura dos tecidos quentes. Nott a esperava na sala com duas xícaras fumegantes. Sentou-se ao lado do rapaz, e com os longos dedos, capturou a xícara, dando curtos goles na bebida.

—Nott, sobre o que aconteceu ontem, eu não acho que... —O rapaz interrompeu-a.

—Eu infelizmente, entendo que não queira continuar. —Assentiu como se já soubesse.

Hermione assentiu e abaixou a cabeça, brincando com os dedos.

—Ah, preciso enviar uma carta, pode me emprestar sua coruja? —Hermione caminhou até a janela, abriu-a e assoviou. O animal pousou em seu braço com precisão e delicadeza.

—Sinta-se a vontade. Tem pergaminhos e penas na escrivaninha. —Apontou para o objeto, deixando a coruja no poleiro de madeira próximo a janela.

Pôs-se a ler um livro qualquer.


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Notas finais do capítulo

Desculpem-me pela demora!



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