Era tarde no oeste... escrita por Cahxx


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

A história a seguir contem linguagem propositalmente escrita de forma informal.

Não deixe de comentar qualquer coisa, nem que seja um "amém". Isso nos motiva a continuar com o trabalho.



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Era tarde no oeste...

As poucas pessoas que ali viviam na cidade já se retiravam pela região extremamente escassa de flora, restando somente os velhos cactos e o horizonte seco, onde apareceram na poeira dois matutos...

Os habitantes corriam; alguns desesperados de medo, outros extasiados de adrenalina esperando o duelo que havia sido marcado para exatamente às 18 horas.

A regiãozinha, também conhecida como Venda Velha, presenciava o duelo que iria marcar sua história e a mudaria drasticamente, podendo ser tanto para o bem, quanto para o mal ou muito mal.

O nome do cowboy e mais novo Xerife que o oeste já viu – que neste momento poderia ser nomeado de “o salvador da Venda Velha” – era conhecido como Zack, ou cara de bebê. Já do outro lado estava um grandalhão pesando cerca de 100 quilos e mais alguns pneuzinhos, o conhecido Bafo de Onça.

O apelido é mesmo sincero, pois o desgraçado tinha um bafo que quando abria a boca, o esgoto fazia careta.

Ele sorria enquanto dizia com seus poucos dentes:

- Enfim, finarmente nos encontrramos seu filho da cabra seca... Será que você tem tanto peito quanto seus fundungos que espáia por ai, dizendo que mata bandido só no canino do dente...?

Embora o mocinho fosse um pouco mais franzino que seu oponente, retrucou o comentário com a mesma bala:

- Não só matava no canino do dente como também comia todos seus apendicite... E LAMBIA OS BEIÇO!

- Enfim um cabra que vou ter gosto de matar!

Aquele finar... quer dizer, perdão leitores... Isso pega (risos). Aquele final de tarde nos revelaria quem seria o campeão, mas antes, acho que vocês tem todo o direito de saber como tudo isso começou...

... poeira rolando...

“Antigamente, Venda Velha era um lugar muito pacato. Todos adoravam ir visitá-la; embora não tivesse muita coisa a se fazer. As casas velhas, os currais com aqueles cavalos maaagros era tudo que tinham para se entreter. Ah! Mais existiam bares (êêêê saudade...), o Cabaré, lógico, e uma igrejinha com um padre fuleiro, Pastor Braulio.

Como podem ver quase todos ali não tinham nomes muito bonitos, mais fazer o quê, as mães é que eram muito criativas, ou maldosas... Mas continuando.

O Lugar era ótimo para passar com a família e o mais importante, todos que viviam ali eram muito felizes. O ambiente era tão calmo, que não existia delegacia ou algo do tipo, e acho que se existisse, bandido assaltaria com educação.

Só que um belo dia o pior chegou, e tenho até o endereço de onde... Rua das Laranjeiras nº 666. E pra vocês que não sabem, é bem no Bar ao qual eu, com tanto gosto, havia citado.

- Garçom! Oh de casa! – um homem barbado entrava no bar chamando a atenção de todos – Tarde pessoar...

Enquanto ele entrava já gritava:

- Me vê um olho de Gibóia!!!

Esta era a bebida mais forte que alguém já havia bebido... Pra você ter ideia, um gatinho deu uma lambida naquilo e os pelo caiu em três dia.

Todos se assustaram e o dono do bar falou:

- Meu deus! Você tem certeza?!

- E eu tenho cara de quem brinca?! Passa logo!

Todos o olharam, paralisados.

- Tenho uma novidade pra ôces, não sei se é boa, mas enfim, rapadura é doce mais não é mole não, né?! Essa cidade é minha agora!!!!

- O QUÊÊ?!!!!!! – todos gritaram.

- É fio, se a vida fosse fárcil bebê não nascia chorando!

E diversos tiros foram disparados...

...poeira rolando...

Dez anos depois...

Era um dia muito quente e lá vinha um homem muito jovem, magro... enfim... um lazarento qualquer. Vestia roupas humildes, mas ainda assim possuía algum estilo. Havia chegado em uma cidade toda lascada.

- O calor desgraçado! Tá tão quente, que calango tá correndo de duas patas por medo de queimar a barriga no chão!!! – o rapaz de cabelos castanhos claros visualiza uma placa ao longo do caminho.

- “Seja bem vindo a Venda Velha” auhsua! Bem que a venda tá no estado do nome mesmo...eita diacho... bom, de qualquer forma, preciso beber algo. Cadê o butéco pra eu dar uma refrescada? Quem sabe até não engano alguém aqui pra ganhar algum cascáio...

Esse fulano embora não fosse muito forte nem alfabetizado corretamente, como podem ver, enganava que era uma beleza. Foi um bandido por longos anos, mas teve que sair por livre e espontânea... digamos, obrigação, senão tomaria um tiro bem no meio do rabicó dos seus cobradores.”

- Tarde pessoal… - todos o olharam com cara de quem comeu e não gostou.

- Fiquem sussa, que só vou tomar uma bebida e já vou embora... – Mê vê um copo d’água moço.

Todos começaram a gargalhar fervorosamente:

- ôh seu muleque!! Ôce num acha que pode chegar aqui, e já ir se sortando todo né seu filhote de cruz credo... – o rapaz o observava pensativo - Acontece que aqui a única coisa que te acha bem vindo é a placa da cidade e nem tá atualizada direito.

- Menino – um velhinho, mais simpático que seus companheiros, disse tranquilo – Meu nome é Francisco. Qual é o seu nome?

O jovem pensa rápido e na hora decide falar um nome semelhante ao seu:

- É Zacharias senhor – respondendo no mesmo tom de voz do velhote.

- Zacharias meu filho, você não é dessas bandas e parece estar mais perdido que cego em tiroteio... Então aceite um conselho desse véio aqui. É meió ôce sai de fininho pra não levar chumbo menino.

Zack embora tranquilo, por dentro dizia “fudeu, fudeu, fudeu, fudeu...” , mas teve que tirar mais uma de suas lorotas pra sair vivo:

- Ôces é que num sabem com quem estão se metendo!!! – todos o olharam, surpresos – Meu nome é Zacharias, mais conhecido como “mata defunto”. Fui eu que matei a família...

- A família Hanson?! – um dos moradores completou.

- Vish filho, essa foi a mais fácil!!!

E todos olharam assustados. Aproveitando o resultado do seu discurso fuleiro, Zack prosseguiu:

- Me vê um Olho de Gibóia ai!!!

- Ohhhh!!! Pára com isso muleque que você não tem peito pra isso... – Zé, o dono do bar advertiu-o, assustado.

- Hahahaha! Essa é a bebida que eu uso pro gargarejo velhote! Passa, cabra! É assim mesmo que eu gosto, na garrafa mesmo!!! Que já mata verme, lumbriga e limpa meus poros que tô com cumeço de gripe – e com uma virada rápida terminou a bebida.

As pessoas ao redor juraram que viram seus olhos dar três voltas, mas pensaram que era brincadeira do jovem perigoso.

“Meu deus................ quantos diabos tem aqui nesse drink...? Calma, concentra-se Zack”

- Menino você está bem? Ocê não é perigoso coisa nenhuma!!!! É só um matuto malandro!!!!

- Cala a boca velhote que Malandro é o Canguru que já nasce com o Bolsa Família! Eu aqui sou perigoso mesmo e quero ver quem é o macho que vai me DESAFIAR!!!

Logo um cara todo marombado que estava no canto da mesa levanta, e para espanto de todos disse as palavras que Zack mais odiou em sua vida:

- Eu aceito...

...poeira rolando...


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Notas finais do capítulo

Esperamos que tenham gostado. Comentem aqui embaixo e logo estaremos postando o próximo capítulo. xx



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