Tentei pensar em como uma rainha agiria em uma situação como essa, eu não queria me demonstrar fraca para a daphne, eu queria lhe mostrar que era superior, então soltei meu coque ajeitei meu vestido abaixando-o para que o decote ficasse mais acentuado e fui até Maxon, o abracei e rocei meus lábios e meu nariz em sua nuca, Maxon puxou meu corpo para junto do dele e me beijou, gostaria de ver a cara da Daphne enquanto nos beijávamos, senti como se nosso beijo estivesse durando uma eternidade, eu não fazia questão de parar de beija-lo, o gosto de seu beijo já era bom, sabendo que a Daphne estava olhando e vendo que Maxon era meu e me desejava era melhor ainda. Paramos. Daphne não estava mais lá.

–Onde está Daphne ? – Maxon me perguntou observando ao seu redor.

–Ela deve ter ficado sem graça e decidiu ir embora, amor. –Eu disse olhando para Maxon entre os cílios.

–Poxa, espero que ela não fique chateada. –Disse ele enquanto acariciava o queixo com sua mão esquerda.

–Claro que não, não há motivos para ficar.

–Ei, espere. Você me chamou de amor ? Isso mesmo ?- Maxon sorriu e me levantou no seu colo.

–Aiiiiii – eu disse rindo- Mas não se acostume.- Ele olhou-me e fez beicinho. –Maxon, eu estava pensando, porque não vamos à Italia e visitamos Nicoletta ? Aproveitamos e passamos uns dias lá, só eu e você, o que acha?

–Meri, você sabe que não podemos deixar Ilea agora, eu queria muito que pudéssemos viajar mas há tanto a fazer por aqui... – Ele franziu o cenho e depois soltou um suspiro. –Eu sinto muito.

–Tudo bem.- Eu disse. –Então porque você não da uma desculpa esfarrapada para Daphne e vamos para o nosso quarto ?

–Hey, está na hora do almoço, Meri.- Eu o encarei e fiz língua.

–Quem disse que estou com fome?- Eu disse retrucando.

–Está sim, não de comida. Mas está.- fomos para o nosso almoço, Daphne e sua mãe decidiram almoçar no quarto pois iriam sair para dar um passeio, no fim só sobramos eu e Maxon naquela enorme mesa.

–Sinto falta da seleção, Maxon.- Eu disse enquanto mordiscava minha lagosta.- Sabe ? Isso aqui ficava tão cheio e agitado, e sinto falta dos nossos encontros as escondidas, do nosso toque na orelha secreto... Isso aqui está tão vazio agora...

–Sim, eu também. Sinto falta das confusões e da angustia que eu sentia em pensar se serias minha ou não. Se me amavas ...Bom acho que se tratando de você está melhor agora.- Ri com a fala de Maxon e ele desviou seus olhos para mim. -Eu te amo America te amo tanto que a dor de pensar em te perder é pior do que quebrar todos os meus ossos e ter que superar a dor de todos ao mesmo tempo, eu preciso que saiba disso, eu gosto que saiba disso, você enxergou em mim mais do que um príncipe, você me enxergou como um homem, você enxergou meu coração e isso é tudo o que as pessoas procuram, alguém que enxergue seus corações.Eu me apaixonei por você desde o primeiro dia que ficamos sozinhos, mas acima de tudo, te conhecer me fez perceber o que é o amor. – Maxon me deixou sem palavras, senti algo tão bom no meu coração, gostaria que pudéssemos ficar juntos para sempre, presos em juras de amor e acalantados nos braços um do outro.

–Eu te amo muito.- sussurrei para ele.

–Mas voltando ao assunto da mesa vazia... Podíamos enchê-la mais daqui a algum tempo... - Arregalei meus olhos.

– Que? O que você está insinuando com isso? Bebes?- Eu disse num tom demasiadamente apavorado.

–Por que Meri, você não quer ter filhos?- Engasguei.

–Eu já tinha pensado nisso, mas não tenho planos pra agora. – Maxon me encarou e riu.

–Ei, não precisa ficar tão apavorada assim.

–Mas eu não estou. Podemos mudar de assunto? Agradecida.

Resolvi passar o resto do dia no salão das mulheres, fiquei lendo livros e ouvindo musica. Eu era extremamente apaixonada por musica clássica, mas com minhas estadia no palácio tive a experiência de ouvir vários tipos de musica, e era algo realmente interessante, pois tinham muitos instrumentos novos nessas musicas, que eu gostaria de aprender a toca-los também, mesmo não sendo mais uma cinco e tendo que fazer coisas que uma um faria, me sentia tranquila para fazer o que quisesse, já que Maxon estava pondo um fim nas castas, o momento mais sonhado de toda Ilea. Maxon. Sorri ao pensar nele, Maxon era tão belo, seu sorriso, seus olhos, seu cheiro tudo nele me encantava... De repente me bateu uma saudade do nada, um aperto no coração, precisava vê-lo, precisava sentir seus lábios, mesmo havendo poucas horas que eu não o via.

Segui até o corredor e vi Kriss conversando com Maxon.

–Só estou avisando porque me preocupo com você, e não quero que se machuque ou se estresse... – Disse Kriss para Maxon, ele olhou para cima e me viu espiando com metade do meu corpo de vista pra porta e a outra metade oculta, fazendo com que Kriss acompanhasse o seu olhar também. Corei.

–Ah, oi America, há quanto tempo está ai?- Kriss disse sorrindo para mim.

–Acabei de chegar, sobre o que estavam falando?- Eu disse entrando no escritório de Maxon.

–Nada de muita importância.- Respondeu-me Maxon.

–Já está na minha hora, tenho que ir pra casa, adeus gente, tenham uma boa noite.- Kriss se retirou e Maxon ficou me fitando.

–Sobre o que estavam conversando, Maxon?- Eu insisti.

–Hã America...

–Vossa Majestade, o senhor recebeu uma carta e o entregador disse para lê-la assim que a recebesse. - O soldado disse fazendo uma reverencia e entregando a carta nas mãos de Maxon.

–Obrigada soldado, irei ler. – Maxon seguiu até sua cadeira e sentou-se atendo para ler a carta, o soldado se retirou pela porta fazendo uma reverencia para mim, eu acenei com a cabeça e olhei para Maxon, estava curiosa para saber o que continha nesta carta.

–O que está escrito ai?- Perguntei a Maxon.

–Os dois e três, eles querem que eu retire o plano de acabar com as castas, ou eles entrarão em guerra contra nós. – Maxon disse jogando a carta e andando até a janela com um semblante de raiva.

–Então diga a eles que lutaremos.

–America. Não é tão simples assim, soldados estão incluídos nisso, se nossos soldados lutarem contra nós, morreremos. - Maxon disse-me em tom preocupado.

–Mas, temos os rebeldes, eles podem lutar ao nosso lado. – Eu disse em tom de liderança.

–Não America, não quero que morra mais ninguém. Irei me reunir com Georgia e Augusto para discutirmos qual será a melhor decisão a ser tomada diante disso. Estava tudo bom demais para ser verdade.- Lamentou Maxon.

–Sim, tenho certeza que arrumaremos um jeito, Maxon.- Eu o consolei acariciando o seu ombro. Queria pergunta-lo novamente o que Kriss havia contado a ele, mas achei que essa não seria a melhor hora.

–Meri, preciso sair, vou tentar resolver essa situação. Encontro-te depois. Te amo. – Maxon saiu antes mesmo que eu pudesse contestar ou pedir para acompanha-lo, estávamos todos preocupados com a situação e eu estava preocupara, curiosa e com raiva de Daphne.