Tom e os Três Fantasmas Natalinos escrita por Tsuki no Taiga


Capítulo 4
O Fantasma dos Natais Futuros


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, gostaria de agradecer à Thati por ter recomendado a fic. Muto obrigada mesmo!
Agora vos deixo com o último capítulo.
Boa leitura, a gente se vê lá em baixo!



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Capítulo 3

O Fantasma dos Natais Futuros

 

Mau Tom viu-se de volta ao hotel, colocou seu casaco e pegou suas chaves. O próximo fantasma que o perdoasse, mas não o esperaria, queria ir para a festa e abraçar Hanna bem forte. Seus planos foram por água abaixo quando abriu a porta e viu que alguém lhe esperava.

Ele era um pouco menor do que Tom e usava um capuz cinza que cobria toda a sua face, tornando impossível ver seu rosto, mas Tom sabia que era a aparência de Gustav ali. A capa tocava o chão e ele tinha uma corrente em volta da cintura. Tom não pôde deixar de se assustar.

- Vo-Você de-deve ser o Fantasma dos Natais Futuros, não é? – o guitarrista perguntou nervosamente, vendo-o assentir com a cabeça – Olha... Eu não sei se quero ver o meu futuro, estou com medo. Eu ainda posso ir para aquela festa e consertar tudo, não precisa ser assim.Mas o fantasma não saía da frente da porta, impedindo que Tom saísse, então compreendeu.

- Eu não tenho escolha, não é? Eu tenho que ir com você.

Como sinal positivo, o fantasma estendeu sua mão para que Tom pegasse, e este, ainda que nervoso, tocou na mão que lhe era oferecida.

Um vórtice inexorável rodou em sua cabeça. Viu-se em um lugar completamente vermelho com vários espelhos. Ainda não estava em seu futuro, estava indo para ele, e cada espelho parecia ser um portal... Um portal para o futuro. Todo ao ser redor era turvo, como se fosse derreter a qualquer momento.

“O futuro é incerto” a voz de Gustav soou em sua cabeça e depois tudo ficou em silencio de novo.

O fantasma o guiou até um dos espelhos e o atravessaram.

Agora estavam em frente a uma lápide com os nomes “Tom e Bill Kaulitz” uma frase: “Um o oposto do outro e ao mesmo tempo almas gêmeas que nem a morte conseguiu separar. O que nasce junto, morre junto”.

- Bill, você não deveria ter ido com ele – Tom escutou uma voz feminina ao seu lado e virou-se para ver.

A garota parecia ter 15 ou 16 anos. Os cabelos dourados caíam em uma cascata ondulada sobre suas costas, o rosto delicado estava marcado por lágrimas e os olhos azuis demonstravam uma profunda tristeza.

- O que aconteceu? – Tom perguntou virando-se para o fantasma, e este lhe apontou para o lixo, onde tinha um jornal do dia anterior.

Tom logo percebeu que não era capaz de tocar no jornal, mas pôde ler a manchete “Tom Kaulitz morre de câncer pulmonar, Bill não aguenta a dor e suicida-se”.

- Eu morri... De câncer – Tom disse para si mesmo percebendo a ironia de sua vida – Quem é essa garota? Por que ela parece não gostar de mim?

A resposta para suas perguntas vieram segundos depois, quando ouviu alguém gritar.

- HANNA! VENHA LOGO, VAI CHOVER!

- Já estou indo, Gusti – ela respondeu lançando um último olhar para o túmulo.

- Hanna? – Tom repetiu – A mesma Hanna que tinha leucemia? – perguntou olhando para o espírito, que assentiu – Mas... Como?

Em resposta, o espírito apontou para a foto de Bill na lápide.

- Bill arranjou um doador de medula óssea? – Tom perguntou, e o espírito negou – Bill doou? – e dessa vez o gesto foi afirmativo – Eu posso segui-la?

O fantasma deu um passo para trás, mostrando que a decisão cabia a Tom.

- Eu vou segui-la. – o guitarrista disse decidido correndo para alcançar Gustav e Hanna, que juntavam-se a Georg na saída do cemitério.

- Não fique triste, pequena – Georg disse passando um braço em volta dos ombros dela – Bill está mais feliz agora.

- Tom não merecia que Bill morresse por causa dele – ela disse com a voz embargada de raiva e tristeza – Eu fiquei tão feliz quando soube que ele tinha câncer... Eu ri dele, ele estava sentindo tudo o que eu senti, eu sabia que ele ia morrer. Bill ficava triste quando via que eu estava me divertindo com isso, mas Tom sempre me deixou triste, ele nunca fez nada para me agradar, sempre me tratou com inferioridade. Bill era o único que me mantinha firme e forte, e agora ele se foi junto com o imprestável do irmão dele!

Tanto Tom como Georg e Gustav surpreenderam-se com o tom que a garota usara, ela era o ódio em pessoa.

- Eu nunca o perdoei pelo que ele fez Bill passar – ela continuou – Aposto que vocês não sabem disso, mas no dia em que eu recebi a medula de Bill, ele estava doente, fraco. Bill pediu para que Tom doasse no lugar dele, mas Tom se recusou. Bill desmaiou e só acordou quatro dias depois porque ele teimou em doar – agora ela soluçava cada vez mais alto enquanto agarrava-se à blusa de Georg – Ele quase morreu e Tom me culpou por causa disso. Apesar de tudo, até aquele dia eu ainda gostava do Tom, ele era o meu favorito, mas então, eu comecei a odiá-lo, e mesmo depois que Bill me adotou, ele sempre me tratava mal. Bill ficava triste em ver como nós nos dávamos mal.

- Hanna, não guarde tanta mágoa - disse Gustav - É Natal, é tempo de perdoar e..

- Eu NUNCA vou poder perdoar o Tom. E o natal não é ada, Gusti, é só mais uma data comercial.

Tom estava inconformado com o que ouvia. Como assim ele a havia culpado pela quase-morte de Bill? A culpa tinha sido dele mesmo, que se recusara a doar a medula sabendo que Bill estava doente e que ele queria salvar a menina! Tom não acreditava que tinha se tornado aquele monstro.

E então ele morreu e levou junto consigo seu amado irmão gêmeo que era a pessoa mais importante para Hanna. Não era justo. Mas o que mais lhe horrorizou foi ter ouvido da boca daquela linda garota a mesma frase que seu pai lhe dissera e a mesma frase que ele repetira inúmeras vezes. Só agora percebia o quanto ela era terrível.

O Fantasma dos Natais Futuros estava logo atrás de si, apenas observando tudo.

- Eu quero mudar – Tom disse sentindo as lágrimas queimarem sua face – Eu não quero ser um monstro, eu não quero transformar aquela menininha meiga nessa garota cheia de ódio, eu não quero matar o meu irmão, por favor, me dê mais uma chance, eu sei que posso mudar!

Tom sentiu um tontura e então viu novamente o labirinto turvo cheio de espelhos passar por si como um relâmpago.

 

Acordou gritando e sentou-se na cama. A porta abriu-se com um estrondo e Bill entrou correndo, indo para o lado do irmão.

- Tudo bem, Tom? – ele perguntou preocupado.

- Tudo, Bill... Eu só... Bill? – Tom olhou para o irmão sorrindo – BILL!!! – abraçou o seu gêmeo, deixando lágrimas saírem de seus olhos – Eu não vou te decepcionar, maninho, você vai ter orgulho de mim, eu juro.

- Tommy – Bill disse correspondendo ao abraço de seu gêmeo – Eu já tenho orgulho de você, você é a melhor parte de mim.

- Não, Billy. Você é a melhor parte de mim. – Ele interrompeu o abraço, só então reparou onde estava. Era o seu quarto na mansão Kaulitz – Billy... Como eu vim parar aqui? Onde está a Beatriz?

- Quem? – o vocalista arqueou uma sobrancelha – Não conheço. Nós chegamos ontem á noite de Berlim, você estava cansado, praticamente se arrastou até aqui, por isso não deve se lembrar. Bom, se arrume e desça, a Sandra preparou um café da manhã delicioso e a mamãe quer falar com você. – Bill finalizou levantando-se da cama. – Ah, e hoje à noite tem uma festa beneficente no hospital do câncer, nós não vamos tocar, só estaremos presentes para dar apoio moral àquelas crianças. Desculpe, Tommy, eu sei que você queria curtir a noite, mas é importante que você esteja presente.

Mas para a surpresa do Kaulitz mais novo, Tom abriu um sorriso de orelha a orelha.

- Não se preocupe, eu vou com todo prazer. Ah, e Bill, eu vou parar de fumar... E você também vai. Ninguém vai se matar por causa do outro... E eu quero adotar uma menininha, quem sabe eu não a encontre nessa festa? Se ela tiver leucemia eu faço questão de fazer o teste pra ver se posso doar medula óssea pra ela e...

E Tom continuou falando coisas que para Bill não faziam o menor sentido e até pareciam loucura. Adotar uma criança em pleno auge de sua carreira parecia cruel com a criança, que receberia pouca atenção, mas por outro lado seria divertido ter mais alguém em tour com eles.

- Bill... Estou tão ansioso para essa festa...

 

----- Fim -----

 

N/A: E aí minhas flores!!! Own, eu gostei tanto de escrever essa fic e me emocionei junto com vocês!

Bom, eu só queria dizer... Não sejam como o Tom, vocês não terão três fantasmas que os façam repensar a suas vidas e nem serão capazes de ver o seu futuro, não esperem ser tarde demais para mudar.

 

Beijos!

 

Feliz Natal! (adiantado)

 


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