Indomável escrita por Li chan


Capítulo 1
Indomável




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Como estaria sua casa? O que faria lá? Bom, sabia que o pai havia morrido no ano passado, esse inclusive, era o motivo de sua volta. Mas o que mais interessava a Sasuke Uchiha era saber como seria sua vida dali em diante.

Havia dez anos que o jovem Sasuke havia fugido de casa. Lembrava-se até hoje. Seu irmão mais velho, Itachi, assumiria o condato de Konoha, que a anos era liderado pela família Uchiha, por isso, cabia ao filho mais novo dedicar a vida para o sacerdócio. Se os pais de Sasuke o vissem agora, mudariam de ideia imediatamente. Por esse motivo, o jovem que na época tinha apenas quinze anos, arrumou uma pequena mala com comida, pegou a velha adaga de seu falecido avô, e saiu de casa em busca de seu grande sonho, virar um grande soldado.

Agora, depois de dez anos lutando pela Terra Santa nas Cruzadas, voltava para assumir o lugar de Fugaku e virar conde. Ainda novo, Itachi morreu, e fazia dois meses que fora avisado do falecimento de seu pai. Agora, cabia a ele assumir outras responsabilidades. Lembrou-se amargamente de como foi difícil de despedir-se de seus três amigos de aventura, ainda que não demonstrasse. A realidade é que em uma guerra, é muito pouco o número de pessoas em que se pode confiar.

– Ai! Chefe! Estou morto de fome!– Seu pupilo, Konohamaru reclamava pela milionésima vez em cima de seu burrinho– Quando vamos chegar?

– Cale a boca, pirralho. Já lhe disse que se pararmos, só chegaremos de noite, e ficaremos sem almoçar.

– Mas é ...

– Ora! Já não lhe mandei se calar?

Konohamaru era um órfão que havia encontrado em uma de suas passadas pelo Egito.

– Chefe, posso fazer só uma perguntinha?

–Hn.

– Sem querer duvidar do senhor, até porque o senhor já me disse que me dará um cavalo, mas eu queria saber se vai mesmo me ensinar a ser um guerreiro!

Sasuke olhou para o menino e viu seus olhos brilharem. Era um garoto tão ingênuo... mas pudera! Afinal, o garoto tinha apenas 12 anos!

– Desde quando descumpri alguma de minhas promessas?

– Nunca mas...

Sasuke o interrompeu:

– E acha mesmo que vou descumprir agora?

– Não, mas...

– Então, cale a boca e ande.

Cavalgaram juntos até verem a placa da pequena cidade de Konoha. Amarraram o cavalo de Sasuke e o burrinho de Konohamaru em frente a uma bar que lá tinha e entraram.

Como esperado, atraiu muita atenção, talvez por causa da barba que ainda estava grande do tempo de guerra, ou pela espada que trazia na cintura, ou até mesmo pelo saltos que Konohamaru dava ao longo do caminho.

– Traga um pão quente e o uma cerveja amanteigada para esse menino e um vinho da serra para mim– disse Sasuke ao se sentar na bancada.

– Chefe! Me deixa beber vinho hoje.

Sasuke revirou os olhos. Seu pupilo era extremamente chato!

– Coma o que eu lhe mandar e não me estresse.

Enquanto esperavam o pedido, Sasuke estava se distraindo com qualquer coisa, até que um barulho na porta chamou sua atenção.

"Não! Não pode ser!" pensou Sasuke.

– Chefe, Estou ficando meio louco ou aquela pessoa na porta é uma donzela de calças?

– Pelo visto as coisas mudaram desde que estive fora daqui– dizia Sasuke ainda admirado com o que via!

A donzela possuía um logo cabelo liso e azulado preso em uma trança, uma larga camisa de linho, e o mais surpreendente: uma calça de coro extremamente colada. Céus! Deveria ser um pecado uma mulher ter pernas tão torneadas.

Observou a mulher se sentar na bancada, porém afastada dele. E só parou de observá-la quando o homem voltou com seu pedido.

– O senhor pode me dizer quem é aquela donzela sentada ali?– Perguntou ao trabalhador.

– Bem,senhor, aquela é Hyuuga Hinata, a xerife da cidade.

– Xerife?–Sasuke esbugalhou os olhos.– Desde quando é permitido uma mulher como xerife neste condato?

– Quando Hiashi, o ex xerife faleceu, ele tinha duas filhas e amais velha assumiu o posto. Haha, mas não pense que ela é pouca coisa! A menina, aos quinze anos já era a melhor arqueira da cidade, e hoje, aos 19, é capaz de acertar um tiro na cabeça de um ladrão a cavalo. Ela é idolatrada por todos nessa região!

– E, não quero dizer que estou interessado nela, sabe... De maneira alguma. Mas, por que essas calças?

–Senhor, nem mesmo eu sei. As vezes acho que ela tem uns pensamentos exóticos de igualar os homens e as mulheres... Eu não sei.

– Está bem, obrigada.

Sasuke pegou seu copo de vinho e voltou a observar a xerife que no momento bebia um copo de cerveja com mel.

Lembrava-se vagamente de Hiashi. Ao longo de sua infância, várias vezes o vira em sua casa conversando com seu pai. Mas não lembrava de suas filhas, o que era estranho, já que a mansão do conde ficava bem próxima ao terreno Hyuuga.

Sasuke estava admirado com todos os movimentos que Hinata fazia. Era uma obscenidade a maneira que seus lábios ficavam distribuídos pela superfície do copo enquanto bebia, ou como ela esticava a língua para o canto da boca, tentando inutilmente secar uma gota que lhe escorria.

– Merda!– Murmurou ao perceber que se continuasse a observá-la teria uma ereção, bem no meio de um bar!

– Vamos embora Konohamaru – avisou Sasuke para o menino enquanto pegava uma moeda de ouro, que com certeza pagaria bem mais do que avia consumido, e a colocava na bancada.

Quando virou-se para levantar deu de cara com ninguém mais, ninguém menos, que Hinata. E Sasuke paralisou na hora, enquanto a encarava.

Hinata alternava seu olhar entre Sasuke, o menino e a moeda de ouro em cima do balcão. Era seu dever, como xerife, conhecer todos da cidade, e ela tinha certeza de nunca tê-los visto, ainda mais pela moeda que certamente era de outra cidade. Bem aquele homem barbado, que aparentava ter pelo menos 2 metros de altura, com seus olhos tão escuros quanto carvão, chamou-lhe a tenção.

– Quem são vocês?– ela disse firme, enquanto olhava no fundo dos olhos de Sasuke.

– Eu sou Sasuke.

– Sobrenome, por favor. – Ela disse revirando os olhos.

–Uchiha, Uchiha Sasuke.

– Mesmo? O filho do conde?– Perguntou desconfiada.

– Sim. Sou eu. Por que?– Perguntou sem expressar interesse, mas por dentro se roía de vontade de saber o porque dela não aparentar dúvida.

– Ah. Então está explicado...– disse consigo mesma, deixando Sasuke confuso E esse menino com você?

– E.e.eu sou Konohamaru. – Disse o menino nervoso, pois havia ouvido que ela era a xerife.

– Vou lhe dizer uma coisa Uchiha Sasuke– o futuro conde franziu o senhor com a maneira desrespeitosa com a qual ela o chamou–, já que você provavelmente veio assumir o lugar de seu pai, devo-lhe avisar que– nesse momento ela se aproximou um passo, ficando quase encostando nele– é melhor que diferente de Fugaku, você se mantenha nos eixos.

~*~*~*~

Essa foi a primeira vez que se viram, mas é claro que não foi a última.

Ainda que engraçado, Sasuke lembrava amargamente de como conheceu Hyuuga Hanabi, que sabe-se lá como conseguia possuir dez vezes mais da rebeldia da irmã.

Em uma tarde, um de seus empregados o avisou que a xerife o aguardava em sua sala. Ele foi até lá imponente e lindo, já de barba feita e com suas roupas agora sofisticadas.

Assim que chegou a sala, foi bombardeado por uma onda de palavras vindas de Hinata.

– Segura esse seu delinquente! Como você deixou que ele aparecesse lá! Não acredito– a Hyuuga falava enquanto andava na sala de um lado para o outro– Eu não quero esse moleque perto dela!

– Ei! Ei! Calma lá! Do que você está falando?

Hinata apenas bufou e apontou para a menina, que mais parecia uma mini versão de Hinata, só que de vestido, não canto da sala.

– Eu não quero ver aquele vagabundinho que é o seu pupilo em cima da minha irmãzinha.

Sasuke arqueou a sobrancelha para o palavreado de baixo calão que a xerife usou em sua casa, e ficou nem um pouco espantado ao ver que a mais nova, que não parecia ter mais de dez anos, sequer se importou.

– KONOHAMARU! – Sasuke gritou contragosto chamando-o.

Quando o menino chegou reparou nas bochechas das duas crianças corando e ouviu o bufar de Hinata.

– O.o.o.oi chefe. – O menino ficou nervoso, como sempre ficava na frente da xerife.

– Qual é sua relação com a menina Hyuuga?

– So.so.so.somos amigos.

– Ah! Duvido muito que seja só isso. Pois se fosse, qual seria o motivo de ir a MINHA casa sem nem me avisar?! – E dirigiu-se a Sasuke – Esse menino pretende desonrá-la!

– Ora! Hinata! Não leve isso a esse patamar! Eles são crianças! Não deviam estar fazendo nada de mais.

~*~*~*~

Sasuke sempre fazia-se de entediado durante suas conversas com ela, mas a muito já havia percebido como seu coração batia rápido ao ver aquela audaciosa mulher. Os quadris em formato de coração perfeitamente expostos naquelas calças de coro. A maneira que seus seios transpassavam a blusa de linho. Os olhos tão claros quanto o campo em noites de geada... Não foi muito difícil para Sasuke assumir a si mesmo que estava perdidamente apaixonado pela Hyuuga.

~*~*~*~

Em uma noite, numa festa na cidade, todos estavam na praça principal. Músicas, comidas... a cidade inteira parou para o festejo.

Naquele dia em especial, Sasuke que estava sentado em uma mesa junto de Neji Hyuuga, que era primo de Hinata e dono do maior mercadinho da cidade, Hatake Kakashi, e outros burgueses, avistou a quem tanto ansiava ver.

Hinata... Ela estava usando, pela primeira vez desde a adolescência, um enorme vestido. Era simples, porém, para Sasuke era o mais lindo dentre todos os da festa.

Levantou-se da cadeira decidido! Naquela noite colocaria Hinata contra a parede e faria com que ela ouvisse tudo que ele teria para dizer.

– Boa noite, Hinata. – disse perto dela, roubando-lhe a atenção – Está... está muitíssimo bela. Com certeza a mais bela dama da noite!

Ela abaixou levemente a cabeça tentando, inutilmente,esconder que corara.

– Obrigada. Você também não está nada mal...– Ela o encarou mordendo o lábio inferior devido o nervosismo.

A realidade era que Hinata também já havia reparado que seus sentimentos pelo Uchiha estavam disparando para um nível que ela não muito conhecia. Porém, ela sabia o suficiente para distinguir que era amor.

– Você quer dançar comigo, Hinata?

– Claro.– Ela lhe respondeu estendendo-lhe o braço.– Você... está bem.

– É... sim.

O clima estava extremamente desconfortável. Ambos sabiam que tinham de ser sinceros um com o outro, mas nenhum possuía coragem suficiente ara iniciar aquela conversa.

– Eu preciso te dizer uma coisa sabe...

– Pode dizer, Hinata.

– É que... Bem... Eu... O Konohamaru e a Hanabi estão se dando muito bem– mudou de assunto em cima da hora.

– É verdade.

De repente a música parou, e ouviu-se uma voz no palco improvisado chamando o conde, para que ele proferisse algumas palavras sobre o aniversário da cidade, que era o motivo da celebração.

A contragosto, Sasuke se distanciou de Hinatae falou brevemente algumas palavra.

Ambos não mais se encontraram até o final da festa. Não perceberam se estavam ou não evitando um ao outro.Talvez fosse apenas a multidão, impedindo que se vissem...

Já estavam todos se recolhendo, cada morador indo para sua casa. A praça estava quase vazia, mas Sasuke a viu. Ela estava sentada no banco, virada em direção ao horizonte, olhando o céu e o sol que estava começando a nascer.

Sentou-se ao lado de Hinata, e olhando em seus olhos disse:

– Eu não sei se foi sua teimosia, sua rebeldia... até mesmo sua ousadia. Eu só sei que cada e toda coisa que compõem essa pessoa que você é, fazem que eu me apaixone por você cada vez mais.

– Eu acho que te amo,Sasuke.– Ela disse.

– E eu tenho certeza.

Nesse momento ele se levantou do bando, e pela mão puxou-a consigo. Os dois beijaram-se. Naquela tarde, naquele nascer do sol... um completou o outro. E juntos viveram para sempre.


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Notas finais do capítulo

https://www.facebook.com/groups/CurtidoresSHBR/227772044084834/?notif_t=group_comment_reply esse é o grupo sasuhina do facebook!!



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