Férias Mundiais escrita por Isa


Capítulo 12
Final, as lágrimas escondidas do polonês - Parte 3


Notas iniciais do capítulo

Olá hetalianooos. Concluindo o "arco da competição" (é acho que esse nome serve)



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Ludwig observava o italiano sem conseguir parar de se culpar. Não tinha sido capaz de salvá-lo daquela queda, como poderia ser chamado de soldado novamente? Itália tinha se machucado por causa da sua obsessão em esconder o que tinha naquele pendrive, e ele nunca se perdoaria por isso.

Naquele momento, ambos estavam de volta ao quarto, depois de Alemanha ter carregado Itália até lá.

"2 Horas... Ele já está assim há quase duas horas." O loiro pensou preocupado, e seu coração quase parou quando viu que Feliciano estava repetindo um nome, um conjunto de três palavras enquanto dormia.

"Sacro Império Romano..." Alemanha já havia ouvido o menor falar aquele nome algumas outras vezes. Sempre durante o sono, e sempre com os olhos cheios de lágrimas, como se apenas lembrar daquilo destruísse seu coração em mil pedaços.

"Eh? Alemanha?" Agora o italiano estava acordado. Sentou-se lentamente na beirada da cama, encarando os olhos azuis meio marejados e cheios de culpa do alemão. "O que aconteceu?"

"Você caiu da árvore tentando pegar a garrafa e as taças. Sinceramente, não me assuste mais assim." Alemanha falou, envolvendo o outro num abraço apertado.

"~Ve? Você está bem Alemanha?" Itália perguntou, passando seus dedos pelas costas do outro.

"NÃO É ALGO QUE ALGUÉM MACHUCADO DEVERIA PERGUNTAR!"

"Ahh eu sinto muito, mil desculpas! É que você nunca me abraça por vontade própria, então eu achei que tivesse algo errado! Aquele pendrive tinha algo muito importante? Por isso você está triste por ter perdido?"

"Esqueça aquele pendrive... Ele não era tão importante para você se arriscar tanto. Nada é... Nem mesmo a tal coisa que você gostaria de saber se ganhasse. E afinal de contas, o que era?" Alemanha questionou, libertando o moreno do abraço e observando sua expressão facial: ele parecia ponderar se deveria falar ou não. Itália pensando antes de falar? deveria ser algo realmente sério.

"Eu queria saber porque Alemanha anda agindo estranho comigo desde algum tempo depois que chegamos. Eu fiz alguma coisa errada?" As bochechas do loiro ficaram vermelhas com a frase do amante de pasta.

"I-Itália...."

"Ei Alemanha, você me odeia agora?" Perguntou Itália, sua voz cheia de dúvida como se não tivesse certeza se queria ouvir a resposta.

"Q-Quantas vezes na vida você vai me perguntar isso? Eu não te odeio Itália, nunca vou odiar." Alemanha respondeu, percebendo que sempre que respondia aquela pergunta, tinha mais certeza da resposta. "O único que fez algo indecente e imperdoável fui eu."

"~Ve? Do que está falando Alemanha?" Ludwig fechou os olhos, tentando arranjar coragem para confessar aquilo, mas logo assumiu uma postura determinada. Ele tinha que ser homem o suficiente para lidar com os próprios erros.

"I-I-Itália... E-Eu...." É, ele com certeza era muito mais corajoso em sua cabeça. Pouco a pouco, seu rosto ficava com uma cor mais avermelhada, até que falou extremamente rápido. "Eu tentei beijar você enquanto dormia..."

"E o que mais?"

"Como assim o que mais?" Ludwig questionou horrorizado. "Isso foi terrível, inadequado, indecente e..."

"Se você queria um beijo era só ter falado Alemanha." Feliciano falou, tomando os lábios do outro com um beijo rápido e inesperado.

"PORQUE VOCÊ FEZ ISSO ITÁLIA?" Ludwig exclamou, mais vermelho do que já estava antes.

"~Ve como assim Alemanha? Agora você não precisa ficar estranho comigo." Itália explicou, como se aquilo fosse a resposta mais óbvia e lógica do mundo.

"M-M-MESMO ASSIM! V-VOCÊ DEVIA GUARDAR ESSE TIPO DE BEIJO PRA ALGUÉM QUE VOCÊ AME COMO NAMORADO OU ALGO ASSIM E-" O alemão entrou em pânico quando percebeu que aquilo tinha sido praticamente uma confissão de amor. Espera, ele amava Itália daquela maneira? Só esperava que o outro não tivesse percebido a mesma coisa.

"~Ve? Então quer dizer que você me ama Alemanha?" Ops, tarde demais. "AHH QUE BOM!" Itália gritou, se atirando nos braços do mais alto.

"Eh? Você está achando isso normal Itália?"

"Bem... pra falar a verdade já faz algum tempo que eu percebi que o que eu sinto por você é mais do que amizade. Mas achei que Alemanha ia me achar estranho e não ia mais me deixar dormir com você e que não íamos ficar mais tanto tempo juntos, então tentei disfarçar. Parece que eu devia ter falado logo a verdade, não é?" O italiano falou, e ele tinha um sorriso tão bonito e sincero no rosto que Alemanha não conseguiu evitar se sentir nervoso, tímido, confuso, e principalmente feliz ao extremo.

"Ti amo, Alemanha."

"I-Ich liebe dich..."

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"Ah finalmente, eu consegui isso de volta!" Romano comemorou, balançando o pendrive no ar como se fosse o maior troféu da história. Ele e o espanhol tinham encontrado França e Japão logo que saíram da floresta, e poucos minutos depois, o italiano já tinha a gravação em mãos. Estavam quase chegando no quarto naquele momento, com Romano exibindo um sorriso triunfante.

"Que bom que está feliz Romano!" Cumprimentou Espanha, pegando o mais novo desprevenido e tirando o pendrive de suas mãos.

"EH? O QUE ESTÁ FAZENDO, DEVOLVA ISSO SEU MALDITO!"

"Como assim? esse foi nosso prêmio pelo jogo, então eu quero ver o que tem dentro." Explicou o espanhol.

"N-Não é da sua conta!" Falou o mais novo, furioso, tentando tirar o objeto das mãos do outro e acabando fazendo com que o pendrive saísse voando pela janela.

"Ahh Romano, agora não dá pra ver."

"Vamos só dormir maldição! Se ficar reclamando eu te tranco fora do quarto!"

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Omake: Enquanto isso, na casa da Hungria-san...

Na porta da casa da bela nação feminina, um albino de olhos avermelhados batia na porta.

"Oy Hungria, hoje o grande Ore-sama veio lhe fazer um desafio-" Prússia interrompeu seu discurso quando percebeu que havia uma carta na frente da porta. Sem pensar duas vezes, ele abriu o envelope e leu seu conteúdo. "Eh? A Hungria está sendo convidada para ir até o lugar onde West e Itália-chan estão? Kesesese, não precisam se preocupar, o grande Ore-sama está chegando."

"Oy desgraçado, o que pensa que está fazendo, gritando em frente da minha casa a essa hora da manhã?" Hungria abriu a porta de repente, já com sua frigideira na mão, mas, para a sorte do prussiano, ele já havia colocado a carta de volta no envelope e conseguiu jogá-la no chão antes que a garota percebesse.

"Ia fazer um desafio, mas hoje você escapou, acabei de lembrar que ainda não escrevi meu incrível diário hoje." Com isso, Gilbert foi embora, cheio de planos malucos na cabeça.

"Que idiota..." Hungria murmurou. "Hein, uma carta?"

"Cara Hungria-san, como está? Se não estiver ocupada, gostaria de vir até o resort ver como o plano que você ajudou a ser realidade está se desenvolvendo? Mandaremos um transporte amanhã."–Japão

"Ah finalmente! Vou arrumar minhas malas!" A fujoshi exclamou alegremente.


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Notas finais do capítulo

até a proxima semana!