Mistérios da Lua - O Retorno da Magia escrita por uzumaki, Gengibre


Capítulo 11
Todas as famílias são perfeitas em sua própria imperfeição


Notas iniciais do capítulo

Heeyy meus cupcakes de chocolate!
Esse capítulo tá bem legal (minha opinião) e não sofri nenhuma queda de pressão nele pra ficar do jeito que o último estava! Kkkkkkkkkk
É pov's Millena e aí vcs vão ter a oportunidade de conhecê-la melhor!
Bjos, até o próximo!
('3')/



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POV'S MILLENA

Eu devia estar sonhando quando abri a porta de manhã. Sonhando não, tendo um pesadelo dos brabos.

– Oi irmãzinha. - Disse Belinda. - Não vai deixar sua irmã mais velha entrar?

Meu choque foi tanto que bati a porta na cara dela, mas ela meteu o pé entre a soleira.

– Belinda? - Gaguejei.

– Ah, até parece que você conhece outra loira de olhos azuis por aí. - Ela empurrou a porta, passando por mim e se jogando junto com uma mala e duas mochilonas no sofá. - Casa maneira, hein?

– Essa casa não é minha, é do meu amigo. - Falei, minha voz tremendo.

– Amigo, hein? - Ela debochou.

– Ele tem namorada! - Brandi.

– Ai, que tédio, até parece que ele não sabe trair! - Exclamou ela.

– Não quando a namorada mora na mesma casa que ele! - Falei.

– Millena? - Alguém disse, saindo na escuridão. Joe, junto de Anne, ambos brigando por um pote de Nuttela. Belinda ficou branca como osso.

– Quem é você? - Perguntou Anne.

– Meu nome é Belinda. - Ela se pôs de pé num pulo, falando rápido demais, como se estivesse nervosa. - Eu sou a irmã mais velha da Milly.

– Você tem irmãs, Millena? - Perguntou Joe, analisando Belinda.

– Belinda, este aqui é Joe. - Anne rolou os olhos e apontou para o loiro que tinha Nuttela até no nariz. - Meu nome é Anne.

– Quem é o dono da casa? - Perguntou Belinda, com um sorriso meio forçado de nervosismo.

– Ed. - Anne disse.

– Essa é a namorada do dono, né? - Sussurrou Belinda, apontando Anne. - E esse é o irmão dela?

– Quase isso. - Joe deu um abraço em Anne. - Sinto como se ela fosse a irmãzinha que eu nunca tive.

– Você tem uma irmã. - Anne cerrou os olhos.

– Diana é mais velha. - Ele balançou a cabeça. - Não conta.

– Você tem 15 e eu 16! - Anne fez cara de triunfo.

– Droga! - Ele exclamou. - Irmãs mais velhas me perseguem. Sim, Belinda. Anne é minha irmã de consideração.

– O irmão que eu nunca tive! - Anne riu. - Se fosse gay seria perfeito.

– Nunca fiquei tão feliz em não ser perfeito. - Ele suspirou. - Bem, nós vamos deixar vocês terem sua conversa. Nós vamos comer Nuttela em outro lugar. - Eles saíram e Belinda expirou.

– Belinda, em que hotel você vai ficar? - Perguntei.

– Hotel? - Ela bufou, e começou a falar em alemão: - Para que eu vou pra um hotel se você não mora em um?

– Eu moro no Vale desde os seis anos. - Falei, em alemão. - Eu não tenho outra casa. Antes eu morava no Palácio por causa de Clarissa. Agora ela morreu e eu não tenho onde ficar. Um amigo me ofereceu uma casa e eu aceitei. Moro com Anne, Joe, Josh e Ed. Eu deixei minha antiga vida pra trás, e você não tem o direito de voltar aqui.

– Mamãe me pôs pra fora, Millena. - Despejou ela. Fiquei chocada.

– Mamãe o quê? - Repeti.

– Ela me colocou pra fora. - Belinda se jogou no sofá. - Eu estava... vendo coisas. Coisas estranhas. E eu começava a desenhar. Eu fiz curso de desenho por cinco anos. Eu desenhei duas coroas, uma negra e uma branca. Desenhei pessoas... e agora eu vejo que desenhei Anne e Joe. Eu te desenhei em um caixão... coisas horríveis. Viana viu e mostrou pra mamãe. Mamãe me colocou pra fora. Pensou que eu estava louca e fazendo magia.

– Ah, Belinda...

– Não diga "sinto muito". - Ela limpou as lágrimas que escorriam. - Pena de irmã mais nova é uó.

– Tudo bem. - Engoli a mágoa. - Você quer ver o meu quarto? Eu coloco uma cama beliche pra gente.

– Eu fico na de cima. - Ela pegou a mala e duas mochilas. - Milly, você se lembra do papai?

– Todos os dias. - Respondi, com um sorriso saudoso.

– Eu não sei como ele morreu. - Belinda suspirou, tomando coragem. - Como ele morreu?

– Incêndio. - Meus olhos ardiam com lágrimas. - Eu voltei para os salvar, mas não deu. Morreram a tia Mary, tio Peter, Maybelle, Will e o papai. Tia Clarisse cuidou de mim, mas mês passado ela morreu. Assassinada. Eu não tenho sangue real como Anne e Josh, nem venho de família rica como Ed. Eu tô aqui porque Ed me ajudou, e Joe porque... porque é um chato.

– Eu desenhei Joe com olhos vermelhos. - Contou ela. - Mas ele tem olhos azuis.

– Pode me mostrar os desenhos? - Pedi. Belinda abriu a mochila menor e tirou cinco cadernos de desenho com capa de couro.

– Aqui. - Ela me puxou, mostrando os desenhos. O primeiro era uma taça de vinho transparente normal. - Essa taça vai decidir o futuro de um reino inteiro.

Belinda virou a página e apontou uma coroa cravejada de rubis, enquanto a outra era de diamantes. Um corvo negro como petróleo. Ed com fogo dourado explodindo pelo corpo, os olhos e os cabelos em chamas. Anne em uma armadura dourada e uma coroa de diamantes em sua cabeça. Joe com uma corda no pescoço - coloquei a mão na boca, apavorada. Josh segurando uma espada de ferro e um escudo. E por algum motivo - Miriam Harvelle, pintada em nuances de várias cores, uma armadura de prata. E, finalmente, eu, deitada em um caixão, vestida de verde e marrom, sangrando.

Fechei o caderno com um tapa.

– Viu? - Belinda suspirou, cansada. - Reconheceu alguém?

– Todos. - Admiti.

– Quando eu vi aquele garoto... - Belinda tremeu. - Ele vai morrer, Milly. Eu vi. Ele vai ser enforcado!

– Para, por favor, para. - Comecei a chorar. - Joe é meu amigo! Não quero nem saber como vai ficar Anne ao descobrir isso.

Belinda se aproximou de mim e me abraçou.

– Tá tudo bem, Milly. - Ela me acalmou. - Vai ficar tudo bem.

Não sei porque, mas não acreditei nisso.

____________________________________________

Acordei às seis e meia e acordei Belinda pra ela tomar café da manhã conosco. Ela se levantou, bufando.

– Hey Bel. - Anne sorriu. - Senta aqui.

– Não, obrigada. - Belinda sorriu com a simpatia de Anne. - Só quero uma torrada. - Belinda pegou uma torrada e subiu para o meu quarto.

– Mais uma pessoa? - Ed olhou, indignado. - Eu realmente não tava brincando quando falei que essa casa virou uma pensão.

– Ai Ed! - Anne deu um tapinha do antebraço dele. - Somos uma grande família feliz. Quanto maior, mais feliz.

– Só daqui a três meses! - Cantarolou Joe. Anne deu um tapa na nuca dele. - Ai!

– Daqui a cinco minutos temos que nos arrumar, cabeção! - Avisou Anne. - Come! - Anne pegou quatro torradas, dois pedaços grandes e crocantes de bacon e suco de abacaxi.

– Pra onde vai toda essa comida? - Perguntou Ed.

– Não sei. - Anne deu uma bocada no bacon.

A campainha tocou e Anne correu para abrir a porta. E lá estava Josh, ferido e sangrando. Gritei e saí num pulo para ajudar Anne a segurar Josh que caía no chão. Ed e Joe apareceram atrás de nós, e o seguraram.

– O levem para o sofá. - Mandei. Os meninos carregaram Josh até o sofá.

– Josh, Josh. - Anne agarrou a mão dele.

– Anne, eu posso fazer a Linha de Fogo. - Sugeriu Ed. - Vá para a escola com Joe.

– Você tá louco? - Anne bufou.

– Vai Anne. - Botei pilha. - Você vai e eu cuido dele.

– Mesmo?

– Eu dou minha vida a ele se você deixar. - Falei, logo me arrependendo. - Eu devo a ele.

– É bem melhor assim. - Anne disse, se levantando e correndo para o banheiro.

– Vai Joe. - Mandei, fazendo Joe se levantar num pulo e correr escada acima. Ed se aproximou de Josh e traçou um desenho no ar. As linhas assumiram uma cor vermelha e teceram um cuidadoso fio pelo corpo de Josh.

– Bem, está feito. - Ed suspirou. - Cura de fogo.

– Foi o que Adrien fez comigo uma vez. - Contei.

– Quem? - Ed indagou, confuso.

– Depois te conto. - Inspirei. - Como será que ele ficou assim?

– Feitiço da verdade? - Sugeriu Ed.

– Sim, assim que ele melhorar. - Assenti.

– O que você deve a Josh, Millena? - Perguntou Ed, curioso.

– Minha vida. - Respondi, andando em direção da cozinha.

As memórias da casa de Adrien sendo incendiada, Josh e Sophie tentando me tirar dos escombros, as palavras dele girando em torno da minha cabeça. E uma mentira. Eu havia dito a ele que minha família inteira havia morrido em um incêndio, mas era mentira. Minha mãe e irmãs estavam bem, mesmo que não fossem mais minha família. E agora Belinda estava aqui. Lavei minhas mãos sujas de sangue.

Anne descia as escadas, os cabelos ondulando com o vento frio. Ela estava com um macacão com os suspensórios caindo pela cintura e uma blusa de manga longa vermelha. As botas de combate faziam um barulho surdo na madeira da casa. Anne correu até Josh e deu um beijo na cabeça dele. Ela começou a chorar, mas se virou e pegou a mochila encima da poltrona. Joe apareceu usando um suéter branco, jeans saruel cinza e um all star. A mochila caía pelo ombro esquerdo.

– Cuida dele. - Pediu Anne, limpando as lágrimas.

– Vambora maninha. - Disse Joe, puxando Anne porta afora.

– Maninha? - Repetiu Ed.

– De consideração. - Rolei os olhos. - Pelo menos ele não tá no páreo, ou você e o Josh iriam dançar.

– Provavelmente. - Murmurou Ed.


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Notas finais do capítulo

Comentem sábagaça, okay?
P.S. Alguém já viu a paródia de ACEDE? Da dublagem super hilária?
"E o cu das inimigas?" "Lacrou."
sasuahsuashuhsuhahahuhauhaushuahsahsuahsuahushaushauhsahsuha
P.P.S. Fiz uma fanfic de A SELEÇÃO, quem quiser ler, tá aqui o link:
http://fanfiction.com.br/historia/514155/Maybe_the_stories_never_change/