9º Desafio Sherlolly - Febre escrita por sayuri1468
Molly, preciso de você!
SH
- Molly! Que surpresa! – exclamou a Sra. Hudson ao abrir a porta da 221B.
- Sherlock me mandou um sms, – explicou a garota – ele está ai?!
Sra. Hudson riu.
- No estado em que ele está, não me admira que ele tenha chamado você! Lá em cima querida!
Sra. Hudson indicou o caminho que Molly já conhecia bem. Ela subiu as escadarias e adentrou o apartamento. Na sala não havia ninguém.
- Aqui! – ela ouviu a voz de Sherlock vinda de seu quarto. Molly seguiu a voz.
Sherlock estava deitado na cama, enrolado no lençol. Seu rosto estava vermelho e suado. O nariz estava ainda mais avermelhado que o restante do rosto. Molly colocou sua mão na testa de Sherlock.
- Nossa! – exclamou ao perceber quão quente Sherlock estava. Ela se abaixou do lado do detetive e acariciou seus cabelos e disse com bondade. – Como você conseguiu ficar nesse estado?!
Sherlock apenas sorriu. Seus olhos estavam fechados.
- Vou cuidar disso! – disse Molly indo até a cozinha e preparando uma compressa com água gelada, chá de limão com mel e deixando uma sopa cozinhando.
- Agora – começou adentrando novamente o quarto e colocando o pano molhado na testa de Sherlock – eu não acho que seja mais do que uma febre, Sherlock! Por isso não se preocupe, você vai ficar bom logo, logo!
Sherlock tremeu ao sentir o pano gelado em sua testa. Era refrescante e parecia que ele podia enfim respirar. Molly fez com que Sherlock se sentasse e tomasse o chá junto com o remédio. Foi somente quando Sherlock se sentou na cama que Molly pode notar:
- Você está sem roupa?! – perguntou incrédula.
- Não gosto de dormir vestido! – respondeu entre um gole e outro.
Molly ficou vermelha, tão vermelha quanto Sherlock estava. Sherlock notou, mas fingiu não ter percebido nada e logo após terminar o remédio e o chá, deitou-se novamente. Molly foi até a cozinha para deixar a xícara na pia e ver como estava a sopa, mas logo ouviu a voz de Sherlock solicitando a sua presença.
- Sim?! – perguntou a menina assim que chegara ao quarto.
Sherlock segurou a mão dela e a puxou de leve.
- Fique aqui comigo! – disse ele com a cabeça escondida no lençol.
Molly sorriu. Como Sherlock ficava carente quando estava doente! Mas não teve escolha, ela se aninhou ao lado dele na cama e o envolveu em um abraço. Sherlock estava muito entregue a ela, e Molly adorou isso. Ela acariciou seus cabelos até perceber que Sherlock havia dormido finalmente. Sorriu e beijou-lhe a testa. Precisava ver a sopa que havia deixado cozinhando, por isso, levantou-se com cuidado e foi até a cozinha.
A sopa estava pronta, então ela desligou o fogo e colocou a tampa na panela. Não iria acordar Sherlock agora, ele precisava dormir. Comeria assim que acordasse.
Molly foi até o sofá e ligou baixinho a televisão. Um sms chegara.
Disse pra você ficar comigo!
SH
Molly riu.
Você estava dormindo, não queria correr o risco de te acordar
MH
Vem pra cá!
SH
Molly ria da situação. Apenas a um cômodo de distancia e ele enviava sms’s pra ela. Ela chegou ao quarto e novamente ele pegou a mão dela e a puxou de leve, em direção a cama. Molly deitou-se e ele mesmo se aninhou nos braços dela dessa vez.
- Faz o cafuné que você estava fazendo naquela hora! – pediu o detetive com a voz abafada.
Molly sorriu. Como ele era bobo apesar de ser um gênio da dedução. Ela passou a mão suavemente pelos cabelos dele, brincando com os cachos negros. Enrolando eles nos dedos e depois soltando, enrolando e soltando, enrolando e soltando. Aquilo a estava deixando hipnotizada, e ela nem notou quando sua mão desceu para a nuca de Sherlock e a acariciou. Sherlock tremeu e Molly despertou de sua hipnose.
- Você piorou?! – perguntou preocupada.
- Não! – respondeu ele – Continue!
Molly então voltou-se ao cafuné. Sherlock se aninhou ainda mais em seus braços. “Parece um gato”, pensou a menina enquanto acariciava-o. Como estava gostoso ficar deitada na cama com ele, abraçados e trocando caricias.
Molly, por instinto, deu um beijo na cabeça de Sherlock e se surpreendeu quando ele beijou-lhe o colo em reciprocidade. Depois do colo, Sherlock subiu seu beijo para o pescoço de Molly e logo em seguida para as bochechas e depois, finalmente, para os lábios da menina. Molly estava em choque, mas não em choque o suficiente para não retribuir o beijo. Se separaram, e Sherlock aninhou-se novamente no colo de Molly.
Molly estava confusa: “O que acabou de acontecer aqui?” – perguntou-se. Sherlock sempre fica carente assim quando esta doente, mas nunca a havia beijado e principalmente, nunca a havia beijado como se fosse a coisa mais normal do mundo. O coração de Molly estava disparado.
- Por que parou?! – a voz de Sherlock protestou pela falta do cafuné.
Molly voltou-se a acaricia-lo e um estranho sentimento foi tomando conta dela. Era como se só fazer cafuné não fosse o suficiente. Ela precisava abraça-lo, precisava beija-lo, precisava fazer parte dele. Sua consciência não a deixou fazer nada disso, ela apenas permitiu que ela o abraçasse mais forte, deixando-a transmitir o que sentia.
Sherlock, como se tivesse recebido a energia de Molly, levantou e beijou-lhe novamente. Um beijo singelo e cheio de ternura. Sherlock desceu para o pescoço de Molly e a garota lhe acariciava as costas nuas. As mãos dos dois se tornavam mais ousadas e cada vez que eles achavam que seria suficiente, o corpo pedia por mais. Sherlock novamente subiu e beijou Molly, agora com mais paixão e desejo. Molly retribuiu. As mãos de Molly voltaram para o cabelo de Sherlock, foi quando ela pode perceber a temperatura dele. Ela cessou o beijo.
- Sherlock, não! Você está fervendo! – disse preocupada.
Sherlock não respondeu, desfaleceu nos braços dela. Molly correu até a cozinha e preparou outra compressa. Dessa vez, ficou fazendo o cafuné sentada ao lado da cama. Sherlock precisava respirar e precisava de espaço.
Foi lá pelas oito horas da noite que Sherlock acordou Molly. A garota havia dormido ao pé da cama do detetive, por acidente.
- Vamos, suba aqui! Se dormir desse jeito, vai ficar com dores depois! – pediu o detetive.
Molly obedeceu, meio cambaleando.
- E sua febre?! – perguntou colocando a mão na testa dele. A temperatura estava normal.
- Estou ótimo, Molly!
Ele puxou Molly para perto dele, e dessa vez, foi a vez dele de fazê-la se aninhar em seus braços e fazer cafuné nela.
- Mas você – continuou o detetive- acho que te passei minha febre, não?!
Molly sorriu, mas não disse nada. Estava de olhos fechados. Sherlock riu, sim, ela estava febril.
- Minha Molly! – sussurrou ao ouvido dela – agora quem vai cuidar de você sou eu!
Havia tanta ternura na voz de Sherlock, que Molly quase não o reconheceu. Ele beijou-lhe a testa e colocou a compressa que antes ela havia posto nele, na testa dela.
- E depois – começou Sherlock enquanto ajeitava o cabelo de Molly – Depois podemos tentar continuar o que interrompemos!
Molly riu e concordou. Sherlock lhe beijou mais uma vez e a puxou para si. Era hora dela dormir e descansar. Ele cuidaria dela agora.
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