Yu-Gi-Oh: Duelo Virtual escrita por Luna Sapphire Calhoun


Capítulo 1
1: Uma Manhã Vazia




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Capítulo 1: Uma Manhã Vazia

Clarion abriu um olho lentamente e virou a cabeça pra focar o relógio em sua mesa de cabeceira. Dez horas da manhã. Ela tinha dormido tanto! Abriu os dois olhos e olhou para o calendário. Domingo. Oh, então era por isso que estava tudo tão silencioso.

Ela parou um pouco para ouvir. Silencioso de mais para um domingo de manhã. Se bem que, seu irmão não era bagunceiro, e muitas vezes seus pais estavam tão cansados que levantar cedo não era uma opção. Ela sabia, porque tinha dias como aquele também. Ontem tinha sido um deles. Mas e quanto à Cristal e Erick?

O corpo ainda dolorido ela escorregou para fora da cama e se arrastou para a cozinha, onde esperava encontrar seu pai preparando o café-da-manhã, ou até mesmo seu irmão gêmeo, mas estava tudo deserto e silencioso.

A preocupação começando a despertá-la, a menina correu para o quarto de seus pais, apenas para encontrar o lugar vazio, nem mesmo arrumado, o que era estranho.

Ela verificou em baixo da cama e encontrou a arma da mãe. Sentindo-se mais segura ela verificou o quarto dos irmãos, que também estava vazios mas com uma diferença, estava arrumados.

Ela viu isso como um sinal para ir ao pequeno laboratório/oficina onde os gêmeos tinham morado antes da adoção e que agora compartilhavam para atividades. No caminho ela notou como Niceland estava estranhamente vazia e silenciosa.

James estava no laboratório, como ela esperava. A menina entrou sem nem mesmo avisar, embora soubesse que não deveria, e foi logo perguntando.

"Jay, sabe onde está todo mundo?"

"Como assim, todo mundo?" Ele perguntou, sem nem mesmo tirar os olhos da máquina em que estava trabalhando.

"Viu alguém desde que acordou?"

"Tipo..."

"Sei lá. Papai, mamãe, Ralph, Gene, Q*Bert... Alguém" ela respondeu.

Dessa vez James largou o que estava fazendo e pensou um pouco.

"Agora que você perguntou, na verdade não. Mas acordei bem cedo, é Domingo e talvez estivessem todos dormindo."

"Talvez. Mas da mesma maneira não vi ninguém enquanto vinha pra cá, e nossos pais não estão em casa."

"O que quer dizer? Que todos desapareceram e largaram a gente aqui?" Finalmente James girou a cadeira para encarar a irmã.

"Sei lá. Estava pensando que poderíamos tentar dar um pulinho lá no Tapper's. Se tem um lugar pra gente descobrir alguma coisa, esse lugar é lá."

"Tudo bem, mas garanto, não deve ser nada." Ele respondeu, se levantando. "Vamos depois do café."

"E quanto a Cristal e Erick?" A menina perguntou.

"Lá em cima. Não sei por que, mas tive a impressão que deveria traze-los comigo."

Os dois pegaram as crianças e voltaram para casa. No caminho a menina resolveu passar na casa de Ralph. Como ela imaginava, encontraram Tory sozinho na casa.

Clarion preparou um rápido café-da-manhã para eles ao chegarem em casa, por sorte ela estava acostumada a cuidar dos irmãos. Quando terminaram de comer e a menina estava lavando a louça, ouviram alguém mexendo na porta e uma figura encapuzada entrou na casa.

As crianças permaneceram escondidas, apenas observando enquanto a figura fazia seu tour pela casa, aqui e ali observado alguma coisa, mas não pareceu ter encontrado o que estava procurando, até que Clarion resolveu deixar o esconderijo e se aproximar, a arma carregada em mãos.

"Quem é você e o que quer aqui?" Ela perguntou, firme.

"Ora, ora, a garota que eu queria ver!" Uma voz feminina respondeu. "Onde está seu irmão?"

"Aqui!" James se colocou atrás da irmã, acompanhado de Cristal e Tory.

"Justamente quem eu queria ver! É um prazer conhecer dois jovens tão especiais como vocês! E vejo que quase todos os pequenos estão aqui também, é muita sorte minha!"

Quase todos?Clarion perguntou-se confusa, então lembrou, Nick.

"Eu vou repetir, quem é você?" A menina insistiu.

"Oh, meu nome não é da conta de vocês por enquanto, pirralhos. Vim aqui a mando de meu mestre para estender a vocês um convite para se juntarem a nós." Ela entregou a cada um dos gêmeos um baralho de cartas. "Um pequeno presentinho, para sua consideração."

"O que é isso?" James estudou o baralho com certa curiosidade.

"Tenho algo especial para vocês, se aceitarem minha oferta, é claro." Ela mostrou um grupo de seis cartas, viradas de costas para os dois. "O convite se estende aos pequenos também. Estamos mesmo precisando de sangue novo na corporação."

"Não queremos nada com você ou quem quer que seja." Clarion respondeu, estendendo-lhe o baralho de volta.

"Fiquem com eles." A mulher recusou-se a pegar o baralho da mão da menina. "Vão precisar se quiserem sobreviver no nosso mundo. Vai ser o único lugar que vai lhes restar pela manhã. Só não vão ter o luxo de alguém pra tomar conta dos pirralhos quando vocês, pirralhos mais velhos, não puderem."

Ela começou a caminhar em direção à porta, mas Clarion a parou, a arma apontada para o peito dela.

"Garotinha corajosa." Ela zombou. "Mas acho que isso seria mais útil usado de outra forma."

Ela tirou uma mão enluvada de dentro das vestes e tocou a arma da menina, que brilhou e de repente ela se viu segurando outra daquelas cartas de baralho. A carta era verde e tinha uma réplica exata da arma como desenho.

"Presentinho pra você. Vai precisar de um pouco de ajuda e muita sorte se quiser tornar a ver seus amiguinhos. E se quiserem sobreviver. Vamos nos encontrar novamente, pirralhos, as garanto que nosso próximo encontro não será tão amigável."

E com isso ela deixou a casa. Clarion atirou-se no sofá e pegou Erick no colo.

"O que ela quis dizer com: é a única coisa que vai lhes restar pela manhã?" James perguntou confuso.

"Não sei. Mas acho que o que aconteceu aqui, deve ter acontecido no resto do Arcade também."

"Então porque..."

"Ainda estamos aqui? Acredito que porque o que quer que tenha acontecido, atingiu os códigos dentro de cada jogo, como os nossos não estão plugados em lugar nenhum, não fomos pegos."

"Mas o que acha que aconteceu?" James sentou-se ao lado da irmã, com Cristal no colo e Tory sentado ao seu lado.

"Tenho uma teoria."

"Ruim?"

"Muito ruim." Ela murmurou, estudando atentamente a carta em suas mãos.

James entendeu a linha de pensamento da irmã, chocado.

"Realmente acha que..." Ele não pode completar a frase.

"Ela estava aqui por algum outro motivo, não só por nós."

"Mas se for verdade, o que vamos fazer? Não temos pistas nem nada, apenas dois baralhos inúteis. A final, o que será que eles são?"

"Parte do novo jogo que chegou na sexta. As crianças jogam com baralhos como este, reais ou virtuais, mas não sei mais do que isso. Sugar Rush não é o melhor lugar para observar o Arcade e faz tempo que eu não saio." Ela suspirou profundamente. "Não sei Jay, tenho a impressão que, se não reagirmos, vamos ser obrigados a fugir novamente, dessa vez por nossa conta e com quatro crianças pra cuidar." Clarion suspirou novamente, pondo a carta no baralho e colocando-o no bolso.

"O que aconteceu?" Perguntou Cristal, não estava gostando do tom de voz da irmã.

"Onde estão nossos pais?" Perguntou Tory.

"Não sei, meus amores." A ruiva forçou um sorriso fraco para os dois pequenos e abraçou Erick, que ainda era pequeno de mais para entender que a situação não estava nada bem para eles.

"Temos que fazer alguma coisa!" James determinou. "Mas o que?"

"No momento só conheço uma pessoa que pode nos ajudar. Mas vamos ter que sair do Arcade."

"Você manda, chefia!" Ele brincou enquanto a seguia para fora da casa.

"Vamos buscar Nick e encontrar alguém pra tomar conta dos quatro enquanto resolvemos tudo isso."

"Não podemos ir com vocês?" Cristal perguntou.

"Dessa vez não, querida. Mas vamos voltar logo, eu prometo!"


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