Unbroken escrita por Angel


Capítulo 29
O Biscoito da Sorte


Notas iniciais do capítulo

Oiee, tudo bom? Como sempre, obrigada pelos comentários hihi desculpem qualquer erro, é que ainda estou anestesiada com a CC D: enfim, espero que gostem. Beijos :*



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Todos estavam reunidos em uma única mesa. Conversas paralelas aconteciam, mas como já era de se esperar, David e Regina não demoraram pra começar a se alfinetarem.

— Acho que há alguém sobrando nesse mesa... — David deixou no ar

— Á quem se refere, Sr. Nolan? — Regina não podia perder o sarcasmo

— Você sabe muito bem, prefeita Mills! — ele também não ficou pra trás

— Não estou entendendo aonde quer chegar! — ele estava conseguindo irrita-la

— Você sabe muito bem que está avulsa aqui, Regina. Só está inclusa pelo Henry, e pela Marissa. Mais pela Marissa, do que pelo Henry, afinal nem filho seu ele é. — atacou

Pronto, atacou-a bem no seu ponto fraco.

— Pra seu governo, David. Henry é sim, meu filho. Não importa se Emma tenha dado á luz a ele, eu o criei por 11 anos. Mãe é quem cria! — afirmou, e em seguida se dirigiu á Emma — me desculpe, Emma. Não quero tirar o seu papel de mãe diante dele, mas não posso deixar que tirem o meu. — dirigiu-se para David novamente — eu sou mais mãe do Henry, do que você é da Emma. Afinal, eu nunca peguei minha filha recém-nascida, coloquei no armário e mandei pro Maine! — também atacou David em seu ponto fraco — Poupe-me. De todos aqui, você é quem menos tem direito de falar sobre amor de filhos!

— SE EU A MANDEI PRO MAINE, A CULPA FOI SUA. QUE AMALDIÇOOU A TODOS E NÃO NOS DEU OUTRA ESCOLHA. VOCÊ É UM MONSTRO! — gritou, chamando á atenção de todos

— MONSTRO?! — uma facada lhe atingiu o coração — QUEM VOCÊ PENSA QUE É PRA ME JULGAR? ALGUÉM DEUS? — segurava ás lágrimas, não podia demonstrar fraqueza — VOCÊ NÃO PASSA DE UM COVARDE. QUE NUNCA TEVE CORAGEM DE ASSUMIR SEUS ERROS, TAM POUCO SEUS SENTIMENTOS. NÃO VENHA OBSERVAR MINHAS ATITUDES. NÃO FUI EU QUEM TRAIU A PESSOA QUE DIZIA QUE AMAVA COM DUAS PESSOAS DIFERENTES!

— PAREM VOCÊS DOIS! — Emma interviu, ao perceber que estavam chamando a atenção de todos presentes

— Roupa suja se lava em casa, dear! — Rumple alfinetou

David e Regina se entreolharam, furiosos um com o outro, e um silêncio se estabeleceu na mesa.

— Eu quero falar com você agora! — David foi direto, se dirigindo ao fundo do salão, em frente ao corredor dos banheiros, e Regina o seguiu. Marissa e Gold os seguiram com o olhar.

— Eu vou tentar fazer um último teste pra tentar entender o que se passa na sua cabeça! — encarou a morena, que estava encostada na parede, furiosa

— Não tenta bancar o mocinho que vai ajudar a vilã a tomar o caminho do bem, tipo: oi, vamos conversar. Eu quero entender os seus motivos... — ela foi cortada por ele:

— Eu realmente quero entender, Regina. Você anda insuportável! Sabe, o único motivo de eu falar com você, é realmente a Marissa! — falou

— Não vem colocar a MINHA filha no meio, e dar uma de pai zeloso, que se importa com tudo. Esse papel não cabe a você! — respondeu

Marissa, que continuava a observar da mesa, chamou Ruby de fininho.

— Ruby, pode me fazer um favor? — sussurrou

— Pode falar! — ela sorriu

— Entrega esses dois biscoitos pros meus pais — entregou dois biscoitos da sorte na mão dela — mas não diz que são meus, ou muito menos que pedi pra você fazer isso. Fala que é cortesia da casa, por conta do especial, e tudo mais. E mesmo se eles não quiserem, insista. Os faça pegar! — sussurrou — acha que pode conseguir? — indagou

— O que você vai aprontar, hein? — perguntou, desconfiada

— Um segredo — piscou — por favor! — pediu, com voz carinhosa

Ruby deu um sorriso, e pegou os dois biscoitos da mão da garota por baixo da mesa, para que ninguém percebesse. Ela foi até o balcão, e pegando uma bandeja de alumínio pequena, colocou ambos em cima, e foi até o casal, que discutia sem parar.

— Biscoitos?! — chamou atenção de ambos, que pararam no mesmo instante. Regina cruzou os braços, e virou o rosto, completamente impaciente. David respirou fundo.

— Não é uma boa hora! — ele respondeu

— É uma boa hora — abriu um sorriso inocente — é por conta da casa. Vamos lá. Sabiam que segundo a antiga tradição chinesa, eles ditam a nossa sorte, podem dizer sobre o futuro, e afins? Além de ser uma delícia, mesmo sendo pequeno e... — Regina decidiu corta-la:

— TÁ BOM, TÁ BOM! — faria qualquer coisa pra parar de ouvir aquela ladainha estúpida. Ambos então, pegaram os biscoitos da bandeja. A moça sorriu, e voltou ao seu serviço. Ambos ficaram em silêncio, se fuzilando com os olhos.

— Regina, eu juro: a única coisa que me faz ainda olhar na sua cara, é a minha filha. Só isso. Pois por mim, eu desejaria jamais tê-la conhecido. Muito menos ter me relacionado com você. Esse foi o pior erro de toda minha vida! — David falou, completamente furioso e sem pensar. Aquela com certeza foi a coisa mais dolorosa que ela já havia ouvido. Segurou novamente as lágrimas dentro de sí, e respondeu:

— É, eu sei. Eu fui só mais uma na lista do príncipe encantado! — ela então, entrou pelo corredor e se dirigiu ao banheiro

— Regina... — David foi atrás dela, se dando conta que havia falado demais.

— VAI EMBORA! — ela gritou, trancando a porta.

Ambos se encostaram na mesma, finalmente soltando algumas lágrimas. Olharam para o biscoito em suas mãos, e abriram-no.

Uma viagem vai começar... — leram juntos — ... o prêmio estará refletido nos olhos do outro... — a voz dela ecoou pelo banheiro — ... quando você ver o que te falta... — a voz dele seguiu pelo corredor — o amor sincero o traz de volta! — finalizaram juntos

— O que será que isso quer dizer? — David perguntou á si mesmo

— Ridículo! — Regina soou do outro lado da porta

Nesse instante, um forte tremor foi sentido por ambos. As luzes piscavam, e objetos caíram no chão. E alguns segundos depois, parou.

— David! — ela abriu a porta, desesperada

— Regina, está tudo bem? — indagou, ambos ofegantes

— Está — ela assentiu com a cabeça — vamos voltar! — sugeriu, e ele assentiu

Os dois se dirigiram de volta ao salão do restaurante, e estranharam o fato de todos os presentes estarem rindo, conversando, como se nada tivesse acontecido.

— Vocês sentiram? — Regina questionou, sentando-se na mesa

— O que? — Mary perguntou, sem entender

— Teve um terremoto! — David esclareceu, e todos o olharam sem entender

— Não teve não! — Henry respondeu, dando de ombros

— Teve sim! — David reafirmou

— Espera ai, vocês não sentiram? — Regina indagou, incrédula

— Não, tenho certeza que não! — Emma afirmou, voltando-se ao seu prato

David e Regina se olharam, incrédulos e confusos.

Marissa e Gold também trocaram um olhar, mas diferente. Um olhar de cumplicidade, seguido de uma piscada. Ao final da noite, todos foram para suas devidas casas, como de costume.

Porém, ao amanhecer...

Regina sentiu uma forte luz invadir seu rosto. Estranhou, afinal, havia deixado a janela bem fechada para que o sol não lhe incomodasse. Estranhou mais ainda o fato do sol bater de frente pro seu rosto, como se estivesse olhando direto para ele. Abriu vagarosamente os olhos, e deu de cara com a paisagem de uma floresta. Sentiu-se completamente assustada, e percebeu que sim. Se tratava de uma floresta. Estava debaixo de uma árvore. Porém, o que mais a assustou foi olhar para os lados e ver quem dormia ao seu lado: David.


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