POV Bella Swan.

– Até que o filme foi legalzinho. - Ela disse jogando uma pipoca em mim enquanto os créditos passavam.

– Eu até poderia dizer algo se... Você tivesse me deixado assistir. - Eu disse comendo a pipoca.

– Você é que ficava me beijando. - Ela disse rindo enquanto eu jogava uma pipoca nela.

– Amor vai embora antes que os seguranças nos tirem forçado.

– Ia ser épico, mas interessante seria se nos pegassem no flagra. - Ela disse me beijando.

– Apenas agora as tequilas de ontem está fazendo efeito? - Perguntei rindo da cara que ela fez.

– Me casei com um Palhaço?

– Um palhaço sexy que ama a mulher dele! - Eu disse enquanto segurava na mão dela ao sairmos do cinema. Bella era incrivelmente incrível, mesmo com alguns anos de casado era como se fosse desde a primeira vez que nos vimos.

– Amor quero chocolate, quer algo? - Ela perguntou parando em frente ao balcão.

– Duas barras de chocolate, por favor. - Eu disse ao atendente. Bella estava de frente para a movimentada rua. Sorri chegando por trás e abraçando-a, enquanto ela pegava o chocolate.

– Ei Amor pensei em fazer um almoço em casa surpresa para meus Pais, o que acha?

– Seria ótimo, já que sempre somos nos que vamos a casa deles. - Ela disse me virando e abraçando-me.

– Ei Amor adorei a noite de hoje.

– Eu também querido, foi maravilhosa, obrigada. - Selei nossos lábios com gosto de chocolate.

– Parecemos adolescentes. - Eu disse rindo.

– Tecnicamente. - Ela disse rindo.

– Verdade sou um gatão com vinte oito anos que continua sendo sexy!

– E eu mesmo com vinte e cinco? - Ela perguntou.

– Sempre e Sempre. - Eu disse abraçando-a e seguindo para o carro, antes de abrir a porta do carro para ela, abracei ela mais uma vez, eu jamais ia me cansar disso, desde o momento em que nos vimos na faculdade nada havia mudado. - Eu te amo minha Bella.

– Eu te amo também meu Edward, jamais se esqueça disso. - Ela disse sorrindo.

– Jamais! - Eu beijei ela como se não existisse amanhã, abrindo a porta do carona, ela entrou e fechou, dei a volta no carro entrando e ligando o motor. Enquanto dava ré, segui rumo à avenida movimentada.

– Amor estive pensando, nessas nossas férias podíamos ir ao sitio, faz tanto tempo que não vamos lá.

– Seria legal eu fugir para o seu quarto à noite escondido de seus Pais.

– Edward somos casados, diferente de antes!

– Mas com adrenalina é melhor! - Eu disse me recordando da noite, ela corou provavelmente se lembrando também da noite.

– Minha irmã disse que vocês iam a um chá de bebê. - Eu disse lembrando-se da conversa.

– Uma colega da empresa, fico imaginando quando será o nosso. - Ela disse.

– Logo! - Eu disse colocando pegando a mão dela que estava caída em seu colo. O sinal ficou vermelho, parei e aproveitei para olhar minha Bella que a mesma me olhou, ficamos conectados pelo olhar, no mesmo momento em que eu beijei sua mãe tudo aconteceu rápido de mais.

Um clarão, berros, buzinas, mais berros e buzinas, quando vi pelo reto visor uma forte luz atingiu meus olhos e a única coisa que pensei foi na mulher ao meu lado, a mulher em que mudou minha vida.

– Bella... - Sussurrei antes da escuridão surgir.

...

– Parece que ele esta acordando. - Ouvi uma voz seria. - Senhor Cullen? Pode me ouvir.

– Hum... Estou com fome. - Sussurrei ao tentar abrir os olhos e ouvi alguns risos. - Luz! - Eu disse por causa da claridade, ouvi um barulho, talvez as cortinas.

– Edward meu Filho? - Ouvi minha mãe dizer e então abri meus olhos. Tudo era muito claro, reparei que havia um médico ao lado de minha mãe.

– Mãe?

– Ah meu filho, você não sabe o quão preocupados ficamos, nos deu um susto. - Ela disse e senti suas mãos segurando as minhas.

– Onde estou? O que aconteceu? - Vi o medico dar um passo a frente.

– Senhor Cullen, sou o Doutor Lohan. Estou lhe acompanhando. Você sofreu um acidente.

– Como?

– Um caminhão estava sem freio meu querido e você estava parado no sinal vermelho.

– Não me lembro. - Eu disse confuso.

– É normal, você deve lembrar poucas coisas mesmo antes do acidente. Você está ótimo, por sorte; poderia ser pior. - Ele disse rabiscando algo em uma ficha.

– Me lembro apenas de cinema, jantar... Bella! - Eu disse me recordando que Bella estava comigo. Me sentei, feliz por perceber que eu estava bem, apenas com uma dor no corpo.

– Ah querido! - Minha mãe arfou me encarando.

– Ande me digam! E minha esposa! - Eu disse começando a ficar desesperado.

– Acalme-se. Ela está ótima, vocês deveriam agradecer a Deus. Realmente tiveram sorte. - Relaxei e senti minha mãe ao meu lado ainda tensa.

– Apenas um problema... - Ele disse me olhando também tenso.

– Diga logo Doutor. - Eu disse já começando a ficar nervoso. Ele me olhou e começou a falar.

– Ela sofreu uma forte batida, fizemos todos os exames e ela se encontra em perfeitas condições, mas...

– Mas...?

– Ela está sem memória senhor. Podem durar dias, semanas... Meses. Nós não sabemos. Encarei minha Mãe, como que se ela fosse sorrir e disser que era tudo mentira, mas não ela não fez. A angustia bateu. Eu queria fugir e ir vê-la, mas o médico me segurou dizendo que eu não podia andar porque foi tudo muito recente, logo descobri que um caminhão estava sem freio, e como estávamos parados em sinal ver melhor piorou tudo, segundo ele a nossa sorte foi que não estávamos em algum morro, que para mim ainda continua sendo pior. Quando todos saíram da sala veio algumas enfermeiras me observar, meus irmãos e cunhados, mas nenhuma da minha Bella, eu estava crente que era tudo mentira.

– Senhor Cullen você vai tomar alta daqui a pouco, sinceramente você está ótimo, os exames e radiografias diagnosticaram que tudo está como deveria estar, mas não abuse, pois foi tudo muito recente.

– E minha esposa? - Perguntei serio. Era a única coisa que eu queria saber.

– Conversei com ela, expliquei a situação, a enfermeira teve que mostrar a carteira de identidade dela mesma para ela, ela está confusa e com receio, dormiu à tarde, mas agora a noite é o jantar...

– Posso ir vê-la?

– Não é recomendável, mas é de seu direito, uma enfermeira irá vir lhe ajudar. Ah e antes que me esqueça sua Mãe está a caminho. - Ele disse assumindo uma postura profissional, e se retirando. Passei minha mão entre meus cabelos.

– Se isso for um sonho pode ir acordando! - Falei pra mim mesmo me levantando e indo até o banheiro, pegando umas roupas. Entrei no chuveiro tentando refrescar a cabeça e relaxar. Após um tempo eu estava em frente a uma porta branca, onde ao lado a informação sobre o paciente me chamou a atenção ao ver escrito Cullen Isabella Marie. Suspirei e segurei na maçaneta da porta e girei.

...

Entrei no quarto, Bella parecia dormir tranquilamente. Cheguei mais perto e observei que havia um corte em sua testa, era a única coisa mais grave fisicamente. Suspirei e percebi ela estava se mexendo, e parecia que passou horas até ela abrir os olhos e eu encontrar as orbes cor de chocolate que sempre me hipnotizou. Sorri. Ela me olhou confusa, mas não negou sorrir de volta, Bella sempre irá ser Bella, nunca irá ser grossa com alguém. Cheguei até ela.

– Olá. Tudo bem?

– Eu poderia estar melhor e você? - Sorri mais ainda por ela perguntar de volta.

– Poderia estar melhor. - Agora foi à vez de ela sorrir.

– Hum... Bella? - Ela me olhou curiosa, ao menos se lembrava quem era... - Do que você se lembra?

– Que eu sou a Bella, mas não a Isabella fez a enfermeira provar e devo confessar que ela me mostrou minha carteira de identidade. E que eu amo café, senti o cheiro... Foi à primeira coisa que senti quando acordei. Estranho...

– Ou não. - Eu disse sorrindo ao lembrar o quanto ela era viciada em café. Olhei em volta eu realmente contente por não encontrar minha Bella chorando ou desesperada.

– Bella você sabe quem eu sou? - Perguntei. Ela me olhou e sorriu.

– Claro! - Ela disse com toda entonação existente. Sorri feliz por saber que ela ainda sabia quem eu era. - Meu Outro médico. Afinal com tantas perguntas. - Ela disse baixo, como se fosse a coisa mais obvia. Meu mundo desabou saber que minha própria mulher havia se esquecido de mim e de tudo que passamos era uma das piores sessões existentes. Suspirei e me sentei na poltrona ao lado da cama.

– Não Bella; na verdade eu sou... O seu marido.