Apocalipse escrita por autorasantiis
Dragon, Planeta de Fogo:
Dois meses se passaram desde que Fairytopia desaparecera e Eldarya entrara em órbita, e a mesma quantidade de tempo foi necessário para que Arwen pudesse recuperar sua energia total, nesse tempo, Thor se manteve ao seu lado e ajudou a mesma em seu treinamento.
Nesse meio tempo, Fênix não atacou, não apareceu, nada aconteceu, até parecia que suas vidas tinham voltado ao normal e que a guerra havia acabado, mas os comandantes sabia que tudo era uma ilusão.
Arwen caminhava para a sala de reuniões enquanto conversava atentamente com Carol. A mesma para se apoiando na parede e respira fundo. Carol pega seu braço e olha para a marca, sabia o que significava, as duas tinham se tornado muito próximas desde que a Kree chegou ao reino dos céus, e elas compartilharam muitas histórias.
— Quem é? – Carol pergunta.
Arwen olha para ela confusa e franze o cenho. As portas da sala de reunião se abre e Arwen olha para dentro, vendo os comandantes presentes e ninguém menos que Eel, com roupas rasgadas e suja de fuligem preta.
— Eel – Arwen responde a Carol e continua encarando a Deusa ali dentro.
— Minha pequena – a mulher fala um pouco fraca.
Thor a segurava para que ela não caísse. Arwen olha para o braço e olha para a mulher, ela também recebera a marca dos mortos, estava estampada na parte superior do seu tórax, a mostra para qualquer um.
— Como? – Arwen pergunta a mulher adentrando a sala de reuniões com Carol ao seu lado lhe apoiando, até que a coloca sentada.
— Fênix me trancou no meu próprio reino, fui condenada e obrigada a servi-lo em sua batalha – Eel fala entredentes, havia raiva e dor em sua voz.
— Você fugiu – Carol fala, não como uma pergunta, mas como uma afirmação, ela reconheceria um fugitivo em qualquer lugar, sabia o que significava a palavra em seus próprios nervos.
— Usei o resto da magia que tinha nas minhas veias para abrir um portal.
Thor coloca Eel sentada em uma cadeira e se senta ao lado.
— Arwen – Galatea chama preocupada.
— Eu sei o que significa – Arwen interrompe a mesma – se ela fugiu e nós a abrigarmos, haverá retaliação.
Todos os comandantes sabia que Fênix era perigoso, e com ódio, temia o que ele pudesse fazer.
— Carol, pode me fazer um favor? – Arwen olha para ela e ela assente prontamente – peça a Josias que o mande atrás das gêmeas Phoenix, elas saberão como ajudar.
Carol assente e sai da sala às pressas, Eel olha para ela confusa.
— Mandar quem atrás das gêmeas?
— Dragon – Thor responde sorridente – o cão ceifador da Arwen.
Arwen dá de ombros e sorri.
— O protetor de Dragon.
...
Luxis, Planeta dos Anjos:
O cão corre alegremente pelo solo sagrado de Luxis, com evidente animação, seus pelos negros se esvoaçam à medida que suas patas saltam no ar. Na entrada do castelo já estava Pantera, aguardando que o cachorro pulasse em seu peito e assim ele o fez. Desde que Arwen adotara Dragon, Pantera era a filha que ele mais amava, Pandora nem tanto, certa vez ele quase arrancou a perna da garota, por bater em Pantera.
Em sua coleira havia um bilhete com a letra de Josias “Eel está em Dragon”, dizia. Pantera assimilou as palavras enquanto alisava o cachorro. Sua irmã a encara confusa assim que a vê.
— Já está na hora? – Pandora pergunta se referindo a guerra.
Pantera nega e entrega-lhe o bilhete, deixando a irmã com a mesma expressão que a sua.
— Não podemos trazê-la para Eldarya – fala a mesma e Pantera assente mordendo o lábio curiosa.
Seus pensamentos vagavam. Desde que encontraram Luxis, a primeira coisa que fizeram, foi enterrar o corpo da irmã de Angelis, a própria Eel estava morta e enterrada no cemitério magico de Luxis.
— Seja quem for, é um impostor, o que faremos? Pode ser possível Eel ter retornado em encarnação? – Pandora fala confusa.
— Há um jeito – Pantera sorri – a Tracy consegue saber de todos que continuam mortos, certo?
— Sim, mas ela precisaria de algo ligado a Eel.
— Temos a filha de Eel.
Pandora sorri e faz uma careta divertida para a irmã, ela sempre fora a mais esperta e a mais rápida em bolar planos. Pantera dá um beijo em Dragon e o manda de volta para o planeta de fogo, logo entra no castelo com sua irmã, em direção a sala de treinamento, onde Wanda estaria treinando com os elementares.
Assim que passa pela porta, todos olham para as gêmeas, esperando que elas falassem que deviam se preparar para a guerra.
— Não viemos por isso – Pantera fala e olha para Tracy – precisamos do seu poder e do seu sangue Aaliyah.
As duas franzem o cenho em dúvida, mas é Summer quem pergunta.
— Para que vocês precisam delas?
— Acho que temos um impostor entre nós e se eu estiver certa, em breve a guerra vai cair direto do céu de Luxis e nos engolir – Pandora responde.
— Minha mãe mandou Dragon, porque alguém com a aparência de Eel apareceu no planeta de fogo, mas nós...
— A enterraram, eu sei – Aaliyah fala – eu sei que a minha mãe está morta, eu consigo sentir isso.
— Se Aaliyah tem certeza, por que precisam testar? – Taeme pergunta.
— Existe a possibilidade de Eel ter reencarnado e Fênix a capturado – Pantera responde – ou ter sugado sua alma e transferido de corpo.
— Vamos ao teste então – Tracy fala e sai andando até sua mochila, onde havia um livro preto, com a capa esfumaçada, as páginas amarelas e grossas, o livro dos mortos.
Tracy se senta ao chão e procura uma página específica, não demora muito para ela achar e estender a mão para Aaliyah. A morena caminha até sua amiga e ajoelha, lhe entregando a mão, Tracy faz um furo breve no dedo de Aaliyah e deixa o sangue pingar na página.
“Oi nekroí diekdikoún tin psychí tou kai tou dósoun to fos, gia na mou peis to peproméno sou” (Tradução: Os mortos reivindicam a sua alma e lhe entrega a luz, para que me digas o seu destino). Recita em grego e não demora para que uma presença luminosa surja a sala.
— Vocês só podem fazer três perguntas – Tracy fala para Pantera.
Pantera se aproxima da mulher e se curva perante a ela, antes de olhá-la e ver seu sorriso gentil.
— Você é Eel que vem do mundo dos mortos para proclamar a nossa presença? – Pantera pergunta e a mulher afirma.
— Morta na batalha de Eldarya, hoje hábito o vácuo eterno, ou mundo dos mortos como se refere, filha de Arwen.
Pantera olha para as meninas e afirma. Aaliyah se aproxima e se curva, logo olhando para a mulher.
— Mãe, sua alma reencarnou de volta no céu magico?
— Os Deuses que morrem no vácuo eterno, não retornam jamais, o mundo dos mortos é único e não nos dá segunda chance, os que ficaram viverão e deixarão suas proles para viverem outras vidas.
— Se Eel continua morta – Pandora olha para os outros – então quem é aquela mulher em Dragon? O que o filho de Eel pretende com isso?
Uma risada soa na sala e todos olham para Eel.
— Fênix jamais fora um filho meu, criança de Arwen – Eel fala e olha para Aaliyah – Fênix não é seu irmão, é um filho de Hela com um dos nossos, um homem chamado Julian, a mulher que se referem, é a avó de Hela, foi quem criou Fênix, ela é capaz de transformar sua face em qualquer outra, é uma metamorfa, vivendo por séculos com aparências que não lhe pertencem.
E ali todos entenderam a ambição de Fênix. Ele nunca fora um guardião legitimo, era filho da inveja e da destruição e seu destino estava tão claro quanto os seus planos.
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