Eu não sabia como conversar com Rhidian podia me ajudar a me sentir melhor. Ouvir as palavras sairem da minha boca, me ajudou a pensar melhor e agora eu sei o que eu vou fazer com a Dra. Rebecca Whitewood, algo que não me faça me sentir culpada e que orgulhasse minha mãe.

— E aí preparados? - Perguntou a Jana.

— Se eles não estiverem eu estou! - Respondeu Maddy animada.

Rhidian olhou para mim e disse:

— Vocês não acham melhor devolvermos as coisas de volta pra ela e...

— Não! - Disse. Ele parecia falar com todas nós, mas ele queria falar comigo e eu sabia disso. - Que tipo de ladrão devolve o que roubou? Se nós devolvermos todo mundo vai saber que não foram ladrões de verdade que nocautearam ela.

Todos concordaram.

Jana pegou um fósforo, raspou na lateral da caixa e levou o fósforo acesso até o monte de tralhas que achamos na sua bolsa misturados com papel, para pegar fogo mais rápido, e adiantou mesmo em menos de um minuto uma nuvem de fumaça já subia ao céu.

— E se alguém perguntar dessa fumaça toda? - Perguntou a Maddy.

— É só falarmos que estávamos acampando.- Respondi, me surpreendendo comigo mesma com a rapidez que pensei nisso.

***

— Então vocês a atacaram e bolaram um plano mirabolante para se inocentarem? - Penguntou Shan depois de Jana explicar mais de quatro vezes o que aconteceu.

— Sim. Resumindo é isso. - Respondeu Rhidian.

— Nota mental: nunca irritar, brigar ou contrariar vocês. - Falou Tom e depois deu um selinho na Jana, mas não adiantou muito pois ele levou um soco bem forte no braço. - Ai!

— Vocês formam um casal inspirador. - Falei rindo do Tom massageando o braço.

— Você esta rindo, porque não foi você que apanhou. - Ele respondeu, mas com medo mais da Jana do que de mim.

— Vocês não tem medo dela ainda se lembrar do que aconteceu? - Perguntou Shan, voltando ao assunto que eu menos gostava.

Respirei fundo. Rhidian soltou a Maddy, passou seu braço sobre meu ombro e me puxou para perto dele. Isso deixou minha cunhada morrendo de ciúmes, mas eu não liguei pois aquilo me ajudou bastante a me sentir melhor.

— Não. É ela que tem que ter medo da gente. - Respondi e todos concordaram com a cabeça.