Mirella von Doom: Doctor Doom daughter's escrita por winter


Capítulo 8
Quebrando um coração


Notas iniciais do capítulo

Gente! A fic tá chegando ao fim! Vou escrever mais seis ou sete capítulo antes, certo? Nov vemos lá embaixo!



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POV Mira

Acordei atordoada e levemente enjoada, mas, fora isso, estava bem.

Olhei em volta. Estava em um escritório bem mobiliado com móveis rústicos e caros, cortinas verdes pendiam nas janelas que davam visão para uma floresta verde densa, uma escrivaninha larga e cheia de papéis e computadores estava a minha frente. Eu estava deitada em um sofá mogno com estofado verde escuro quando ele entrou. A máscara de ferro que ele usava estava brilhando, a armadura lhe dava um ar superior anormal, mas eu não me encolheria agora. Não.

–Vejo que acordou, querida. – ele ria, como se eu fosse apenas um objeto.

–Onde estão Sue e Reed? – fui direta.

–Calada. Esses dois fugiram fazem alguns dias. Imaginei que eles já teriam te encontrado. – ele foi até a escrivaninha e digitou algo em um teclado, logo depois apareceram várias telas onde antes estavam os vidros da janela. Nas várias telas, apareceram imagens, provavelmente da câmera de segurança, da fuga de Sue e Reed, mas também da captura de Jhonny e Ben.

–Jhonny... – murmurei. Senti robôs me levantarem do sofá e logo me tiraram dali.

–Pai?! – foi a última coisa que gritei antes deles me amordaçarem. Me levaram para um laboratório e me jogaram dentro de um cilindro de vidro, me fechando lá dentro.

–Me tirem daqui! Socorro! – eu gritava. Tentei socar o vidro, mas ele era feito de um material bem resistente, quando joguei uma rajada de energia telecinética, ele começou a girar e um tipo de energia levemente vermelho se formou sobre a minha cabeça e meu corpo começou a queimar por dentro como nunca aconteceu. Meus olhos se encheram de lágrimas e eu comecei a gritar de um jeito ensurdecedor até desmaiar.

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Acordei numa cela. Ela estava envolta em uma energia azul que bloqueava o uso de telecinese. Olhei em volta e vi Jhonny na cela da frente, dormindo. Tudo fora das celas era cinza e preto. Meu pai me trazia aqui e me prendia nessa mesma cela quando eu tinha ataques de raiva com seis anos e destruía meu quarto com um grito.

–Jhonny? – chamei. Ele se virou e imediato e fitou meu rosto, senti lágrimas escorrerem ao ver seu estado: olheiras gigantes embaixo dos olhos, a roupa toda suja e a preocupação estava estampada em seu rosto.

–Mira? – ele chamou de volta, sorri de leve. Queria muito poder sair dessa porcaria de cela e abraçá-lo pedindo conforto.

–Você está bem? – eu perguntei.

–Queria que você estivesse em casa, sã e salva. – ele parecia frustrado e, ao mesmo tempo, feliz.

–Estar em casa agora seria uma boa. – eu brinquei. Me levantei meio atordoada e andei até a parede, quando tentei tocá-la, levei um choque poderoso.

–Mira, tudo bem? – Jhonny estava nas grades da sua cela, me olhando nos olhos com preocupação genuína.

–Foi só um choque, mas doeu. – sorri. Dois robôs entraram na prisão e, atrás deles, meu pai.

–Vejo que já está mais bem disposta, filha. – ele sorria vencedor – Tirem o rapaz daqui.

–Jhonny! – gritei. Bati na parede sem me importar com os choques que tomava. Os robôs abriram a cela dele e o tiraram de lá a força.

–Mirella! – ele gritou de volta. Me afastei das paredes e pude sentir o poder tomar conta de mim novamente. Se entregue ao poder, garota. Ele pode ser de grande ajuda. Seja você mesma. Seja a nova Fênix. Era a mesma voz feminina da última vez, mas, dessa vez, não desejei que fosse embora, desejei que o poder me tomasse.

–Fiquem longe dele. – eu disse, mas aquela não era minha voz, era mais sexy, mais elegante, mais perigosa.

–Agora! – ouvi meu pai gritar e um cilindro, como o do laboratório desceu sobre mim, formando uma segunda parede entre mim e ele. Logo o cilindro começou a girar e eu pude sentir a queimação novamente, mas eu não perderia dessa vez, não gritaria e nem me entregaria.

Andei até o cilindro e encostei nele enquanto ele girava. Ele começou a ficar vermelho, então preto e depois queimou todo, sem restar nada.

–Abaixem a segunda porta! – meu pai gritou e quatro paredes de ferro me deixaram no escuro.

–Não devia ter feito isso, Victor. – disse. Com um movimento de mãos, as quatro paredes explodiram em um clarão vermelho fogo e se desfizeram em ferro derretido. – Algum outro truque, Victor? – perguntei. Ele puxou um revólver debaixo da capa e apontou para Jhonny.

–Venha comigo, me obedeça e faça o que eu quiser que ele não se machucará, caso contrário... – ele engatilha a arma, preparando-a para atirar.

–Pare! – gritei. Senti a preocupação tomar conta de mim e o poder se esvair por completo. Me ajoelhei no chão, sentindo-me frustrada.

–Boa menina. – a cela de abriu e nenhum deles se mexeu – Para o laboratório. – me mantive parada – AGORA!

–Mira, não faça isso! – Jhonny pedia, mas eu não podia deixar nada acontecer com ele. Não. Me levantei e caminhei até o laboratório levemente atordoada.

–Entre no cilindro. – meu pai e os robôs me acompanhavam, prestando atenção em cada movimento meu. Entrei naquele cilindro novamente e senti as lágrimas rolarem pelo meu rosto antes de pequenos braços me envolverem.

–Val? Frank? – os apertei contra mim e o cilindro se fechou, prendendo nós três ali – Não! Pai! Abra isso! Eles vão morrer! – gritei. Senti eles me apertando, tremendo. Valéria chorava e Franklin tentava confortar a irmã de algum modo, mas ele sabia que o que eu disse era verdade.

–Mirella! Valéria! Franklin! – ouvi Jhonny gritar uma última vez antes do cilindro de vidro começar a girar e as crianças começarem a gritar de dor. Me ajoelhei e os abracei, tentando criar um escudo sobre nós, mas não funcionou. Logo Franklin parou de gritar e seus olhos perderam a vida, com Valéria houve a mesma coisa. Aquilo foi a gota d’água. Soltei os corpos com cuidado e me levantei com mais raiva do que nunca. O vidro estourou, meus cabelos começaram a queimar e eu pude sentir meu corpo sair do chão.

–Victor, você me paga! – gritei. Ele sacou a arma e apontou para Jhonny, mas, com um movimento de cabeça meu, ela voou pela janela e os robôs ficaram completamente amassados em segundos.

–Mas como... – foi então que Jhonny entrou em combustão e se pôs ao meu lado.

–Parece que você não é bom assim, Destino. – brincou Jhonny. Foi quando senti uma facada nas costas e gritei de dor. –Mirella! – Jhonny me socorreu antes de uma garota loira se por ao lado de meu pai. Jhonny puxou um canivete das minhas costas e o jogou no chão.

–Esqueci de lhes apresentar Samantha, minha filha mais velha. Treinada em artes marciais e técnicas de assassinato, ela é uma perfeita assassina. – a garota não tinha qualquer expressão, apenas um sorriso vingativo. Seus cabelos loiros, quase brancos, olhos verdes e pele clara, me lembraram a mim quando eu ainda era uma mutante comum. - Tive que dar um fim em Lyja. Ela sabia demais. - ele completou.

–Se vai me matar, ande logo com isso! – gritei. Pude sentir a nova Fênix querendo voltar, mas eu tinha que me controlar para o momento certo.

–Não lhe matarei já que preciso do seu poder infinito, mas não digo o mesmo do seu namoradinho. – me ajoelhei no chão com a dor.

–Deixe o Jhonny fora disso! – gritei, chorando. Ouvi quando os robôs de meu pai voltaram e o tiraram de perto de mim. – Jhonny! – chorei. Tudo que eu queria agora era não ter tanto medo.

–Mira, eu vou ficar bem! Se acalme! – ele pedia, mas meu coração já estava doendo. Foi quando liberei um grito. Um grito que continha meus medos, minha dor e minhas frustrações. Um grito não alto que quebrou as janelas, os monitores de computadores e derrubou todos no chão. A última coisa de que me lembro.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Gostaram? Gente, eu queria muito mesmo receber uma recomendação :( mas eu vou receber quando merecer, não é? HAHA É o seguinte, se esse cap chegar aos 5 comentários eu posto um POV Valéria okay? Certo?
Beijocas açucaradas!