Era uma vez um pequeno sonho,

Ninguém sabe quem havia sonhado com ele.

Ele era realmente pequeno.

E isso fez o pequeno sonho pensar...

“Eu não quero desaparecer...

Como faço para as pessoas continuarem a me sonhar?”

O pequeno sonho pensou e pensou...

E no fim teve uma ideia...

“Eu farei as pessoas virem até mim,

E elas farão meu mundo...”

Luka parou em frente a todos da multidão. Estava com um belo vestido negro, assim como um véu e um guarda-chuva. Observou as cinco lápides.

Cinco lápides.

Cinco caixões.

Cinco corpos.

Cinco amigos.

Cinco almas atormentadas que talvez nunca encontrem a paz.

As lágrimas começaram a rolar pela sua face, e instintivamente ela abraçou Gakupo, que estava ao seu lado observando a terra cobrir os caixões. Luka chorou. As lágrimas molharam a camisa do garoto, mas este agora observava Mikuo se aproximar do terceiro caixão. O silêncio era predominante naquele local. Luka abraçou fortemente Gakupo e observou as árvores da floresta.

Por que aconteceu com pessoas tão boas?

Por que de forma tão bruta?

Por que?

E quem foi o desalmado que fez ato tão horrível?

Quem?

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A primeira Alice era uma valete de espadas

Segurando uma espada na mão no País das Maravilhas

Cortando tudo em seu caminho

Ela era acompanhada por um rastro vermelho

Essa nova Alice foi profundamente pelos bosques

Em castigo por seus pecados presa permaneceu

Árvores cobriram toda forma de escapar

Ninguém pensaria que ela sequer existiu.

Meiko sentiu a dor lancinante em seu corpo, enquanto era esquartejada. Seu corpo estava falhando, morrendo. Pela última vez, olhou com ódio o homem a sua frente. Encarou o demônio negro á sua frente, sentindo seus olhos fecharem. A carta foi enfiada com violência na boca de Meiko.

Ela estava presa, presa por seus pecados.

O rastro de sangue era a única evidência que tal vida já existiu naquele bosque.

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A segunda Alice era um rei de ouros

Encheu com seu doce encanto o estranho país

Enchendo regiões com tantas falsas notas criadas

Aquilo era um louco mundo azul

Essa nova Alice era delicada como uma rosa

Ele foi baleado e morto por um homem louco

Floresceram em seu peito rosas carmesim

O que era amado agora foi esquecido.

Kaito sentiu seu corpo desfalecer ao sentir o sangue pingando de sua testa. A morte parecia algo tão distante, mas cá estava ela, se mostrando como uma bala atravessando sua testa. Seu corpo caiu com um estrondo no chão, enquanto o homem louco abria um grande saco de lixo.

O homem arrombou o bar e jogou o corpo em cima da mesa, arrancando as cordas vocais de Kaito logo em seguida. Junto com as cordas vocais, colocou a carta escrita Alice.

E de lá foi embora, tal demônio que trouxe a morte a tona.

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A terceira Alice era uma pequena rainha de paus

Era muito amada e querida no País das Maravilhas

Ela enfeitiçou a todos com cada gesto e frase

Ela criou um estranho país verde

Essa nova Alice se tornou rainha do país

Sua paz foi levada embora por um sonho distorcido

Ela tinha medo de perder para a morte

Ela queria para sempre mandar em seu mundo.

Sua pele estava horrivelmente esfolada, seus olhos arrancados e a boca cortada. No topo de sua cabeça, a coroa costurada brilhava reluzente. O corpo de Miku estava enterrado em uma cova rasa, com a carta Alice em cima, juntamente com um bilhete, que dizia coisas sem conexão, como “A morte é um sonho distorcido”, “Ela sempre vai comandar”, “Há! Há! Aqueles que morrem são os sortudos”.

O assassino encarou sua obra de arte e andou em direção a floresta, segurando uma seringa em suas mãos.

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Enquanto isso duas crianças chegaram nos bosques, elas tiveram uma festa do chá debaixo das roseiras

O convite do castelo era... um Ás de copas.

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A quarta Alice foi um lindo par de irmãos

Curiosos a explorar o estranho país

Passando por portas e encontrando cada vez incontáveis cenas de pena e terror sem fim

Uma valente irmã maior, e um brilhante irmão menor

Procurando a primeira Alice, até encontrar...

O homem injetou o líquido na veio dos dois gêmeos, Rin e Len, que mal se remexeram na cama. Colocou na mão de cada uma carta, que juntas escreviam o nome Alice.

Pulou a janela e retirou o casaco manchado.

E foi em direção a floresta, para nunca mais ser visto.

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Deste lindo sonho eles não vão acordar...

Presos para sempre no País das Maravilhas.

As últimas lágrimas de Luka escorreram enquanto ela olhava a floresta. Por um instante, pensou ter visto um vulto negro. Se perguntou quem teria feito tal atrocidade com seus amigos. E se perguntou também, tal pergunta sendo mais assustadora:

Quem Será A Próxima Alice?