Dr. Whale estava voltando do hospital, acabara de ter um dia cheio, quando se depara com Ruby chorando ajoelhada no chão do porto, ele nunca havia tido uma conversa mais longa com ela do que é necessário para pedir um café. Porém ele nunca admitiu para si mesmo ou pra ela que ele tinha uma “quedinha” por ela, sente a necessidade de ajuda-la. Ele se aproximou lentamente para não assusta-la, ela chorava com tanta aflição que ele quase conseguia sentir a dor no corpo dele, apesar de ele não ter ideia da razão para tanta tristeza, ele se aproximou e disse:

-Ruby? Você está bem?-Ela limpou suas lágrimas rapidamente e tremeu um pouco de susto.

-Ahn.... to- Ela fala em uma voz quase sussurrada de tão rouca.

-Não, é claro que não está. Você está chorando. Conte-me o que houve?

-Eu só-Ela começa a chorar novamente, junto com alguns soluços- Não aguento mais.

Ele agora estava do lado dela sentado e ela apoiou sua cabeça em seu ombro enquanto chorava.

-Não aguenta mais o que?-Ele falou preocupado enquanto estendia o braço pelo pescoço dela em um tom amigável.

-Deis de que a maldição foi quebrada, todos meus amigos pararam de falar comigo, pois eles lembraram que eu sou um monstro. – Ela soluça de tristeza- E eu também lembrei.

-Você não é um monstro! Você é a garota mais bonita, mais gentil, e a mais amigável de Storybrooke.

Ela aliviou o choro e disse:

-Obrigada, apesar de eu saber que é mentira- No fundo ela gostou de ter recebido um elogio daqueles, ainda mais em uma hora dessas.

-Ei, olha pra mim, não deixe ninguém te dizer o que você é, você é perfeita, lobo ou não.

-É porque ninguém daqui entende! Eu sou a única aberração dessa cidade.

-Não é não- disse tentando consola-la – O Archie é um grilo! E Eu? Eu sou o Frankenstein! Eu sou o monstro- Ele disse do jeito mais engraçado possível, para ver se ela abria um sorriso, e funcionou, ela sorriu.

-Você não é um monstro! Você criou um monstro.

-Diga isso pras crianças que correm de mim na rua- Os dois riram

Ela deu um abraço longo nele, ele não poderia estar mais feliz, já que a sua paixonite secreta estava tão perto, dava pra escutar as respirações juntas. Quando ela disse:

-Obrigada, sério. Ninguém se importa mais comigo nessa cidade, é bom ver que alguém ainda está aqui pra me consolar.

Estava de noite, e começou a chuviscar, Whale tirou seu casaco e cobriu ela:

-Ruby, você não quer ir para minha casa? Está chovendo... eu te faço um chocolate quente e a gente conversa mais.

-Vamos. –Ela disse levantando.

Os dois levantaram e eles caminharam até a casa do Whale, conversando e fazendo piadas de como eles são patéticos e as pessoas o julgam sem nem saber suas histórias. Apesar de seus sentimentos, Whale não tinha nenhuma segunda intenção a respeito do “ir pra minha casa” e ela, no momento, estava muito frágil pra se preocupar com isso. Eles sobiram no elevador, entraram no apartamento de Whale e ele já foi preparando o chocolate:

-Você prefere com ou sem marshmellow?

-Com- Ela sorriu enquanto sentava no sofá e ia acendendo a lareira.

-Aqui está- Ele deixou as duas xícaras com chocolate quente quentinho em cima da mesa- Deixa eu te ajudar, vai que você se queima.

Ele a ajudou a acender a lareira, quando eles conseguiram e o fogo estava aquecendo a sala inteira. Os dois pegaram seus chocolates quentes e começaram a conversar:

-Está melhor?

-Estou- Ela sorriu.

-Que bom, porque você sem chorar é ainda mais bonita- Ela sorriu e deu uma leve coradinha.

Ele deu um gole no chocolate e ficou com um “bigode” de chocolate.

-Você tá com um.. pera- Ela limpou com o dedo- Assim está melhor.

Eles se encararam por alguns minutos quando Ruby começa a se aproximar ela o beija. Foi um beijo calmo e gostoso, quase relaxante. Ela recuou um pouco e ele congelou.

-Desculpa! Eu qu.. eu não.... sei porque eu fiz isso. –Ele interrompeu ela se aproximou e beijou a de volta, desta vez com mais paixão e garra. Ele recuou – Por que você fez isso?

-Porque eu tenho uma queda por você dês de quando a maldição nos trouxe.

Os dois coraram, eles estavam evidentemente envergonhados, agora em uma ação conjunta os dois se beijaram por um longo tempo quando ele a parou só para fazer uma pergunta:

-Você quer dormir aqui?

-Sim.

E eles continuaram se beijando, e literalmente dormiram juntos abraçados.