We’ve got tonight –

“I know it’s late. I know you’re weary. I know your plans don’t include me! Still here we are, both of us lonely... Looking for shelter for more than we see. Why should we worry? No one will care, girl... Look at the stars now, so far away. We’ve got tonight, who needs tomorrow? We’ve got tonight babe! Why don’t you stay?”

Enfim as férias chegaram e eu já não aguentava mais de saudade dos meus amigos e principalmente de Harry Potter! Desde aquela noite em que eu descobri que estava apaixonada por Harry, não consegui parar de pensar nele. Sonhava com ele e quando não estava dormindo, estava me lembrando de coisas que ele disse, fez, ou escreveu nas cartas semanais que me mandava. Sentia tanta falta dele. Minerva me incentivava a contar para Harry, tendo seu incentivo reforçado depois que lhe contei o que vi na Penseira.

– Ele sente o mesmo, Hermione! Sei que sente! Não desperdice sua chance como eu fiz, querida! Harry a ama e vocês são jovens. Sejam felizes enquanto ainda podem.

As palavras de Minerva martelavam minha cabeça dia após dia e quando voltei para Londres no Expresso e cheguei à estação de King Cross, Harry estava lá, me esperando, com as mãos no bolso da calça jeans, nos lábios um lindo sorriso, os cabelos bagunçados como sempre. Por um momento, eu me esqueci como andava. Então ele veio e me puxou para um abraço apertado. O abraço Harry! O melhor abraço do mundo. Eu retribui apertando-o e retirando os pés do chão. Ele riu e me rodou, me colocando no chão em seguida.

– Você tem que parar de ser tão trabalhadora, Hermione! – ele disse quando chegamos ao Largo Grimmauld e ele depositava minhas malas no chão.

– Porque diz isso, Harry? – perguntei me sentando no sofá, depois de ter retirado meu casaco e pendurado o mesmo no cabideiro.

– Bom, você só apareceu para nos ver durante o ano letivo, quando o filho de Gina nasceu. Nenhum outro dia – ele disse, enquanto se sentava no mesmo sofá que eu e puxava minhas pernas para seu colo.

– Ah Harry! Não sabe como aquelas crianças me enlouquecem! Sou a Chefe da Grifinória e pode não acreditar, mas as crianças estão terríveis hoje em dia. Não só os Sonserinos! – suspirei – E eu também queria que sentisse minha falta – fiz um biquinho e ele deu risada.

– Missão cumprida! – ele piscou e demos risada juntos.

Ficamos em silêncio por um tempo e então as palavras de Mcgonagall ecoaram em minha cabeça: “Ele sente o mesmo, Hermione! Sejam felizes enquanto ainda podem.”.

– Quer ir A Toca hoje a noite? – ele perguntou depois de um tempo, quebrando o silencio.

– Não... Hoje não – mordi meu lábio inferior diversas vezes, nervosa.

– Mi, o que houve?

– Que? – olhei para ele com os olhos arregalados.

– Você está mordiscando o lábio. O que houve?

– Eu ãhn... – desviei o olhar.

– Não acredito! – ele arregalou os olhos e eu me assustei.

– Não acredita em que? – será que ele...

– Você está namorando! – ele apontou um dedo pra mim e eu fiquei muda. O QUE? – Admita! Quem é ele?

– Que? Harry eu, eu não estou namorando! Está doido? – balancei a cabeça.

– Ah, achei que fosse... então porque está escondendo de mim?

– Eu... Harry, precisamos conversar. Mas prefiro que seja em um lugar mais privado.

– Certo... vamos para o meu quarto.

Nos levantamos e subimos para o quarto de Harry. Eu não queria que Monstro ouvisse nossa conversa, e ele só subia para o segundo andar quando não tinha ninguém em casa.

– Pronto – Harry disse, sentando ao meu lado na cama macia, depois de ter trancado a porta. – O que houve?

– Bom eu... – suspirei. Era agora! Eu contaria e esperaria que ele sentisse o mesmo por mim. Por favor, Merlin! Que seja recíproco! – Sabe quando voltei do Brasil e vim para sua casa? – ele assentiu – Então... você foi comprar os ingredientes para a janta e eu subi para tirar um cochilo na sua cama, porém entrei no quarto errado. Acabei entrando no seu escritório e... E vi o que estava na Penseira – fechei os olhos depois de dizer isso e senti que ele prendeu a respiração.

– Vo-você viu?

– Sim. Parecia um compilado com todas as suas melhores lembranças sobre mim, ou dos nossos momentos juntos – mordisquei meu lábio inferior e comecei a torcer as mãos no meu colo. – Fiquei emocionada quando vi. Então vi os porta-retratos na sua escrivaninha, e fiquei impressionada por você ter tido o trabalho de recortar a foto do jornal de anos atrás para transformar em um porta-retratos. Então fiquei pensando muito naquilo e na minha cabeça, bom... na minha cabeça, eu pensei: Bom, então é isso. Eu sou a garota por quem Harry Potter está apaixonado. Fiquei assustada com essa possibilidade, admito, e acabei enterrando-a, apesar de estar sempre lembrando do que vi na Penseira, e sempre pensando no que eu aparentemente tinha acabado de descobrir – silêncio. – Harry?

– Sim? – ele perguntou baixinho.

– É verdade? Quer dizer... eu entendi certo?

– Mi, olha... desculpa! Eu não sabia, juro! – ele segurou minhas mãos e me fez olhá-lo fixamente enquanto falava – Quando você foi para o Brasil com a promessa de voltar em dois anos, meu coração se apertou afinal, você é minha melhor amiga e eu sempre conversei mais com você do que com o Rony sobre qualquer assunto exceto Quadribol – eu dei uma risadinha e ele sorriu. – E então o tempo foi passando e você longe e meu coração doendo sempre mais e mais... eu não sabia o que era! Então fiz aquela compilação e soltei na Penseira. Toda noite, antes de dormir, eu olhava aquelas lembranças e meu coração se alegrava. Foi então que entendi. Meu coração sentia sua falta porque estava apaixonado por você. Mas eu jamais teria te contado, se você não tivesse descoberto. Juro que não!

– Oh, Harry... – dei um sorriso de canto e ele abaixou a cabeça – Tenho mais uma coisa para te contar.

– O que? – ele me olhou novamente.

– Lá em Hogwarts, eu encontrei o espelho de Ojesed – ele arregalou os olhos.

– Dumbledore me disse que ia levá-lo embora.

– Aparentemente ele não levou. Ou levou e agora o espelho está de volta... não cheguei a perguntar isso para McGonagall... mas isso não vem ao caso – mordi o lábio e respirei fundo. – O que vem ao caso é que, eu olhei para o espelho e vi... – meus olhos se encontraram com os dele e eu pude sentir minhas bochechas ficando vermelhas – Vi nós dois. Estávamos casados e com dois filhos lindos – abaixei a cabeça.

– Isso é sério? – ele perguntou depois de erguer meu rosto com um dedo embaixo do meu queixo. Eu apenas assenti. – Isso é maravilhoso! – ele riu e acariciou meu rosto – Oh, Hermione! Não sabe o quanto te amo e quanto tentei esconder de você. Estou sempre te abraçando só pra poder sentir como seria te ter em meus braços se fosse minha.

Eu sorri enquanto sentia sua caricia em meu rosto. Ele foi aproximando o rosto do meu e sem soltar meu rosto, encostou seus lábios nos meus. Senti um choque percorrer meu corpo todo naquele momento e então eu soube... soube que Harry Potter era o homem da minha vida. Seus lábios pressionaram os meus e aos poucos, sua língua foi abrindo passagem e o beijo se tornou mais real e forte. Suas mãos desceram para minha cintura e as minhas foram parar em sua nuca. Nossas línguas dançavam a mesma coreografia e nossos corpos se colavam cada vez mais. Antes que eu pudesse perceber, estávamos deitados em sua enorme e confortável cama, suas mãos acariciavam minha cintura por dentro da minha blusa que era erguida cada vez mais enquanto a dele já estava no chão. As pausas para respirar eram constantes e Harry ficava beijando meu pescoço nesse ínterim.

– Hermione Jean Granger, - Harry me olhou bem fundo nos olhos e sorriu – você aceita se casar comigo?

Arregalei os olhos. Casar? Harry me pediu em casamento? Não consigo acreditar nisso! Eu sorri e meus olhos se encheram de lágrimas.

– Sim, Harry! Eu quero! Quero muitíssimo! – ele sorriu e beijou meus lábios.

– Ótimo! Então acho que já posso te dar isso – ele disse, se sentando na cama e me mostrando uma caixinha preta delicada. Ao abri-la, vi a aliança mais linda que já tinha visto na vida. Era de ouro branco e na ponta, um belo diamante. – Eu a comprei quando descobri o que sentia por você. Mesmo tendo a certeza de que eu nunca te contaria, uma parte de mim tinha esperança de que eu conseguiria pedi-la! – ele disse enquanto colocava a aliança em minha mão esquerda. Ao ser colocada, a aliança deu uma leve apertada em meu dedo, e se encaixou perfeitamente. Olhei para Harry e ele sorria abertamente, em seu dedo anelar da mão esquerda, uma aliança de ouro branco simples brilhava, também encaixada perfeitamente. – Quando nos casarmos, acrescentaremos a dourada ao dedo.

– Eu te amo, Harry James Potter! – eu disse, colando minha testa a dele e acariciando seu rosto com a mão.

– Eu te amo, Hermione Jean Granger! – ele sorriu e fechou os olhos, assim como eu, voltando a me beijar e me deitar na cama.