Born to Die escrita por AnaTheresaC


Capítulo 20
Capítulo 19 - De Frente para o Mar: Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Hey sweeties!
Desculpem, era para ter postado ontem, mas confundi os dias. XD
A fic recebeu uma recomendação!!! Muito obrigada, Yona! Este capítulo é completamente dedicado a ti!
Look Liliana: http://asminhasfanfics.blogspot.co.uk/2015/02/born-to-die-fanfic-liliana-capitulo-19.html



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Capítulo 19 – De Frente para o Mar: Parte 1

Liliana olhou-se mais uma vez para o espelho. A sua beleza parecia que se tinha tornado sobrenatural. Na verdade, Rebekah tinha-lhe oferecido a saia na sua última saída de compras e nunca viu uma oportunidade melhor para a estrear.

Estava nervosa. Claro que estava, como é que não podia estar? Ela iria sair com Kol, algo que ela sabia que estava errado mas parecia tão certo. Nunca teve um sentimento de ambiguidade como naquele momento. Respirou fundo. Expulsou o ar dos seus pulmões calmamente e encaminhou-se para a porta. As suas mãos tremiam ligeiramente. Como é que elas podiam estar a tremer se ela era uma vampira? Tantas coisas que ela ainda não sabia… e ele já as sabia há centenas de anos.

Abriu a porta e desceu as escadas. Agarrou-se ao corrimão da escadaria com uma força desnecessária, á procura de suporte. Rebekah estava na sala de estar a ler uma revista. E Kol estava a olhar para o pôr-do-sol através da janela panorâmica. Virou-se e encarou-a. Os seus olhos não pararam de a medir, olhando cada pedacinho da sua pele exposta, observando como cada peça de roupa de adequava ao seu corpo. Ela estava extremamente chique e jovial. Não era aquela menina que tinha conhecido, assustada e confusa, como no primeiro dia. Não, ela tinha evoluído.

Rebekah sorriu, olhando tanto para o seu irmão como para a jovem vampira. Decidiu não tecer comentário algum e baixou os olhos para a sua revista de novo.

–Onde é que vamos? – indagou Liliana, numa voz muito mais baixa do que pretendia. Os seus olhos azuis também mediam Kol, que estava com uma camisa branca, mas sem casaco. As suas calças não eram jeans. E ele não estava com ténis, mas sim sapatos bem engraxados.

–Jantar perto do mar – foi tudo o que ele disse e aproximou-se da jovem, mas antes que pudesse aproximar-se demasiado, Rebekah apareceu à sua frente. – O que foi, Bekah?

–Se não vais levar gravata, tens que desapertar estes… - Bekah desapertou os dois primeiros botões da camisa do irmão. – botões. Perfeito. E o teu casaco está…

–No bengaleiro. Eu sei, fui eu que o coloquei lá.

–Ótimo. Bom jantar para os dois – voltou a sentar-se no sofá e a pegar na sua revista.

–Liliana – afirmou ele, esticando-lhe a mão. A jovem aceitou-a sem dizer uma palavra. Kol encaminhou-se para o bengaleiro, ainda de mão dada, e com a mão livre pegou no seu casaco. Depois, dirigiu-se para a garagem, onde abriu a porta do carro a Liliana.

Quando começou a conduzir pela estrada no crepúsculo, a jovem não resistiu em perguntar:

–É muito longe daqui?

–Não – Kol sorriu. – Apenas longe o suficiente.

Liliana acenou, deixando o silêncio voltar a permanecer entre os dois. Kol estacionou o carro e saiu do carro para lhe abrir a porta. O sorriso que brotou dos seus lábios foi tímido e expectante. Ela queria ser surpreendida, e de alguma forma já estava: o crepúsculo brilhava no céu de final de inverno batendo com o mar no horizonte. O mar estava cinzento e escuro por causa da luz, mas Liliana lembrava-se que ele podia ser azul e transparente quando queria e quando a luminosidade deixava. O restaurante ficava num forte que tinha sido remodelado.

–Eu lembro-me deste lugar – recordou-se ela. – Foi onde eu fiz a minha festa dos dezasseis anos.

Kol sorriu, mas por dentro enrijeceu. Se ela se quisesse recordar de mais algum pormenor, era provável que voltasse a recordar-se de Carlos. Mas ela não podia recordar-se do seu antigo amor, senão encontraria uma barreira na sua cabeça e a noite entre os dois estaria estragada.

–Considero que as novas memórias são igualmente importantes.

Liliana sorriu, enquanto entravam no restaurante. Um empregado veio recebê-los prontamente com um sorriso no rosto.

–Boa noite. Bem-vindos ao Forte. Têm reserva marcada?

–Sim – disse Kol. – Está no nome de Rebeca Miguens.

–Muito bem – o homem olhou para uma folha de papel que se encontrava no púlpito à entrada. – Sim. Por favor, acompanhem-me.

Os dois vampiros seguiram o anfitrião e Liliana reparou que aquela era uma das melhores mesas, e também das mais cobiçadas do restaurante. Kol puxou a cadeira para Liliana se sentar. Embaraçada, Liliana sentou-se enquanto a cadeira era empurrada contra a parte de trás dos seus joelhos. Depois de Kol se sentar e o anfitrião lhes entregar as ementas, Liliana puxou a cadeira para mais perto da mesa e ajeitou-se melhor no seu assento.

–O que vamos comer? – perguntou Kol.

–Hum… eu gosto bastante de camarões. A açorda de marisco é maravilhosa. O chef é muito bom.

–Certo. E para entrada… amêijoas à bulhão pato.

–E para beber…

–Eu também escolho o que vamos beber – Kol piscou um olho. – Sei o que é o melhor para hoje.

Liliana fechou a ementa e pousou-a na mesa.

–Está bem. Confio em ti.

–Não tens opção – Kol sorriu, pousando a sua ementa em cima da dela. – Como foram as compras com a Rebekah?

–Ótimas. Foram umas compras bem rápidas, só parámos em três lojas, depois de ela parar na livraria para comprar aquele livro que ela tanto queria.

–E que livro comprou ela?

–Uma biografia de Steve Jobs.

–E tu compraste alguma coisa?

–Sim. Uma moldura.

Kol enrugou a testa, surpreendido.

–Porquê?

–Porque… - Liliana cortou a sua frase quando o anfitrião parou na mesa deles.

–Já decidiram?

–Sim – respondeu Kol, entregando-lhe as duas ementas. – Como entrada queremos amêijoas à bulhão pato – o homem ia anotando os seus pedidos num bloco de notas pequeno. – E depois gostaríamos uma açorda de marisco para a jovem, e eu gostaria de uma dose de gambas à alhinho.

–E já decidiram o que vão beber?

–Chardonnay não madeirizado da colheita de 2011.

–Com certeza. Trarei já o seu vinho – o homem afastou-se da mesa e um pequeno silêncio imperou entre os dois.

–Estavas a dizer… - incentivou Kol.

–Sim… a moldura é para uma foto.

–Céus, Liliana, será que terei que tirar de ti todas as respostas através de todas as perguntas a que elas têm direito? – a afirmação até poderia ter soado má se Kol não a tivesse cantarolado com um olhar divertido.

Liliana sorriu, olhando para o prato branco e vazio que jazia à sua frente.

–Eu quero uma foto muito específica: eu e a Teresa no verão passado. Tenho saudades dela.

–Oh. Claro. E como é que vais arranjar a foto?

–Eu estava a pensar em sacá-la do meu computador quando os meus pais não estiverem em casa.

Kol permaneceu em silêncio, vendo a esperança desvanecer-se dos olhos azuis que o encaravam e interpretavam o seu silêncio como algo não tão bom.

–Liliana… Nós não podemos entrar em casa de humanos a não ser que sejamos convidados.

–Oh… Oh. Então… eu não posso ter as minhas recordações com a minha amiga numa simples moldura?

–Lamento, mas não – Kol sorriu levemente, estendendo o braço sobre a mesa para pegar gentilmente na sua mão. – Desculpa.

–Está… tudo bem – Liliana engoliu em seco, recolhendo envergonhadamente a sua mão.

–O vosso vinho – o anfitrião voltou a aproximar-se dos dois, servindo o vinho branco nos copos elegantes e finos do restaurante. – Trarei já a vossa entrada.

–Obrigado – murmurou Kol, ainda fixando a jovem vampira. – É natural teres saudades da Teresa. Eu também tenho, admito-o. Mas a situação em que estamos agora é extremamente complicada e se ela voltasse seria um desastre total, ela podia morrer. Nenhum de nós quer isso.

–Eu sei. Não é isso.

–Então o que é?

–Sou tão tola: esqueci-me completamente de quem eu sou.

Kol sorriu, recolhendo finalmente o seu braço.

–Acontece sempre. Por vezes também me esqueço de quem eu sou.

–A sério?

–Claro que não – Kol riu. – Eu sei o que sou e não tenho que me envergonhar disso. E tu também não. Com o tempo, aprenderás as vantagens dos nossos poderes e em breve será uma parte de ti da qual nunca de esqueces mas também saberás controlar e será tão normal como quando eras humanas e pensavas “eu sou uma pessoa.”

©AnaTheresaC


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Próximo domingo há mais!
Gostaram o gif? Gostariam de ver mais gifs na fanfic? (Foi uma ideia que a Ophelia me deu)
XOXO



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