The Amazing Spider-Man escrita por Leinad Ineger


Capítulo 4
Capitulo 4 - Setembro Negro




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– Isso é um "sim" ou um "não"?
Peter engasgou. Desde que conhecera Tina estava louco para convidá-la para sair. E ela o convidou primeiro! O que fazer? Topar no ato? De jeito nenhum! Tinha que dar uma de difícil!
– Bom, Tina... Olha, eu até quero, mas eu preciso dar uma olhada na minha agenda. Só pra ter certeza de que não vão precisar de mim no laboratório até mais tarde...
– Eu entendo - disse Tina com um sorriso, como se tivesse entendido a intenção de Peter de apenas fingir que era difícil. - Me liga, tá?
– Claro, Tina! Até mais!
Era muita sorte! Desde que conhecera a Dra. Christina McGee, uma semana atrás (*), Peter não pensava em outra coisa: ela era linda! E já tinha sido namorada de Wally West, o Flash. Talvez ela até...
"Melhor deixar o Aranha fora disso, pelo menos por enquanto. Vou sair com a Tina, me divertir um pouco e ponto final. Depois eu esquento a cabeça com isso."
Além do quê, precisava encontrar a Dra. Kafka no World Trade Center no dia seguinte. A palestra sobre criminosos insanos de sua velha amiga lhe era muito interessante, principalmente por causa da experiência dela com o Carnificina. Mas, já que iria para Manhattan de manhã, bem que podia comprar um presente para a Tina. Mas o que? Flores? "Muito óbvio". Bombons? "Mulher sempre encana com chocolate". Um perfume? "Sim, boa idéia! Um perfume! Vou para a palestra da Dra. Kafka e, quando acabar, compro um perfume para a Tina!"
Mais tarde, naquela noite:
– Tina? É o Peter...
– Olá! Como vai o atarefado senhor Parker?
– Não tão atarefado assim. Sobre amanhã... Bom, eu tenho que ir a uma palestra em Manhattan pela manhã, mas se você quiser jantar... Tem um lugar que eu quero te levar, uma cantina bem legal chamada "Pacicco’s".
– Claro, Peter! Que ótimo! Amanhã à noite, então!?
– Amanhã à noite.
E Peter Parker dormiu, sonhando com encontros românticos, promessas de fim de noite, um copo de vinho e um perfume de calêndulas.
Enquanto se balançava pela ponte do Brooklin em direção à Manhattan, o Aranha pensava em tudo que já tinha visto na vida. Em tudo que Nova York havia lhe dado, sem pedir nada em troca. E perguntou-se se já havia feito o bastante para agradecer àquela cidade. Chegou à Versey Street, de onde podia avistar as torres (se bem que, com um pouco de esforço, ele podia avistar as torres até do Queens!) e começou a pensar num lugar para trocar de roupa, quando seu sentido de Aranha disparou, fora de controle. A dor o fez perder o controle. Parou no alto de um prédio do World Finance Center, com as mãos na cabeça, lutando contra a vertigem, quando ouviu um som semelhante a um trovão. Suas pernas amoleceram. Diante de si, um avião se chocou contra a torre Norte do World Trade Center. Uma bola de fogo transformou, por alguns instantes, o orgulhoso edifício num archote. Mesmo a meio quilômetro dalí, o Homem-Aranha sentiu uma lufada de ar quente.
Algumas pequenas explosões trouxeram o Aracnídeo de volta a si. Foi rapidamente em direção à torre, quando viu uma mulher sendo arremessada por uma janela. Agarrou-a em pleno ar:
– Homem-Aranha!
– Relaxa, moça! Tá tudo bem, eu vou te tirar daqui! Você está segura agora!
Forçou um sorriso para fazer a moça acreditar naquilo, mas ele sabia que não estava tão bem assim. Como era possível que um avião se chocasse contra o WTC se aquele espaço aéreo nem era rota de aviões? Mas isso ficava para depois. Tinha que tentar ajudar primeiro. Finalmente deixou-a no chão e voltou-se para o prédio em chamas. A moça ainda tentou agradecer, mas ele não estava mais ouvindo. Um guarda o barrava:
– Você não pode ir lá!
– Mas eu posso ajudar!
– É muito perigoso! Deixe isso para as equipes de resgate, eu já tenho problemas o suficiente em tentar controlar essa multidão assustada!
Ao redor, o asfalto havia derretido por causa dos destroços incandescentes do avião. Havia corpos na rua e o Aranha jurou ter visto, de relance, uma pessoa partida ao meio. Não ia olhar de novo para confirmar, não tinha coragem. Precisava parar a contagem de corpos de qualquer jeito. O policial continuou tentando orientar as pessoas a se afastarem com calma, quando, das sombras, alguém chamou:
– Psiu! Ei, Aranha!
– Quem!?
– Sou eu! O Demolidor!
O Aranha entrou na viela onde estava o Demolidor:
– Ainda tem muita gente lá em cima. Vamos subir pela Torre Sul e pular entre elas para resgatar os feridos!
– Espera aí... Torre Sul? Você quer dizer que a Torre Norte foi atingida?
– É o que parece, né? Não fique aí parado! Vamos subir!
O Demolidor captou o coração do Aranha disparando naquele instante. Ele não queria perguntar, mas tudo indicava que algo havia deixado o Aracnídeo muito perturbado. O Homem sem Medo jamais saberia que a Dra. Kafka, uma das melhores amigas do Homem-Aranha, estava esperando Peter Parker para uma palestra na Torre Norte...
Subiram em silêncio. Ao se aproximarem do ponto de impacto, o Aranha finalmente falou:
– Acha que há alguma chance?
– Espere.
O Demolidor se concentrou para tentar ouvir alguma coisa, mas o barulho da rua confundia sua audição:
– Não faço idéia, Aranha. Se quiser entrar lá, vá em frente. Eu vou ver o que posso fazer aqui fora, tem muita gente pendurada nas janelas.
– Beleza.
O Aranha pulou entre as torres, entrando no centro da devastação. Os escombros mal o deixavam prosseguir. Havia muito entulho, ferragens e focos de incêndio. O sentido de Aranha o alertava para não prosseguir mais.
Foi quando ele ouviu alguém tossindo e o barulho do aço se retorcendo. Tinha alguém vivo ali! Será que Kafka...
– Kitty... me ajude...
Não era a Dra. Kafka. Levantou uma placa do teto. Sob os destroços, estava a x-man Vampira. O Aranha a pegou no colo e começou a levá-la para fora. Seu sentido de Aranha dizia que a situação ainda ia piorar muito... O tilintar transformou-se num badalar de sinos e o Aranha achou que o prédio fosse desabar. Chegou perto da janela a tempo de ver outro jato se aproximando, até se chocar contra a outra torre. A explosão quase o derrubou, mas, mesmo carregando Vampira, conseguiu balançar em suas teias até o topo de um prédio próximo. Parou, deitou Vampira no chão e começou a olhar para a destruição. A cena era de um impacto surreal. Uma coluna de fumaça rasgava o céu de Nova York, eclipsando o sol.
– Coff... coff... Kurt?...
– Errou, Vampira. É o Aranha.
– Aranha? Onde estão... Noturno e Lince?...
– Eu só achei você lá dentro. E foi por pouco, o incêndio está piorando. Você está bem?
– Nada quebrado... eu acho. Eu tentei... coff!... deter o jato...
– Nós vamos precisar de toda essa coragem agora, Vampira.
Vampira levantou a cabeça e viu, com os olhos cheios de lágrimas, as cenas de destruição diante de si. Seu único comentário, com a voz embargada, foi: "Nunca acaba..."
O Demolidor continuava rodeando a torre, tentando resgatar as pessoas que estavam próximas às janelas, quando ouviu um zumbido muito incômodo. Era outro avião! E estava vindo na direção do World Trade Center! Que tipo de insanidade era essa? O Demolidor começou a manobrar, buscando chegar à outra torre, quando o jato atingiu a torre Sul bem atrás de si. O som da explosão era o equivalente a colocar a cabeça num bate-estacas, mas o Demolidor... O Demolidor tinha audição ampliada. Para ele, nada poderia descrever o que estava sentindo. Simplesmente agarrou-se a uma janela, rezando para sua cabeça não estourar. Foi quando percebeu um homem próximo daquela janela. Sua audição não estava boa, mas o cheiro não o enganava: era Vince Neil, preso por tentativa de assalto há dois anos. Graças a Matt Murdock, Vince tinha conseguido sair em condicional e arrumar um emprego. Mas a explosão do segundo jato havia aumentado a intensidade das chamas na primeira torre. O Demolidor esticou os braços e o puxou para fora. Sua audição começava a voltar ao normal. Não tinha mais ninguém lá dentro.
– Você é o Demolidor!
– Calma, cara, eu vou te tirar dessa.
– Mas minha amiga está lá dentro! Você tem que...
– Não tem mais ninguém vivo lá.
Pelo menos, tinha certeza disso. O calor das chamas ia começar a debilitar seu olfato e tato, a explosão já tinha atordoado sua audição e agora contava apenas com o radar para orientá-lo. Mas era o suficiente para saber. O Demolidor deixou Vince Neil numa sacada:
– Senhor Neil, eu quero que o senhor desça e vá para o Norte da cidade. Não fique perto daqui está entendendo? Não banque o herói! Eu lamento muito o que aconteceu com sua amiga, mas fale com Matt Murdock quando a poeira baixar. Ele vai ajudá-lo a encontrar um novo emprego.
– Murdock? Ele já me ajudou antes... quando eu saí da prisão...
– Eu sei, senhor Neil. Agora vá para longe daqui e tenha cuidado.
O Demolidor pulou pela janela, deixando um pensativo Vince Neil atrás de si: "Como ele sabia meu nome?" A destruição da segunda torre fora um golpe duro demais para o Homem sem Medo. Mas seu radar captara o Homem-Aranha carregando alguém para o alto de um prédio próximo. "Talvez seja quem o Aranha estava pensando." Foi para o alto do prédio e encontrou o Aracnídeo conversando com a x-man Vampira.
– Vampira. Aranha. E agora?
– Vamos ver quem podemos salvar. Mas eu preciso dar uns telefonemas primeiro.
– Telefonemas? De que jeito?
– Vou entrar em algum escritório que esteja com a janela aberta e usar o telefone.
– Fique à vontade. Vampira?
– Eu estou bem. Vamos na frente, Demolidor. O Aranha nos alcança.
E pularam para resgatar o maior número de pessoas que pudessem. Vampira voava, isso ajudava bastante. O Aranha desceu alguns andares pela parede do prédio onde estava, até achar a janela de um escritório aberta. As pessoas que trabalhavam ali já tinha saído, provavelmente com medo de que os ataques continuassem. Pegou um telefone e ligou para a tia May.
– Alô! Tia May? Peter!
– Peter, querido! Você está bem? Eu vi na TV um acidente no WTC!
– Calma, tia! Tá tudo bem, eu me atrasei. Mas acho que minha amiga, a Dra. Kafka, ficou lá dentro...
– Oh, meu Deus... Pobrezinha! Peter, não se preocupe em tirar fotos, volte para casa. O presidente falou na TV, ele disse que foram terroristas!
– Que horror, tia! Não se preocupe, eu vou ver se a Cruz Vermelha precisa de doadores de sangue. Volto assim que o trânsito estiver aberto.
– Está bem, Peter. Tenha muito cuidado e não se preocupe, viu!? Na TV estão dizendo que o Homem-Aranha e o Demolidor estão ajudando as pessoas! Esse desastre horrível parece ter trazido o que cada um tem de melhor à tona. Estou orgulhosa de você, Peter...
Mas ele não estava mais ouvindo. A ligação foi piorando até cair. Pelo jeito, estavam isolados na ilha sob ataques terroristas. O Aranha voltou para o telhado do prédio. Vampira estava voltando, carregando duas pessoas, que ela rapidamente encaminhou às escadas dos prédio. O Demolidor estava carregando outra, envolta em um lençol.
– Você precisa dar uma olhada nisso, Aranha.
O tom de voz do Demolidor era amargo. Parecia ter visto um fantasma. Vampira voltou para o WTC. O Demolidor o chamou para ver o corpo que carregava. Um corpo vestido com o uniforme do Homem-Aranha. Para o Aracnídeo, olhar para aquilo foi como deitar no próprio caixão. Precisou segurar a vontade de vomitar, caindo de joelhos no chão:
– Tire isso daqui!
– Aranha, a Vampira encontrou esse cara lá. Ela achou que fosse você, que você tivesse...
– Chega!
– Achei que você precisava saber. Eu chequei. Não tem queimaduras, apenas lesões. Mas são lesões características de espancamento. Esse homem foi surrado até a morte, Aranha! Você tem alguma idéia...
O Aranha agarrou o Demolidor pelo pescoço:
– Não, eu não tenho idéia nenhuma! Tudo que eu estou vendo é uma pilha de cadáveres e você veio trazer o MEU! Cuida da sua vida, Demolidor! Esse não é o primeiro e não vai ser o último!
Silêncio. O Aranha se acalmou, soltando o Demolidor.
– Desculpa.
– Não é o primeiro?
– Não. Eu descobri há uma semana. A polícia andou encobrindo. Acharam que eu tivesse morrido. Tem um investigador no caso, um tal Semeghini. Eu... acho que vou falar com ele.
– Tudo bem, Aranha. Você sabe que pode contar comigo quando quiser. Mas agora eu quero que você se concentre. Vampira já está lá. E nós precisamos da sua ajuda.
– Tudo bem, eu... Meu sentido de Aranha ficou esquisito!
– Eu estou ouvindo um estrondo...
Voltaram-se para as torres. A Torre Sul, a segunda a ser atingida, desabava.
Eles continuaram durante horas, sem conversar, sem parar. O Aranha, Demolidor e Vampira salvaram quase 20 pessoas da Torre Norte antes que ela também desabasse. Depois, foram para a rua tentar ajudar as equipes de resgate a localizar sobreviventes. Não tinham mais noção de quanto tempo estavam ali, tampouco faziam idéia do número de vítimas. No fim da tarde, os bombeiros isolaram outro prédio, que podia desabar a qualquer momento. Já não havia muito mais que pudessem fazer quando o Superboy e alguns Vingadores chegaram. Pelo fim da tarde, o prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani foi até o WTC dar apoio às equipes de resgate. Seu discurso, emocionado, os incitava a não desistirem. Aquela tragédia havia deixado uma grave ferida no coração de Manhattan - mas não uma ferida mortal. Resistiriam! O prefeito agradeceu o empenho dos heróis - em especial do Aranha e do Demolidor - que tinham sido vistos trabalhando juntos. As pessoas começaram a aplaudí-los ("Isso! Fora com os mutantes! Viva o Aranha! Viva o Demolidor!") Vampira se retirou. As palavras de ordem a incomodaram e ela ainda tinha que se juntar a Lince e Noturno. O Demolidor se despediu do Aranha, prometendo ajudá-lo no caso dos homens-aranha mortos. O Aracnídeo sentou-se no chão e ficou encarando aquela verdadeira zona de guerra no coração de sua cidade.
– Homem-Aranha?
Ele se virou. Era o prefeito Rudolph Giuliani.
– Homem-Aranha, eu quero agradecer. Seu esforço foi realmente heróico. Estou muito orgulhoso de ter pessoas como você em Nova York.
– Não foi o bastante...
– Não diga isso, filho. Foi tudo que você podia e mais um pouco. Ninguém pode exigir mais do que isso de você. Nem o Clarim...
Pela primeira vez desde manhã, o Aranha se permitiu rir.
– O que vai ser agora, prefeito? O que o presidente vai fazer?
– Não sei. O Pentágono também foi atacado. Parece que os Youngbloods morreram. A Liga da Justiça impediu que outros aviões fossem usados como armas. Uma tragédia muito, muito maior foi arquitetada aqui. Acho que haverá uma guerra.
– Não foi o suficiente? Será possível que essa devastação toda não foi o suficiente? Que diferença faz se as bombas caem aqui ou em Jerusalém? Sempre tem inocentes embaixo delas! Por que continuar com isso, por que levar essa dor a outras pessoas?
– Homem-Aranha, estar a frente de uma nação, ou de uma cidade, significa ser responsável por seu povo. E essa decisão cabe a apenas um homem. Tudo que podemos fazer é orar para que ele tome a decisão mais acertada. Pois, se ele está lá, é porque contou com nosso apoio. Vá descansar, Aranha. O povo dessa cidade é grato e eu sempre vou lembrar de seu esforço para salvar vidas. Você está de parabéns. As equipes de resgate estavam desorientadas no meio do caos. Você os inspirou a continuar lutando. Você é um herói, Aranha, e tenho certeza que você também lutaria até o fim pelo que acha certo.
– Peter, onde você esteve?
– Eu... fui doar sangue, tia.
Mentira. Não podia doar sangue. Mas o que ia dizer para ela? "Como meu sangue é radioativo, eu usei meus poderes de aranha para salvar vidas"? Não mesmo...
– Oh, você deve estar exausto! Está tão abatido... Essa tragédia mexeu com você, não é mesmo?
– Tanta gente sofrendo, tia. Eu fiz o que pude: colaborei com os bombeiros, procurei ajudar as pessoas. Mas eu não tive notícias da Dra. Kafka. É bem provável que... Bom...
Peter se calou. Não tinha palavras para descrever o que estava sentindo. Tinha vontade de chorar, vomitar, gritar... Tudo ao mesmo tempo. Talvez o Demolidor, Vampira ou os outros estivessem acostumados a lidar com esse tipo de tragédia. Mas o que ele poderia fazer diante do fim do mundo? Todos os heróis voltavam para casa com suas roupas coloridas para se gabar de seus feitos e apenas ele carregava o peso de enterrar os que amava.
– Tome, Peter. Eu fiz uma sopa.
– Obrigado, tia.
– Peter, querido... Eu sei que parece... injusto... que pessoas inocentes, pessoas boas, percam a vida numa tragédia como essa. Mas a vida segue um curso que está além da nossa compreensão. Então, quando nos pegamos nos perguntando "por quê", é o momento de fazermos uma reflexão, olhar um pouco para dentro de nós e avaliarmos nossos valores, o que realmente é importante. É a única resposta que temos quando nos perguntamos "por quê".
"Entenda o que aconteceu como uma lição, Peter. Uma lição dura, mais difícil que as outras, mas necessária para que isso não aconteça novamente. Para que lembremos o valor da solidariedade."
Peter abraçou sua tia e chorou. Chorou como quando seus pais morreram. Ou como quando seu tio Ben morreu. Ou Gwen. Ou a capitã DeWoolf. Ou...
– Eu estou orgulhosa de você, Peter. Porque, à sua maneira, você fez o que estava a seu alcance. Você tem um coração de ouro e tenho certeza que gostaria de ter feito mais. Mas deixe isso para a Liga ou o Quarteto. É o momento de ficarmos com quem amamos. E, por falar nisso, a Tina ligou...
– A Tina??? Eu esqueci da Tina, meu Deus!
– Tudo bem, Peter. Ela ligou depois que eu falei com você. Eu disse a ela que você estava bem.
Peter enxugou as lágrimas e respirou fundo. Sentia-se mais leve. Sua responsabilidade também dizia respeito às pessoas que estavam mais próximas.
– Obrigado, tia May.
– Você é um herói, Peter. À sua maneira, você é um herói. Mas não tente carregar o mundo nas costas. Essa tragédia estava muito além de nossa compreensão. Mas, como você pode ver, não acima de nossa capacidade de lutar.
Naquela noite, Peter ligou para Tina e passou horas conversando sobre o que havia acontecido. Aquilo o ajudou a lidar com a dor. Talvez sua cidade, seu país, até seu mundo jamais fossem os mesmos novamente. Mas não seria por desistência. Seria por perseverança.


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