400 dias de inverno. escrita por Júlia Dama


Capítulo 7
Capítulo 7 - Casa errada.


Notas iniciais do capítulo

Desculpeeeeeeeeeeeeeeeeem a demora :c



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Eram homens, dois, ambos de baixa estatura e cara de desprezo, que, depois de observar-nos saiu dizendo que errou a casa. E agora, em minha casa, me sinto muito melhor, tirando o fato de que meus pais metralharam perguntas em mim, principalmente o motivo de eu estar usando as roupas de Antonhy. Deitada na cama, eu ainda sentia o perfume dele por causa do seu casaco que ficou pendurado do lado da cama, eu poderia sentir aquele cheiro à noite toda que eu não enjoaria. Dormi com o cheiro entrando e saindo das minhas narinas, o sono foi tranquilo, e, finalmente sábado! E, infelizmente, resfriada. Acordei espirrando, com o nariz um pouco entupido e o relógio já marcava 11h30, hoje meu pai não iria trazer mais cavalos então teríamos o dia livre. Levantei e me vesti o mais rápido possível para não sentir frio, coloquei o casaco de Anthony, era quente. Do quarto conseguia se ouvir as vozes altas da sala, tinha visita.
—Bom dia Anna. – gritou meu tio Brian do sofá, era um homem gordo e careca, o caçula entre os irmãos do meu pai.
—Bom dia Brian. – falei de longe, ele não gostava de mim.
O motivo que faz meu tio não simpatizar comigo é porque quando eu nasci, a mãe dele deu praticamente toda a atenção pra mim, e sem contar que eu contei da sua amante para a esposa dele, que agora é ex esposa. Eu era uma criança, e mesmo assim eu não estava errada, então, não me sentia culpada.
—Anna, eu achei o seu carregador. – disse meu pai e apontou para ele em cima da mesa. — Por que você ta com o casac...
—Obrigada pai!
Deitei de novo na cama, discando para o número de Rebecca, e depois de dois toques ela atendeu.
Oi Anna.
—Oi. Tudo bem?
Tudo ótimo. Vai ir à festa que o Carter vai dar na casa dele hoje?
—É HOJE? Eu tinha esquecido!
Vamoooosss.....
—Se eu achar uma roupa...
Não é problema – ela me interrompeu– Tenho roupas aqui que não usei ainda, te empresto.
Ri— Ta bom, mais tarde eu vou aí, se meu pai deixar...
Seus pais sempre deixam.
Seguimos conversando até a hora do almoço, na qual me juntei na mesa com meus pais e Brian e eu permaneci em silêncio, só falava quando era questionada. E em meio as conversas e risadas, minha mãe disse:
—Mataram mais um menino ontem, sabia?
—Que horas aconteceu isso? – perguntei
—Logo depois que você foi deitar, a mãe do rapaz ligou pra Rádio desesperada. Ele morava do lado da cada de Anthony, você não imagina o quanto fiquei preocupada. - então automaticamente me veio à cabeça os dois homens que disseram se enganar sobre a casa
—E por que até agora só mataram meninos?
—Não sei...
Depois do almoço, perguntei sobre a festa do Carter, e após muitas advertências sobre bebidas e meu pai me buscar, eles deixaram. E enquanto eu lavava a louça, observava os cavalos comendo. Pensei comigo, eu faria de tudo pra saber no que eles estavam pensando. Imagine ser um cavalo, comer, dormir, cavalgar, e mesmo carregando alguma pessoa nas costas, quem é que não carrega um peso sobre si? Então, é quase o mesmo, só que o cavalo pode tirar o peso. E o que me dava a vista para os cavalos, a janela aberta, também dava passagem para uma brisa gelada, a qual a lareira não vencia, congelava meu nariz. Fechei. Espirrei, e espirrei de novo. Terminei a louça, tomei remédio e fui me sentar lá fora debaixo do sol. As quatro camadas de casaco eram suficientes e não tinha vento, estava um clima perfeito. O casaco de Anthony ainda tinha perfume e eu não enjoava de sentir. Deite-me por uma meia hora, quase adormeci, e para não perder muito tempo sem fazer nada, fui para casa de Rebecca com antecedência.
Chegando lá, ela estava com o rosto coberto por um creme de cor esverdeada, jogada no sofá comendo bala de goma junto com sua mãe, Rose. Cumprimentei Rose e antes de perguntar qual dos inúmeros cremes era me joguei ao seu lado. Enquanto a TV passava um programa de talentos, Becca me listava as roupas que ainda não tinha usado e poderia me emprestar, ela comprava tanta coisa que algumas eu nem sabia que tinha. Ela era a típica menina consumista, graças a deus que seus pais ganham bem.
—Mãe, eu vou subir com a Anna pra dar um trato nela. – disse Rebecca. — Ta bonita, mas pode melhorar... Bastante.
Subimos para o segundo andar e ela jogou na cama os cremes, e lixas de unha. Ela era vaidosa e eu já deveria estar acostumada, tinha uma das peles mais maravilhosas que eu já vi, mas exagerava quanto ao número de cremes. Enquanto ela tinha uns vinte, eu tinha dois que mal usava, e em minutos meu rosto estava coberto por eles.


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Notas finais do capítulo

GOSTARAM??



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