Não se aposta um coração escrita por MaruShi


Capítulo 1
One shot


Notas iniciais do capítulo

Mais uma desses dois!
Espero que divirtam-se e até lá em baixo pessoas o/

P.S.: Já corrigi, mas sabem como é neh... Sempre passa uma coisinha ou outra, então, me avisem o/



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A ruiva estava sentada na mesa como normalmente fazia. Surpreendentemente, enquanto tomava café, ainda com sono, costumava ser bastante calma, principalmente se fosse comparada com o resto do dia. Sim, a garota extremamente violenta tinha preguiça de brigar pelas manhãs. Talvez tenha sido por isso que, enquanto com a mão direita levantava sua xícara de café, apenas usava a esquerda para segurar para traz o braço do caçador de recompensas ajoelhado ao seu lado, enquanto usava o pé para empurrar suas costas ainda mais para baixo.

Lupus tentou ameaçá-la para que o soltasse, mas foi forçado a abandonar pelo meio sua ameaça quando Elesis torceu ainda mais seu braço, fazendo-o implorar para que o soltasse.

Ela estava tranquilamente tomando seu café da manha quando o caçador se aproximou com um olhar predador. O garoto apoiou-se de costas na mesa, falando alguma besteira que ela ignorou completamente, no entanto, ele parece ter entendido isso como uma concordância, pois se aproximou, falando alguma outra besteira numa voz sexy, ou ao menos no que pensava que a garota consideraria uma voz sexy, enquanto com uma das armas afastava uma mecha dos cabelos da ruiva.

Elesis suspirou irritada. Era isso que épocas de paz faziam com os membros de sua equipe... Não que não gostasse delas ou não quisesse a paz no mundo, mas isso os deixava entediados. Perigosamente entediados.

Sem nem mesmo soltar sua xícara, chutou os joelhos do garoto, fazendo-o se ajoelhar enquanto segurava o pulso do mesmo, torcendo-o para traz. Pisar nas costas dele fazendo-o se abaixar e forçar ainda mais o braço foi só um bônus por tê-la irritado logo pela manhã.

Largou sua vítima no chão, meio agonizante, enquanto levava sua xícara para a pia, saindo logo em seguida. Ela precisava treinar um pouco, gastar um pouco de energia, antes que, por culpa de um daqueles palhaços, acabasse botando fogo em alguma parte do QG. De novo.

Teria sido uma maravilha, se um certo maldito asmodiano não tivesse aparecido para perturbá-la da mesma forma que o caçador. Se bem que ela tinha que admitir, dar uns golpes de verdade nele até deixá-lo caído no chão foi bem mais eficiente do que poderia ter sido o treino básico que havia planejado para si naquela manhã.

Durante a tarde, ainda precisou acabar com as gracinhas dos dois mais algumas vezes, afinal, o tempo deles estava acabando. No entanto, depois das surras que levaram nos últimos 2 dias, apenas uma ameaça era o bastante para afastá-los.

O entardecer chegou rápido naquele dia. Elesis estava em seu quarto, e por mais que odiasse admitir, estava preocupada.

Três dias antes, Lass apareceu em seu quarto, com um aviso importante. Sinceramente, a garota questionou-se se por acaso ele não seria o único ali realmente leal à ela...

Um bastardo asmodiano, um caçador inútil e um fóssil irritante haviam feito uma aposta que a deixou realmente indignada, a ponto de querer amassar a cara dos três a ponto de seus narizes saírem pela nuca: O vencedor seria aquele que conseguisse o primeiro beijo da Cavaleira.

Sim, era ofensivo, e não havia um pingo de consideração pelos sentimentos dela, mas até ai tudo bem. Foi criada como uma guerreira, não como uma donzela. Poderia simplesmente quebrar a cara de qualquer bastardo que tentasse algo assim, como fez com os dois primeiros de sua lista.

O que REALMENTE a preocupava, era o terceiro deles. Aquela múmia arrogante que chamavam de seu ancestral, que ainda não havia feito nada. Raramente o encontrou pelos corredores durante esses três dias, e quando o via, ele apenas sorria, tão prepotente quanto de costume, o que não é uma desculpa socialmente aceita para dar-lhe uma surra, por mais que sentisse vontade.

Por um mínimo instante, se permitiu um pingo de esperança de que ele não tentaria nenhuma besteira, descartando isso logo em seguida. Ele estava participando disso, afinal. Mesmo que não tentasse nada, quando o tempo limite dessa maldita aposta acabasse, ele também iria sofrer como os outros.

Elesis riu um pouco de si mesma... Novamente, apelava para a violência para resolver seus problemas. Perguntou-se o que seu pai acharia disso, depois de ter tentado ensiná-la a se controlar tantas e tantas vezes, até desistir e instruir sua filha nos ataques com base de fogo. Era raro um líder usar técnicas de um elemento tão instável e imprevisível, mas a garota, ainda que agressiva, não se deixava levar quando as vidas de seus amigos estavam em jogo.

A garota lembrou-se da mensagem que recebeu na última visita dos cavaleiros vermelhos ao QG. Eles ainda buscavam seu pai quando encontraram um medalhão da família Sieghart, que trouxeram para ela. Seu pai havia a ensinado a abri-lo quando era criança, e ela o fez, esperando encontrar a já conhecida foto de sua mãe. No entanto, junto à ela, havia um pequeno bilhete, com a caligrafia apressada e meio descuidada de Elscud : "Elly, estou bem, apenas ocupado. Vou voltar quando acabar. Confie em mim, minha princesinha." Não havia dúvidas de que era ele. Ninguém mais a chamaria de "princesinha".

Olhando pela janela, viu apenas as estrelas, ainda começando a aparecer enquanto os últimos raios de sol, avermelhados, desapareciam em frente a sua janela. levantou-se da poltrona, esticando as costas e soltando o cabelo. Talvez tomasse um banho, afinal ainda era cedo para o jantar. Porém, seus planos foram interrompidos pela risada baixa alguns metros atrás de si.

"Droga... Você realmente veio... Sieg... Seu fóssil bastardo maldito..."

– O que quer aqui, velhote? - Perguntou, apoiando-se na parede onde colocava suas armas preferidas, tentando manter um mínimo de controle.

– Ora ruivinha, não posso mais visitar minha neta? - Ele sorriu de forma estranha enquanto respondia.

– Não se faça de mais estúpido do que já é, fóssil. 600 anos, lembra? Isso dá no mínimo umas 30 gerações entre nós dois. O que menos existe em mim é seu sangue, graças às deusas.

Talvez isso soasse cruel, afinal, doía até mesmo nela dizer essas palavras. Não... nenhum dos dois tinha se esquecido da imortalidade dele. No entanto, o garoto não demonstrou estar abalado com isso. "Ele já deve ter dito essas mesmas coisas para si mesmo tantas vezes em todo esse tempo... Talvez ele tenha apenas aceitado..." - Pensou a garota, mantendo ainda o mesmo olhas sério e mau humorado.

O sorriso no rosto de Sieghart alargou-se um pouco mais, antes de responder:

– Sabe... Isso é uma coisa muito boa...

Elesis arqueou uma sobrancelha enquanto descruzava os braços, botando as mãos nos bolsos da calça e esperando o moreno continuar sua resposta. Ela sabia onde aquilo ia terminar...

– Quer dizer que não tem problema eu fazer isso...

Num movimento quase invisível, Sieghart se aproximou da ruiva, colando seu corpo ao dela contra a parede e unindo seus lábios, num beijo carinhoso. Elesis não resistiu, o que surpreendeu um pouco o moreno, mas apenas o incentivou a aprofundar o beijo, pedindo passagem lambendo delicadamente os lábios da garota em seus braços. Ela apenas se deixou levar pelo beijo do garoto, aproveitando cada sensação e amaldiçoando dezenas de vezes aquela maldita aposta enquanto sentia o gosto adocicado da boca dele.

Depois de um tempo que pareceu ao mesmo tempo infinito e rápido demais, ele se afastou.

– Elesis...- O garoto foi interrompido pelo soco em seu estômago. "pelas deusas... isso DÓI!" pensou ele enquanto tentava recuperar o pouco ar que tinha depois do melhor beijo de sua vida (e olha que isso era muito tempo).

– Satisfeito...? - Perguntou a garota, quase num rosnado, com o ar faiscando ao seu redor. Sieg olhou para ela, confuso, apenas para ser atingido por mais um soco, dessa vez em seu rosto.

– Feliz por "ganhar" sua maldita aposta...? - Elesis estava tão irritada que nem se dava ao trabalho de gritar, guardando toda sua raiva para o moreno.

"Puta merda..." Foi a única coisa que teve tempo de pensar antes de ser atingido novamente, dessa vez por um chute que chega o deixou meio tonto.
Elesis o segurou pela camisa, levantando-o. Precisaria se livrar dele logo, antes que fizesse uma besteira de verdade e fosse expulsa por Lothus. Não precisava mais procurar por seu pai, mas tinha um mundo a proteger.

A Ruiva reparou nas duas energias que tentavam se esconder na árvore em frente a sua janela. "Vá... Pro... Inferno..." - rosnou ela, e num movimento rápido, jogou o garoto em sua mão naquela direção, fazendo com que batesse as costas com força contra o grosso tronco.

Ela não se incomodou em fechar a janela, apenas deu as costas para ela enquanto as duas outras energias, provavelmente Dio e Lupus, carregava Sieghart para longe do quarto da mesma.

O moreno, ainda meio tonto, com muitas dores e sendo carredado por Lupus, abriu os olhos a tempo de ver Elesis cair ajoelhada em seu quarto, então, sua visão foi coberta pelas arvores. Mas ele sabia que havia algo errado. A garota não ficaria fraca a esse ponto apenas com os ataques que deu nele. Na verdade, tudo aquilo havia sido muito estranho...

Sieg recebeu os parabéns de seus dois comparsas, que entraram novamente no QG, carregando-o nos ombros, parabenizando-o por domar "o dragão vermelho", mesmo tendo saído ferido.

Os outros membros os olharam confusos, tentando entender do que falavam. Antes que alguém fizesse alguma besteira (ainda maior), Sieg puxou Dio e Lupus, falando baixo, de forma que só eles ouvissem:

– Há algo errado... -

– Não comece Sieg... Você venceu! - Falou, Dio, tentando se soltar, mas apenas fazendo com que fosse segurado com mais força pelo moreno.

– Imbecil! Ela sabia. O tempo todo!

– Hey, que dizer que... ela deixou você ganhar? - Perguntou o caçador. Se fosse qualquer outra pessoa, ele chamaria Sieg de trapaceiro, mas era de Elesis que falavam. Deixar ser beijada era no mínimo estranho.

Os outros dois pararam com as brincadeiras, mas não fizeram mais nada a respeito. Afinal, o problema maior seria de Sieg. Para eles, era só um fim chato para um jogo.

Quando o jantar foi servido, Elesis ainda não havia descido de seu quarto, o que era bem estranho considerando-se que a garota costumava ser bastante pontual. Lire e Arme, as duas outras integrantes mais antiga e melhores amigas da ruiva foram procurá-la, deixando os outros na mesa. Logo em seguida, o imortal também se retirou, se se incomodar em dizer nada a quem quer que fosse.

A primeira parada da elfa e da maga seria, claro, o quarto de sua líder.

– Elesis? Não vai jantar hoje? - Perguntou a Elfa, abrindo a porta.

A cavaleira continuava sentada no chão de seu quarto. Suas mãos, apertadas firmemente apesar da aparência relaxada do resto do corpo, não sangravam apenas porque mantinha as unhas bem curtas devido às luvas da armadura. As lágrimas ainda escorriam por seu rosto, assim como no instante em que deu as costas para a janela.

– ELESIS?! - O grito de Lire e Arme a acordou de seu devaneio, composto em grande parte por maldições proferidas com palavras que seu pai não gostaria nem um pouco de ouvi-la dizer, o que significava que eram baixas demais até para um guerreiro.

– Elly! O que aconteceu? - Perguntou a Maga, agachando-se na frente da ruiva, mas essa já se levantava enxugando as lágrimas. Não deveria deixar ninguém ver seus momentos de fraqueza, mesmo suas amigas.

– Tudo bem... Não... foi nada...

– Mas Elly...

– Arme, não adianta. Ela não vai falar assim...

– Lire! Elesis é nossa amiga! Nós precisamos ajudá-la! E pra isso precisamos saber o que aconteceu!

A ruiva sentou-se novamente na poltrona, olhando para o teto com a cabeça apoiada no encosto, sem responder.

– Ela não vai falar. Elesis, Dio e Lupus entraram carregando Sieg nos ombros e falando de uma aposta. Algo sobre um "Dragão vermelho"... Diga-me que não é você...

Elesis suspirou antes de responder:

– É.. era eu sim...

– Por isso as atitudes estranhas dos dois primeiros nesses dias...

A maga levantou-se do chão, sentando na cama em seguida e deixando a loira interrogar sua amiga. Lire era bem mais racional, e conseguia convencer Elesis a falar.

– Conte-nos logo o que houve. Se não, vamos perguntar a eles, e a versão que vão nos contar vai ser bem pior...

A cavaleira respirou fundo novamente, tentando recuperar seu auto controle antes de começar a falar. Ela sabia que poderia contar com as duas, então, já que tinha se aproveitado de uma aposta idiota, por que não aproveitar a amizade que tinha? De qualquer forma, elas não iriam desistir até saber.

– Aqueles três filhos de gorgos apodrecidos apostaram quem... quem conseguiria meu "primeiro beijo".

As duas outras levaram algum tempo para processar o que a amiga tinha dito. Isso não era coisa que se fizesse com uma garota. Um beijo, o primeiro principalmente, era importante para uma garota! Não era algo que pudesse ser tratado como objeto de apostas, por menos delicada que fosse a garota!

Antes que as duas começassem a falar tudo aquilo que Elesis já sabia que diriam, a Ruiva levantou a mão, pedindo que esperassem. Arme até tentou começar, mas foi calada por Lire, sentada ao seu lado.

– Poupem-me do falatório sobre sentimentos, sim? É uma idiotice. Essa aposta era falha, desde o começo.

– Elesis... Quer dizer que você já tinha beijado alguém antes? E não nos contou? E por que deixou o Sieg? Por que não o socou que nem os outros dois? - Perguntou Arme, ligeiramente irritada com a ruiva, que apenas riu tristemente.

– É... Algo assim... Quanto ao Sieg... Digamos que... A vitória já era dele antes mesmo disso ter começado... - Respondeu ela, corando levemente.

– I-isso que d-dizer que... Foi ele que você...? - Elesis concordou com a cabeça - Mas... ele deveria saber então? E... Por que?

– Arme, calma. Elly, isso não faz sentido...

– Lire, Arme, o que você fariam se, toda vez depois de uma missão, Ryan e Ronan ficassem muito feridos, e eles passassem dias desacordados e vocês ficassem cuidado deles, e... E em cada um desses dias, todas as vezes, o tempo todo... O tempo todo eles ficassem chamando pelo nome de vocês?

Elesis não conseguiu controlar as lágrimas novamente, deixando-as escorrerem silenciosas por seu rosto, esperando se acalmar enquanto as outras duas processavam aquilo que ouviram. Sim... Elas fariam o mesmo.

– Eu... Deixei que ele... Bem, eu só me aproveitei dessa aposta... Na verdade, eu esperava que ele não participasse de verdade, ou melhor, eu não queria que ele fizesse algo tão idiota...

– Você já estava sabendo disso?

– Lass me avisou assim que eles começaram. Já havia decidido que faria isso se ele agisse... Só... Não esperava que fosse doer tanto... - Ela riu enquanto levava a mão ao peito, sobre seu coração. Lire sorriu levemente, enquanto Arme tentava conter as lágrimas. Para sua líder cabeça dura admitir estar sentindo dor, devia ser algo realmente ruim, mas era bom saber que ela tinha sentimentos como um humano comum.

– Garotas... Podem me dar licença? - Falou de novo a cavaleira, levantando-se e andando até a cortina - Parece que uma múmia quer falar comigo... ela puxou a cortina, a abrindo, revelando o garoto parado na pequena varanda atrás da vidraça.

Lire e Arme saíram sem dizer mais nada. A maga até que tentou, mas novamente a loira a calou com um gesto. Por mais que ela quisesse cravar algumas flechas na testa daquele imortal ( e em alguns lugares mais dolorosos), aquilo era entre ele e a ruiva. Se ele fosse sofrer, teria que ser pelas mãos dela.

– O que está esperando? - Falou a garota, afastando-se da janela quando a porta fechou-se atrás de suas amigas.

O moreno entrou no quarto, a cabeça levemente abaixada, fazendo com que a franja e a sombra por essa projetada ocultassem seus olhos. Ele sabia que pensava na ruiva enquanto estava desacordado, só não sabia que falava o nome dela, muito menos que era ela que cuidava dele nessa horas.

– Elesis... - começou ele, sendo interrompido por um tapa da garota. Não foi forte. Nem de longe tão forte quando ele sabia que ela seria capaz, mas seu rosto parecia arder com muito mais do que o impacto físico.

– Só me diga... Por que?

O moreno até pensou em tentar sorrir e fazer alguma brincadeira idiota, depois deixar que ela o perseguisse, e o surrasse, como sempre fez, mas ao observar a expressão da garota, percebeu que aquele seria um caminho sem volta. Os olhos vermelhos o encaravam com frieza, magoados.

– Lupus sugeriu a aposta. Eu sabia que você não deixaria nenhum deles se aproximar, só aceitei para... tentar a sorte. Por via das dúvidas, poderia dizer que foi só pela aposta... - Assim que falou, ele percebeu a besteira que fez. A chama naqueles olhos tornou-se ainda mais fria.

– Não foi só por isso. Você sabe que não foi... Eu ia te contar... Se um dos dois conseguisse...

– E esperava que eles não fizessem o mesmo? - o tom dela ainda era sério, mesmo que um tanto incrédulo com os limites da idiotice do imortal. Ele apenas deu de ombros. E não, ele realmente não tinha pensado nessa hipótese.

Num movimento rápido, se aproximou da garota, ao que ela não reagiu. Se ele fizesse qualquer besteira, poderia estar certo de que, não importando as consequências, Elesis nunca mais olharia em sua cara, e Sieg tinha plena certeza disso.

Segurou a mão da garota a sua frente, atento a qualquer reação dela, levando-a ao próprio peito, sobre seu coração.

– Ele também dói.. E não me deixará mentir pra você. - Elesis pode sentir o calor de seu corpo, mesmo através do tecido grosso da camisa, assim como as batidas de seu coração, fortes, intensas, mas num ritmo firme e contínuo.

– Desculpe-me. Eu fui um completo idiota. - Seu coração continuava a manter o mesmo ritmo. - Pode ser arrogância minha, mas não quero sequer imaginar que alguém tome você de mim, por isso acabo fazendo essas besteiras. Coisas sem sentido... Apenas... Pra manter sua atenção em mim.

A velocidade de seu coração aumentou lentamente, enquanto o moreno parecia tomar coragem para dizer algo. Elesis apenas esperou, enquanto prestava atenção na delicada gota que brilhava, descendo pela face do garoto a sua frente enquanto ele tentava sorrir sem estragar tudo.

– Você poderia, por favor, acreditar em mim se eu dissesse que te amo?

Elesis permaneceu em silêncio, absorvendo o significado daquelas palavras, enquanto sentia o coração que pulsava sob a palma de sua mão, no mesmo ritmo do que estava em seu peito. Por mais que suas palavras fossem confiantes, quase recuperando sua costumeira arrogância, aquilo também o abalava. Por mais que tivesse aceitado o que sentia pelo imortal, a garota não esperava ter ouvido essas palavras dele.

Diante do silêncio, ele apenas soltou sua mão, mas a garota a manteve no mesmo lugar, rindo levemente enquanto ignorava o par de lágrimas que escorriam por seu próprio rosto.

– Você é mesmo um completo idiota... - Falou ela, abraçando-o com o braço livre enquanto mantinha o outro em seu peito, percebendo a mudança no ritmo ao aproximar-se, sendo envolvida pelos braços fortes do rapaz, antes de, novamente, permitir que ele colasse os lábios aos seus.

Como era idiota... Estavam ambos tão distraídos que esqueceram completamente...

Quando Sieg entrou em seu quarto, os últimos raios de Sol acabavam de desaparecer.

Lass havia lhe contado que o prazo da aposta ia apenas até o por do Sol.
"Bastardo imbecil... Fez isso de propósito, e se esqueceu completamente..." - Pensou a ruiva.

Ao se separarem, Elesis segurou, não muito delicadamente, o cabelo do garoto, puxando-o não muito levemente antes de sussurrar, ameaçadora:
– Faça uma dessas de novo, e arranco suas tripas com o montante...

Sieg riu em resposta, um riso verdadeiro e aliviado, antes de sussurrar de volta um "eu prometo" e voltar a beijar a garota em seus braços.


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Notas finais do capítulo

Bem bem... Obrigada a quem conseguiu chegar ao final! Ficou beeem maior do que o esperado xD Espero que tenham gostado! E gostando ou não, deixem um review! Não mata, e deixa autores felizes! (ou tristes, mas faz criarem vergonha na cara e escreverem melhor)

Até mais ver o/