Revivendo escrita por keemi_w


Capítulo 12
Capítulo 10.


Notas iniciais do capítulo

Aiii, gente, último capítulo!!! :(
Ainda terá o epílogo, mas ele não é muito longo.
Quero agradecer a TODOS os comentários da fanfic até agora, e se você leu e não comentou, deixe sua opinião neste capitulo.
Desculpem a demora, não estava preparada psicologicamente para postar este capítulo, apesar de tê-lo escrito há mais de seis meses. Não estava preparada para dizer adeus para a Liv e para o Jorge
Obrigada a TODOS que comentaram, acompanharam, visualizaram, marcaram como favorita etc; vocês todos são incríveis.
Espero muitoooooooo que aproveitem este capítulo tão amorzinho. hahahaha ♥ amei cada segundinho desta fic. Aguardem o epílogo.
Boa leitura! ;] .....



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– Eu só não quero me envolver mais em confusões – Lívia comentou rindo. – Acho que foi muito para minha cabeça essas últimas semanas.

Gina, Harry, Ron e Hermione estavam na casa de Liv fazendo uma visita para ela depois que já estava recuperada de seu acidente. A loira estava usando uma blusa mais soltinha com calça jeans e sapatilha. Também tinha uma tiara de laço na cabeça, deixando-a mais menininha.

– Sim, Liv – Gina respondeu. – Mas Jorge precisa falar com você. Vocês têm um assunto inacabado.

Lívia arqueou as sobrancelhas se remexendo um pouco na cadeira que estava sentada.

– Que assunto, Gi? Você sabe que eu não vou mais me colocar entre Angelina, Jorge e o filho deles dois. E não adianta vocês fazerem algum joguinho para nós ficarmos no mesmo ambiente porque eu não quero que Jorge sinta vontade de ficar comigo sendo que está namorando a Angelina.

Hermione olhou feio para Gina por ter iniciado o assunto. Ron e Harry perceberam essa troca de olhar e mudaram de assunto:

– Você vai poder dançar ballet com esses pontos, Liv?

Gina revirou os olhos com a tentativa de improviso do Harry.

– Estou de férias, Harry. Depois do recital de fim de ano só voltamos a ensaiar em fevereiro.

Os quatro deram uma risada sem graça, intrigando Lívia.

Eles continuaram a conversar até o final da tarde daquela sexta feira chuvosa, até que Lívia recebeu uma coruja e foi até a janela, com cuidado com seus pontos, pegar o bilhete.

“Posso passar aí, Liv?

J.W.”

A loira quase se engasgou com a própria saliva ao ver as iniciais no final da carta. Deu um agrado para a coruja e escreveu outro bilhete:

“Claro que pode.

L.C.”

Lívia tinha imposto para si mesma que não ia querer que Angelina passasse nervoso por causa dela e Jorge juntos, por isso tinha decidido não procura-lo mais, apesar de estar disposta a estar ao lado de Jorge não poderia ser tão egoísta. Porém aceitou o convite do ruivo porque não aguentava mais ficar sem vê-lo. Precisava apenas de uma despedida. Nem que fosse somente uma despedida...

Ela voltou para a sala onde todos conversavam baixinho. Lívia arqueou as sobrancelhas e disse:

– Falando de mim?

Hermione negou com a cabeça.

– Não, Liv. Eita, que cara é essa de assustada? – a castanha perguntou.

– Vou receber uma visita... Que eu não esperava ver durante pelo menos nove meses.

Naquele momento, por ironia do destino, todos os quatro começaram a discutir falando que não poderiam mais ficar. Cada um arranjou um compromisso diferente. Ron até disse que precisava desgnomizar os jardins. Depois que ele disse isso Hermione revirou os olhos pela astúcia do namorado.

– Vamos logo, Ron – ela disse.

Lívia os levou até a porta estranhando, novamente, a reação de todos.

– Vai se deitar, Liv – Mione disse preocupada.

Lívia sorriu.

Assim que foram embora, ela decidiu ler um pouco. Colocou os óculos para leitura e deitou-se na cama. Estava lendo um livro chamado “Ela Foi Até o Fim” de uma escritora trouxa e americana chamada Meg Cabot. Apesar de a história ter vários contratempos, o casal principal lutou para irem até o fim em busca de um ficar com outro.

Quando a loira chegou às páginas finais, sua campainha tocou.

Ela se levantou e foi até a sala.

Ao abrir a porta, Lívia se deparou com um ruivo de cabelos molhados e um sorriso no rosto. Tinha também uma caixa de bombons em uma mão e cappuccino na outra.

Jorge estava radiante. Seus olhos brilhavam e até seu cabelo parecia que tinha a cor mais viva.

– Como você está, Liv? – ele perguntou preocupado. – Melhorou? Está novinha em folha já?

Isso fez a garota rir.

– Gírias do tempo da minha avó, Jorge – ela brincou. – Só vou te deixar entrar porque vi uma caixa de bombons na sua mão.

Ele fez que ia colocar a mão na cintura dela para ajuda-la a andar quando lhe ocorreu:

– Posso? – pigarreou.

Lívia se afastou um pouco e disse:

– Eu consigo andar.

O ruivo riu e deixou o cappuccino e a caixa de bombons na mesa de centro da casa Liv. Ao cumprimenta-la ele pôde sentir o cheirinho de baunilha que emanava da garota. Como amava aquele perfume.

– E você, Jorge? – a garota perguntou se sentando no sofá. – Como está?

Ele suspirou e se sentou ao lado dela.

– Bem, Liv – respondeu. – Mas preciso esclarecer algumas coisas para você, ok?

A loira assentiu arqueando as sobrancelhas.

Então Jorge contou tudo sobre Angelina. Desde inventar que estava grávida até pedir ajuda para o Derek falsificar os exames. Contou todas as contradições daquele exame e também do modo que Daniel foi prestativo ao falar a verdade. Lívia não podia ficar mais surpresa diante de tantas revelações. Depois de contar todos os detalhes Jorge se deparou com uma loira boquiaberta.

– Como ela teve coragem, Jorge? – Lívia perguntou perplexa. – Espera... Eu pensei que você e Daniel estivessem com raiva um do outro! Eu pensei que você achasse que ele estava namorando comigo... São muitas informações!

O ruivo abaixou o olhar.

– Eu realmente não merecia que Daniel me ajudasse – comentou ele. – Mas naquele dia no hospital, quando fui doar sangue para você, ele me puxou em um canto e me intimou a ir à casa dele. Lá, Daniel e Karen me explicaram tudo. E ele também deixou claro que vocês eram só amigos. Eu realmente agi por impulso chegando aqui e te acusando de um monte de coisa, Liv – Jorge levantou o olhar para a loira que o sustentou. – E eu te devo mil desculpas.

Lívia sorriu para Jorge e pegou em sua mão.

– Não precisa pedir desculpas, Jorge – ela respondeu. – Eu também morri de ciúmes quando te vi beijando a Angelina logo depois que tínhamos brigado.

O garoto arregalou os olhos.

– Liv, mas eu só a beijei porque pensei que você estava namorando o Daniel. Mas não teve um dia do meu “namoro” com a Angelina que eu não pensei em você. Nenhuma vez sequer eu a beijei sem me lembrar de você! Desculpe por começar um namoro com ela. Eu não deveria... Na verdade, tudo que fiz depois que saí da sua casa foi por impulso, eu não tinha a menor vontade de estar com Angelina. Liv, desculpe-me.

Lívia o olhou com esmero. Percebeu cada detalhe do rosto de Jorge. Suas feições eram leves, diferente da última vez que o vira em seu “namoro” com Angelina que tinha olhos tristes e sem vida. Ele parecia mais bonito também, se não fosse por uma coisa...

– O que há de errado com o seu queixo? – ela perguntou.

Jorge gargalhou.

– Que maneira bonita de corresponder minha declaração! – ele ironizou brincando. – Eu soube do que aconteceu no hospital, Liv. Com você e Derek. Daniel também estava irritado então nós fomos procura-lo. Recebemos alguns socos, mas no fim quem ficou zonzo foi ele.

A garota abriu a boca, de novo, surpresa.

– Vocês foram bater no Derek? – ela perguntou muito impressionada. – Ah, ele mereceu.

Os dois riram.

– Merecia aqueles socos em dobro! – Jorge disse sério.

Ela suspirou e abaixou o olhar.

– Sabe, Jorge, eu vi o bilhete que você me deixou. E eu tive o ímpeto de sair correndo daquele hospital excessivamente branco e ir me aconchegar no seu abraço. Aquele bilhete significou tanto para mim porque... Eu tenho medo de perder também. Todos os dias que ficamos separados esse medo brotava dentro de mim. Só que eu não pude guarda-lo porque Derek o rasgou...

Jorge segurou o rosto da menina em suas mãos.

– Lívia Collins, eu te escrevo mais mil bilhetes se quiser! E te falo quantas vezes você achar necessário que eu te amo e não quero te perder. Eu te amo tanto...

Lívia o encarou e suspirou. Como sentira falta dele. E agora não tinha nada no meio deles dois. Nenhum obstáculo, nenhum ex-namorado, nenhum “i” sem seu pingo. Agora, pensou Lívia, eles poderiam ser felizes juntos. Seus olhos se encheram de lágrimas e ela lembrou-se de tudo que havia passado. Deixou uma lágrima rolar, mas Jorge segurou seu rosto.

– Está tudo bem agora, linda – ele sussurrou. – Ninguém vai te machucar porque eu não vou deixar. Você é o meu ar, Lívia.

– Ai... Jorge – ela murmurou e o beijou.

O garoto ficou surpreso com a atitude da menina, mas não hesitou em corresponder o beijo. Era um beijo de saudade, de amor. Um beijo que ambos se doavam. Um beijo misturado com um abraço apertado. Um beijo, não, “O Beijo”, sim.

– Eu estava com saudades – ele murmurou em um intervalo.

– Eu te amo – ela respondeu em sussurro também.

Jorge encaixou sua cabeça no pescoço da garota, dando leves beijos no local. Isso fez com Lívia se arrepiasse por inteira e o abraçasse mais forte.

Com Jorge Lívia se sentia segura, se sentia protegida. Ela o amava com todas as suas forças. Ele não media esforços para agradá-la, para causar sensações incríveis para ela. Toda a vez que Jorge a tocava uma corrente elétrica passava pelo seu corpo.

A sintonia deles era incrível, seus corpos se encaixavam perfeitamente. Seus corações batiam em um ritmo só deles. Jorge sentia os toques de Lívia com suas mãos pequenas e delicadas. Isso fazia com que ele tivesse mais vontade de abraça-la e trazer para mais perto de si.

Lívia não se sentia tão feliz e completa fazia muito tempo. Era como depois de conhecer Jorge todas as sensações que ela já conhecia não chegavam aos pés das sensações que tinham com o ruivo.

Era Jorge. Sempre fora.

Jorge nunca tinha sentido o sabor do amor de verdade antes de conhecer Lívia. Ele só conseguia pensar em como ela era incrível. Não era perfeita para os outros, mas para Jorge era sua cara metade. Os beijos, abraços, toques e carícias eram todos diferentes com ela. Havia amor e ternura.

Eles nunca pensaram que pudessem se entregar por completo, mas naquele dia se entregaram. Entregaram-se a um amor sem medidas, a um amor que não teria data de validade.

Ambos sabiam o que significavam um para o outro e era a descrição do mais puro e perfeito amor. Tudo que eles sempre quiseram e precisavam.

– Eu te amo, Liv, como nunca amei ninguém – Jorge disse deitando-se ao lado da loira e deu um beijo no ombro nu dela. – E eu te quero, Liv, como nunca quis alguém.

Ela fechou os olhos ao ouvir aquilo. Deitou no peito de Jorge e pôde sentir que o coração dele ainda batia freneticamente, igual o seu.

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– Olha, Angelina, nós estamos nas mãos daqueles meninos, sabia? – Derek explodiu de raiva. – Se eles decidem colocar nosso caso para ser investigado pela perícia do Ministério eles podem descobrir que eu que falsifiquei essa droga de documento!

A morena começou a chorar e cobriu o rosto com as mãos.

– Eu não tenho culpa, Derek! – ela respondeu entre soluços. – Ele já sabia de tudo!

– E você me colocou no meio!

– Eu não vou levar a culpa sozinha, idiota! – ela gritou descontrolada. – Você também teve parte com isso!

Derek então acertou Angelina com um tapa na cara, fazendo a garota cair no chão. Ela não hesitou em pegar sua bolsa e sair correndo daquele lugar o mais rápido que podia.

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A diferença entre amor e paixão é clara: A paixão é sôfrega, causa dores. É algo desesperado e até um pouco depressivo. O amor é calmo, o amor te tira sorrisos espontaneamente e não fica nenhum resquício de tristeza. Karen, em você achei meu porto-seguro. Queria que passasse aqui em casa hoje depois do meu plantão. Beijos. D. K.”

A morena mal acreditou ao abrir esse cartão e se deparar com a linda mensagem que Daniel tinha escrito.

No fundo sabia que Daniel não tinha culpa de ter guardado aquilo por tanto tempo. Provavelmente já deveria ter esquecido que um dia havia deixado ali as cartas, mas Karen sempre fora insegura demais. O medo de ser substituída a atormentava desde sempre. Em todos os seus namoros fora assim e ela não queria que com Dan fosse igual.

Mas ao ver todas as fotos de momentos dos dois juntos fez com que um sentimento de ciúmes se apossasse dela. Ela queria estar no lugar de Paula naqueles anos. Queria ter visto suas vitórias e derrotas. Queria tê-lo visto rir com alguma piada interna, mas o máximo que conseguia era ser sua melhor amiga.

Karen suspirou e decidiu parar de se martirizar. Paula era o passado de Dan, apenas uma paixão que o fizera sofrer.

Ela tratou de tomar banho, fazer sua higiene e se arrumar para ir à casa de Dan. Quando o relógio bateu às nove da noite ela aparatou.

Olhou para os jardins da casa de Dan e suspirou mais uma vez tomando coragem para entrar. Bateu na porta duas vezes e ela se abriu magicamente já que não tinha ninguém por trás.

Entrou na casa milimetricamente organizada do moreno e observou atentamente a sala se perguntando onde ele estaria. Até que olhou para baixo e viu um caminho formado por pétalas de rosa. Ela teve o ímpeto de rir de nervoso e felicidade. Correu para onde esse caminho levava: A cozinha.

Ela passou correndo e sorrindo pelos corredores até a entrada da cozinha onde havia Dan bem arrumado e com um jantar romântico na mesa.

Os dois sorriram um para o outro.

– A gaveta está vazia – Dan começou se aproximando dela. – E pronta para ficar cheia de memórias e momentos incríveis. Com você.

Karen riu verdadeiramente feliz e se atirou no pescoço de Daniel dando-lhe um beijo profundo e apaixonado.

Ao se separarem sorriram verdadeiramente um para o outro.

– Ei, Karen – Dan começou. – Não precisa mais ficar insegura, ok? Quando eu disse que consegui superar o passado era verdade. Você foi a responsável por isso, sabia? Depois que terminei com a Paula você foi o motivo de eu ter dado a volta por cima. Mesmo quando Liv não estava frequentando mais nossa rua a gente continuava a se encontrar todo o dia. Quando percebi eu não precisava mais de Paula nenhuma! Eu tinha a menina mais bonita e incrível do meu lado! – Karen abaixou os olhos envergonhada. – Ei, não vamos mais olhar para trás, tudo bem?

Ela assentiu um pouco desconcentrada ao saber de tudo que ele sentia.

– Tanto porque você já namorou bastantes rapazes... Eu nunca gostei do Steve! – Dan completou sorrindo.

Isso fez Karen rir mais a vontade.

– Está perdoado – ela falou brincando.

Dan a pegou pela cintura firmemente e a beijou profundamente. Ela passou a mão pelos cabelos rebeldes do menino e ele suspirou entre o beijo. Os dois tinham química (e física também). O beijo deles era de total envolvimento em ambas as partes.

Karen sabia que Dan tinha sido completamente sincero ao falar aquelas palavras. Boba era ela de não ter percebido antes. Agora o passado ficara para trás. Agora ela tinha certeza que podia se entregar de corpo, alma e coração ao seu melhor amigo e namorado.

– Eu te amo – Karen sussurrou ao pé do ouvido de Dan.

– Eu também te amo, bobinha – ele respondeu abraçando-a.

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– O problema é que nós não temos pistas que Derek falsificou os documentos – começou Liv. – Nós sabemos que foi ele, mas não temos provas concretas disso. Apenas um depoimento de uma mulher desesperada que fingiu estar grávida. Acho que não é muito confiável para o Ministério.

Jorge suspirou e assentiu.

– É verdade, Liv – ele concordou. – Mas se houver mais alguma inconveniência eu não vou pensar duas vezes para colocar uma perícia do Ministério contra eles. Não foi justo o que fizeram para nós dois!

Ela assentiu e abaixou o olhar.

– Pelo menos estamos no controle da situação desta vez – ela respondeu. – Ei, que fominha! Nós nem lanchamos esta tarde.

Jorge levantou-se e deu um beijo na testa de Lívia.

– Já volto.

Lívia ficou intrigada com esse gesto repentino, mas decidiu ficar deitada. Levantou a blusa que usava e verificou os pontos. O curativo estava intacto, ela não tinha com o que se preocupar. A dor também havia diminuído bastante. Liv decidiu pegar o livro que estava lendo antes de Jorge chegar, já estava quase que na última página quando ele voltou com uma bandeja recheada de coisas gostosas.

– Uau! – ela exclamou feliz. – Eu mereço tudo isso?

Jorge riu e deitou ao seu lado.

– Merece, sim. Minha namorada não precisa se levantar quando está com terríveis pontos na barriga sendo que ela tem um namorado forte e bondoso ao seu lado.

Os dois riram abertamente. Lívia pegou um brownie e o comeu sem pestanejar.

– Então você é meu namorado? – ela perguntou com os olhos brilhando.

Jorge sorriu e apenas a beijou.

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A Toca estava mais cheia do que nunca. Além da menina de Fleur e Gui ter nascido, a confraternização naquela casa era muito grande. Toda a família Weasley presente assim como toda a família Collins. Daniel, Karen, Harry e Hermione também estavam lá para a grande noite de véspera de natal.

Hermione, Gina, Lívia e Karen ficaram a tarde a inteira no quarto de Gina se preparando para o jantar. Hermione estava usando um vestido preto e uma sapatilha preta, tinha os olhos bem marcados e na boca usava apenas um gloss. Já Gina tinha escolhido um short mais curto e uma blusa de paetê preta, deixou o cabelo solto com leves cachos nas pontas. Karen usava uma calça preta e uma camisa social branca, tinha os olhos bem marcados com maquiagem, também. Já Lívia usava um vestido preto e branco acinturado, todos a chamavam de princesa pelo estilo de vestido que usava. Os cabelos loiros estavam soltos e não passou muita maquiagem. Usava umas pulseiras de pérola e um colar com as iniciais de Jorge e Lívia, presente que ele dera a ela.

– Não é justo, a Gina é ruiva e sempre ficará um nível acima das meras humanas aqui! – Hermione brincou.

– Boba é pouco para te descrever – Gina respondeu revirando os olhos.

As quatro desceram para a confraternização. Jorge já tinha chegado e usava uma camisa clara de manga curta social e uma calça jeans. Quando viu Liv descendo as escadas foi logo cumprimenta-la.

– Linda – ele sussurrou em seu ouvido.

Lívia o olhou de cima a baixo e respondeu:

– Você também não está muito atrás.

Os dois riram e foram para a sala onde tinha um amontoado de gente. Os pais, tios e primos de Lívia se misturavam com a família Weasley e isso aqueceu o coração da loira: tinha suas pessoas favoritas em todo o mundo reunidas em um lugar só.

Todos comeram o banquete que estava na mesa d’A Toca conversando e rindo muito. Uma hora a madrinha de Lívia chegou a perguntar o que havia acontecido com ela e Jorge já que Gina comentara do período de tempo que ficaram separados. Ela e Jorge se revezavam para contar o ocorrido e muitas vezes sorriam um para o outro. Daniel deu risada e foi até os dois.

– E eu fui o salvador do relacionamento deles! – o moreno brincou fazendo todos rirem.

– Daniel é tipo um gênio! – Liv respondeu abraçando o moreno que deu um beijo em sua testa. – Eu já disse o quanto te amo, Dan?

– Não... – ele fingiu estar pensativo. – Você fica mais tempo me xingando de bobo, atrapalhado, ridículo e feio.

Jorge riu dos dois. Ele estava feliz por dentro por não sentir nem mais uma pontinha de ciúmes quando os dois ficavam juntos. Jorge finalmente entendera que eles eram amigos de infância e não tinha motivos mais para desconfiar de Lívia e seu amor para com ele.

– Mas saiba que eu te amo, Dan – ela disse. – Obrigada por tudo!

– Ninguém agradece a Karen que ficou noites em claro pesquisando sobre medicina no google! – Karen gritou do outro lado da sala e de boca cheia. – E larga meu homem, Lívia! Não consegue se contentar só com o Jorge, não?

Isso fez a sala inteira explodir em risadas.

Jorge ficou bastante tempo conversando com os primos de Lívia que se demonstraram muito interessados na jornada dos dois até ficarem juntos, porém, perto da meia noite, o ruivo chegou por trás de Lívia sussurrando em seu ouvido:

– Preciso falar com você.

A garota sorriu.

Jorge pegou em sua mão e a guiou até os jardins da casa da família Weasley, o local estava vazio. Perfeito, pensou ele.

– O que quer me falar, Jorge? – ela perguntou mexendo em uma das flores.

O rapaz tirou uma mecha de cabelos loiros da face dela e sussurrou:

– Eu te amo.

Ela achou graça e, abraçando-o, respondeu:

– Eu também te amo, Jorge.

O ruivo então se afastou um pouquinho e tirou uma caixa bem pequena e delicada de seu bolso. Lívia sorriu curiosa e só entendeu do que se tratava quando ele se ajoelhou na sua frente e pegou a mão dela. Ela não pôde se conter e começou a chorar.

– Lívia Collins...

– Sim, Jorge. Sim.

Jorge riu da pressa da garota e se levantou para abraça-la. Lívia não conseguia segurar as lágrimas que queriam descer de seu rosto.

– Estamos namorando há quase um ano, Liv, mas eu já tenho certeza do que eu quero.. – Jorge começou.

– E o que você quer? – ela perguntou limpando as lágrimas.

– Ficar com você, boba! – Jorge riu e ajudou a garota a secar suas lágrimas. – O que mais seria?

Quando os dois voltaram para sala todos no local se viraram para ver o que tinha acontecido.

– Ela disse sim? – exclamou Daniel parando de comer sua coxinha.

– SIM! – o novo casal respondeu.

Então a festa foi completa. Várias pessoas bagunçando o cabelo dos noivos, brincando, fazendo piadinhas, abraçando, chorando. Ninguém conseguia ouvir nem seus próprios pensamentos já que era muita gente falando ao mesmo tempo. No final do Natal a loira já estava toda vermelha de tanto chorar de felicidade e emoção. Os pais de Liv ficaram mais felizes do que nunca porque amavam Jorge e seu jeitinho destrambelhado e fofo, ao mesmo tempo, de ser.

Quando sobrou apenas Harry, Ron, Gina, Hermione, Karen, Daniel, Jorge e Lívia de madrugada na sala, os amigos ficaram colocando os assuntos em dia. Como a maioria trabalhava muito de dia de semana e sábado, ficava difícil de se encontrarem porque domingo queriam reservar um tempo para a família, mas naquele dia não mediram esforços para ficarem até às cinco da manhã conversando.

Gina já dormia no colo de Harry que estava sentado no chão. Hermione e Ron estavam brigando como sempre. Daniel e Karen eram os únicos que estavam totalmente concentrados em dialogar com Jorge e Lívia que pareciam tão felizes que nem conseguiam sentir sono.

– É bom estar com vocês – Lívia disse após certo tempo e abraçou Karen.

– Sim – concordou Dan. – Depois de tudo que aconteceu com nós quatro fica difícil nos separarmos algum dia.

Jorge sorriu.

– Olha, cara, se eu nunca te disse isso, agora eu falo: obrigado! – Jorge falou sorrindo para Dan.

– De nada, cara – Daniel respondeu e passou a mão pelo nariz fazendo Jorge rir de alguma piada interna entre os dois.

Lívia ficou sem entender porque com o simples gesto de Dan, Karen e Jorge caíram na gargalhada.

– Eu estou fora de alguma coisa? – perguntou a loira fazendo bico.

Então os três contaram entre risos do soco que Daniel dera em Jorge. Lívia ficou boquiaberta com a novidade.

– Por que você bateu nele, Daniel Katsópolis? – Lívia perguntou fingindo estar brava. – Tadinho!

– Tadinho nada! – Daniel se defendeu. – Ele estava sendo idiota e o próprio Jorge assumiu isso! Ele mereceu...

Lívia riu.

– Foi uma cena muito engraçada para se lembrar – Karen comentou. – No momento Jorge ficou com uma cara de pamonha, mas ele sabe que foi para o amadurecimento pessoal... Saiu da fase adolescente para virar um homem!

– Muito engraçados vocês – respondeu Jorge, mas no final deu risada.

O ruivo abraçou sua noiva por trás, fazendo-a deitar em seu peito.

Era bom estar em família. Era bom estar com as pessoas que amava. Era bom estar com coração completo e preenchido por uma felicidade que não seria passageira. Era bom. Muito bom.

Fim.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Espero que tenham gostado tanto quanto eu.
Amo vocês, família Revivendo! ;]



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